EPISÓDIO DEZ - Proposta Inesperada

Na manhã seguinte, levantei-me exausta, mal havia pregado o olho, fiquei sentada na cama, olhando para o nada. Meu semblante refletia a preocupação com o meu futuro com Ferdinando. Eu acreditava piamente que ele iria se apaixonar por mim, mas a realidade parecia colidir brutalmente com minhas fantasias. Ferdinando não demonstrava nenhum interesse em firmar algo mais sério, e o pior de tudo é que eu sabia disso. Ele deixava claro que não tinha intenções de compromisso, mas, ainda assim, eu insistia em me iludir.

Eu me perguntava por que fazia isso comigo mesma. Seria algum tipo de dependência emocional? Não conseguia entender por que me submetia a essas expectativas, sabendo que elas provavelmente nunca se concretizariam. Cada gesto e palavra dele estavam impregnados de indiferença, mas eu continuava a alimentar a esperança de que, com o tempo, ele mudaria.

— Donatella, a Marcia disse que é para você começar amanhã cedo cuidar dos filhos dela — minha mãe anunciou ao entrar no meu quarto, trazendo consigo um aviso nada agradável.

— Aff, mal acordei e a senhora já vem estragar meu dia? — resmunguei, irritada.

— Estragar seu dia? — ela repetiu com um tom de incredulidade. — Imagine como não vai ser o meu, trabalhando em casa igual uma escrava enquanto você só fica nesse tablet o dia inteiro.

Minha mãe olhava ao redor do meu quarto, observando a bagunça e os vestígios do que parecia ser uma noite longa de uso do tablet. O sol da manhã entrava pelas frestas das cortinas, iluminando parcialmente o ambiente e destacando as pilhas de livros e roupas espalhadas pelo chão.

— Você precisa assumir algumas responsabilidades, Donatella. A vida não é só ficar deitada aí, sem fazer nada produtivo — ela continuou, cruzando os braços e me lançando um olhar severo.

Suspirei, sabendo que discutir não adiantaria. Minha mãe era incansável quando se tratava de nos manter ocupados e produtivos. Peguei o tablet e o coloquei de lado, sentando na beirada da cama.

— Tá bom, mãe. Eu vou. — Respondi com um tom resignado, tentando conter a frustração.

Ela me deu um olhar de aprovação, mas não sem um traço de cansaço.

— Ótimo. E lembre-se de fazer um bom trabalho. A vizinha conta com você, e eu também — disse, antes de se virar e sair do quarto, fechando a porta atrás de si.

Fiquei olhando para a porta fechada, sentindo o peso das expectativas da minha mãe sobre mim. Mais um dia começava, e eu precisava encarar as responsabilidades que vinham com ele, mesmo que isso significasse sacrificar meu tempo livre.

Saí da cama com um desânimo total e fui tomar meu café. Eram 9h da manhã, e eu nunca havia me sentido tão descontente em toda minha vida. Apesar de ter tido uma tarde maravilhosa com o garoto que eu gostava no dia anterior, o dia atual não era meu. Preparei meu café: um pão com mortadela e queijo, acompanhado por um copo de leite. Para mim, essa era uma combinação indispensável. Tudo o que eu queria era tomar meu café em paz, mas parecia ser pedir muito.

Enquanto eu mastigava lentamente meu sanduíche, tentando encontrar algum consolo no sabor familiar, minha mãe começou a falar, cortando o silêncio da manhã.

— Na vida temos que ter responsabilidade... — disse ela, sem qualquer preâmbulo.

A vontade que eu tinha era de arremessá-la pela janela para ela entender que meu dia não estava bom, mas eu precisava manter o controle e não fazer besteira. O sol ainda nem tinha subido completamente, e ali estava ela, pronta para um sermão matinal. Suspirei, sentindo um nó se formar no meu estômago. Eu sabia que era minha mãe e que ela só queria o melhor para mim, então respirei fundo e ouvi tudo o que ela tinha a dizer, calada, como uma boa filha que sou, apesar de não parecer.

Troquei minha roupa de dormir e me acomodei na cama com o tablet. Já havia perdido o sono e tinha uma prioridade em mente: falar com Ferdinando. Enviei um "Oi" para ele via WhatsApp, mas não obtive resposta imediata, pois ele não estava online. A mensagem permaneceu entregue, mas não lida.

Para passar o tempo, decidi navegar na internet. A ideia de assistir a um filme pornô passou pela minha mente, na esperança de me deixar excitada e reviver a lembrança da tarde com Ferdinando. Ainda podia sentir a pressão do corpo dele sobre o meu, e apesar de a experiência não ter sido perfeita, ele era o amor da minha vida. Acreditava que, com o tempo, ele se apaixonaria por mim definitivamente.

