Passei a aula toda com a cabeça longe, a indiferença de Ferdinando me perturbando profundamente. Cada vez que ele passava por mim sem sequer me olhar, meu coração se apertava. "Será que ele mudou de ideia e não quer mais ficar comigo?" era o pensamento que não parava de martelar na minha mente. Eu tentava me concentrar nas palavras do professor, mas era impossível. A indiferença de Ferdinando me deixava inquieta, como se uma nuvem de incerteza pairasse sobre mim.
Não entendia por que Ferdinando estava agindo de forma tão estranha. Será que algo pessoal tinha acontecido com ele? Ou talvez fosse algo que eu fiz ou disse? A dúvida me corroía. Olhei para trás, admirando sua beleza. Seu rosto era uma tela cheia de expressões, um olhar caído que agora parecia ainda mais distante, e os lábios, que costumavam estar sempre risonhos, estavam firmemente fechados.
Decidi então relevar sua atitude. Afinal, estávamos ficando às escondidas e realmente ninguém poderia saber do nosso caso. Talvez ele estivesse apenas sendo cauteloso, evitando qualquer suspeita. Mas mesmo sabendo disso, não conseguia afastar a inquietação.
Voltei a olhar para o quadro negro, mas meu olhar rapidamente desviou de volta para Ferdinando. Observava seus movimentos, tentando encontrar algum sinal de que tudo estava bem. Cada gesto, cada expressão, era uma pista que eu tentava decifrar. Mas ele permanecia impenetrável, uma muralha que eu não conseguia escalar.
A aula continuava, mas para mim, era como se o tempo estivesse parado. Cada segundo parecia uma eternidade, cada palavra do professor era um borrão indistinto. Eu estava presa no meu próprio mundo de incertezas e sentimentos confusos, esperando desesperadamente por um sinal de que tudo voltaria ao normal.
Ao final da aula, fiquei parada ao lado da minha mesa, ponderando se deveria falar com Ferdinando. Observei-o de longe, sua expressão fechada e distante. Havia algo de diferente nele, algo que me dizia que talvez aquele não fosse o momento adequado. Ele poderia estar passando por uma fase muito difícil e talvez não quisesse ninguém por perto, especialmente uma garota com quem ficava às escondidas.
Decidi não forçar a situação e fui para casa sem sequer me despedir de Ferdinando. Ele havia saído da sala de aula antes de mim, e parecia inalcançável. Caminhei pelo corredor da escola, meu coração pesado com uma mistura de desânimo e preocupação. As conversas animadas dos outros alunos passavam por mim como um borrão, enquanto minha mente estava presa em um turbilhão de dúvidas e incertezas.
Chegando em casa, joguei minha mochila no chão e suspirei profundamente. A atmosfera familiar do meu quarto, normalmente acolhedora, agora parecia opressiva. Sentei-me na cama e encarei o teto, tentando entender o que estava acontecendo. Não trocamos sequer um olhar durante a aula, algo tão natural e habitual para nós. Tudo estava estranho e eu precisava saber o que havia acontecido.
Peguei meu tablet e, com dedos trêmulos, enviei uma mensagem para ele via WhatsApp. Escrevi um simples "Oi", esperançosa de que ele me respondesse logo e talvez se desculpasse por ter me ignorado o tempo todo. Cada segundo que passava sem resposta parecia uma eternidade.
Fiquei ali, segurando o tablet com força, minha mente repleta de pensamentos conflitantes. Será que ele estava apenas ocupado, ou havia algo mais sério acontecendo? A preocupação se misturava com a esperança de que tudo se esclarecesse logo. Olhei para a tela do tablet, aguardando ansiosamente qualquer sinal de Ferdinando, na esperança de que nossa relação pudesse voltar ao normal.
Ferdinando: Oi.
Aquela simples mensagem fez meu coração bater mais rápido, minhas mãos começaram a suar enquanto esperava por mais.
Eu: Você está bem? Nem olhou na minha cara direito hoje.
Ferdinando: Sim, estou. Desculpa, eu não estava me sentindo bem. Mas não ache que era um problema com você, já que nossa relação é discreta.
Meu estômago deu um nó. Havia algo no seu jeito que me deixava insegura.
Eu: Eu sei, mas fiquei preocupada. Achei que ficou chateado com alguma coisa que eu fiz.
Ferdinando: Imagina, não tem nada a ver com você.
Respirei fundo, tentando me acalmar.
Eu: Tudo bem então, deixa isso quieto. Me fala, vamos nos ver quarta mesmo?
Ferdinando: Sim, quarta-feira minha mãe não estará em casa. Teremos a casa toda para a gente.
Ao ler aquela mensagem, meu coração saltou de alegria. Sentia meu rosto esquentar, um sorriso involuntário se espalhando pelo meu rosto. "Serei novamente de Ferdinando, sentirei o calor dos seus braços", pensei, mas minhas fantasias foram abruptamente interrompidas pela sensação de um corrimento entre minhas pernas. A lembrança de que eu estava menstruada surgiu como um balde de água fria.
