~ SUH ON ~
Não demorou muito até chegarmos a minha casa e ao descer do carro meu olhar foi direto a um ponto do outro lado da rua, eu mal podia acreditar do que estava vendo! Era ele novamente. Mas que espécie de homem era aquele? Não contive a raiva e tive que ir até ele saber o que estava acontecendo ali, mas como eu já esperava ele foi muito evasivo em suas respostas.
Assim que coloquei os pés para dentro o senhor Hoyung me interceptou para uma conversa.
-Suany? Sente aqui, nós precisamos conversar! - falou em tom sério; o que era comum, mas o que me preocupou foi o motivo da conversa já que ele normalmente não fala comigo.
- Pois não! – declarei sem muita paciência enquanto ele também sentava.
- Você é minha única filha e eu me preocupo muito com o seu futuro e seu bem estar\, e foi pensando nisso que eu lhe peço que assine estes documentos a fim de manter seu patrimônio caso eu venha a faltar.
- Foi isso mesmo que eu ouvi?- era muito estranho logo agora ele vir falar sobre isso. – Desde quando o senhor se preocupa com meu futuro? – soltei indignada.
- Bom de fato não posso lhe obrigar a acreditar em minhas intenções. E por favor\, poupe suas palavras de ofensa contra mim. – e quando eu ia responder o celular toca\, fiz sinal para que esperasse.
- Oi! Esta tudo bem. Posso. Até mais! – finalizei o mais breve possível a conversa com Jin e voltei a atenção para meu pai.
- Onde estão os papéis?– minha paciência estava quase zero desde a cena mais cedo.
- Sabia que você não hesitaria em se livrar dessa parte tão burocrática. Aqui está! - o mesmo me entregou uma pasta com vários papéis.
- Nossa como o senhor é patético quando tenta ser agradável papai. - e no mesmo instante comecei a me livrar de tudo aquilo com apenas umas assinaturas.
- Sabe meu coração não aguentaria mais emoções iguais às que passei por estes meses. – de fato não compreendi o que ele quis dizer.
- Pois eu preferia que esse coração fosse da mamãe. – o enfrentei sem medo\, seu olhar assim como o meu estava frio e repleto de remorsos.
-Não seja ingênua, por favor! Nada vai mudar o que já aconteceu. – Não precisei de mais uma palavra para entender que aquele homem não era o pai que um dia tive.
- Essa foi a única coisa sensata que o senhor disse até agora. - mas diante de tudo o que estava sendo dito eu precisava da verdade.
- Garanto que eu tenho muitas outras coisas sensatas a serem ditas aqui. – disparou ele já com uma leve palidez em sua face.
- Então\, me diga o porquê que o senhor mudou tanto depois que a mamãe morreu? O que eu fiz pra merecer tudo isso hoje? – Ele me devia essa resposta\, eu merecia saber por que estava sendo desprezada depois de todo amor que um dia recebi.
- Sua mãe é a culpada por tudo o que você vive hoje. Isso já é o suficiente que você saiba! – Claro que é mais fácil jogar a culpa em alguém que não está mais aqui para se defender\, mas eu não vou deixar que acuse minha mãe desse jeito.
- Claro que isso não é o suficiente\, eu quero e devo saber o que foi que ela lhe disse antes de morrer\, porque eu percebi que depois daquela noite tudo mudou. – O vi desabar sobre a poltrona totalmente desnorteado\, como se eu tivesse ultrapassado um lugar que não era seguro. Eu não podia mais voltar atrás\, era minha vida e só eu tenho o poder sobre o que decidir nela.
- Já disse o suficiente e nada do que você saiba ou o que eu diga vai mudar o que aconteceu. – sua mão apertou meu antebraço com força enquanto estava de pé na sua frente\, e na mesma hora o puxei de volta.
- Pois bem! - Já estava exausta de tudo\, afinal eu tinha terminado uma conversa nada amigável fazia pouco tempo. Dirigi-me ás escadas sem olhar para trás.
Nem sequer tive forças para responder mais alguma coisa, como poderia meu próprio pai me fazer passar por tudo isso? E o que ele quis dizer ao mencionar que minha mãe era culpada? Se ele sabe a verdade por que não me fala?
É claro que eu não vou ficar de braços cruzados, vendo minha vida ser manipulada desse jeito. Naquele mesmo instante peguei minha bicicleta e segui para encontrar Jin.
O local combinado era uma casa que ficava perto de uma árvore igual a que tinha em frente à janela de meu quarto; em um campo arborizado afastado da cidade. Cheguei a cerca de 20 minutos e Jin já estava me esperando recostado sobre o capô de seu carro; e assim que me viu correu para um abraço.
Eu o abracei com toda minha força, e senti meu coração se apertar de tanta dor e as lágrimas escorreram impetuosamente diante dele; então já muito preocupado com o que via ele me conduziu até a casinha e me aconchegou por entre seus braços, sentamos no chão acolchoado pelo tapete e as almofadas, até que eu pudesse ter condições de explicar o que havia acontecido.
- Não chora minha menininha\, por favor\, me fala o que houve... - falou em um tom meigo e de preocupação.
- Meu pai como sempre! Você acredita que ao chegar em casa dei de cara com aquele homem a nossa espreita? – seu olhar era de indignação pelo que acabara de ouvir.
- Como assim? - ele passava a mão no cabelo e levantando começou a andar de um lado para o outro.
