Naquele dia, a raiva se apoderou de mim de uma forma avassaladora. A simples menção da invasão dos trabalhadores do Coronel João Silva foi como acender um fogo dentro do meu peito, desencadeando um turbilhão de emoções que eu mal conseguia controlar. Montado em meu cavalo negro, galopava furiosamente em direção ao local da invasão, determinado a fazer justiça e proteger o que era nosso.
Enquanto avançava pelas trilhas empoeiradas da fazenda, mal percebi os chamados de Sofia Mendes, cuja presença sempre me tirava o fôlego. Seus gritos se perdiam na tempestade de pensamentos e emoções que tumultuavam minha mente naquele momento.
Meus nervos estavam à flor da pele, cada músculo tenso e alerta, enquanto meu coração martelava com força descontrolada no peito, impulsionado pela urgência de restaurar a ordem e fazer valer nossa autoridade perante os intrusos que desafiavam nossa soberania.
Ao chegar ao local da invasão, deparei-me com uma cena que inflamou ainda mais minha determinação. Os trabalhadores da fazenda Kilassa, arrogantes e desafiadores, pastoreavam seus rebanhos em nossas terras, ignorando completamente nossos direitos e invadindo nossa propriedade com impunidade.
Aquela visão encheu-me de uma fúria indomável, uma mistura de indignação e determinação que ardia dentro de mim como um fogo voraz. Era hora de agir, de fazer valer nossa autoridade e expulsar os intrusos de uma vez por todas.
"Quem é o responsável aqui?" gritei, minha voz carregada de raiva e desafio, ecoando pelo ar como um trovão em meio à tempestade.
Um dos trabalhadores do Coronel João Silva, com uma expressão arrogante estampada em seu rosto, se aproximou, desafiando-me com seu olhar penetrante e desdenhoso. Sua postura era desafiadora, como se estivesse pronto para enfrentar qualquer desafio que eu pudesse lançar.
"Quem é o senhor?" retrucou ele, sua voz ecoando com um tom de desdém, como se duvidasse da minha autoridade e determinação.
Sem hesitar, saltei do cavalo com um movimento rápido e preciso, levantando minha pistola com firmeza e determinação. O metal frio e sólido em minhas mãos parecia pulsar com a mesma energia fervente que queimava dentro de mim. Dois tiros rasgaram o ar, ecoando como um aviso sombrio para aqueles que ousavam desafiar minha autoridade.
"Sou o Coronel Dihungo, dono dessas terras", declarei com autoridade, meu olhar fixo no intruso, desafiando-o a duvidar de mim. Minhas palavras eram como aço, cortando o ar com sua firmeza e determinação.
"Quero vocês fora daqui em dez minutos, se não isso vai ficar feio", continuei, minha voz carregada de um aviso sombrio. A tensão pairava no ar, palpável e elétrica, enquanto eu encarava o intruso com firmeza e determinação.
Não demorou muito para o jovem rapaz, armado em herói se aproximar de mim, desafiando-me com seu olhar e postura. Mas não hesitei em agir, minha determinação inabalável guiando cada movimento meu.
As duas galhetas que desferi em seu rosto ressoaram como trovões no silêncio tenso que se seguiu, ecoando pela paisagem como um aviso sombrio para todos os presentes. E quanto minha pistola, ela já estava apontada para o seu rosto, não havia mais espaço para dúvidas ou hesitações.
"Tens cinco minutos para tirares o seu pessoal das minhas terras", declarei com autoridade, minha voz firme e inabalável. O intruso parecia perdido, desorientado, diante da minha determinação e firmeza. Era hora de fazer valer nossa autoridade e expulsar os intrusos de uma vez por todas.
O som do tiro que havia feito, ecoava pelos ares despertando a atenção de todos ao redor, como um clarão que corta a escuridão da noite.
Para minha surpresa, o filho do Coronel chegou cavalgando, com uma expressão de desdém e autoridade estampada em seu rosto. Sua voz ecoou pelo campo, carregada de arrogância e desafio, questionando minha presença e minha autoridade sobre minhas próprias terras.
"O que é que está se passando aqui? Essa gritaria toda, quem tu pensas que é para afrontar os meus trabalhadores?" A insolência em suas palavras acendeu uma chama de indignação em meu peito, alimentando o fogo da minha determinação.
O moleque não fazia ideia com quem estava se metendo, mas em silêncio o esperei chegar mais perto, sabendo que cada passo que ele dava era uma afronta à minha autoridade e à dignidade da minha família.
