Capitulo: 7 Confronto nas Fronteiras II

 

Naquele dia, a raiva se apoderou de mim de uma forma avassaladora. A simples menção da invasão dos trabalhadores do Coronel João Silva foi como acender um fogo dentro do meu peito, desencadeando um turbilhão de emoções que eu mal conseguia controlar. Montado em meu cavalo negro, galopava furiosamente em direção ao local da invasão, determinado a fazer justiça e proteger o que era nosso.

 

Enquanto avançava pelas trilhas empoeiradas da fazenda, mal percebi os chamados de Sofia Mendes, cuja presença sempre me tirava o fôlego. Seus gritos se perdiam na tempestade de pensamentos e emoções que tumultuavam minha mente naquele momento.

 

Meus nervos estavam à flor da pele, cada músculo tenso e alerta, enquanto meu coração martelava com força descontrolada no peito, impulsionado pela urgência de restaurar a ordem e fazer valer nossa autoridade perante os intrusos que desafiavam nossa soberania.

 

Ao chegar ao local da invasão, deparei-me com uma cena que inflamou ainda mais minha determinação. Os trabalhadores da fazenda Kilassa, arrogantes e desafiadores, pastoreavam seus rebanhos em nossas terras, ignorando completamente nossos direitos e invadindo nossa propriedade com impunidade.

 

Aquela visão encheu-me de uma fúria indomável, uma mistura de indignação e determinação que ardia dentro de mim como um fogo voraz. Era hora de agir, de fazer valer nossa autoridade e expulsar os intrusos de uma vez por todas.

 

"Quem é o responsável aqui?" gritei, minha voz carregada de raiva e desafio, ecoando pelo ar como um trovão em meio à tempestade.

 

Um dos trabalhadores do Coronel João Silva, com uma expressão arrogante estampada em seu rosto, se aproximou, desafiando-me com seu olhar penetrante e desdenhoso. Sua postura era desafiadora, como se estivesse pronto para enfrentar qualquer desafio que eu pudesse lançar.

 

"Quem é o senhor?" retrucou ele, sua voz ecoando com um tom de desdém, como se duvidasse da minha autoridade e determinação.

 

Sem hesitar, saltei do cavalo com um movimento rápido e preciso, levantando minha pistola com firmeza e determinação. O metal frio e sólido em minhas mãos parecia pulsar com a mesma energia fervente que queimava dentro de mim. Dois tiros rasgaram o ar, ecoando como um aviso sombrio para aqueles que ousavam desafiar minha autoridade.

 

"Sou o Coronel Dihungo, dono dessas terras", declarei com autoridade, meu olhar fixo no intruso, desafiando-o a duvidar de mim. Minhas palavras eram como aço, cortando o ar com sua firmeza e determinação.

 

"Quero vocês fora daqui em dez minutos, se não isso vai ficar feio", continuei, minha voz carregada de um aviso sombrio. A tensão pairava no ar, palpável e elétrica, enquanto eu encarava o intruso com firmeza e determinação.

 

Não demorou muito para o jovem rapaz, armado em herói se aproximar de mim, desafiando-me com seu olhar e postura. Mas não hesitei em agir, minha determinação inabalável guiando cada movimento meu.

 

As duas galhetas que desferi em seu rosto ressoaram como trovões no silêncio tenso que se seguiu, ecoando pela paisagem como um aviso sombrio para todos os presentes. E quanto minha pistola, ela já estava apontada para o seu rosto, não havia mais espaço para dúvidas ou hesitações.

 

"Tens cinco minutos para tirares o seu pessoal das minhas terras", declarei com autoridade, minha voz firme e inabalável. O intruso parecia perdido, desorientado, diante da minha determinação e firmeza. Era hora de fazer valer nossa autoridade e expulsar os intrusos de uma vez por todas.

 

O som do tiro que havia feito, ecoava pelos ares despertando a atenção de todos ao redor, como um clarão que corta a escuridão da noite.

 

Para minha surpresa, o filho do Coronel chegou cavalgando, com uma expressão de desdém e autoridade estampada em seu rosto. Sua voz ecoou pelo campo, carregada de arrogância e desafio, questionando minha presença e minha autoridade sobre minhas próprias terras.

 

"O que é que está se passando aqui? Essa gritaria toda, quem tu pensas que é para afrontar os meus trabalhadores?" A insolência em suas palavras acendeu uma chama de indignação em meu peito, alimentando o fogo da minha determinação.

