Capítulo 15. Aiyê – COLAPSO

Khan se aproximou da cama como uma sombra. Não conseguia ver o rosto dele, e isso a deixou ansiosa. Seu coração saltava em seu peito, e estranhamente o sentia ficar dormente. Agora que estava deitada, percebia que tudo a sua volta rodava. Seu estômago ardia levemente, e sua boca começava a ficar seca.

Algo estava acontecendo com ela, e sem saber o motivo, tentou esticar a mão direita para chamar Khan.

Seu peito apertava, não... Conseguia respirar.

Voltando a acender a luz do quarto, ele correu até ela, chamando por seu nome. Não conseguia vê-lo, sua visão estava turva.

Arfando, tentava buscar ar, mas falhava. A mão quente de Khan no seu rosto foi a última coisa que sentiu antes de desmaiar.

...

Cambaleando, Khan foi até a porta e a abriu com dificuldade. Andou pelo corredor usando as paredes como apoio, para se manter em pé. Maldição! Como tinha esquecido daquilo?!

Seus pulmões estavam apertados, não conseguia respirar direito. Se continuasse daquele jeito, perderia a consciência.

Ao fim do corredor, viu uma empregada passando. Tirando força de onde não tinha, conseguiu chamar a atenção dela.

— Vo...Cê...

O ouvindo, a mulher virou. Vendo seu estado, parou abruptamente, levando a mão ao peito.

— Senhor...

— Chame... O médico. Agora!

Usou o último fôlego que lhe restava.

Caiu no chão tentando buscar ar, mas mesmo respirando pela boca, não foi suficiente. Ouviu os passos da empregada ecoando no piso de mármore, mas o som desapareceu logo depois. Não soube quando perdeu a consciência, mas quando acordou estava deitado no sofá da sala, cercado por seu pai, sua mãe, Huan e o médico.

Assustado, levantou de uma vez, sendo atacado por uma vertigem que por pouco não o fez vomitar naqueles que o observavam.

— Vai devagar. – Seu irmão o orientou, sentando do seu lado esquerdo. O encarou confuso, sentindo a boca encher de saliva. Sentando no seu lado direito, sua mãe começou a passar a mão direita em suas costas.

— Jovem mestre, olhe para mim. Siga a luz. – Ying chamou sua atenção. Em pé na sua frente, o médico colocou uma luz em seus olhos e Khan seguiu sua instrução. – Os reflexos estão normais, mas a mente pode ficar lenta. Está melhor que ela.

— O que aconteceu? – Seu pai se pronunciou. Khan o olhou tentando lembrar. A mente estava confusa.

— Não ouviu o médico? Deixe-o respirar um pouco! – Sua mãe o deu uma bronca. Wei se calou. Estava impaciente.

Sentado à sua frente com as pernas cruzadas, o “velho” vestia um pijama acetinado inteiramente preto, mas agia como se tivesse de terno. Classificar Wei como velho era falta de cortesia de Khan, já que considerava a idade do pai e não sua aparência.

O homem o encarava sério, os olhos castanhos escuros afiados, prontos para o julgamento.

— Se ele está bem, não precisa mais de médico. Ying, deixe-nos a sós.

— Sim senhor. – O médico fez uma reverência, e se retirou da sala.

— Quando pretendia contar que está ligado a garota? – A pergunta dele pegou Khan desprevenido. Olhando para o irmão, recebeu seu olhar de lamentação.

— Tive que contar, você quase morreu. – Tentou se justificar. Respirando fundo, Khan passou a mão esquerda pelos cabelos. A sessão de interrogatório se iniciaria, e não estava preparado para ela. Ainda tentava organizar os acontecimentos em sua mente.

— Mentiu para todos, teve a cara de pau de mentir até mesmo para os Anciãos.

— Não é mentira. Ela... Consigo senti-la. – Afirmava aquilo em voz alta pela segunda vez, e ainda se sentia estranho em ter que admitir.

— Quando descobriu estar ligado a ela?

— Na noite em que a trouxe da estação de contêineres. – Seu pai lhe lançou um olhar mordaz. Tinha estado perto da morte naquela noite também.

— Quando se tornou tão irresponsável?! – O questionou, ríspido. – Se os Anciãos tiverem conhecimento disso, será seu fim como Cabeça de Dragão! O que aconteceu hoje?

— Antes de voltarmos... Huan descobriu que a dama de companhia de Aiyê tentaria envenená-la. – Revelou, buscando as memórias.

— E?

— Pedi que trocasse o veneno pelo meu sedativo.

Wei respirou fundo.

— Essa foi a única ideia que teve? – O inqueriu incrédulo, sem esboçar uma única expressão.

— Não queria tumultuar a cerimônia.

— Então, está me dizendo que preferiu correr o risco, mesmo sabendo da ameaça a vida de sua esposa, e da sua?

