Celma ainda conversava com Hugo nos fundos da casa quando Dona Teresa saiu, fazendo sinais para que terminassem a conversa rapidamente.
— Celma, seu pai e seu irmão estão vindo trabalhar no quintal. Vocês precisam sair daqui agora — disse Dona Teresa, olhando ansiosa para a filha e o genro.
Celma assentiu e virou-se para Hugo, tentando encerrar a conversa.
— Hugo, eu preciso ir agora. Estou me atrasando para o trabalho — disse ela, tentando manter a calma.
— Tudo bem, Celma. Mas nós precisamos resolver isso de uma vez por todas — insistiu Hugo, a voz carregada de frustração.
— Nós vamos resolver, Hugo. Mas não agora. Eu realmente preciso ir — respondeu Celma, afastando-se dele.
Hugo saiu de casa e ficou numa esquina, esperando para ver para onde Celma iria. Dentro de casa, Dona Teresa questionou a filha.
— Está tudo bem, minha filha? O que ele queria? — perguntou ela, entregando a pasta e o casaco para Celma.
— Nada de novo, mamãe. Apenas as mesmas acusações de sempre. Nós dois nos acusando mutuamente — disse Celma, tentando sorrir.
— Só tome cuidado, querida. Não quero ver seu irmão envolvido nisso — alertou Dona Teresa, olhando nervosamente para a porta.
Edgar entrou na cozinha e exclamou surpreso ao ver a irmã ainda em casa.
— Celma, você ainda está aqui? Vai se atrasar! — disse Edgar, pegando uma maçã da mesa.
Celma sorriu e respondeu rapidamente.
— Estou indo agora, Edgar. Não se preocupe.
Ela saiu e viu o carro de Lucas chegando. Enquanto caminhava até o carro, notou Hugo olhando para ela à distância. Lucas abriu a porta do carro para ela entrar.
— Bom dia, Celma. Como foi a noite? — perguntou Lucas, sorrindo.
— Bom dia, Lucas. Foi... complicada, como sempre. Mas estou bem — respondeu Celma, tentando parecer tranquila.
Durante o percurso, Lucas olhou para ela com preocupação.
— Quer que eu te pegue no trabalho mais tarde? — ofereceu ele, gentilmente.
— Eu adoraria, Lucas. Obrigada — disse Celma, agradecida.
Lucas deixou Celma em frente ao prédio dos escritórios de advocacia da FortunaTech e seguiu para o seu trabalho. Antes de entrar no prédio, Celma olhou para trás e viu o carro de Hugo estacionado, com ele olhando fixamente para ela.
No trabalho, Celma foi recebida com aplausos e palavras de encorajamento dos colegas.
— Bem-vinda de volta, Celma! — disse uma colega, abraçando-a.
— Obrigada, pessoal. É bom estar de volta — disse Celma, sentindo-se acolhida.
Enquanto isso, na casa dos pais de Lucas, Dona Margarida conversava com o marido, Sr. Carlos.
— Carlos, acho que está na hora de Lucas casar. Ele precisa de estabilidade na vida — disse Dona Margarida, determinada.
Carlos sorriu, tentando acalmar a esposa.
— Margarida, você precisa parar de implicar com a Celma. Isso foi há muito tempo. Lucas já superou isso.
— Superou? Você não vê como ele fica quando fala dela? Eu não quero que ele se envolva em problemas — disse Margarida, irritada.
— Margarida, o que você realmente quer é controlar a vida do nosso filho. Deixe-o viver a vida dele — disse Carlos, tomando um gole de café.
Margarida bufou, frustrada.
— Você nunca me ajuda, Carlos. Sempre dá apoio a ele em tudo, mesmo quando está errado.
— Eu apoio nosso filho porque confio nele. Ele é um homem adulto agora. Deixe-o tomar suas próprias decisões — disse Carlos, pacientemente.
Na casa dos Rodrigues, Dona Teresa contou ao marido que Hugo esteve ali cedo.
— O Hugo esteve aqui hoje cedo — disse Dona Teresa, preocupada.
Antes que pudesse continuar, Edgar entrou na sala, ouvindo a conversa.
— O que ele estava fazendo aqui? — perguntou Edgar, a voz cheia de desconfiança.
— Veio falar com a Celma. Eles estavam conversando nos fundos — disse Dona Teresa.