 

O moleque não fazia ideia com quem estava se metendo, mas em silêncio o esperei chegar mais perto, sabendo que cada passo que ele dava era uma afronta à minha autoridade e à dignidade da minha família.

 

Pedro, com sua típica prepotência, desceu de seu cavalo, desafiando-me com seu olhar desdenhoso. Não consegui conter minha raiva diante da insolência daquele homem, filho de um verdadeiro usurpador.

 

Quando ele chegou tão perto, tão perto de mim, nem teve tempo de manobrar. Foi um movimento rápido, preciso, impulsionado pela fúria e pela determinação de fazer valer minha autoridade sobre minhas terras.

 

Em um instante, seu rosto estava sobre a terra, sua arrogância reduzida à insignificância diante da minha determinação. O Movimento foi num gesto rápido e certeiro, o mundo pareceu congelar ao meu redor.

 

Ele nem teve tempo de reagir, de entender o que estava acontecendo, ate que seu rosto encontrasse a terra fria e dura sob ele. Foi um movimento rápido, uma resposta à sua insolência e desafio à minha autoridade.

 

Mas antes que pudesse ponderar sobre as consequências do meu ato, o eco de quatro tiros rompeu o silêncio tenso que se seguiu. Ricardo, o capataz do Coronel, havia disparado, seguido por mais quatro tiros, provenientes de Bento e Wilson.

 

Estávamos diante de um confronto tenso nas Fronteiras das fazendas Quilombo e Kilassa, onde as tensões acumuladas ao longo dos anos ameaçavam explodir a qualquer momento. Era um momento de decisão, um ponto de virada que determinaria o destino de nossas terras e de nossas famílias.

A tensão no ar era palpável, tão densa que quase podíamos senti-la sobre nossos ombros, como um manto pesado que nos pressionava a agir com determinação. O confronto iminente entre as fazendas Quilombo e Kilassa era como um vulcão prestes a entrar em erupção, com a fumaça ardente e o calor intenso anunciando a iminência do caos.

 

Os disparos ressoaram como trovões distantes, cortando o ar tenso com sua ferocidade. O som dos tiros ecoava pela vastidão da paisagem, uma sinfonia sombria que anunciava o início de um embate iminente. Enquanto o cheiro acre de pólvora impregnava o ar, o confronto iminente pairava como uma nuvem escura sobre nós, carregado de tensão e incerteza.

 

O som distante dos cavalos relinchando e dos trabalhadores em alerta, prontos para o que viesse a seguir. Os olhares se encontraram em meio à tensão, faíscas de desafio e determinação reluzindo nos olhos de cada um dos presentes.

 

A frente de mim, podia sentir a presença de Ricardo, o capataz do Coronel, cujos tiros haviam sido o estopim para o confronto que agora se desenrolava diante de nós. Sua expressão era sombria, carregada de tensão e preocupação, ciente das consequências que poderiam surgir a partir daquele momento fatídico.

 

Enquanto isso, Pedro, o filho do Coronel, jazia no chão, atordoado e humilhado por sua derrota rápida e decisiva. Seus olhos refletiam uma mistura de surpresa e raiva, sua mente ainda tentando processar o que acabara de acontecer.

 

Por um momento, o tempo pareceu congelar, enquanto nos encarávamos em meio ao silêncio tenso que pairava sobre nós. Era como se estivéssemos à beira de um abismo, com o destino de nossas famílias pendendo na balança, esperando para ver quem daria o próximo passo.

 

E então, num instante, o silêncio foi quebrado pelo som dos cascos dos cavalos, anunciando a chegada de reforços da fazenda Quilombo. Era o sinal para o início de uma batalha que decidiria o destino das terras e das vidas que ali estavam em jogo.

 

Ao meu redor, vi os meus companheiros de luta se preparando para o embate, os seus olhos faiscando com uma mistura de coragem e determinação. Bento e Wilson, meus fiéis aliados, estavam prontos para lutar ao meu lado, os seus rostos determinados refletindo a mesma ferocidade que ardia dentro de mim.

Perante o tumulto e o caos que se desenrolava diante de nossos olhos, o instinto de sobrevivência e a determinação de proteger nossas terras e nossa honra me impulsionaram para a frente. Com a adrenalina pulsando em minhas veias, assumi uma postura firme, pronto para enfrentar qualquer desafio que se apresentasse.

