O casamento

~ SUH ON ~

 

 

O tão esperado dia enfim chegou, e a única coisa que me deixava nervosa na ocasião, era o medo de algo dar errado. Acordei com um aperto no peito e isso não era nada bom; e só um telefone dele poderia me tranquilizar.Liguei várias vezes e ele não me atendeu;minhas malas já estavam prontas, o passaporte na mão e um sonho prestes a ser realizado ao lado de Jin.

 

 

Logo cedo os cabeleireiros e maquiadores chegaram em casa e tive que aturar toda aquela bajulação, o que era patético já que tudo não passava de aparências. Pude ver meu pai fazendo vários telefonemas, andando de um lado para outro e fiquei o observando. Talvez hoje fosse a última vez que eu o veria.

 

 

Já passavam das 09h00min e nenhum telefonema do Jin, eu já estava com os nervos à flor da pele, ele não poderia me abandonar, ou pior, me deixar insegura justo hoje.Assustei-me quando a buzina da limusine soou em nossa porta, era o sinal que estávamos a alguns minutos perto de eu tomar a melhor decisão da minha vida. Meu pai abriu a porta e entrou comigo no carro, seguimos até o Hotel onde iria acontecer o casamento.

 

 

Paramos em frente ao local exatamente como 09h55min. Antes de descer resolvi ligar para Jin, e nada dele atender o que me fez ficar ainda mais nervosa. Desci quase chorando, então meu pai adquiriu meu celular e o guardou no bolso de sua calça erguendo sua imponente sobrancelha.A porta se abriu e fomos conduzidos ao salão de eventos.

 

 

Meus pensamentos estavam em uma única pessoa, e eu precisava o quanto antes resolver essa situação. O combinado era ele me esperar na porta de casa para abordarmos meu pai e enfim saber como seria minha vida dali para frente, mas nada até agora estava dando certo.

 

 

Para minha surpresa quem estava no lugar que seria do noivo era nada mais, nada menos que o senhor Park, o que me causou estranheza já que ele não mencionara isso no dia em que nos encontramos. Os violinos tocaram a marcha nupcial, o salão estava lotado e todos me olhavam então puxei meu pai sutilmente para sairmos do caminho, pois uma noiva estava prestes a entrar, mas ele fincou o pé me mantendo ali. Discretamente procurava um lugar para sentarmos enquanto avançávamos pelo salão. Sua atitude me fez ficar com vergonha, pois estávamos sendo o centro das atenções e atrapalhando, de repente papai está chegando próximo do noivo.

 

 

- Vamos ser padrinhos do casamento é isso? - falei quase por entre os dentes.

 

 

- Não se deu conta que todas essas pessoas estavam olhando para você? - disse ele\, sem tirar os olhos de Park. suas palavras estalaram em minha mente e de repente me dei conta do que estava acontecendo ali. 

 

 

- Não pode ser isso! - esbravejei\, tentando me soltar de seu braço\, o que foi em vão pela força que ele tinha. 

 

 

Eu mal podia acreditar no que estava acontecendo, aquilo só podia ser uma brincadeira! No auge do meu desespero pensei em fazer um escândalo e dizer que aquilo era um absurdo, mas senti minhas mãos serem conduzidas à Park.Apesar de ele estar absurdamente lindo e sedutor de terno branco, eu não poderia descartar a hipótese que ele poderia me fazer algum mal e então comecei a relembrar tudo o que havia acontecido esse último mês, desde que ele me fora inconveniente no café.

 

 

Como ele pôde ser tão falso a ponto de ficar me rodeando querendo ser meu 'amigo'? Minhas mãos começaram um suar e senti que neste momento eu iria desmaiar. Tentei controlar minhas emoções, pois eu precisava ser forte para sair dali. Voltei ao presente quando ele segurou minhas bochechas com as mãos abertas e beijou minha testa.

 

 

- Não se preocupe em correr. Eu sei que o plano de vocês\, não deu certo - eu estava prestes a chorar com o que acabara de ouvir\, aquelas palavras foram como uma fisgada em meu coração. Como ele conseguiu dizer aquilo tão tranquilamente? Na hora mesma me desesperei. - O que você fez com ele? - sibilei.

- Por enquanto nada\, mas agora só depende de você.- e com essas palavras ele me deteve de qualquer atitude imprudente. 