— Resolveria tudo de forma sigilosa antes da cerimônia começar, mas...

— Mas?

— Cheguei atrasado. – Confessou, escondendo o fato de que também tinha esquecido da traição da maldita empregada. Estava tão inebriado em Aiyê, que havia esquecido de tudo.

O silêncio cobriu a sala.

— É dessa forma que pretende proteger sua família? – Perguntou entre dentes.

— Não senhor.

— ENTÃO PROVE, LIANG KHAN! De nada lhe adianta estar em êxtase por sua esposa, se o que sente lhe cega! Nunca baixe a guarda, se mantenha vigilante até mesmo quando estiver no quarto com ela! Não importa onde esteja, não perca o foco! Faz ideia da merda que fez?! Aquela empregada jogou todo o líquido no chá de sua esposa!

Wei gritava tentando manter a postura inabalável, e todas as emoções que antes ele escondia eram lançadas a Khan. Raiva, indignação, decepção...

Khan ouvia o pai de cabeça baixa, se condenado enquanto concordava mentalmente com cada vírgula que o homem dizia. Na tentativa de salvar Yê, ele, era quem a havia envenenado. Como não tinha cogitado essa possibilidade? O que estava acontecendo com ele, afinal? Devia ter acabado com aquela empregada quando ainda estavam dentro do avião. Não daria espaço para erros, e teria se livrado do problema, não importava o que Aiyê pensasse dele depois.

Aliás, porque se importava com a forma que ela o veria? Desde quando isso era importante?

Levando a mão esquerda até o rosto, fechou os olhos. Sua cabeça doía.

— Será necessário muito para manter sua irresponsabilidade fora do conhecimento de todos, e não moverei um único dedo para ajudá-lo! Carregará o sangue em suas mãos sozinho! – Finalizou sua sentença. Khan cerrava o maxilar, furioso consigo.

— Querido, ele já entendeu. – Sua mãe tentou acalmá-lo, mas a raiva do homem era a mesma de Khan.

Precisava acordar, tinha mais inimigos do que podia contar. Covardia era a principal característica deles.

— Vamos. – Wei levantou do sofá e olhou para a esposa.

— Não! – A mulher foi incisiva. Erguendo uma das sobrancelhas, o homem a encarou. – Ficarei com minha nora. Agora que perdeu a única pessoa que conhecia, se sentirá sozinha. E você... – Disse, dando um tapa no ombro de Khan, o fazendo olhá-la. – Dê um jeito naquela empregada, não quero voltar a vê-la!

— Sim senhora. – Afirmou seco.

Olhando para ele de soslaio, Shu Ian saiu da sala, indo em direção ao quarto onde Aiyê estava. Ouviu o filho mais velho perguntar ao mais novo onde estava a empregada, e pelo tom que usou, teve certeza de que ele a havia entendido.

Aquela garota precisava entender onde estava, e quais eram as consequências para o que havia feito.

Entrou no quarto ainda decorado para a noite de núpcias e sentiu seu coração apertar. Uma noite que deveria ser perfeita tinha sido completamente estragada, e a importância dela se perdido. Haveriam questionamentos severos, e embora os motivos fossem fortes, as especulações se espalhariam como fogo em palha seca.

Khan teria que se esforçar para exterminá-las, mas o que viu nos olhos do filho adotivo a deixou receosa. Embora a cerimônia tivesse revelado a todos que ele a desejava, parecia que algo o impedia de ceder.

Talvez fosse a estranheza da situação, afinal, Aiyê o fazia sentir coisas que nunca havia sentido antes, e ela nem conseguia imaginar como deveria ser isso para ele. No entanto, conhecendo o filho que havia criado, sabia que isso não o assustaria, pelo contrário.

Khan adorava ir contra as regras, embora tentasse negar. Wei era quem sempre o obrigava a ficar na linha. Sim, obrigava, porque ele encontrava sempre uma forma de burla-las. Seu filho era como uma força da natureza, incontrolável, buscava o caos onde quer que fosse. Seu vínculo com o Daemon tornava tudo pior.

Teria que esperar para descobrir, pois ele só diria a ela quando não suportasse mais sentir sozinho.

Sentando na poltrona perto da cama, observou Aiyê dormir tranquila, depois de ter tido duas paradas cardíacas. Recebendo o medicamento que Ying havia injetado em sua veia, ecoando no quarto, sua respiração na máscara de ventilação era o único som evidente.