Enquanto navegava sem rumo, revivendo cada detalhe daquele encontro, meu coração acelerava. O tempo parecia arrastar-se, aumentando minha ansiedade. Finalmente, uma notificação soou no tablet. Ferdinando havia respondido com um simples "Oi". Senti um alívio imediato, como se um peso enorme fosse retirado dos meus ombros. O medo de ser ignorada ou, pior, bloqueada, dissipou-se instantaneamente.

A resposta curta dele me deu uma nova esperança. Continuei a conversa, sentindo-me uma boba apaixonada que, apesar de perceber as falhas, preferia ignorá-las para manter o encanto do relacionamento. Coloquei o tablet ao lado do travesseiro, ainda sentindo o coração acelerado e um sorriso bobo no rosto. O futuro parecia promissor, mesmo que apenas em minha mente apaixonada.

Eu: Como vai você? O que está fazendo? (perguntei)

Ferdinando: Estou bem. Estou assistindo jogo, e você? (A conversa parecia amigável)

Eu: Eu estava aqui navegando em uns sites pornô 😈 (disse, maliciosamente.)

**Ferdinando: **Isso é bom 😊 (Ele aparentemente se agradou do que eu disse) Queria te propor uma parada, você topa?

**Eu: **Depende... Do que se trata?  (Fiquei cismada)

Ferdinando: Eu queria que você tirasse a virgindade de um irmão meu (disparou)

Não acreditava que ele foi capaz de me propor uma coisa dessas. Que garoto nojento! Preferia acreditar que ele estava fazendo uma brincadeira de mau gosto, porque não era possível alguém fazer esse tipo de proposta. Aquilo cortou meu coração, e eu não sabia como juntar os cacos. Não estava preparada para encarar aquela realidade. "Ferdinando acha mesmo que pode me usar dessa forma? Não, eu não vou aceitar ser humilhada assim."

Eu: Como tem coragem de me propor algo assim? (me indignei, sentindo meu rosto esquentar de raiva e incredulidade) Eu não quero saber de você nunca mais! 🤬🤬

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Comments

Roseli Santos

Roseli Santos

fez bem donatella de ser afasta desse nojento

2025-01-20

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Capítulos
1 PRÓLOGO
2 EPISÓDIO - Primeiro Dia De Aula
3 EPISÓDIO DOIS - Persona Non Grata
4 EPISÓDIO TRÊS - Aquele Garoto
5 EPISÓDIO QUATRO - Em busca Do Nome Dele
6 EPISÓDIO CINCO - Bate-Papo Amigável
7 EPISÓDIO SEIS - A Monotonia
8 EPISÓDIO SETE - Naquela Quarta (Part 1)
9 EPISÓDIO OITO - Naquela Quarta (Part 2)
10 EPISÓDIO NOVE - Primeiros Sinais
11 EPISÓDIO DEZ - Proposta Inesperada
12 EPISÓDIO ONZE - "Droga...! Menstruei"
13 EPISÓDIO DOZE - Comportamento Estranho
14 EPISÓDIO TREZE - Apenas Um Sexo Oral
15 EPISÓDIO QUATOZE - Indiferente
16 EPISÓDIO QUINZE - É... Não Deu...
17 EPISÓDIO DEZESSEIS - Discussão Escolar
18 EPISÓDIO DEZESSETE - O INICIO DO PESADELO
19 EPISÓDIO DEZOITO - Como Duas Crianças
20 EPISÓDIO DEZENOVE - Visão Errada
21 EPISÓDIO VINTE - Primeiro Fake
22 EPISÓDIO VINTE E UM - Grupo Pesado
23 EPISÓDIO VINTE E DOIS - Numero Errado
24 EPISÓDIO VINTE E TRÊS - Piadinhas
25 EPISÓDIO VINTE E QUATRO - Ridicularizada
26 EPISÓDIO VINTE E CINCO - A Namorada
27 EPISÓDIO VINTE E SEIS - Sangue nos Olhos
28 EPISÓDIO VINTE E SETE - Circulou no Grupo
29 EPISÓDIO VINTE E OITO - Vejo nos Seus Olhos
30 EPISÓDIO VINTE E NOVE - Na Casa da Tia
31 EPISÓDIO TRINTA - A Gota D'Água (Part. 1)
32 EPISÓDIO TRINTA E UM - A Gota D'Água (Part. 2)
33 EPISÓDIO TRINTA E DOIS - "A Diretoria"
34 EPISÓDIO TRINTA E TRÊS - "Confissões de Adolescente"
35 EPISÓDIO TRINTA E QUATRO - Nada Mudou
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Atualizado até capítulo 35

1
PRÓLOGO
2
EPISÓDIO - Primeiro Dia De Aula
3
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4
EPISÓDIO TRÊS - Aquele Garoto
5
EPISÓDIO QUATRO - Em busca Do Nome Dele
6
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7
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