~ PARK ON ~
Sempre fui um homem de negócios e por ser considerado uma celebridade empresarial, muitas pessoas acham que me conhecem;mas poucas têm esse privilégio.Não sou de muitos amigos e apesar dos 25 anos, aparento ter bem mais;talvez por ser dono de um império que herdei com a morte de meu pai.Império este que muitas pessoas tem inveja.O que eles não sabem é o quanto a minha vida é monótona.Sempre em frente ao computador rodeado de contratos e funcionários, quase não tenho vida social, exceto por ter que comparecer em eventos, reuniões e congressos sobre negócios.
No quesito amor, era um fracasso total.Desprovido desde muito cedo deste sentimento, eu já não cogito uma possibilidade de senti-lo outra vez. No entanto, isso não me impedia de alguns casos pela elite; que por sua vez não duravam muito.Logo eu percebia o interesse de muitas mulheres no que eu tinha, mas é claro que haviam as exceções, mas essas nem sequer se aproximavam de mim.
Assim que um senhor chamado Hoyung chegou à cidade, logo me adiantei para pesquisar sobre sua vida de negócios, já que ele era muito requisitado no ramo de exportação de produtos para alimentação saudável, o que muito me interessava, pois poderia agregar mais um produto de qualidade e valorização internacional dentro da minha empresa.Consegui contato com o mesmo, o que me fez passar quase todas as manhãs em sua residência;rodeado de papéis e longas conversas para convencê-lo a me vender parte de suas ações ou até mesmo a possibilidade de fundir nossos negócios.
Entretanto o que me chamou muita atenção é que em quase todas as vezes que nos reunimos, uma moça chegava agarrada à um livro e uma câmera.Ela por sua vez quase não falava e sempre que cumprimentava de longe, logo se estabelecendo no andar de cima da residência.Quando tive a oportunidade de olhar sua feição, me encantei com a delicadeza de seus traços.Sua pele acentuava com seus olhos e cabelos cor de mel, estes esvoaçavam com suas ondulações passando de seus ombros, seus lábios eram perfeitamente desenhados em uma linha superior contrastando com o preenchimento rosado da outra parte totalmente voluptuosa;um nariz pequeno e levemente arrebitado e o rosto longilíneo que harmonizava com sua expressão;de longe dava para notar seu porte franzino que pedia silenciosamente para ser cuidado.
De alguma forma aquela moça ganhou meus olhares e eu precisava saber mais sobre ela;como a oportunidade não vinha me atrevi a pergunta ao senhor Hoyung.
- Desculpe\, a invasão senhor\, mas não pude deixar de notar aquela moça que sempre chega todo fim da manhã ... - fitei o chão buscando as próximas palavras quando ele irrompeu meus pensamentos.
- Oh! Sim\, Suany é minha filha.Ela cursa fotografia numa dessas faculdades aqui da cidade, o que muito não me interessa, pois sei que não se pode extrair nada de útil para meus negócios.- disse ele em tom áspero
- Do jeito como o senhor fala\, deixa transparecer um convívio não muito amigável entre vocês.- ele por sua vez olhou-me com certa frieza no olhar e por um instante me odiei por tal atrevimento.
- Nem sempre foi assim! Sei que ela não tem culpa dos acontecimentos passados\, mas desde que minha esposa faleceu\, não consegui mais olhar para ela da mesma forma.O que passou foi apenas parte de uma mentira.- suas palavras foram carregadas de mágoas ou algo que talvez não fosse bom mexer.
- Sinto muito.- foi o que consegui dizer após não entender o que estava implícito em sua declaração.
- Não sinta por algo que não pode compreender.O que levo em minha vida é um fardo muito pesado para quem sempre deu o melhor de si pela família.- seu olhar era especifico em um ponto invisível.E se minha interpretação estiver certa, este homem acabou de chamar a própria filha de fardo!
- Então suponho que não queira carregar tal fardo por muito mais tempo!? - disparei em busca de conseguir algo mais.
- De certo\, meu caro Park! Mas ninguém em sã consciência se interessaria por uma menina que só pensa em fotografias.- quando me encarou notei a aversão que tinha sobre as escolhas da menina; e agora era hora de despertá-lo o interesse.
- Pois eu lhe asseguro que possuo interesse em sua filha\, além do que\, poderia ser uma grande vantagem para nossos negócios em comum não acha senhor Hoyung?- o fitei e ele estava pensativo e hesitante quando conseguiu prosseguir.
- Qual seria a vantagem neste caso?- perguntou.
- Se me conceder a mão de sua filha em casamento posso lhe passar 50% das ações de minha empresa e o senhor faz o mesmo por mim em relação à sua.Em resumo nós teríamos duas grandes potências multinacionais em uma consolidação de grande mercado, afinal de contas nós dois sabemos que nossos produtos têm uma aceitação pelo mundo, fora os lucros que serão multiplicados.O que me diz?
- Vejo que o senhor Park tem astúcia para negócios\, mas devo ressaltar o que disse anteriormente ... - não o deixei terminar com o raciocínio.
- Eu insisto senhor\, podemos ser grandes parceiros na vida e nos negócios.- já estava ficando nervoso com a situação\, pois se desse errado com certeza essa seria minha última e falida cartada de conseguir metade dos negócios daquele velho.
Depois de um longo silêncio ele me olhou fixamente e disse:
- Park\, não espero que se arrependa.
- Com certeza não irei.- apertamos as mãos e logo me adiantei em acertar alguns detalhes - Senhor Hoyung\, por favor\, não diga a sua filha que foi questão de negócios e nem que eu serei o noivo até o dia do casamento certo?Tem certos detalhes que não precisam ser identificados.E se puder facilitar as coisas e fazer com que ela assine os documentos que vou mandar por e-mail.