 

 

Foi então que entendi o que ele estava fazendo, a vida de Jin estava dependendo do que eu iria dizer.Então foi por isso que ele não me atendia, desgraçado! Ele sabia de tudo, o tempo todo.Tudo em minha volta estava se tornando um borrão, quando voltei a mim Park já estava dizendo - Sim. - e colocando a aliança em meu dedo.

 

 

Quando perguntada se eu o aceitava como meu marido, hesitei e olhei para todos naquele lugar e logo em direção à porta, como uma súplica para que Jin aparecesse e me levasse dali. Mas nada aconteceu, então Park me chamou para que respondesse.

 

 

- Aceita o senhor Park Jimin como seu esposo? Prometendo amá-lo e respeitá-lo na saúde e na doença\, na alegria e na tristeza até que Deus os separe?

- Sim - e no momento em que coloquei a aliança em seu dedo\, não pude controlar a lágrima escorrer timidamente em meu rosto.

 

 

- O noivo pode beijar a noiva.- Mas para meu alivio\, Park apenas beijou minhas mãos e a testa.

 

 

Não aguentava mais ficar nenhum segundo naquele ambiente, eu tinha acabado com a minha vida e por outro lado salvado a de Jin. Assim que íamos recepcionar os convidados, Park me levou para um canto isolado da festa.

 

 

- Você foi uma boa menina sabia?- eu o ignorei e perguntei.

 

 

- Cadê o Jin? O que você fez com ele? Fala! - Me exaltei\, pois estava cansada desse jogo.

 

 

- Já disse que não fiz nada! Agora trate de se comportar e ser simpática com nossos convidados.- ele falou em tom de ameaça.

 

 

- Não seja ridículo\, o senhor sabe muito bem que isso tudo é uma farsa\, e eu não pretendo ficar aqui nem mais um segundo! agora me diz cadê ele? - O senti apertar meu braço discretamente para que eu não saísse do lugar\, mesmo sendo pressionada mantive o contato visual com ar de arrogância.

 

 

- Senhorita Park\, não vai querer que eu lhe ensine a ter bons modos aqui mesmo. Não é? E não se preocupe com seu amiguinho que ele está em um lugar seguro.

 

 

- Desgraçado\, eu te odeio Park! - bati em seu peito e ele segurava minhas mãos para que eu parasse.

 

 

- Eu entendo seu cansaço\, mas não precisa mesmo fazer isso. - disse ele ironizando como sempre.

 

 

Respirei fundo,  - Já fiz o suficiente por hoje, não me obrigue a tudo isso agora - cansada implorei olhando em seus olhos.

 

 

- Vem aqui. - E me puxando por um corredor\, adentramos em uma sala mobiliada por um sofá.- fique quietinha aqui! - ordenou ele\, me fazendo sentar no sofá.

 

 

Eu não tinha nenhuma outra opção, já que meu celular não estava comigo, e só Park sabia onde e como estava Jin.Tive que obedecer, pois não poderia arriscar a vida do homem que eu amava naquele momento.Eu nem sabia mais o que pensar nem o que fazer, já que minha vida tinha sido decidida totalmente ao reverso do que eu planejava.

Senti um aperto invadir meu peito e comecei a chorar por ter perdido a única salvação que tinha, estava condenada a viver com um homem que eu não amava, nem tão pouco conhecia. A sensação era de ter corrido tanto para parar em um beco sem saída.

 

 

Depois de alguns minutos ele voltou.

 

 

- Espero que tenha se comportado - vi que ele ficou parado bem na minha frente enquanto eu permanecia sentada.

Não tive coragem para dizer alguma coisa, apenas olhei bem em seus olhos com muita mágoa pelo o que ele tinha feito.

 

 

- Me entregue seu celular. - sem ao menos esperar\, ergueu a mão para que eu o fizesse.

 

 

- Não! O que você acha que está fazendo? - estava indignada com aquilo.

 

 

- Foi isso mesmo que eu ouvi? Não? Eu tenho o direito de cuidar do que é meu.

 

 

- Eu não sou objeto\, pra ser tratada dessa maneira Park!

 

 

- Pra você\, eu continuo sendo senhor Park\, minha querida. Agora me dê o celular.

 

 

- Não está comigo\, meu pai pegou assim que cheguei aqui. - disse quase em sussurro.

 

 

- Posso confiar em suas palavras\, senhora Park? 

 

 

- Mais do que eu posso confiar na sua. - e levantei para poder não me sentir tão inferior\, quanto estava me sentindo naquele momento.