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Comments

Delha Ribeiro

Delha Ribeiro

Tou gostando muito da sogra dela me parece uma boa pessoa 👏👏👏👏

2024-04-04

1

Delha Ribeiro

Delha Ribeiro

Tadinha 🥹🥹🥹🥹

2024-04-04

1

Delha Ribeiro

Delha Ribeiro

É assim que acontece o amor meu querido 🥰 nos importamos muito, com o que pensa de nós, a pessoa que amamos 🤭

2024-04-04

1

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Capítulos
1 Prólogo - Último suspiro
2 Capítulo 1. Khan - O VÉU QUE ENCOBRE A REALIDADE
3 Capítulo 2. Khan – DESCENDENTE DO DEUS DA GUERRA
4 Capítulo 3. Khan – FASCINADO
5 Capítulo 4. Khan – VULNERÁVEL
6 Capítulo 5. Aiyê – OLHOS CASTANHOS AVERMELHADOS
7 Capítulo 6. Aiyê – UM MERO ACORDO
8 Capítulo 7. Aiyê – DESEJO DE VIVER
9 Capítulo 8. Aiyê – O PODER DA TRÍADE
10 Capítulo 9. Khan – DESEJO DOENTIL
11 Capítulo 10. Khan – ASSASSINO NATO
12 Capítulo 11. Khan – PROFANO
13 Capítulo 12. Khan – MAGNETISMO IRRESISTÍVEL
14 Capítulo 13. Aiyê – O MAJESTOSO REI DRAGÃO
15 Capítulo 14. Aiyê – ESTRANHA ADORAÇÃO
16 Capítulo 15. Aiyê – COLAPSO
17 Capítulo 16. Aiyê – CONFIÇÕES
18 Capítulo 17. Khan – SEM VESTÍGIO DE EXISTÊNCIA
19 Capítulo 18. Khan – TENTANDO DESINTOXICAR
20 Capítulo 19. Khan – MISSÃO SUICIDA
21 Capítulo 20. Khan – NOS CÍRCULOS DO INFERNO
22 Capítulo 21. Knox – IMPULSO PELA VIDA
23 Capítulo 22. Huan – SE ARREPENDIMENTO MATASSE...
24 Capítulo 23. Aiyê – ADMIRAÇÃO, E UMA PITADA DE INVEJA
25 Capítulo 24. Aiyê – MUNDO PARTICULAR
26 Capítulo 25. Aiyê – NOTÍCIA DESAGRADÁVEL
27 Capítulo 26. Aiyê – UMA FARSA
28 Capítulo 27. Khan – CONDENADO
29 Capítulo 28. Khan – RENUNCIANDO DEFESAS?
30 Capítulo 29. Khan – TUDO SE RESUME A PODER
31 Capítulo 30. Khan – A PRINCESA DO ABISMO
32 Capítulo 31. Aiyê – TRAUMAS
33 Capítulo 32. Aiyê – MEMÓRIAS TENEBROSAS
34 Capítulo 33. Aiyê – UM ESTRANHO
35 Capítulo 34. Khan – ENTRE MENTIRAS E TRAIÇÕES
36 Capítulo 35. Khan – APESAR DE TUDO... AMOR
37 Capítulo 36. Khan – UM PROPÓSITO PARA EXISTIR
38 Capítulo 37. Huan – EGOÍSMO
39 Capítulo 38. Aiyê – NOSSO DESTINO
40 Capítulo 39. Aiyê – MEDO DA TRAIÇÃO
41 Capítulo 40. Aiyê – POR FIM... ÚTIL
42 Capítulo 41. Aiyê – A DANÇA DAS MARIPOSAS
43 Capítulo 42. Khan – UMA PRAZEROSA TORTURA
44 Capítulo 43. Khan – A ÚNICA
45 Capítulo 44. Khan – HORDA DE CARNIÇAIS
46 Capítulo 45. Huan – HORA DE SE APOSENTAR
47 Capítulo 46. Cheng – TESTE DE CONFIANÇA
48 Capítulo 47. Aiyê – RANCOR
49 Capítulo 48. Aiyê – ENCANTO
50 Capítulo 49. Aiyê – A LEVEZA DA LIBERDADE
51 Capítulo 50. Aiyê – SENTIMENTOS INTENSOS
52 Capítulo 51. Khan – O SENTIDO DO PERDÃO
53 Capítulo 52. Khan – A FALSA CALMARIA DO MAR
54 Capítulo 53. Khan – SEM SEGUNDAS CHANCES
55 Capítulo 54. Khan – DESEJANDO O IMPOSSÍVEL
56 Capítulo 55. Huan – AMANDO COM TUDO O QUE TEM
57 Capítulo 56. Aiyê – O VENTO TAMBÉM PODE SER VIOLENTO
58 Capítulo 57. Aiyê – BOMBA RELÓGIO
59 Capítulo 58. Aiyê – NÃO VIVERIA SEM ELE
60 Capítulo 59. Aiyê – A TEIMOSIA DE KHAN
61 Capítulo 60. Khan – NÃO CUMPRIREI JAMAIS!
62 Capítulo 61. Khan – SIGNIFICADO A SEU ESFORÇO
63 Capítulo 62. Khan – RAIVA ACUMULADA
64 Capítulo 63. Khan – O VIOLINISTA DO DIABO
65 Capítulo 64. Cheng – MAIS PRÓXIMO
66 Capítulo 65. Huan – PARE DE OLHAR PARA OS LADOS
67 Capítulo 66. Venya – UM CRETINO NO GAZEBO
68 Capítulo 67. Aiyê – NÃO APENAS NAQUELA VIDA
69 Capítulo 68. Aiyê – OUTRO SONHO PROFÉTICO
70 Capítulo 69. Aiyê – NÃO PODERIA ESTAR MAIS FELIZ
71 Capítulo 70. Aiyê – DEUS PRIMORDIAL ENCARNADO
72 Capítulo 71. Aiyê – O PEQUENO K'
73 Capítulo 72. Khan – SOPRO DE VIDA
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Atualizado até capítulo 73

