Capítulo 12: Nos Limites da Sanidade

A ambulância corria a velocidade máxima, enquanto os médicos dentro dela faziam assistência ao Hugo. Os ferimentos eram profundos, e ele havia perdido muito sangue. Celma estava sentada ao lado, tremendo, pálida e gelada, ainda sem conseguir acreditar no que acabara de presenciar e viver. O barulho dos aparelhos e as vozes dos médicos pareciam distantes, como se estivessem em outro mundo. Hugo estava imóvel, deitado na maca, sua vida entregue nas mãos de desconhecidos que lutavam para trazê-lo de volta.

Flashback

Quando Hugo caiu no chão, Celma correu para perto dele, o pânico estampado em seu rosto. Ela olhou para os pulsos cortados de Hugo, o sangue escorrendo rapidamente. Desesperada, ela pegou o telefone e ligou para o hospital, pedindo ajuda. A voz trêmula e desesperada dela mal conseguia formar palavras coerentes.

— Por favor, mandem uma ambulância! Meu... meu marido... ele se cortou! — gritava Celma, enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto. Ela amarrava os pulsos de Hugo com pedaços de pano rasgado, tentando estancar o sangue.

Ela vestiu rapidamente suas roupas, escondendo as roupas rasgadas que Hugo havia destruído. Quando a ambulância chegou, a sirene acordou o bairro, e os vizinhos se aproximaram, curiosos. Olhares de preocupação e confusão pairavam sobre Celma e Hugo. As pessoas sussurravam entre si, tentando entender o que havia acontecido naquela casa silenciosa.

— O que será que aconteceu? — murmurava uma vizinha.

— Eles pareciam um casal tão normal... — disse outro, balançando a cabeça.

Mas ninguém tinha respostas, exceto Celma e Hugo.

Presente

Quando a ambulância chegou ao hospital, Hugo foi levado rapidamente para a emergência, onde recebia assistência médica. Celma estava em pânico, dando voltas na sala de espera. Ela tremia, os murmúrios inaudíveis, enquanto segurava a cabeça entre as mãos. Uma enfermeira se aproximou dela com um copo de água, tentando acalmá-la.

— Por favor, tente se acalmar. Seu marido está sob os cuidados dos melhores médicos — disse a enfermeira, colocando a mão no ombro de Celma.

Celma, com as mãos trêmulas, sentou-se, batendo os pés no chão. Ela estava assustada, a imagem de Hugo rasgando sua blusa e depois cortando seus próprios pulsos repetindo-se em sua mente. Ela falava sozinha, palavras inaudíveis saindo de seus lábios. Nem uma lágrima caía de seu rosto, apenas um olhar vazio e perdido.

De repente, seu celular tocou, fazendo-a pular de susto. O som ecoou pela sala de espera, chamando a atenção de todos. Uma das enfermeiras se aproximou novamente, desta vez com mais carinho e compaixão.

— Venha comigo, vamos para uma sala mais tranquila — disse a enfermeira, levando Celma pela mão.

Celma se deixou guiar, ainda em choque. Ao chegar na sala, ela se sentou em uma cadeira, abraçando a si mesma. Olhou para a enfermeira com olhos suplicantes.

— Por favor, me ajude. Eu... eu preciso de um calmante — implorou Celma.

A enfermeira assentiu, pegou um calmante e entregou a ela. Celma tomou o comprimido com mãos trêmulas, seus lábios murmurando agradecimentos. Depois, ela pediu para a enfermeira ligar para sua mãe.

No bairro 21 de Julho, o dia nascia. Dona Teresa estava no quarto de Celma, murmurando preocupada sobre o paraDeiro da filha. Ela notou que Celma não havia voltado para casa e passou a noite fora. Quando o celular tocou, seu coração apertou, pressentindo que não era uma boa notícia.

— Onde será que essa menina se meteu? — disse ela, notando que a filha não havia voltado para casa.

Seu celular tocou, e seu coração apertou. Sabia que notícias ruins andam rápido, mas esperava que tudo estivesse bem com sua filha. Atendeu o telefone com uma sensação de medo.

— Bom dia, Senhora Teresa! Aqui é a Josefa — saudou a enfermeira Josefa, do outro lado da linha, com um sorriso que podia ser sentido na voz.

