A Pessoa Esquecida Quer Ser Lembrada
Olá, essa história é sobre mistério, ficção, investigação e suspense, entre outros. Então, não será completamente condizente com a realidade, pois é uma (ficção) sobre os dias atuais. Terá romance, mas não é o foco principal. Não haverá apresentação dos personagens, e fotos, e a razão disso talvez fique clara ao longo desse capítulo:
...[...]...
Há um rombo em minhas memórias. Existe alguém que sinto falta, ou pelo menos foi o que me disseram depois que acordei daquele trágico acidente, onde perdi minhas memórias, e no mesmo dia, a mulher que eu “amava”.
Meu nome é César, sou filho de um ex-magnata falido. Atualmente, sou o único restante de uma família de quatro pessoas. Sem o apoio de familiares distantes, tive muitas dificuldades, comecei a trabalhar como investigador, para uma empresa que meu melhor amigo fundou há alguns anos atrás.
Tudo isso sei atualmente, foi através dele, que me contou um pouco sobre quem eu era.
Mas, ninguém consegue explicar a existência daquela mulher. Todos que me conhecem, perguntam dela, ou me desejam sentimentos pela perda.
Quem é você? Não consigo compreender. Por que de todas as situações que me incomodam, você, garota que desconheço o rosto, é a prioridade? Como pode um casal não ter fotos juntas? Até seu nome é como um borrão, que sei apenas superficialmente.
Sinceramente, o que estou fazendo? Sinto que devo desvendar esse caso, mas não há pistas que me levem ao fim desse mistério. Aisha, era o nome dela. E seu sobrenome? Ninguém sabe, seus familiares não relataram seu desaparecimento, isso significa que ela estava sozinha na vida?
Se é assim, eu sinto que sou o único a querer desvendar esse caso. Seguir minha vida diante de tal situação, tem sido complicado, mas preciso ter forças. Não faço ideia, mas ela sempre estava comigo. Eles dizem que nos amávamos, e que nossa relação não era perfeita. No dia do seu enterro, eu estava desacordado no hospital, e agora, diante do seu túmulo, estou aqui, lamentando por uma mulher que não consigo lembrar.
— Aisha… Aisha… quem realmente era você? — a morte dela era o caso estranho para mim.
Desvendar casos para outras pessoas, mas não resolver o da mulher que sempre esteve comigo? É claro que não me parecia justo, por isso, mesmo não sabendo quem você é, Aisha, descobrirei quem tirou sua vida!
...[…]...
O cheiro de álcool e remédios estava me deixando tonto, ao abrir meus olhos, notei que havia duas pessoas sentadas ao meu lado no quarto de hospital.
— Argh… — tentei me mover, mas meu corpo estava completamente dolorido.
— César? Finalmente acordou, que alívio! — o homem veio até mim, me abraçando com cautela.
— Espera, quem é você? — por que tudo estava um borrão?
— Uh, você não sabe quem eu sou? — ele me olhou confuso.
— Eu deveria saber quem você é? — minha resposta o deixou atordoado.
— Não acredito, você perdeu a memória? Não lembra do meu nome? — ele me olhou com expectativa.
— Eu não lembro nem mesmo do meu. — nada era familiar para mim, muito menos ele, ou aquela mulher.
— Sou Arthuro, seu melhor amigo! — melhor amigo? Bom, se ele está aqui, obviamente seria algo meu.
— E ela? — apontei para a mulher.
— Ela? De quem está falando? Não tem ninguém aqui além de mim. — quando ele olhou para a mesma direção que apontei, notei que ela desapareceu diante dos meus olhos.
— Mas, definitivamente, tinha uma mulher ali! — como ela sumiu tão rapidamente?
— César, você não deve estar bem, vou chamar o médico! — ele saiu, e eu fiquei encarando o lugar onde ela estava antes.
— Mas definitivamente tinha alguém, eu vi… — ou será que minha cabeça está tão confusa?
Esperei ele voltar com o médico. Minha cabeça estava doendo, e eu não sabia o que fazer a respeito da situação. Não conheço nada da minha própria vida, até agora, sei apenas o meu nome.
— O médico irá te examinar agora, ok? — ele dizia como se eu estivesse alterado.
Fiquei em silêncio, até que o médico começou a me fazer algumas perguntas. Ele confirmou minha perda de memória, por isso, eu deveria ficar no hospital por mais um tempo, em observação.
— Poxa, esse acidente realmente foi trágico em muitos sentidos… — ele estava tenso, e passou a mão na testa, como se estivesse limpando suor.
— Como acabei aqui? Pode me dizer o que aconteceu comigo? — suspirando, ele se sentou ao meu lado.
Arthuro pegou na minha mão, e disse:
— Não sei por onde começar… mas resumindo, há exatamente uma semana, sua namorada foi assassinada. Quando você soube, ficou devastado, e decidiu ir para o local onde disseram que encontraram o corpo. A caminho de lá, sofreu um acidente de carro e caiu de um barranco. Sinceramente, todos achavam que você não ia sobreviver, sua cabeça estava repleta de sangue.
— Minha… namorada? — eu tinha uma namorada?
— A Aisha, vocês se amavam muito. Infelizmente, você não foi capaz de dizer adeus a ela antes do enterro.
— Quem a matou? — foi a primeira coisa que passou pela minha cabeça quando soube disso.
— Ainda não sabemos, na verdade, com seu acidente, tudo ficou complicado. Tive que deixar o caso com a polícia, mas posso investigar depois se você quiser. — e por que você investigaria? Era o que queria perguntar.
— Mas é o trabalho deles, por que você o faria? — em resposta, ele me entregou um cartão. — você tem uma agência de investigação?
— Tenho, e você trabalhava comigo. Como era sua namorada, senti que tinha a obrigação de te ajudar a investigar, mas seu acidente foi no mesmo dia, e como você não tem familiares próximos, eu fiquei com você desde o ocorrido.
— Não tenho família? — nada mais me surpreendia depois do caso da minha “namorada”.
— Enfim, eu vou ficar com você por um tempo. Te deixarei na minha casa por uns dias, deve ir algumas vezes ao seu apartamento, assim vai se adaptar pouco a pouco. Talvez te ajude a lembrar, já que as coisas da Aisha estão lá.
— Morávamos juntos? — então possuíamos uma relação muito íntima.
— Sim, vocês estavam juntos há muitos anos, pelo que sei ao menos. — Arthuro coçou a nuca.
Apesar da situação em si, me deixar confuso, meu coração estava calmo. Respirei fundo e me endireitei na cama do hospital. Meu ''amigo'', ficou em silêncio, me olhando com pena.
— César, realmente sinto muito pelo que aconteceu. — me dizer aquilo pareceu aliviá-lo de alguma forma.
Depois daquilo, pedi para ele me deixar sozinho por um tempo. Nada estava claro para mim, e a situação ficou mais estranha quando eu dormi.
— César… — uma voz feminina chamou minha atenção, não pude ver seu rosto, pois estava coberto.
Seu sorriso foi a única coisa que via à minha frente. Aquilo mexeu comigo de alguma forma. Me aproximei com passos lentos e cautelosos. Ela ficou de costas para mim, e apenas sua silhueta era notável. Estiquei minha mão para toca-lá, mas nesse momento, ela se tornou apenas um borrão na minha frente.
Olhei para a minha mão, aquele toque, por que senti falta disso?
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Atualizado até capítulo 44
Comments
100% toon
historinha nova Bia, eéeh vamo ler
2024-07-08
1
Ana maria
tô amando o enredo
2024-07-06
1