-Como queira Park.Negócio fechado!
- Tudo no seu tempo certo.- finalizei.
Assenti e me dirigi à porta.No mesmo instante contatei meu advogado para que cuidasse da parte burocrática sobre o casamento e encaminhasse ao meu futuro sogro.Agora seria questão de dias para poder conquistar sua confiança.
Peguei o carro e fui direto para a faculdade mais perto da residência, já que a cidade não é tão grande e apenas duas faculdades que ofertam tal curso, o que não dificulta a dedução de onde estuda.Minha esperança era encontrar ela nem que fosse de longe, na verdade não sei por que exatamente estava fazendo aquilo, mas só assim eu poderia seguir para casa depois de tudo o que consegui com seu pai.
Estacionei o carro perto de uma cafeteria chamada Goins, ficava a dois quarteirões da faculdade então com certeza ela passaria por ali.Depois de meia hora de espera, a vejo chegar à cafeteria com um rapaz. Eles não estavam de mãos dadas, mas só o fato de ela estar acompanhada me deixou inquieto, esperei um pouco para ver que rumo ia dar aquele encontro, afinal de contas hoje ela se tornou minha noiva.
Logo que sentaram vi que ele a olhava muito e ela todo o tempo sorridente, mas de cabeça baixa, porém quando o vi segurar sua mão sobre a mesa não aguentei;saí do carro e entre na cafeteria como se estivesse procurando uma mesa, sem pensar fui até eles.
- Bom dia senhorita\, você não é filha do senhor Hoyung?- disse e ela levantou o olhar um tanto assustado e respondeu:
-Bom dia, senhor! Sim, sou a filha do senhor em questão.
Ao ver que ela havia se assustado tratei de me redimir - Desculpe, não foi minha intenção assustá-la nem tão pouco ser inoportuno, mas devo lhe lembrar que seu pai não gostaria de saber que a senhorita está em um café com um rapaz a qual não tenha um compromisso, em uma cidade pequena como esta as pessoas falam muitas maldades.
- Bom\, me desculpe o senhor\, mas em que século vive?Pois nunca vi nos dias de hoje tal comentário.E este rapaz é meu amigo e de muito respeito.
- Vou desconsiderar a parte de ofensa à minha pessoa e oferecer uma carona até sua casa\, para garantir que chegue bem.- assim que terminei a frase não pude deixar de notar o espanto da menina\, e então ela olhou para o amigo.
- Por mais que o senhor tenha\, em parte razão. Não será necessária a carona.- seu amigo proclamou com os olhos fixos no meu\, como um aviso para eu não insistir.
- Não sou tão velho assim para ser chamado de senhor meu caro.- declarei sem perder a compostura.
- O Jin\, vai me acompanhar até em casa como sempre faz\, até mesmo porque o senhor aqui que é um estranho para mim - disse ela.
- Devo lhe considerar que sou um homem de confiança para seu pai.- a encarei\, e em uma tentativa de conter minha impaciência coloquei as mãos nos bolsos na frente da calça.
- Disse bem\, para meu pai e não para mim! - Suany é verdadeiramente teimosa e isso é algo fascinante para meu ego.
- Bom;caro senhor.De fato sua carona e dispensável.Afinal de contas já estamos de saída não e mesmo Suh?- disse o rapaz com os olhos fixos em mim.
- Sim\, temos muito que fazer ainda.- desta vez foi ela quem lançou um olhar de desdém.
- Certo\, também tenho muito o que fazer ainda.Até breve! - falei sem sair do lugar\, enquanto ambos estavam na porta.
Não sei ao certo porque fiz isso, mas com certeza passei por um ridículo.Mas não me sinto afetado, uma vez que, logo, serei eu quem terá o prazer e a permissão de desfrutar de uma companhia tão agradável quanto à dela.Tudo no seu tempo certo.Mas isso não impede que eu me segure que ele a vai levar direto para casa, entrei no carro e os observei de longe.Entraram em um carro logo mais a frente, que suponho ser dele e seguiram.
Sendo conhecedor do lugar, segui rumo à casa do senhor Hoyung e esperei ainda no carro até que eles chegassem.Logo mais ela saiu do carro e ele foi embora.Achei que seria uma boa hora para finalizar a conversa de mais cedo, então me posicionei fora do carro de uma forma que ela pudesse me ver.
Assim que me viu o olhar de desespero da menina era evidente, e com relutância aproximou-se de mim e então contendo um sorriso a esperei chegar mais perto. E assim que aconteceu ficamos apenas nos encarando, quando em certo momento depois ela respirou fundo.
-O senhor se deu conta do quão ridículo foi esta manhã?Ignorando a presença do meu amigo e me tratando como uma adolescente que o papai manda vigiar para não ser desonrada por aí?
- Não vejo por esse lado senhorita.- ela ficou boquiaberta e logo disparou
- Desculpe\, qual o seu nome mesmo?- disse ela com certo desdém.
- Me chamo Park e gostaria de verdade poder continuar esta conversa\, mas creio que seja melhor entrar - falei apontando discretamente para a casa\, pois realmente eu tinha que ir para meu escritório fazer uma vídeo conferência.
- Pena que não posso lhe dizer o mesmo.- seus olhos irradiavam raiva enquanto os meus sorriam.
Então sem mais ter o que dizer, ela seguiu até sua casa sem olhar para trás.
~ PARK OFF ~
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Atualizado até capítulo 90
Comments
Rosa Gontijo
q Chatisse essas letras no meio
2024-05-22
0
Josenira Ferreira
nao tem imagem de nada .
aff
2023-10-30
0
Patricia Antonia Barbosa de Jesus
Penei para ler esse capítulo
2023-07-28
0