- Não sei o que ele está querendo\, mas isso tudo me assustou muito hoje\, eu estou confusa e com medo. – falei com algumas lágrimas escorrendo\, a sensação era sufocante demais para guardar.
- Não fique assim. Eu estou aqui e vou te proteger! – então novamente me aconchegando em seu colo\, suas doces palavras me envolviam com ternura.
- Me sinto tão sozinha sabe? Completamente perdida. Eu só queria que minha mãe estivesse aqui! – tomada pela emoção lágrimas mais profundas saíram de meus olhos.
- Por favor\, não fica assim! Meu coração dói em te ver assim\, menininha. - seu colo naquele momento já estava sendo reconfortante.
- Não sei o que fazer Jin\, estou em um lugar que desconheço e sem meios de me manter. Fica difícil qualquer que seja meu pensamento em sair dessa situação.
- Mas a gente pode dar um jeito\, eu posso te ajudar! não sei. - segurando meu rosto com as mãos e num olhar penetrante de dor e sofrimento ele continuou – Eu não consigo mais guardar meus sentimentos desse jeito\, não mais\, depois de tudo o que aconteceu hoje. – suas mãos estavam trêmulas e geladas e por instante pensei que ele estava passando mal\, quando falou - Eu te amo Suh! com todas as minhas forças.
Meu coração estava acelerado demais com aquela confissão, foi quando ele me abraçou e aos poucos se aproximou de meus lábios, até encostar sua boca na minha com a suavidade e a leveza que carregava em seu olhar, senti cada pedaço do meu corpo se arrepiar. Foi então que ele me prendeu em um beijo apaixonado que eu não queria que chegasse ao fim.
-Eu também te amo muito Jin! você é o que eu sempre sonhei. – verbalizei meus sentimentos juntamente com uma lágrima escorrendo solitária por meu rosto já umedecido.
- Desculpe... – disse ele sem coragem para fixar os olhos nos meus.
- Não! Jin\, eu também queria muito. – ele fora mais forte do que eu em revelar seus sentimentos.
- Nós vamos resolver tudo isso juntos. Eu não vou deixar você sozinha Suh!
Assim que nossos nervos se acalmaram, eu expliquei pra ele os detalhes da conversa que tive com o senhor Park e com meu pai naquela manhã.
~ SUH OFF ~
~ JIN ON ~
No caminho até em casa comecei a ligar para Suh e ela não me atendia, eu já estava ficando preocupado com o que poderia ter acontecido afinal ela sempre me atendia no segundo toque, cheguei em casa já com o pensamento de ir até a casa dela saber se tinha chegado, realmente bem. Insisti mais uma vez e consegui falar com ela.
Assim que a vi chegar a primeira coisa que me veio a cabeça foi que aquele cara poderia a ter machucado, mas logo ela me explicou o ocorrido e com a comoção de sua dor e sofrimento, eu só pude acabar por confessar o amor que eu sentia por ela. Um amor que eu guardei por tanto tempo, com medo de que ele pudesse ser a causa do rompimento de uma amizade que eu não queria arriscar perder. Naquele instante eu apenas a beijei, e foi o melhor beijo que senti, o gosto de seus lábios eram de uma doce sensação, daquelas que te fazem ficar extasiados. foi tudo tão doce que eu não queria que acabasse ali.
Depois do longo beijo, ela me explicou o que de fato tinha acontecido naquela manhã; resolvemos todos os detalhes para que tudo desse certo, e assumíssemos um compromisso diante de seu pai e por fim, formar uma família. Logo falei como seria o plano enquanto ela permanecia sentada no chão a minha frente de olhando pro nada.
- Você acha que seu pai seria capaz de impedir um relacionamento entre nós? – perguntei
-Sinceramente, eu não sei! Não sei em que tipo de homem meu pai se tornou.- disse ela pensativa.
- Sendo assim\, não custa tentar.
- A única certeza que eu tenho Jin\, que é com você que quero ficar. – e lá estava o brilho em seu olhar encantador.
- E recíproco minha menininha. – falei com todo o fervor de meus sentimentos\, quando de repente ela ficou pensativa\, me olhou e indagou:
- E se ele for contra? O que vamos fazer? – ela tinha razão\, a contar com todas as possibilidades\, afinal seu pai pelo que ela dizia\, era um homem complicado.
- Bem\, eu tenho uma casa em Busan podemos ir pra lá\, e eu tenho uma poupança que dá para nós aguentarmos até conseguirmos trabalhos com nossas fotos... - peguei em sua mão e beijei\, olhei em seus olhos e disse à ela - Vai dar certo e vamos ser felizes fazendo o que sempre quisemos fazer.
- Você é um anjo que Deus mandou para me proteger\, sabia?. - falou sorrindo para mim com aqueles olhos castanhos translúcidos.
Ali eu estava trilhando com o amor da minha vida, uma nova jornada e sabia que estava no caminho certo, pois ela também acabará de confessar o amor que sentia por mim. Na hora quase não acreditei no que ela disse, mas senti a reciprocidade naquele beijo.
~ JIN OFF ~
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Atualizado até capítulo 90
Comments
Patricia Antonia Barbosa de Jesus
Ela não ama esse Jin, é só proteção, o amor verdadeiro virá do Park
2023-07-28
0
Daniele Dosreis
hum que dó deles!!!
2022-04-28
2
seila
acho .....
2022-04-16
0