 

 

- É sempre válido saber o que pensa a meu respeito\, mas já que seu pai está com o celular\, agora podemos ir. Conversei com alguns convidados e disse que você estava muito ansiosa para a lua de mel e então iríamos nos adiantar. Mas uma coisa você vai ter que fazer. - ele estava muito próximo de mim\, prestes a me beijar quando eu recuei.

- O quê? - não consegui disfarçar meu medo pelo que estava por vir e percebendo o meu estado\, ele sorriu.

 

 

- Jogar o buquê!- senti seus dedos acariciarem meu rosto e em seguida segurar minha mão.

Fomos até a entrada do salão, onde logo atrás de mim já havia várias mulheres com as mãos para cima.Enquanto elas contavam em coro 1 ... 2 ... 3 .... Joguei o buquê, que até o momento eu não sabia da existência. Assim que uma delas conseguiu pegar, veio até mim e agradeceu. Nem dei tanta importância, pois estava como uma figurante perdida em cena de novela.

 

 

Mas por um momento fiquei me perguntando se aquela moça que pegou o buquê, já teria o grande amor da sua vida ou se casaria por amor? Se sim, seria o contrário da infelicidade que eu tinha justo num dia que era pra ser o mais lindo e romântico de todos .Fui interrompida de meus pensamentos quando Park se aproximou de mim colocando os braços em volta da minha cintura e me guiando até o carro dele, acenamos para os convidados e seguimos para sua casa.

 

 

~ SUH OFF ~

 

 

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Comments

Valdelirio Donizetti fernandes

Valdelirio Donizetti fernandes

tbm acho palhaçada esses monte de palavras que a gente não entende, só pra encher espaço. que merda

2024-02-06

2

Edna Santana

Edna Santana

Para quê, esse montes palavras repetidas. Não tou entendo. o que é isso?

2023-10-26

0

Patricia Antonia Barbosa de Jesus

Patricia Antonia Barbosa de Jesus

O leitura difícil

2023-07-28

0

Ver todos
Capítulos
1 Minha família
2 O homem misterioso
3 Os negócios
4 A confissão
5 A perseguição
6 A descoberta
7 A outra face
8 O desabafo
9 A invasão
10 O casamento
11 Jin em apuros
12 A lua de mel
13 De volta a rotina
14 sentimentos distintos
15 Ciúmes
16 O cordão
17 O revés
18 A prima
19 O fardo explícito
20 A trégua
21 A comemoração
22 O pedido
23 A recaída
24 O porre
25 A despedida
26 A revelação
27 O encontro
28 O retorno
29 A morte
30 A reconciliação
31 A vergonha
32 A confusão
33 A verdade
34 As alianças
35 A surpresa
36 A viagem
37 A renovação de votos
38 A primeira vez
39 O telefonema anônimo
40 A suspeita
41 O noivado
42 A realidade
43 A provocação
44 As explicações
45 Devaneios
46 Onde ela está?
47 O sequestro
48 A casa errada
49 O jogo começou
50 A negociação
51 O resgate
52 A recuperação
53 As inquietações
54 Nossa vida depois
55 Há escolha certa?
56 O presente de casamento
57 Buscando a verdade
58 Nem tudo o que parece é
59 A insegura cega o óbvio
60 um passo de cada vez
61 O inesperado esperado
62 A verdade está no passado
63 As vertentes de uma história
64 Vidas estão em jogo
65 Destino Incerto
66 Encaixando as peças
67 As primeiras evidências
68 A saudade tem dois lados
69 Mentiras sem disfarce
70 Se fosse simples
71 A surpresa desagradável
72 Noite fatal
73 O medo da perda
74 Fragmentos da verdade
75 As verdades estão na mesa
76 O silêncio da verdade
77 Conclusões avulsas
78 Viagem em grupo
79 O paraíso esperado
80 Explorando sabores
81 Conectividade e Diversão
82 Apenas pistas e ameaças
83 O começo da paz
84 Recomeços
85 Novo lar
86 Culpas amargas
87 O laço do amor desfeito
88 O sentido inesperado
89 O bebê
90 O Felizes para Sempre
Capítulos

Atualizado até capítulo 90

1
Minha família
2
O homem misterioso
3
Os negócios
4
A confissão
5
A perseguição
6
A descoberta
7
A outra face
8
O desabafo
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A invasão
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O casamento
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Jin em apuros
12
A lua de mel
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16
O cordão
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As alianças
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A realidade
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