Capítulo 10. Khan – ASSASSINO NATO

Khan alinhava a roupa cheia de detalhes e não conseguia deixar de franzir o cenho toda vez que o fazia. Sentia o suor escorrer pela testa, e irritado, o secava com o lenço que, já começava a ensopar. De quem diabos tinha sido a ideia de casar pela manhã?

Ah, claro! Dele!

Queria que a cerimônia de iniciação de Aiyê em seu clã fosse no mesmo dia, e se o casamento fosse a tarde, chegariam muito cansados. Maldita hora que havia decidido isso. Sentia que seu corpo entraria em combustão a qualquer momento.

Com os batimentos acelerados, os pulmões pareciam sufocados, fazendo-o respirar fundo várias vezes. Travava uma batalha interna com um inimigo invisível. A garganta seca, era regada vez ou outra com uma água com limão, que mesmo estando gelada, descia queimando. 

— Se não se acalmar, terá um ataque cardíaco. – Huan sussurrou em seu ouvido.

Teve vontade de manda-lo ir a merda, mas, mais uma vez, respirou fundo. Antes disso, havia passado pelas cabanas de Bàbá Àgbà e dos pais da noiva. Fora prestar seu respeito e receber suas bençãos, mas as palavras da avó de sua noiva tinham grudado em sua mente.

— Tive conhecimento das revelações de Ifá, embora boa parte do destino que compartilham, esteja nublado. – Citou de início. O oráculo tinha ficado em choque ao não conseguir ver quase nada sobre eles, e Khan ainda mais. A incerteza que os cercava, o deixou temeroso se ia ou não conseguir desfazer a ligação que possuíam.

A experiência que tinha com o Daemon, era um péssimo sinal.

— Sim, Bàbá Àgbà. No entanto, sinto-me satisfeito em saber que Aiyê será minha única esposa.

— Temo que essa deva ser a menor de suas preocupações, meu jovem. Acredito, que o motivo de Ifá não conseguir ver o futuro de vocês, seja Yê. O destino dela torna tudo incerto... Nem mesmo sei se é capaz de ter uma vida normal. Ela tem uma saúde delicada, consequência de anos de isolamento. Precisará de uma atenção dobrada a suas necessidades.

— Estou ciente disso, e farei tudo para que ela se mantenha saudável.

— Suas ações o precedem, jovem Liang. Existe nelas um poder esmagador, que talvez não seja capaz de controlar. 

— Se o que me pergunta é se irei ferir Aiyê, posso afirmar a senhora que jamais o farei.

De fato, não faria. Mesmo se quisesse. Só de pensar nessa possibilidade seu peito apertava, sem que conhecesse o motivo. No entanto, isso não impedia Beleth de fantasiar mil e umas merdas com ela. Temia ceder aos desejos dele, embora nunca tivesse sentido nada por nenhuma outra mulher, e não conhecesse seu comportamento em se tratando desse assunto, sua intuição dizia que por Aiyê ele seria capaz de qualquer coisa.

Sim, ela mexia com o Daemon. Com as piores partes dele. Porém, também exercia certo poder sobre Khan. O encanto que tinha sentido por ela na noite em que a salvou, o deixou desnorteado por vários dias. Era como se tivesse voltado a época em que não conseguia controlar suas habilidades inatas. Sem ela, sentiu-se perdido. Havia bagunçado não só sua mente e seu corpo, como seu auto controle.

Se existisse um ser a quem ela pudesse ser comparada nesse quesito, seria uma Ninfa. Famosas por confundir os sentidos e os sentimentos com o pólen do fascínio.

— Posso confiar em suas palavras? – A senhora o inqueriu, séria. Seu olhar forte penetrava a alma de Khan.

— A palavra de um Liang é mais forte do que suas ações, Bàbá àgbà. Mas, quando elas são ignoradas, é com as ações que mostramos o porquê devemos ser ouvidos.

Ela o analisou em silêncio.

— E para quem é direcionada essa intenção?