— Bom dia, Josefa. Em que posso ajudar? — perguntou Dona Teresa, tentando esconder a preocupação em sua voz.

— Está tudo bem com a senhora? Dormiu bem? — perguntou a enfermeira, de forma amigável.

— Sim, filha, tudo bem. Descansei, mas por que pergunta? — respondeu Dona Teresa, sentindo que algo estava errado.

— É sobre sua filha, Celma. Ela está no hospital — disse Josefa, com um suspiro, sentindo o peso das palavras.

Dona Teresa saiu do quarto de Celma Apressada, trocando de roupa rapidamente. Sabia que contar ao marido, Augusto, sem antes estar a par da situação poderia causar um alvoroço maior. Deixou um bilhete na mesa, dizendo que ia para a igreja, e saiu de casa.

Ao chegar ao hospital, encontrou Celma falando com os policiais. Eles queriam saber o que havia acontecido na casa durante a noite e o que levara Hugo a cortar os pulsos.

— O que aconteceu na casa durante a noite? O que levou seu esposo a cometer a tentativade suicídio? — perguntou um dos policiais.

Celma, ainda trêmula, contou uma versão diferente dos fatos.

— Estamos em processo de separação. Ele tem tido dificuldades em aceitar. Eu fui lá pegar alguns documentos... — disse Celma, evitando olhar diretamente para os policiais.

— Entendemos, senhora. Vamos precisar de um depoimento mais detalhado depois — disse o policial, anotando tudo.

Os policiais anotavam tudo, observando a expressão de Celma. Ela estava pálida, os olhos vidrados, e seu corpo tremia ligeiramente. Cada palavra que saía de sua boca era um esforço, a voz quase se quebrando sob o peso da verdade não dita.

Dona Teresa se aproximou, abraçando Celma com força. — Minha filha, o que aconteceu? — perguntou, a voz carregada de preocupação.

Celma apenas balançou a cabeça, sem conseguir encontrar as palavras. As memórias da noite anterior rodopiavam em sua mente, e ela se sentia à beira do colapso.

— Vamos, querida. Você precisa descansar um pouco — disse Dona Teresa, conduzindo Celma para um banco na sala de espera.

Celma se sentou, os olhos fixos no chão, enquanto Dona Teresa falava com a enfermeira.

— Ela vai ficar bem? — perguntou Dona Teresa, tentando manter a calma.

— Fisicamente, sim. Mas ela passou por um grande trauma. Precisará de tempo e apoio — respondeu a enfermeira, com um olhar compreensivo.

— Mamãe, foi horrível... — disse Celma, finalmente deixando as lágrimas caírem.

Flashback

Quando Hugo caiu no chão, Celma correu para perto dele, seu coração batendo descontroladamente. Ela olhou para os pulsos cortados de Hugo, o sangue escorrendo rapidamente. Desesperada, ela pegou o telefone e ligou para o hospital, pedindo ajuda. A voz trêmula e desesperada dela mal conseguia formar palavras coerentes.

— Por favor, mandem uma ambulância! Meu... meu marido... ele se cortou! — gritava Celma, enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto. Ela amarrava os pulsos de Hugo com pedaços de pano rasgado, tentando estancar o sangue.

Ela vestiu rapidamente suas roupas, escondendo as roupas rasgadas que Hugo havia destruído. Quando a ambulância chegou, a sirene acordou o bairro, e os vizinhos se aproximaram, curiosos. Olhares de preocupação e confusão pairavam sobre Celma e Hugo. As pessoas sussurravam entre si, tentando entender o que havia acontecido naquela casa silenciosa.

— O que será que aconteceu? — murmurava uma vizinha.

— Eles pareciam um casal tão normal... — disse outro, balançando a cabeça.

Mas ninguém tinha respostas, exceto Celma e Hugo.

Presente

— Mãe, eu... eu não sei mais o que fazer — disse Celma, soluçando.

Dona Teresa acariciou os cabelos da filha, tentando acalmá-la.

— Vai ficar tudo bem já passou, minha filha. Você não está sozinha — disse Dona Teresa, a voz firme.

A enfermeira Josefa se aproximou novamente, com um semblante preocupado.

