~ PARK ON ~
Na manhã seguinte à proposta que eu havia feito ao senhor Hoyung, ele me liga. Logo pensei que ele devia ter desistido do acordo e já fiquei irritado, mas resolvi atender.
- Bom dia\, senhor Hoyung! – falei tentando transparecer uma empatia.
- Esqueçamos as formalidades senhor Park - disse em um tom seco.
- Pois bem\, vamos direto ao ponto! – voltei ao meu tom formal\, de negócios.
- Ontem\, consegui as assinaturas de minha filha como você pediu. – do outro lado podia ouvir o papéis balançando em suas mãos.
- Era de se esperar\, não? – Supondo que ele era o mais velho e ela lhe devia obediência e respeito.
- Sim! Isso é irrelevante\, mas o que eu quero dizer\, é para que fiquemos de olhos bem atentos aos passos dela. – Claro que ele queria dizer bem mais do que estava fazendo\, e para isso utilizaria de minha curiosidade.
- E por que o senhor acha que isso deve ser feito? – uma leve dor começou a despontar em minha cabeça.
- Um homem sabe reconhecer o brilho no olhar de uma mulher apaixonada\, e posso supor que isso seria um obstáculo para o que pretende. – senti certo sarcasmo em sua voz. Afinal de contas o que ele pretendia com aquilo?
- Nada pode ser um obstáculo\, depois de ela ter assinado tudo. – sorri para meu ego por ter sido tão perspicaz em relação a tê-la.
- Ora\, Park não seja tão ingênuo assim! Afinal de contas você ainda precisa do consentimento dela para muitas coisas. – Ah! senhor Hoyung\, se soubesse o quanto posso ser persuasivo\, talvez mudasse seu jeito de pensar.
- De certo\, sua informação foi de grande valia. Vou observar de perto os passos de minha futura esposa. Obrigada\, pela observação senhor Hoyung. - E sem mais desliguei o telefone.
Não pude esquecer o que o meu sogro acabou de dizer, fui para o escritório pensar no que eu poderia fazer, para tentar descobrir por quem ela estava suspirando. Foi então que resolvi ligar para um velho amigo, que possuía um escritório de investigações e pedi para que ele grampeasse o celular dela. Só assim eu poderia saber com clareza o que me esperava.
Alguns dias depois e nada de uma mensagem que pudesse indicar algo, comecei a pensar que seria exagero do seu pai, mas mesmo assim ainda tinha aquele amigo dela em meu caminho. Dirigi até a frente da faculdade e a vi sentada debaixo de uma árvore, ela estava linda com seus cabelos soltos, em uma tiara de pérolas contrastando com o vestido azul rodado que ficava acima de seus joelhos, sua boca era rosada e curvilínea. Ela estava toda encolhida como se estivesse com frio, não resisti e fui até ela, estava tão absorta em seus pensamentos que nem percebeu quando me aproximei.
- Olá\, senhorita! - falei sentando ao seu lado.
- Ah\, não! o que é isso? Perseguição por acaso? – seus olhos encontraram os meus e algo encantador reagiu em meu peito.
- Estou bem\, obrigada! - falei em um tom de brincadeira - Precisa me receber com quatro pedras na mão?
- O que o senhor quer aqui? - por que ela insiste em criar um muro entre nós?
- Eu estava passando e vi você. Resolvi ver se está tudo bem. – falei tentando ser amável\, afinal eu teria que a conquistar antes que de fato\, ela soubesse de tudo.
- Sim\, está! Agora pode ir\, se era só isso que queria saber. – ela me encarava para enfatizar cada palavra do que dizia.
- Bom\, eu gostaria também de lhe pedir desculpas pelo ocorrido da semana passada\, talvez eu tenha sido um pouco invasivo - falei em uma forma de me retratar\, mas ela parecia estar irredutível.
- Nossa! Ao menos o senhor teve a dignidade de se retratar\, e realmente foi invasivo\, inoportuno\, indelicado e entre outros adjetivos. - Fiquei observando sua boca\, enquanto me dizia tudo aquilo e por um instante eu estava distraído por ela.
- É de fato admirável ouvir tais elogios de sua boca senhorita - sorri e na mesma hora percebi que ela havia ruborizado pelo que eu disse.
- Ah... - quando ela ia começar a falar o seu celular nos interrompeu e pelo que percebi\, era seu amigo do outro lado da linha. Só consegui a ouvir dizer que não teria problema e que repassaria a matéria para ele depois.
Então sua atenção voltou para mim e complementei dizendo:
- Continue suas observações senhorita. – sorri\, mas não recebi a mesma animosidade.
- Não tenho mais nada que lhe possa ser útil no momento senhor Park - disse levantando-se e impulsivamente segurei sua mão\, o que a fez recuar e me olhar séria.
- Desculpe\, foi apenas um impulso\, pois gostaria que ficasse mais um pouco. – a fixei novamente e ela com certo humor respondeu.
- Como o senhor bem sabe\, não posso ficar acompanhada com um homem a qual não tenho compromisso\, pois posso ficar falada na boca do povo - senti o tom de ironia em sua voz\, já que ela fez questão de usar minhas próprias palavras contra mim.
- Sugiro então que continuemos a nossa conversa no meu carro. – levantei a fim de ela aceitar minha sugestão.
- Sinto muito! Mas não acredito que temos alguma coisa a conversar. – seus olhos se estreitavam conforme falava.
- A senhorita poderia me explicar o porquê\, me trata sempre com quatro pedras na mão? – pedi. eu precisava conseguir alguma informação com aquela conversa\, apesar de ela estar dificultando cada vez mais.
- Então eu vou ser breve em lhe dizer\, que apenas não costumo ser gentil com pessoas que não conheço e nem possuo nenhum tipo de vínculo. – seu comportamento mostrava certa impaciência o que me deixa feliz\, pois era sinal que eu a tirava dos trilhos. E como vou amar a ter que fazer mudar isso.
- Mas poderia ter. - então sem se despedir ela me virou as costas e se dirigiu para a faculdade ignorando o que eu disse.
~ PARK OFF ~
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Atualizado até capítulo 90
Comments
Maria Helena
autora será que ela vai se apaixonar por ele
2022-08-26
2
Karine Amorim
ele é bem engraçado kkkkk
2022-02-25
1
Renata De Oliveira Sousa Sousa
ótimo livro
2021-11-22
1