 

Eu estava cercado por homens que haviam dedicado suas vidas a proteger as terras da fazenda Quilombo, cada um deles pronto para lutar até o fim para defender o que era deles por direito. Ao meu lado, Bento e Wilson mantinham-se firmes, suas expressões sérias e determinadas refletindo a determinação que queimava em seus corações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Cleo Lemes

Cleo Lemes

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2024-04-14

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Capítulos
1 Apresentação
2 Capítulo 1: O Retorno do Herdeiro
3 Capítulo 2: Noite de Tempestade
4 Capítulo 3: Despertar Sob o Canto do Galo
5 Capítulo 4: Explorações, Visões e Conflitos
6 Capítulo 5: A Fazenda Kilassa
7 Capítulo 6: Confronto nas Fronteiras I
8 Capitulo: 7 Confronto nas Fronteiras II
9 Capítulo: 8 Confronto nas Fronteiras III
10 Capítulo: 9 Confronto nas Fronteiras IV
11 Capítulo: 10 Raízes de Inquietação: O Conflito Interior de Daniel
12 Capítulo: 11 Terra de Vingança: A Ira do Coronel João Silva
13 Capítulo: 12 Terras de Vingança: A Jornada Solitária de Pedro Silva
14 Capítulo: 13 Caminhos Incertos
15 Capítulo: 14 A Fuga Furtiva
16 Capítulo: 15 A Porta da Verdade
17 Capítulo: 16 Turbulência Emocional: Os Conflitos Internos de Daniel
18 Capítulo: 17 A Verdade Por Trás da Porta: Além das Aparências
19 Capítulo: 18 Confronto ao Amanhecer I
20 Capítulo: 19 Confronto ao Amanhecer II
21 Capítulo: 20 A Determinação do Coração Jovem
22 Capítulo: 21 A Determinação do Coração Jovem: Uma Nova Era Chegando
23 Capítulo: 22 Sob o Sol Escaldante
24 Capítulo: 23 As Venturas na Cachoeira do Lumbinji
25 Capítulo: 24 As Venturas na Cachoeira: O Piquenique no Lumbinji
26 Capítulo: 25 O Dilema de Sofia: Entre amizade e Segredos Pedro Silva
27 Capítulo: 26 Verdades ou Consequências: Na Cachoeira do Lumbinji
28 Capítulo: 27 "Lua Cheia no Vilarejo de Kandumba: Entre Despedidas e Desafios"
29 Capítulo: 28 Mistérios ao Amanhecer
30 Capítulo 29: Kilassa - À Beira da Crise
31 Capítulo: 30 Ecos do Coração de Sofia Mendes
32 Capítulo: 31 Ecos do Coração- O Trío
33 Capitulo: 32 A Fronteira Rompida no Leste de Quilombo
34 Capítulo 33: Confronto na Fronteira do Leste (Quilombo vs Kilassa)
35 Capítulo 34: A Retirada para o Rio Seco - Margens da Fazenda Kilassa
36 Capítulo: 35 Crepúsculo em Kandumba: Entre a Paz
37 Capítulo: 36 Crepúsculo em Kandumba: Entre a Paz e a Guerra
38 Capítulo: 37 Crepúsculo em Kandumba: Guerra é Guerra I
39 Capítulo: 38 Crepúsculo em Kandumba - Guerra é Guerra II
40 Capítulo 39: Ecos do Silêncio
41 Capítulo 40: A Reunião Sagrada e o Julgamento I
42 Capítulo: 41 A Reunião Sagrada e o Julgamento II
43 Capítulo: 42 Crepúsculo de Um Reinado
44 Capítulo 43: Crepúsculo de Um Novo Amanhecer
45 Capítulo: 44 Sob o Manto da Noite – O Retorno do Herdeiro
46 Capítulo: 45 O Segredo dos Deuses – O Herdeiro da Kandumba
47 Capítulo: 46 O Despertar de Quilombo – Uma Nova Ordem
48 Capítulo: 47 Ecos de Quilombo
49 Capítulo: 48 A Visão de Daniel Almeida
50 Capítulo: 49 O Ecos do Vazio - Segredos do Daniel
51 Capítulo 50: Crepúsculo em Quilombo - Uma Tempestade Invisível Mas Real
52 Capítulo: 51 A Dança das Estrelas - O Pedido Sob as Estrelas
53 Capítulo: 52 Ecos do Estábulo - O Anúncio e a Celebração
54 Capítulo: 53 Kandumba: Ecos de Lendas e Esperança
Capítulos