— Senhora Celma, precisamos que você assine alguns documentos para a internação do seu esposo — disse a enfermeira, entregando uma prancheta.

Celma pegou a prancheta com mãos trêmulas, tentando focar nas palavras impressas. Ela assinou rapidamente, sem ler direito, apenas querendo que aquele pesadelo acabasse.

— Ele vai ficar bem? — perguntou Celma, a voz quebrada.

— Estamos fazendo tudo o que podemos. Agora é importante que você descanse um pouco — disse a enfermeira, tentando ser reconfortante.

Celma assentiu, deixando-se guiar para uma sala onde poderia descansar. Sentou-se em uma cadeira, abraçando a si mesma. As imagens daquela noite horrível repetiam-se em sua mente, sem cessar.

Dona Teresa se aproximou dos policiais, tentando obter mais informações.

— O que vai acontecer agora? — perguntou ela, preocupada.

— Vamos investigar o ocorrido. Precisa haver uma análise completa da situação — disse um dos policiais, de forma profissional.

Capítulos
1 Prólogo
2 Capítulo 1: O Recomeço
3 Capítulo 2: Conflitos Silenciosos
4 Capítulo 3: Ecos do Passado
5 Capítulo 4: Laços e Conflitos
6 Capítulo 5: Sob o Olhar Atento
7 Capítulo 6: Intrigas
8 Capítulo 7: Sob a Sombra da Obsessão
9 Capítulo 8: Sob o Véu da Tempestade
10 Capítulo 9: Ecos do Passado
11 Capítulo 10: Coração em Chamas +18
12 Capítulo 11: Os Ecos da Escuridão +18
13 Capítulo 12: Nos Limites da Sanidade
14 Capítulo 13: Um dia Para Não Ser Esquecido - A Força do Amor
15 Capítulo 14: No Olho do Furacão
16 Capítulo 15: O Fio da Verdade
17 Capítulo 16: O Grito do Silêncio
18 Capítulo 17: Entre Sombras e Luz- A Luz no Fim do Túnel
19 Capítulo 18: O Peso das Manhãs - A Crise no Elevador
20 Capítulo 19: Revelações e Decisões
21 Capítulo 20: Laços de Sangue e Segredos
22 Capítulo 21: Entre a Dúvida e a Esperança
23 Capítulo 22: Sombras do Passado
24 Capítulo 23: Memórias de um Amor Perdido - Um Passo de Cada Vez
25 Capítulo 24: Silêncios e Revelações
26 Capítulo 25: Entre a Razão e o Coração
27 Capítulo 26: Revelações e Confissões - Entre a Razão e o Coração
28 Capítulo 27: Um Passo de Cada Vez - Entre a Razão e o Coração
29 Capítulo 28: Sob a Luz das Estrelas
30 Capítulo 29: Entrelaçados pelo Destino
31 Capítulo 30: O Despertar da Vida - Sob a Luz do Dia
32 # Capítulo 31: Entre o Amor e o Dever
33 Capítulo 32: O Peso das Expectativas
34 Capítulo 33: O Peso das Palavras
35 Capítulo 34: O Acordo Arriscado
36 Capítulo 35: A Primeira Noite da Farsa
37 Capítulo 36: Sob o Véu da Noite
38 Capítulo 37: Sob o Véu da Tensão
39 Capítulo 38: Sob o Véu da Incerteza
40 Capítulo 39: Acordando com o Sol - Flores e Preparativos
41 Capítulo 40: A Festa e os Sentimentos
42 Capítulo 41: Sob a Luz da Lua
43 Capítulo 42: À Beira da Revelação
44 Capítulo 43: O Fio da Tensão
45 Capítulo 44: Sob o Véu de Um Jantar
46 Capítulo 45: A Verdade que Não Foi Dita
47 Capítulo 46: A Noite da Decisão
48 Capítulo 47: Sob o Olhar da Noite
49 Capítulo 48: A Verdade nas Entrelinhas
50 Capítulo 49: Entre Verdades e Segredos
51 Capítulo 50: - A Revelação em Silêncio
52 Capítulo 51: Sob o Véu da Verdade I
53 Capítulo 52: Sob o Véu da Verdade II
54 Capítulo 53: Sombras Sob o Véu
55 Capítulo 54: Encontros e Despedidas
56 Capítulo 55: Fios da Manipulação: Lar ou Prisão?
57 Capítulo 56: Entre Desculpas e Promessas
58 Capítulo 57: O Grande Show de Elsa
59 Capítulo 58: Até que a Morte nos Separe
60 Capítulo Final – Entre a Razão e o Coração
61 Epílogo – Os Fantasmas de um Amor Não Correspondido
62 Sob o Véu da Paixão Vol. 2
Capítulos