1
Prólogo - Último suspiro
2
Capítulo 1. Khan - O VÉU QUE ENCOBRE A REALIDADE
3
Capítulo 2. Khan – DESCENDENTE DO DEUS DA GUERRA
4
Capítulo 3. Khan – FASCINADO
5
Capítulo 4. Khan – VULNERÁVEL
6
Capítulo 5. Aiyê – OLHOS CASTANHOS AVERMELHADOS
7
Capítulo 6. Aiyê – UM MERO ACORDO
8
Capítulo 7. Aiyê – DESEJO DE VIVER
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Capítulo 8. Aiyê – O PODER DA TRÍADE
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Capítulo 9. Khan – DESEJO DOENTIL
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Capítulo 10. Khan – ASSASSINO NATO
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Capítulo 11. Khan – PROFANO
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Capítulo 12. Khan – MAGNETISMO IRRESISTÍVEL
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Capítulo 14. Aiyê – ESTRANHA ADORAÇÃO
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Capítulo 15. Aiyê – COLAPSO
17
Capítulo 16. Aiyê – CONFIÇÕES
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Capítulo 17. Khan – SEM VESTÍGIO DE EXISTÊNCIA
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Capítulo 18. Khan – TENTANDO DESINTOXICAR
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Capítulo 19. Khan – MISSÃO SUICIDA
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Capítulo 21. Knox – IMPULSO PELA VIDA
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Capítulo 22. Huan – SE ARREPENDIMENTO MATASSE...
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Capítulo 23. Aiyê – ADMIRAÇÃO, E UMA PITADA DE INVEJA
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Capítulo 24. Aiyê – MUNDO PARTICULAR
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Capítulo 25. Aiyê – NOTÍCIA DESAGRADÁVEL
27
Capítulo 26. Aiyê – UMA FARSA
28
Capítulo 27. Khan – CONDENADO
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Capítulo 28. Khan – RENUNCIANDO DEFESAS?
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Capítulo 35. Khan – APESAR DE TUDO... AMOR
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Capítulo 36. Khan – UM PROPÓSITO PARA EXISTIR
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Capítulo 39. Aiyê – MEDO DA TRAIÇÃO
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Capítulo 44. Khan – HORDA DE CARNIÇAIS
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Capítulo 47. Aiyê – RANCOR
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Capítulo 48. Aiyê – ENCANTO
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Capítulo 50. Aiyê – SENTIMENTOS INTENSOS
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Capítulo 51. Khan – O SENTIDO DO PERDÃO
53
Capítulo 52. Khan – A FALSA CALMARIA DO MAR
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Capítulo 53. Khan – SEM SEGUNDAS CHANCES
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Capítulo 54. Khan – DESEJANDO O IMPOSSÍVEL
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Capítulo 56. Aiyê – O VENTO TAMBÉM PODE SER VIOLENTO
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Capítulo 57. Aiyê – BOMBA RELÓGIO
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Capítulo 58. Aiyê – NÃO VIVERIA SEM ELE
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Capítulo 59. Aiyê – A TEIMOSIA DE KHAN
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Capítulo 60. Khan – NÃO CUMPRIREI JAMAIS!
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Capítulo 61. Khan – SIGNIFICADO A SEU ESFORÇO
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Capítulo 62. Khan – RAIVA ACUMULADA
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Capítulo 63. Khan – O VIOLINISTA DO DIABO
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Capítulo 64. Cheng – MAIS PRÓXIMO
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Capítulo 65. Huan – PARE DE OLHAR PARA OS LADOS
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Capítulo 69. Aiyê – NÃO PODERIA ESTAR MAIS FELIZ
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Capítulo 70. Aiyê – DEUS PRIMORDIAL ENCARNADO
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Capítulo 72. Khan – SOPRO DE VIDA

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