Segunda

Fui apressadamente até a porta, e quando abri, me deparei com Celine no chão, enquanto um homem tentava bater nela. O joguei para trás com tudo, então ajudei Celine a se levantar.

— Entra na sua casa e tranque a porta, AGORA! — Celine fez o que pedi, então o homem veio me atacar.

— ENTÃO É VOCÊ O DESGRAÇADO POR QUEM ELA ME LARGOU? ELA É MINHA, ENTENDEU? NINGUÉM VAI TIRAR A CELINE DE MIM! — era óbvio que ele estava obcecado por ela.

Ele me empurrou, tentando me agredir, mas antes que isso fosse possível, Celine abriu a porta, acertando algo na cabeça dele. O homem caiu imediatamente.

— Já chamei a polícia, e não se preocupe, ninguém vai me acusar por acertar ele! — ela disse com confiança.

Eu estava tão em choque, que nem sequer consegui dizer algo. Celine me empurrou para minha casa, e abriu a porta, que estava destrancada.

— Não precisa ir comigo à delegacia, por favor, não faça nada, apenas fique em casa, ok? — ela não me deu tempo para questionar.

Fiz o que Celine pediu, mesmo não entendo nada do que estava acontecendo. Quando os policiais chegaram, eu ouvi um choro baixo, era ela, contando brevemente o que aconteceu.

Depois disso, não soube de mais nada, até que ela mesma viesse até minha casa.

— Boa noite! Eu disse que não teria problema, aproveitei e comprei algo para você no caminho! — ela sorriu, e isso me fez lembrar a primeira vez que a encontrei.

— Oh, boa noite. Entre… — mas, ela agarrou minha mão.

— Vamos a minha casa! — tão de repente?

Eu saí, trancando a porta da minha casa. Segui Celine até a casa dela, mas estava me perguntando quais eram suas intenções.

A casa dela estava perfeitamente arrumada, mas tinham tantas coisas, que parecia uma acumuladora.

— Você gosta bastante de animais… — tinha fotos, enfeites de animais, e outras coisas.

— Eu gosto? Haha, é. — a resposta dela me pareceu incerta.

Celine colocou a sacola na mesa, e me pediu para sentar ao lado dela.

— Sua torta favorita! — ela me entregou.

— Como sabe que é minha favorita? — nem mesmo eu sei…

— Apenas coma! — de novo, aquele sorriso.

Por alguma razão, Celine parecia extremamente estranha. Provei a torta, e era realmente deliciosa. Sim, tenho certeza que seria minha favorita.

— Então… você quer saber sobre a morte de Aisha, certo? — eu quase engasguei quando ela entrou nesse assunto.

— Você sabe realmente de alguma coisa… — bom, eu iria questionar de qualquer forma, afinal, quando foi ao local onde Aisha morreu, Celine ficou estranha.

Seu sorriso mudou para uma expressão melancólica.

— Vocês estavam em uma situação complicada, ela estava fazendo tratamento para engravidar, mas você não queria que ela fizesse, já que o médico havia te dito após um tempo que ela poderia perder a vida. — ela começou a bater os dedos na mesa.

Fiquei em silêncio, esperando que ela continuasse.

— César, no dia que ela morreu, você realmente estava no trabalho? — a pergunta me pegou desprevenido.

— Por que está perguntando isso? Todos me disseram que sim, eu estava. Sofri o acidente indo à procura dela! — Celine olhou para mim, me deixando tenso.

— Sério? Isso é bom, você não é um suspeito! — ela voltou a sorrir, mas continuei me sentindo estranho.

— Celine, acha que matei a Aisha? Por que me fez essa pergunta? — a pessoa mais suspeita aqui, é você…

Celine também estava ciente que eu desconfiava dela, mas não demonstrava medo, ou hesitação.

— Não, mas como eu não sei tanto sobre a situação, decidi perguntar! — ela pegou uma torta, e comeu.

— E você? Como sabe tanto da vida de Aisha? Soube que vocês não eram amigas. — questionei.

— Eu menti. Na verdade, eu sempre fui intrometida, saberia se lembrasse de mim. Ela me odiava porque acreditava que eu queria você, isso não é engraçado? — ela disse em um tom debochado.

Ainda não fazia sentido, nada sobre isso me passava confiança.

— Fique tranquilo, César. Se eu fosse a assassina já teria sido pega. — ela se virou para mim. — E sobre aquele homem, terminamos há um tempo, mas ele estava me perseguindo. Guardei as mensagens que ele me enviava, com ameaças, denunciei a polícia, e agora ele está preso! — Celine se levantou de repente.

Então, ela foi até algum lugar, e eu fiquei sentado, esperando por ela. Tudo estava ficando mais confuso.

— O que é isso? — perguntei, ao ver que Celine estava me entregando um documento.

— Leia. — ela se sentou de novo.

Abri, percebendo ser um laudo médico.

— Isso, o que isso significa, Celine? — havia a data de entrada no paciente, exatamente no dia em que Aisha morreu, e eu sofri o acidente.

— No mesmo dia, aquele homem me drogou. Ele é viciado, mas eu não estava ciente disso. Quando soube, decidi terminar, e ele não queria aceitar a situação. Ele me obrigou a ingerir diversas drogas estranhas, e eu acabei passando mal. Quando achou que eu ia morrer, ele fugiu. Me lembro que um pouco antes de perder a consciência, Aisha me encontrou e ligou para a emergência, a porta da casa estava aberta, e eu estava com muita dor. Apesar de não gostar de mim, ela me ajudou, e depois sumiu.

Isso significava que ela realmente não assassinou a Aisha.

— Naquele dia, eu quase morri. Na verdade, meu coração chegou a parar, mas por um milagre, eu estou aqui! — ela sorriu.

— Celine… — ela passou por tantas coisas, e estava sozinha também.

— Desculpe por desconfiar de você. — o laudo realmente confirmava tudo.

— Está tudo bem, afinal, eu melhorei tão rápido. Haha, fizeram uma lavagem em mim, e eu saí do hospital quatro dias antes de você. Bom, eu estava tão bem que nem parecia que algo havia acontecido.

— Celine, você também passou por muitas coisas, por que se envolveu com um homem assim? — ele provavelmente já demonstrava sua personalidade ruim.

— É o que gostaria de saber, não consigo entender o que ela viu nele. — ela?

— Celine, você…

— Nossa, já está tarde! Melhor você ir, estou bem cansada… — outra vez, ela saiu me empurrando. — Te vejo segunda, no trabalho!

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***