Atualizado até capítulo 62

1
Prólogo
2
Capítulo 1: O Recomeço
3
Capítulo 2: Conflitos Silenciosos
4
Capítulo 3: Ecos do Passado
5
Capítulo 4: Laços e Conflitos
6
Capítulo 5: Sob o Olhar Atento
7
Capítulo 6: Intrigas
8
Capítulo 7: Sob a Sombra da Obsessão
9
Capítulo 8: Sob o Véu da Tempestade
10
Capítulo 9: Ecos do Passado
11
Capítulo 10: Coração em Chamas +18
12
Capítulo 11: Os Ecos da Escuridão +18
13
Capítulo 12: Nos Limites da Sanidade
14
Capítulo 13: Um dia Para Não Ser Esquecido - A Força do Amor
15
Capítulo 14: No Olho do Furacão
16
Capítulo 15: O Fio da Verdade
17
Capítulo 16: O Grito do Silêncio
18
Capítulo 17: Entre Sombras e Luz- A Luz no Fim do Túnel
19
Capítulo 18: O Peso das Manhãs - A Crise no Elevador
20
Capítulo 19: Revelações e Decisões
21
Capítulo 20: Laços de Sangue e Segredos
22
Capítulo 21: Entre a Dúvida e a Esperança
23
Capítulo 22: Sombras do Passado
24
Capítulo 23: Memórias de um Amor Perdido - Um Passo de Cada Vez
25
Capítulo 24: Silêncios e Revelações
26
Capítulo 25: Entre a Razão e o Coração
27
Capítulo 26: Revelações e Confissões - Entre a Razão e o Coração
28
Capítulo 27: Um Passo de Cada Vez - Entre a Razão e o Coração
29
Capítulo 28: Sob a Luz das Estrelas
30
Capítulo 29: Entrelaçados pelo Destino
31
Capítulo 30: O Despertar da Vida - Sob a Luz do Dia
32
# Capítulo 31: Entre o Amor e o Dever
33
Capítulo 32: O Peso das Expectativas
34
Capítulo 33: O Peso das Palavras
35
Capítulo 34: O Acordo Arriscado
36
Capítulo 35: A Primeira Noite da Farsa
37
Capítulo 36: Sob o Véu da Noite
38
Capítulo 37: Sob o Véu da Tensão
39
Capítulo 38: Sob o Véu da Incerteza
40
Capítulo 39: Acordando com o Sol - Flores e Preparativos
41
Capítulo 40: A Festa e os Sentimentos
42
Capítulo 41: Sob a Luz da Lua
43
Capítulo 42: À Beira da Revelação
44
Capítulo 43: O Fio da Tensão
45
Capítulo 44: Sob o Véu de Um Jantar
46
Capítulo 45: A Verdade que Não Foi Dita
47
Capítulo 46: A Noite da Decisão
48
Capítulo 47: Sob o Olhar da Noite
49
Capítulo 48: A Verdade nas Entrelinhas
50
Capítulo 49: Entre Verdades e Segredos
51
Capítulo 50: - A Revelação em Silêncio
52
Capítulo 51: Sob o Véu da Verdade I
53
Capítulo 52: Sob o Véu da Verdade II
54
Capítulo 53: Sombras Sob o Véu
55
Capítulo 54: Encontros e Despedidas
56
Capítulo 55: Fios da Manipulação: Lar ou Prisão?
57
Capítulo 56: Entre Desculpas e Promessas
58
Capítulo 57: O Grande Show de Elsa
59
Capítulo 58: Até que a Morte nos Separe
60
Capítulo Final – Entre a Razão e o Coração
61
Epílogo – Os Fantasmas de um Amor Não Correspondido
62
Sob o Véu da Paixão Vol. 2

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