— Nossas palavras para nossa família, e nossas ações para nossos inimigos. Embora, sempre optemos pelo diálogo. A família é um elo sagrado em nosso clã, manchá-lo não é uma opção. Proteção e fidelidade são princípios essenciais, votos feitos não apenas com palavras, mas também com sangue.

— Se esse é o caso, confiarei no que me diz. Mas, estarei vigilante. – Afirmou. – Que Olódùmarè abençoe sua união com Aiyê, e os Orixás os guiem pelo caminho da luz, quando se sentirem perdidos.

— Honrarei sua benção.

Estava prestes a se levantar, quando foi parado por ela.

— Antes que vá, devo lhe informar que, precisará limpar seu clã quando chegar nele...

Confuso, Khan franziu o cenho.

— Receio que, um rato, tenha se infiltrado nas bagagens de Aiyê. 

De imediato, sua expressão se tornou sombria.

— Entendo. Não se preocupe, darei a ele o tratamento digno de sua espécie. – Garantiu. Hadiya sorriu satisfeita.

Avisou Huan logo que saiu da cabana, e ele lhe daria a resposta até o fim da cerimônia. Se o que Bàbá Àgbà lhe disse se comprovasse, não teria nenhuma misericórdia. Traição era o que mais repudiava. Entre os parentes de Aiyê, poucos eram os que de fato lhe desejavam bem. A existência dela incomodava, e ainda que estivesse indo embora, ela sempre seria uma mancha. Se perguntava o motivo de tanta raiva.

Enquanto esperava, continha a vontade de perguntar as horas a Huan. Aiyê estava demorando uma vida, de certo que seu pai a estava alugando com seus monólogos sobre o clã. Estava prestes a quebrar o rito e ir busca-la, quando ela por fim apareceu.

Sua respiração foi roubada de imediato, sua mente ficou em branco por um momento. A imagem dela vestida de vermelho e dourado o lembrou da primeira vez que visitou o reino. O vestido colado em seu corpo marcava o quadril largo. Ela era pequena, mas as curvas de seu corpo eram uma visão única. O rosto, como sempre, estava coberto por um véu.

Por um momento se imaginou deslizando os dedos sobre as curvas que via, cada centímetro delas. Atordoado, engoliu em seco. No que estava pensando?

Embora Yê possuísse uma beleza surreal, não era esse seu objetivo. Voltando a realidade, percebeu o que até aquele momento não tinha notado. A tristeza no semblante dela, o que o deixou incomodado.

Era óbvio que o casamento não era o que desejava, nem muito menos se separar de sua família. Contudo, diante os infortúnios que a seguiam, poucos desejariam tê-la por perto. Talvez, Khan fosse o único “louco” que desejasse isso. Tinha seus próprios motivos, ninguém precisava saber deles, mas, também não se desagradava da presença de Aiyê. Apesar da confusão que ela causava a seu corpo e a sua mente.

Julgava culpado o mistério em torno da ligação que possuíam. Porém, não tinha certeza. Algo nela era magnético, e para sua infelicidade, ele não era o único afetado.

Se sentando ao seu lado, Aiyê o embriagou com seu cheiro de pêssego. Preocupado, pensou se a dose extra do sedativo aguentaria aquela aproximação. Não precisou esperar muito para ter sua resposta. Com a mente lenta, mal conseguia raciocinar. Em contrapartida, seus sentidos gritavam. Sentia tudo, ouvia tudo, não conseguia se focar em nada, e seu humor estava piorando. Não era um bom sinal. 

Percebendo, Huan se aproximou.

— Deseja beber algo? – Perguntou, sussurrando no seu ouvido. 

Beber? De que merda ele tava falando? 

Encarando o irmão, Khan ficou em silêncio. Beber... Era isso!

— Encha a porra daquela seringa e coloque em algo para que eu possa beber. – Ordenou. Surpreso, Huan o fitou.

— O sedativo é injetável.

— Que se foda, se vira! Antes que eu comece a matar todos para apreciar um pouco de silêncio.