Pedro, com sua típica prepotência, desceu de seu cavalo, desafiando-me com seu olhar desdenhoso. Não consegui conter minha raiva diante da insolência daquele homem, filho de um verdadeiro usurpador.
Quando ele chegou tão perto, tão perto de mim, nem teve tempo de manobrar. Foi um movimento rápido, preciso, impulsionado pela fúria e pela determinação de fazer valer minha autoridade sobre minhas terras.
Em um instante, seu rosto estava sobre a terra, sua arrogância reduzida à insignificância diante da minha determinação. O Movimento foi num gesto rápido e certeiro, o mundo pareceu congelar ao meu redor.
Ele nem teve tempo de reagir, de entender o que estava acontecendo, ate que seu rosto encontrasse a terra fria e dura sob ele. Foi um movimento rápido, uma resposta à sua insolência e desafio à minha autoridade.
Mas antes que pudesse ponderar sobre as consequências do meu ato, o eco de quatro tiros rompeu o silêncio tenso que se seguiu. Ricardo, o capataz do Coronel, havia disparado, seguido por mais quatro tiros, provenientes de Bento e Wilson.
Estávamos diante de um confronto tenso nas Fronteiras das fazendas Quilombo e Kilassa, onde as tensões acumuladas ao longo dos anos ameaçavam explodir a qualquer momento. Era um momento de decisão, um ponto de virada que determinaria o destino de nossas terras e de nossas famílias.
A tensão no ar era palpável, tão densa que quase podíamos senti-la sobre nossos ombros, como um manto pesado que nos pressionava a agir com determinação. O confronto iminente entre as fazendas Quilombo e Kilassa era como um vulcão prestes a entrar em erupção, com a fumaça ardente e o calor intenso anunciando a iminência do caos.
Os disparos ressoaram como trovões distantes, cortando o ar tenso com sua ferocidade. O som dos tiros ecoava pela vastidão da paisagem, uma sinfonia sombria que anunciava o início de um embate iminente. Enquanto o cheiro acre de pólvora impregnava o ar, o confronto iminente pairava como uma nuvem escura sobre nós, carregado de tensão e incerteza.
O som distante dos cavalos relinchando e dos trabalhadores em alerta, prontos para o que viesse a seguir. Os olhares se encontraram em meio à tensão, faíscas de desafio e determinação reluzindo nos olhos de cada um dos presentes.
A frente de mim, podia sentir a presença de Ricardo, o capataz do Coronel, cujos tiros haviam sido o estopim para o confronto que agora se desenrolava diante de nós. Sua expressão era sombria, carregada de tensão e preocupação, ciente das consequências que poderiam surgir a partir daquele momento fatídico.
Enquanto isso, Pedro, o filho do Coronel, jazia no chão, atordoado e humilhado por sua derrota rápida e decisiva. Seus olhos refletiam uma mistura de surpresa e raiva, sua mente ainda tentando processar o que acabara de acontecer.
Por um momento, o tempo pareceu congelar, enquanto nos encarávamos em meio ao silêncio tenso que pairava sobre nós. Era como se estivéssemos à beira de um abismo, com o destino de nossas famílias pendendo na balança, esperando para ver quem daria o próximo passo.
E então, num instante, o silêncio foi quebrado pelo som dos cascos dos cavalos, anunciando a chegada de reforços da fazenda Quilombo. Era o sinal para o início de uma batalha que decidiria o destino das terras e das vidas que ali estavam em jogo.
Ao meu redor, vi os meus companheiros de luta se preparando para o embate, os seus olhos faiscando com uma mistura de coragem e determinação. Bento e Wilson, meus fiéis aliados, estavam prontos para lutar ao meu lado, os seus rostos determinados refletindo a mesma ferocidade que ardia dentro de mim.
Perante o tumulto e o caos que se desenrolava diante de nossos olhos, o instinto de sobrevivência e a determinação de proteger nossas terras e nossa honra me impulsionaram para a frente. Com a adrenalina pulsando em minhas veias, assumi uma postura firme, pronto para enfrentar qualquer desafio que se apresentasse.
Eu estava cercado por homens que haviam dedicado suas vidas a proteger as terras da fazenda Quilombo, cada um deles pronto para lutar até o fim para defender o que era deles por direito. Ao meu lado, Bento e Wilson mantinham-se firmes, suas expressões sérias e determinadas refletindo a determinação que queimava em seus corações.
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Atualizado até capítulo 61
Comments
Cleo Lemes
isso sim é história com conteúdo
2024-04-14
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