Atualizado até capítulo 54

1
Apresentação
2
Capítulo 1: O Retorno do Herdeiro
3
Capítulo 2: Noite de Tempestade
4
Capítulo 3: Despertar Sob o Canto do Galo
5
Capítulo 4: Explorações, Visões e Conflitos
6
Capítulo 5: A Fazenda Kilassa
7
Capítulo 6: Confronto nas Fronteiras I
8
Capitulo: 7 Confronto nas Fronteiras II
9
Capítulo: 8 Confronto nas Fronteiras III
10
Capítulo: 9 Confronto nas Fronteiras IV
11
Capítulo: 10 Raízes de Inquietação: O Conflito Interior de Daniel
12
Capítulo: 11 Terra de Vingança: A Ira do Coronel João Silva
13
Capítulo: 12 Terras de Vingança: A Jornada Solitária de Pedro Silva
14
Capítulo: 13 Caminhos Incertos
15
Capítulo: 14 A Fuga Furtiva
16
Capítulo: 15 A Porta da Verdade
17
Capítulo: 16 Turbulência Emocional: Os Conflitos Internos de Daniel
18
Capítulo: 17 A Verdade Por Trás da Porta: Além das Aparências
19
Capítulo: 18 Confronto ao Amanhecer I
20
Capítulo: 19 Confronto ao Amanhecer II
21
Capítulo: 20 A Determinação do Coração Jovem
22
Capítulo: 21 A Determinação do Coração Jovem: Uma Nova Era Chegando
23
Capítulo: 22 Sob o Sol Escaldante
24
Capítulo: 23 As Venturas na Cachoeira do Lumbinji
25
Capítulo: 24 As Venturas na Cachoeira: O Piquenique no Lumbinji
26
Capítulo: 25 O Dilema de Sofia: Entre amizade e Segredos Pedro Silva
27
Capítulo: 26 Verdades ou Consequências: Na Cachoeira do Lumbinji
28
Capítulo: 27 "Lua Cheia no Vilarejo de Kandumba: Entre Despedidas e Desafios"
29
Capítulo: 28 Mistérios ao Amanhecer
30
Capítulo 29: Kilassa - À Beira da Crise
31
Capítulo: 30 Ecos do Coração de Sofia Mendes
32
Capítulo: 31 Ecos do Coração- O Trío
33
Capitulo: 32 A Fronteira Rompida no Leste de Quilombo
34
Capítulo 33: Confronto na Fronteira do Leste (Quilombo vs Kilassa)
35
Capítulo 34: A Retirada para o Rio Seco - Margens da Fazenda Kilassa
36
Capítulo: 35 Crepúsculo em Kandumba: Entre a Paz
37
Capítulo: 36 Crepúsculo em Kandumba: Entre a Paz e a Guerra
38
Capítulo: 37 Crepúsculo em Kandumba: Guerra é Guerra I
39
Capítulo: 38 Crepúsculo em Kandumba - Guerra é Guerra II
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Capítulo 39: Ecos do Silêncio
41
Capítulo 40: A Reunião Sagrada e o Julgamento I
42
Capítulo: 41 A Reunião Sagrada e o Julgamento II
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Capítulo: 42 Crepúsculo de Um Reinado
44
Capítulo 43: Crepúsculo de Um Novo Amanhecer
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Capítulo: 44 Sob o Manto da Noite – O Retorno do Herdeiro
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Capítulo: 45 O Segredo dos Deuses – O Herdeiro da Kandumba
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Capítulo: 46 O Despertar de Quilombo – Uma Nova Ordem
48
Capítulo: 47 Ecos de Quilombo
49
Capítulo: 48 A Visão de Daniel Almeida
50
Capítulo: 49 O Ecos do Vazio - Segredos do Daniel
51
Capítulo 50: Crepúsculo em Quilombo - Uma Tempestade Invisível Mas Real
52
Capítulo: 51 A Dança das Estrelas - O Pedido Sob as Estrelas
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Capítulo: 52 Ecos do Estábulo - O Anúncio e a Celebração
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Capítulo: 53 Kandumba: Ecos de Lendas e Esperança

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