Jin em apuros

~ JIN ON ~

O dia mais esperado do último mês chegou! Hoje vou poder viver uma vida feliz ao lado de Suh. E o amor que sentíamos um pelo outro, ninguém poderia arrancar. Fiz algumas ligações para acertar os detalhes da hospedagem, antes de irmos para minha casa em Busan, o relógio marcava 07:00 horas da manhã quando alguém bateu na porta; apesar de não receber visitas tão cedo decidi abrir.

Não tive como reagir a três homens armados me empurrando para dentro, eles estavam encapuzados e eram enormes, bem mais altos que eu. Dois deles me seguraram pelos braços, um de cada lado enquanto o outro desenrolava uma corda que tinha no bolso. Um deles pegou o meu celular que estava na mesa de centro e guardou no paletó.

- Pelo amor de Deus cara\, o que tá acontecendo? Podem levar tudo o que quiserem - eu estava praticamente suplicando\, mas eles não falavam nada.

- Não vamos fazer nada com você\, a não ser que o chefe mande! mas por enquanto você só vai ficar sentado aqui.

- Chefe? Cara eu não devo ninguém. - senti um soco no canto do meu maxilar e a ira tomou conta de mim. Tentei reagir\, mas era covardia três contra um.

- Na hora certa você vai saber – disse um dos homens.

Um deles apontou a arma pra minha cabeça, me obrigando a sentar em uma cadeira no meio da sala e ficaram na minha frente pra que eu não tentasse fugir. De vez em quando um deles olhava para o relógio e falava ao telefone, mas pela distância não dava pra entender o quê, ou com quem estava falando.

As horas passavam e comecei a suar frio, não podia deixar que Suh simplesmente pensasse que eu a abandonei, eu precisava estar na porta de sua casa, mas como? Ninguém pra chegar nessa hora e me ajudar! E ao mesmo tempo me deparava com a incógnita daquela situação, quem poderia estar por trás daquilo tudo? Buscava em minha mente uma possibilidade plausível, mas nada fazia sentido.

Olhei para o relógio e eram exatamente 09h35min, quando meu celular começou a tocar e um deles olhou para a tela soltando uma gargalhada de deboche me mostrando de quem era a ligação, fiquei desesperado.

- Me dá isso aqui. Desgraçado! – bufei gritando\, me mexendo violentamente na tentativa de soltar as amarras. O que foi em vão.

- Ah! Quer atender a sua amiguinha aqui? Poxa \,não vai dá cara - e desferiu outro golpe em meu rosto\, o que me fez contorcer de dor.

Eu estava vendo todos meus planos irem por água a baixo sem poder fazer nada. E quem poderia fazer, com três caras armados bem na sua frente? O meu peito doía demais por pensar no sofrimento que eu estaria causando á Suh naquele momento.

Depois de 4 horas tendo que suportar piadinhas e agressões eles foram embora. No entanto o que era para ser um alivio se tornou em angústia e medo. Minhas mãos continuavam presas, então comecei a gritar na esperança de alguém me socorrer, usei minhas cordas vocais por longos 30 minutos, mas ninguém me ouviu. Tive que arquitetar outra maneira de sair dali. Então me debati com força na cadeira na tentativa de afrouxar os nós, o que pra minha sorte deu certo. Assim que consegui me livrar das cordas, corri até meu celular que estava jogado no chão e liguei pra Suh, mas ela não atendia. Liguei várias vezes e nada.

Tinha que falar com ela urgentemente então peguei o carro e fui até sua casa, ao chegar percebi que a mesma estava vazia, estacionei e aguardei por mais de uma hora e nada, nenhum sinal de Suh. Contornei a direção para o nosso esconderijo e nem sombra que ela tivesse passado por ali, tentei o café e as praças. Tarde da noite, me dei por vencido, sem entender que diabos de dia foi aquele. Decidi voltar pra casa e cuidar dos ferimentos em meu corpo, tomei um banho e fui pra cama e apesar de estar exausto não conseguia dormir, meus pensamentos estavam tomados por Suh e eu precisava saber onde e como ela estava.