JHON STONE

— De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados.

— pode beijar a noiva! — Dimitri gritou e a moça ao seu lado começou a bater palma ainda derramando litros de água. Era boa atriz tinha que admitir.

— Não é necessário. — Afimei, repreendendo o inconveniente do meu assessor.

— precisamos de uma foto para registrar esse momento — O fotógrafo se intrometeu. — pode beijar a noiva, por favor.

— não se atreva! — Elizabeth advertiu quando olhei em seus olhos, cogitando a ideia.

— Não pense que é vontade minha, são pedidos dos universitários... — Brinqui me aproximando disposto a quebrar uma das regras estabelecidas no nosso contrato nupcial.

Segurei sua cintura e sentir seu corpo se estremecer nos meus braços.

— Eu tô falando sério, Stone se tentar me beijar vai se arrepender.

— É só um beijo o que tem de mal nisso?

— Não vai encostar sua boca imunda na minha.

— É o que vamos ver...

Segurei sua nuca por baixo dos cabelos e imobilizei a sua cabeça a ponto de ficarmos com o rosto colados.

Ela apertou os lábios, movendo-os para dentro de modo a esconde-los.

Ouvi um burburinho do juiz em relação a vontade da Elizabeth, mas logo o Dimitri procurou tranquiliza-lo.

— Ela é vergonhosa— Ele afirmou para o juiz.

Estava a ponto de cair na minha própria armadilha quando o meu lado sombrio piscou em alerta. Meu coração estava acelerado e sentia o dela bater na mesma frequência que o meu contra o meu peito. Aos pouco fui aliviando a pressão em torno dos fios de cabelos de sua nuca trocando por uma carícia levemente sedutora. Me vi preso entre o lábios que foi voltando ao normal, convidativo e cheios, e os olhos que me analisavam cheios de especulações.

— Posso — Sussurrei rende aos lábios dela  Ela fechou os olhos e meneou um leve aceno com a cabeça.

Nossos lábios se tocaram.

A maciez de sua boca foi me envolvendo em uma dança silenciosa e dominadora. Tão delicados e macios...

Elizabeth podia ser apenas um alvo em tudo aquilo, mas nunca imaginei que poderia deseja-la como mulher. Desejar tomar seu corpo como tomava sua boca. Desejar mapear sua pele e explorar cada centímetro do seu corpo como dominava sua língua... conseguia até imaginar ela gemendo meu nome, aquela doce voz no meu ouvido me implorando para ir mais fundo e mais rápido...

— Aii... — Resmunguei ao sentir a pressão nos meus lábios. — Você me mordeu!

Afirmei me afastando.

— Dessa vez foi só um aviso da próxima vou arrancar um pedaço — Ameaçou.

Encarei o juiz.

Ele assim como os outros estavam chocados com a atitude da minha noiva. Ela conseguiu tirar sangue dos meus lábios.

— Vocês que se entendam — O juiz falou, pegando alguns objetos em cima da mesa — Já fiz o meu papel. Onde retiro o meu dinheiro.

— Aqui, senhor —  Dimitri se adiantou tirando uma quantia de dinheiro de dentro do paletó.

— E o meu? — A moça da faxina perguntou sem mais lágrimas nos olhos.

Neguei e me adiantei em pegar a certidão de casamento da mão do juiz saindo da sala indo direto para o carro.

Depois de alguns minutos estávamos os dois dentro do carro voltando para a mansão.

Elizabeth sentada no banco do carone observava o pôr do sol entre os predios da cidade com a cabeça encostada no vidro.

Estava quieta desde o momento que se despediu do Dimitri. Meu assistente ficou encarregado de preparar a minha mala e o jatinho para nossa viagem daqui a algumas horas.

— Não vou para a mansão — Ela murmurrou sem me olhar.

Dessa vez eu conseguir entender

— Prefere ir direto para o hotel? Vamos viajar em algumas horas não precisa de uma mala ou algo assim?

— Não há nada na mansão que me pertença. 

Mais a frente o farol vermelho do semáforo me fez parar.

Avaliei o seu rosto que disfarçava bem seu humor, mas a tristeza estava visível em seu olhar.

— Ainda dá tempo de desistir— Sibilei, ela me encarou.

— me leva em um lugar?

— Onde?

— Preciso me despedir de uma pessoa.

Assenti. Ela me passou o endereço e fomos o resto do caminho em silêncio.

Chegamos em uma bairro humilde,  muito simples mesmo. Uma residência com murros baixos, um pé de cerejeira no quintal, um balanço velho e na varanda uma cadeira de balanço.

— É aqui! — Ela falou saindo do carro sem me dar a chance de abrir a porta. Fiz o mesmo, mas fiquei parado, com as mãos em cima do carro observando o local .

O portão velho de ferro rangeu quando ela destravou o trinco e entrou

O estilo de Elizabeth não combinava nada com aquele lugar. Ela era muito educada, elegante e não imaginava quem de seu conhecimento morava naquela residência simples e humilde.

— Dora... — Gritou, com as mãos na boca.

Apertei o alarme do carro e segui pelo mesmo caminho que Elizabeth ficando logo atrás dela.

Uma senhora de meia idade apareceu na porta.

Um sorriso iluminado desabrochou no rosto das duas quando se viram.

— minha menina — A senhora gritou vindo com muita dificuldade ao nosso encontro. — seja bem vinda.

Ela andava meio curvada com as mãos nas costas. A pele pálida e olheiras profundas denunciava sua saúde debilitada.

As duas se abraçaram, trocando carinho de afeto. Cruzei os braços mantendo minha postura altiva e imparcial.

— Bem vindo— Ela me cumprimentou — Quem é esse rapaz tão elegante? Não me diga que...

— Uma longa história, Dora. — Elizabeth interviu

— Fiz café e broa de milho acompanhamento perfeito para uma boa história. Vamos, entrem.

A casa por dentro era na mesma simplicidade que por fora, mas aquilo não pareceu incomodar Elizabeth. Logo de cara ela tirou as sandálias de saltos, deixandos- as no canto e sumiu por uma porta acompanhada pela Dora. Fiquei na dúvida se tirava ou não os meus sapatos, mas decidi continuar no meu estado inatingível.

Curioso, passei os olhos pela sala, no sofá havia uma manta colorida e bordada a mão. No raque antigo de madeira maciça uma televisão de gerações passadas de tupo ocupava o centro do móvel com varios portas retratos ao redor. Caminhei desviando do tapete no meio da sala para não sujar e tirei uma foto do lugar. Um casal segurava as mãos de uma menininha de cabelos escuros e lindos olhos amendoados. A alegria daquela criança era contagiante no meio dos dois. Outras fotos portava a mesma alegria que vi na primeira.

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Comments

Paulinha Souza

Paulinha Souza

kkkkkkkk

2024-03-21

1

Telma Silva Brito

Telma Silva Brito

Leva a Dora contigo Liz e o Sr. Antônio ( é isso msm? ) tbm.

2024-03-07

0

Telma Silva Brito

Telma Silva Brito

kkkkkkkkk,coloca uma foto do Dimitri,daqueles tipo bonito,divertido e debochado.

2024-03-07

1

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