~ SUH ON ~
Ao chegar em sua residência, Park me conduziu para dentro e buscava em mim algum esboço de sentimento, já que durante o percurso me mantive em silêncio. Mas a Verdade era, que eu queria poupar minhas energias para fugir dele depois. Estava arquitetando como seria até conseguir encontrar Jin.
- Vamos? - disse ele segurando minha mão e subindo as escadas, cada degrau para mim era um castigo.
Paramos em frente a porta do quarto, quando ele me ergueu em seu colo. - Fique tranquila que eu não vou machucar você. – disse ele sussurrando em meu ouvido.
Eu estava praticamente no automático. Senti que ele havia me colocado no chão e me posicionou de costas para ele; percorrendo suas mãos por minha cintura até encontrar o zíper do vestido, que iniciava abaixo dela. Ainda com seu rosto encostado em meu pescoço, meu corpo se retesou e uma lágrima escorreu solitária.
- Por favor! por favor! - eu dizia em tom de desespero e súplica para que ele parasse ali.
- Não vou lhe machucar – disse ele, enquanto eu continuava a limpar as lágrimas, tentando não parecer tão vulnerável quanto estava.
- E-Eu não, não... – e antes que eu pudesse completar a frase, suas mãos me seguraram para que eu pudesse o olhar.
- Você o quê? - notei que seu tom era de preocupação.
- Eu nunca. Nunca. Por favor, não me obrigue a fazer isso. - pedi colocando a mão no rosto enquanto mais lágrimas desciam ao ritmo que meu coração acelerava.
- Você é pura? É isso? - apenas assenti, então ele me abraçou como se pedisse desculpas.
- Você é uma joia rara. Me perdoe por isso, eu... Eu não vou fazer nada contra sua vontade. Sua primeira vez tem que ser inesquecível e tem que ser feita com amor.
Mesmo sentindo o alívio imediato, não consegui encará-lo. Houve um silêncio e apenas nossas respirações eram audíveis, quando ele rompeu a calmaria dizendo que iria preparar o jantar e que eu poderia ficar a vontade. Depois que o vi descer, entrei no banheiro e deixei a água percorrer meu corpo. Como em câmera lenta, eu não queria sair dali e apesar da sensibilidade que ele teve de não me tocar, eu não poderia esquecer o quão perigoso ele era.
Eu queria noticias de Jin, mas não sabia como obtê-las, pois meu celular já era e Park estava sendo evasivo em suas respostas, ele sim sabia como desviar o foco de um assunto. Não demorou muito até que ele retornasse me chamando para o jantar, sai e coloquei uma combinação de moletom e short, nada sexy que pudesse atrair sua atenção para meu corpo.
- Você está linda, sente-se. – disse ele assim que me viu descer as escadas, assenti sem o fitar.
- Obrigada. - minha voz transmitia rispidez.
Mantivemos o silêncio enquanto comíamos, por fim ele disse:
- Sei que teve um dia cheio de emoções. Vamos descansar? – aproveitei a deixa para conseguir alguma informação sobre Jin.
- Eu só queria saber se ele está bem. Por favor! - o olhei em busca de saber se eu iria receber mentiras ou não, sobre isso.
Sua postura mudou consideravelmente, seu jeito imponente o fez apoiar os cotovelos sobre a mesa e entrelaçar os dedos logo abaixo de seus olhos - Ele não sofreu nada de grave - se resumiu a dizer - Agora vamos. Você precisa descansar. – finalizou a conversa empurrando a cadeira atrás de si.
Vi que ele falava a verdade, mas isso não era suficiente. Queria poder ver e tocar Jin, saber que de fato ele estava bem, mesmo sabendo que por enquanto era impossível. Pelo que pude perceber assim que chegamos, foi a quantidade de seguranças espalhados ao redor da casa e eu precisaria de tempo para conseguir planejar uma fuga.
Já no quarto sentei na cama e apesar de espaçosa preferi me acomodar na beirada, para evitar qualquer tipo de contato. Enquanto ele tomava banho fiquei olhando para o teto. Quando percebi sua presença, vi que ele usava apenas um short de moletom cinza, o que o deixou completamente sexy. Tratei de espantar qualquer possibilidade que o veria com olhos de admiração ou desejo. Percebendo que eu estava olhando para seu abdômen, um sorriso convencido se formou em seus lábios, quando chamou minha atenção:
- Perdeu alguma coisa senhorita? – semicerrei os olhos em sua direção.
- Só a minha liberdade esta manhã. - disparei para disfarçar que o estava admirando.
- Suponho que nesta manhã você tenha ganhado sua liberdade, a liberdade de ser o que quiser. Mas enfim, vamos dormir! teremos uma vida inteira pela frente para discutir isso.
Assim que deitou ao meu lado não demorou muito para que adormecesse, no entanto eu nem sequer conseguia fechar os olhos, passei a maior parte da madrugada pensando em tudo o que mudou na minha vida hoje, e só ás 04h00min da manhã o cansaço me venceu.
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Atualizado até capítulo 90
Comments
Maria Do Carmo
muito bom
2022-05-17
1
Daniele Dosreis
affff!!!
2022-04-28
1
drih Silva
amando
2022-03-23
1