— Conversando? Eu aposto que ele veio causar mais problemas. Esse cara não muda — disse Edgar, furioso.
— Edgar, por favor, mantenha a calma. A Celma já tem muitos problemas. Não quero mais confusão — disse Sr. Augusto, tentando acalmar o filho.
— Calma? Como posso manter a calma quando aquele imbecil continua perturbando minha irmã? — gritou Edgar, perdendo a paciência.
— Precisamos lidar com isso da maneira certa, Edgar. Já temos um processo legal em andamento. Não podemos fazer justiça com as próprias mãos — disse Sr. Augusto, firme.
— Você sempre foi tão paciente, pai. Mas algumas coisas não podem ser resolvidas com paciência — disse Edgar, cruzando os braços.
— Edgar, eu sei que você quer proteger sua irmã, mas precisamos confiar no sistema legal. Fazer algo impulsivo só vai piorar a situação — disse Dona Teresa, com lágrimas nos olhos.
Edgar suspirou, tentando controlar sua raiva.
— Eu só quero ver aquele cara longe da Celma. Ela não merece passar por isso — disse ele, mais calmo.
— E ela vai ficar bem. Nós estamos aqui para apoiá-la — disse Sr. Augusto, colocando a mão no ombro do filho.
Enquanto isso, Celma tentava concentrar-se no trabalho, mas a imagem de Hugo a observando do carro não saía de sua mente. Ela sabia que precisava encontrar uma maneira de resolver essa situação, mas não sabia como.
Mais tarde, Lucas apareceu no escritório de Celma para buscá-la.
— Ei, como foi o dia? — perguntou ele, sorrindo.
— Foi difícil, mas consegui passar por isso — disse Celma, suspirando.
— Vamos dar uma volta antes de te levar para casa? Acho que um pouco de ar fresco vai te fazer bem — sugeriu Lucas.
— Adoraria, Lucas. Obrigada por estar aqui para mim — disse Celma, sorrindo.
Os dois saíram e começaram a caminhar pelo parque próximo ao escritório. Lucas podia ver a tensão no rosto de Celma e tentou animá-la.
— Você sabe que pode contar comigo, certo? Eu estou aqui para o que precisar — disse ele, olhando nos olhos dela.
— Eu sei, Lucas. E sou muito grata por isso — disse Celma, emocionada.
Enquanto caminhavam, Hugo observava de longe, seu coração cheio de ciúme e ressentimento. Ele sabia que havia perdido Celma, mas não estava pronto para desistir.
Em casa, Dona Margarida continuava preocupada com a aproximação de Lucas e Celma.
— Carlos, precisamos fazer algo. Eu não quero que Lucas se machuque novamente — disse ela, ansiosa.
— Margarida, você precisa confiar no nosso filho. Ele sabe o que está fazendo — disse Carlos, tentando acalmá-la.
— Eu só quero o melhor para ele. E eu não acho que Celma seja o melhor para ele — disse Margarida, teimosa.
— O coração tem razões que a própria razão desconhece, Margarida. Deixe-o seguir seu caminho — disse Carlos, sábio.
Na casa dos Rodrigues, Celma chegou exausta, mas aliviada por ter Lucas ao seu lado.
— Como foi o trabalho, minha filha? — perguntou Dona Teresa, preocupada.
— Foi bom, mamãe. Meus colegas foram muito acolhedores — disse Celma, sorrindo.
— Isso é ótimo, querida. E como estão as coisas com Hugo? — perguntou Sr. Augusto, cuidadoso.
— Ainda complicadas, papai. Mas estou tentando seguir em frente — disse Celma, determinada.
— E você vai conseguir. Estamos todos aqui para te apoiar — disse Dona Teresa, abraçando a filha.
Enquanto Celma se preparava para dormir, ela não podia deixar de pensar nas palavras de Hugo e no apoio de Lucas. O relógio marcava o tempo, cada segundo mais significativo que o anterior. As decisões que ela tomaria nos próximos dias moldariam seu futuro, e ela sabia que precisava estar forte para enfrentar o que viesse.
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Atualizado até capítulo 62
Comments
Solange Araujo
Esse Lucas é um 😇 talvez o Hugo tenta machucar ele por ciúmes, quem traí uma vez trai de novo .....
2024-09-08
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