Namorados

Taya...

Meu primeiro beijo estava sendo mágico; as sensações que percorriam meu corpo eram indescritíveis. Eu poderia passar a vida inteira nesse momento, e ainda assim não me cansaria. A maneira como ele explorava minha boca com a sua língua e a forma como segurava minha nuca eram deliciosas. Ele afastou os lábios dos meus e espalhou beijos suaves pelo meu rosto, depois me levantou nos braços e me girou no ar, arrancando de mim risadas leves e espontâneas.

— Nada pode medir o tamanho da minha felicidade agora — ele sussurrou antes de tomar meus lábios novamente, desta vez em um beijo cheio de carinho.

Ficamos ali, aproveitando aquele momento que para mim parecia um sonho. Parados, admirando o horizonte à nossa frente com o sol se pondo, Osman deslizava seus dedos de forma suave em meu braço; aquele carinho era tão gostoso.

— Eu amo ter você em meus braços — ele diz, beijando meu pescoço e causando arrepios em minha pele.

— O sorvete era uma das coisas que eu mais amava do seu mundo, mas agora acho que ele pode ficar em quarto lugar. O primeiro lugar vai para o seu beijo, o segundo para seu abraço e o terceiro para seu sorriso — digo, e ele sorri, tomando meus lábios mais uma vez.

— Tem outra coisa que com certeza tomaria o primeiro lugar do meu beijo — ele sussurra no meu ouvido, e meu corpo inteiro vibra com a sensação gostosa da sua voz.

— E o que seria tão bom ao ponto de tomar o primeiro lugar do seu beijo? — pergunto. Ele tem um sorriso diferente no rosto e um olhar que me deixa intrigada e ainda mais curiosa para saber o que seria isso.

— Espero poder mostrá-la em breve, mas por agora, melhor deixar o beijo em primeiro lugar — ele diz, dando uma piscadinha para mim. Esse gesto me deixa toda derretida.

— Vamos para casa — ele diz, pegando minha mão e conduzindo-me para o carro.

Durante o trajeto até a casa dele, ele segurava minha mão e a beijava. O sorriso não saía do meu rosto; eu estava muito feliz com tudo o que havia acontecido entre nós. Já era noite quando chegamos. Entramos na casa de mãos dadas; era estranhamente bom isso. Será que sou a namorada de verdade agora?

— Osman, o que é isso que temos agora? — pergunto, envergonhada. Ele sorri e me envolve em seus braços.

— Amanhã eu te digo o que é isso que temos, mas hoje podemos dizer que estamos iniciando uma relação ainda indefinida. Pode esperar até amanhã? — ele pergunta.

— Sim, posso — digo, sorrindo gentilmente.

Após finalmente conseguirmos nos despedir um do outro, fui para o meu quarto. Olhei no espelho e gostei de ver como meus olhos brilhavam, e como o vermelho nos meus lábios, deixado pelos beijos de Osman, destacava-se. Tomei um banho e cantarolava a música com a qual Osman dançou comigo na festa dele. Já de banho tomado, escolhi um vestido bonito para o jantar.

Quando cheguei à sala de jantar, ele já me esperava. Puxou a cadeira para eu sentar e me deu um beijo rápido nos lábios. Fatma veio nos servir e olhou disfarçadamente para nossas mãos entrelaçadas em cima da mesa.

— Tenham uma boa refeição — ela diz sorrindo e se retira.

Jantamos e conversamos sobre muitas coisas, e, quando chegamos à sobremesa, um dos seguranças de Osman veio avisar que tinha uma visita querendo vê-lo.

— Quem é? — Osman pergunta.

— É uma mulher, senhor. Ela disse que é sua amiga — o segurança responde.

— Revise-a e a conduza até o meu escritório. Assim que terminar aqui, eu já vou — Osman ordena.

Ele fica um pouco inquieto, como se presumisse quem era a visita. Fico bastante curiosa; desde que estou aqui, é a primeira visita feminina que chega sem aviso prévio.

— Eu já volto, não coma minha sobremesa — ele brinca antes de se levantar.