Olhei para o calendário, calculando mentalmente os dias. A frustração tomou conta de mim, lembrando que isso significava não poder haver penetração, apenas outras formas de intimidade como um sexo oral. Suspirei, tentando encontrar uma solução. Talvez as coisas pudessem ser diferentes, talvez ainda fosse um encontro especial. Mesmo assim, a antecipação e a excitação voltaram a tomar conta de mim, misturadas agora com uma leve apreensão sobre como tudo aconteceria. Antonio
Com o coração acelerado e a mente cheia de expectativas, finalmente chegou mais uma quarta-feira, aquele dia tão aguardado em que eu teria a chance de ver Carlos Ferdinando do jeito que eu tanto desejava: nu, entregue a mim enquanto eu me deliciava com seu pau dentro da minha boca. A simples ideia me fazia tremer de excitação, a ansiedade se misturando com a luxúria em um turbilhão de emoções.
Me arrumei cuidadosamente, escolhendo cada peça de roupa com cautela e atenção, querendo estar impecável para o encontro que se aproximava. Não consegui evitar um sorriso cúmplice diante do espelho, imaginando tudo o que estava por vir.
— Para onde está indo? — Minha mãe, sempre atenta aos meus passos, não demorou a questionar, sua curiosidade materna pulsando forte em seu olhar.Ciente de que não poderia escapar de sua vigilância, engoli em seco e respondi com um sorriso forçado, tentando disfarçar a ansiedade que me consumia por dentro.
— Estou indo para casa de uma amiga, vou visitá-la — menti.
Sabia que seria uma batalha constante, entre minha necessidade de liberdade e independência e a responsabilidade que vinha junto com as benesses de viver sob o teto materno. Mas apesar das dores de cabeça que isso me causava, não conseguia deixar de sorrir ao me lembrar do que me esperava ao final daquele dia. Afinal, nada poderia me impedir de viver intensamente todos os momentos que a vida me reservava, especialmente aqueles que me proporcionavam tanto prazer e êxtase. E naquela quarta-feira, eu sabia que embarcaria em uma jornada de encontros ardentes, segredos compartilhados e desejos realizados. E nada, nem ninguém, seria capaz de me deter.
— Qual o nome dessa amiga? — ela me perguntou.
— Mara. — Como sempre, falei o primeiro nome que me veio na mente.
— A sua outra amiga se chamava Juliana, agora essa se chama Mara? Estranho. — franziu a testa.
Minha mãe sempre desconfiava das minhas movimentações, minhas desculpas eram muito repetitivas. Eu deveria ter pensado em algo mais interessante para falar, como: ir na pracinha para ver o trânsito enquanto o vento bate em meu rosto, ou qualquer coisa do tipo.
Minha cara cínica se fazendo de desentendida foi o ápice, diante disso, minha mãe não disse mais nada além de me olhar de cima a baixo e me ver toda produzida.
— Já vou mãe! Daqui a pouco estou de volta em casa. — Saí, rapidamente, de casa, antes que ela me barrasse para me dizer mais alguma coisa.
Enquanto caminhava em direção à casa dele — demorei um pouco para conseguir lembrar onde era a casa dele —, sentia a brisa suave acariciando meu rosto e o calor do sol aquecendo minha pele. Cada passo parecia sincronizado com a batida do meu coração, que estava a mil por hora. A antecipação aumentava a cada segundo, e a excitação fazia meu corpo inteiro vibrar.
Cheguei à casa de Ferdinando e bati na porta, sentindo um frio na barriga. Quando ele abriu, seu sorriso e o brilho em seus olhos me fizeram esquecer qualquer dúvida. Entramos, e a tensão no ar era palpável. Aquele era o momento que eu tanto ansiava.
— Achei que não viria mais — ele disse.
Realmente eu havia chegado bastante atrasada, pois eu não conseguia lembrar bem onde era a casa dele.
— Eu quase me perdi procurando a sua casa — brinquei.
— Então vamos fazer o que temos que fazer, certo? — ele adiantou-se.
Ele começou a se despir, e meu corpo reagiu com uma intensidade que nunca havia experimentado antes. Meu desejo queimava em meu peito, e a visão do seu corpo nu foi como uma faísca que incendiou meu ser. Aproximei-me lentamente, meu coração batendo descontrolado, e comecei a explorar cada centímetro dele com minha boca, sentindo cada detalhe, cada pulsação.
A quarta-feira se transformou em um clímax de puro desejo. Por conta do meu período menstrual não poderíamos ir mais além do sexo oral — infelizmente. O tempo parecia parar, e no silêncio do quarto, apenas nossos suspiros e gemidos preenchiam o ar. Aquele momento se tornou inesquecível, um marco de paixão que eu guardaria para sempre. A sensação da pele dele sob meus lábios, a maneira como ele reagia ao meu toque, tudo estava gravado na minha memória com uma nitidez impressionante. Naquele instante, nada mais existia além de nós dois, perdidos em um mar de prazer e conexão intensa. Foi apenas um sexo oral, mas para mim foi muito mais que isso, eu o aflorei de todas as formas possíveis, fazendo-o delirar de prazer.
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Atualizado até capítulo 35
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