— Vou comer tudo se você demorar — digo, fingindo que vou pegar a sobremesa dele. Ele estreita os olhos, me dá um beijo rápido e sai.

Já havia terminado minha sobremesa, tomado uma xícara de café e Osman ainda não tinha voltado. Fui para a sala de entretenimento, e foi quando comecei a ouvir vozes alteradas.

Talvez fosse errado, mas minha curiosidade estava me consumindo. E se eu apenas passasse perto do escritório por acaso? Melhor não; vai que Osman me pega ouvindo a conversa dele. Ele parecia bastante irritado com a pessoa com quem estava falando. Eu não aguentava mais me conter, então fui às pontas dos pés e me posicionei a uma distância que me permitia ouvir.

— Só você pode me ajudar — a voz feminina dizia, suplicante.

— Eu? Você está louca, não vou ajudar você. Não pode ficar na minha casa — Osman respondeu, impaciente.

— Mas eu não tenho ninguém aqui, e o Kemal bloqueou todos os meus cartões. Juro que só será por essa noite — ela insistiu.

— Ok, só por essa noite. Mas amanhã você vai embora. E, por favor, não quero você explorando minha casa. Você estará restrita à cozinha e ao quarto de hóspedes. Ficará no último quarto — Osman finalizou.

Percebendo que a conversa estava chegando ao fim, voltei para a sala de entretenimento.

Osman se aproxima e se senta ao meu lado, soltando um longo suspiro.

— Está tudo bem? — pergunto.

— Não, não sei dizer. Acho que cometi um erro — ele responde, coçando a cabeça e demonstrando inquietação.

— Por que acha que cometeu um erro? — pergunto, tentando parecer desinformada.

— A Berna me pediu ajuda, e ela insistiu tanto que eu acabei cedendo. Espero que você não se incomode. Ela vai passar a noite aqui, mas será só por essa noite — ele explica.

— O que a Berna foi para você? — pergunto, sem saber exatamente o que aconteceu entre eles, mas algo muito ruim deve ter ocorrido.

— Éramos namorados. Então, ela conheceu outro cara, pegou um projeto meu e deu para ele. E foi assim que tudo terminou. Fazia anos que não a via, e agora ela voltou, querendo fazer parte da minha vida de novo, mas é tarde demais para isso — ele diz, e confesso que a presença dessa mulher me incomoda.

— Então ela roubou o seu projeto e entregou ao amante — digo, colocando em palavras o que realmente aconteceu.

— Exatamente isso — ele confirma.

— Sendo sincera, não aceitaria em minha casa alguém que já traiu minha confiança. Não acha estranho que essa mulher venha até aqui e peça para ficar na sua casa? — Questiono, em Sardônica, não abrigamos nossos inimigos, nós os eliminamos.

— Tem razão, é muito estranho. Ela pode estar tramando algo. Vou reservar um hotel para ela. Obrigado por me aconselhar — ele agradece.

Depois, faz algumas ligações. Quando ele termina, Berna aparece.

— Desculpe interrompê-los, já me acomodei no quarto de hóspedes — ela avisa. Olho para ela e não gosto nada dessa mulher; algo nela me parece muito estranho.

— Berna, você não precisará ficar mais aqui. Já reservei um quarto de hotel para você — Osman diz. A expressão de frustração no rosto dela ao ouvir a notícia é clara.

— Mas você havia concordado em me deixar ficar. Não quero que gaste seu dinheiro comigo — ela diz com uma voz mansa.

— Não estou gastando meu dinheiro com você. O dono do hotel está lhe dando a estadia, um favor que ele me devia. No hotel, creio que ficará mais à vontade. Pode recolher suas coisas; o motorista vai levá-la — Osman diz. Ela tenta disfarçar sua raiva, mas os olhos traem suas emoções.

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Comments

Katia Sousa

Katia Sousa

ela veio para roubar outros projetos

2025-03-09

0

AnonymousDayse Melo

AnonymousDayse Melo

A Thais de boba não tem nada.

2025-01-22

0

Elis Alves

Elis Alves

vc é um idiota, poderia ter pago um hotel pra ela ficar, vai arrumar sarna pra se coçar

2025-01-27

3

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