A expressão de Huan era de puro desespero. Momentos desesperados demandavam ações desesperadas, não havia escolha. Ou era isso, ou a desgraça iminente. No fim, Huan fez o que o irmão pediu, e o resultado não foi tão ruim. Conseguiu conter Khan por mais um tempo.

Depois da entrega de presentes, onde o último foi um garotinho que presenteou Aiyê com uma concha minúscula, — por isso conseguiu tirar um lindo sorriso dela — Khan pediu licença a ela e decidiu tomar um ar. A música alta começava a perturbar a sua cabeça. 

Depois de um tempo só, foi agraciado com a presença da Rainha e sua filha mais nova. Ambas o parabenizaram com um sorriso debochado nos lábios, e antes de sair, a Rainha lhe deixou um aviso.

— Mantenha a rédea curta sobre aquela garota, pois ela é indomável, não possui qualquer respeito por regras, e adora sujar o nome de quem a trata com dignidade.

— Agradeço o conselho majestade. – Foi sincero. Sorrindo satisfeita, ela deixou-o. Estreitando os olhos, Khan observou a Rainha ir embora. Ela tinha uma visão interessante sobre Aiyê. "Sujar o nome", como uma prisioneira poderia sujar o nome de alguém? E como viver dessa forma poderia ser digno?

A rainha tinha se referido a alguma situação que fora ocultada até mesmo das conversas que teve com o Rei, e Khan se viu incomodado. Odiava surpresas. Precisava descobrir que tipo de sujeira ela havia se referido.

— Khan... Tenho suas informações. – Huan anunciou.

— Já era hora. – Falou, deixando de lado o copo de água com limão que tomava para se refrescar. Seu irmão se aproximou da mesa em que estava, salva do sol por uma cabana, e o encarou.

— Não temos um rato nas bagagens. Temos uma víbora... – Anunciou, lhe oferecendo um frasco. 

Khan franziu o cenho, a expressão fechou por completo. Parecia que aquele dia tinha nascido para lhe testar a paciência. 

Abrindo a tampa do pequeno frasco de vidro, o cheiro forte de veneno invadiu seu nariz. Fechando-o, ele deu um riso forçado.

— Quanta ousadia. Mande preparar um prato especial para o nosso convidado, ainda é cedo. A festa está apenas começando. 

— Como desejar.

Levantando da cadeira, focou Aiyê na companhia de sua avó e da dama de companhia. Traição... Porque as pessoas insistiam em subestimá-lo?! Talvez tivesse sido muito complacente, ou se deixado afetar pela atmosfera meramente acolhedora. Descendentes eram Descendentes, afinal.

Não podia deixar que esquecessem quem ele era de fato.

Um assassino nato!

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Comments

Delha Ribeiro

Delha Ribeiro

olha eu estou escrevendo sobre uma ninfa também legal 🤔🤭

2024-04-03

2

LadySillver34

LadySillver34

ui, deu medinho

2024-04-18

1

LadySillver34

LadySillver34

o que tem a ver?
acho que não entendi seu Khan 😕

2024-04-18

1

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Capítulos
1 Prólogo - Último suspiro
2 Capítulo 1. Khan - O VÉU QUE ENCOBRE A REALIDADE
3 Capítulo 2. Khan – DESCENDENTE DO DEUS DA GUERRA
4 Capítulo 3. Khan – FASCINADO
5 Capítulo 4. Khan – VULNERÁVEL
6 Capítulo 5. Aiyê – OLHOS CASTANHOS AVERMELHADOS
7 Capítulo 6. Aiyê – UM MERO ACORDO
8 Capítulo 7. Aiyê – DESEJO DE VIVER
9 Capítulo 8. Aiyê – O PODER DA TRÍADE
10 Capítulo 9. Khan – DESEJO DOENTIL
11 Capítulo 10. Khan – ASSASSINO NATO
12 Capítulo 11. Khan – PROFANO
13 Capítulo 12. Khan – MAGNETISMO IRRESISTÍVEL
14 Capítulo 13. Aiyê – O MAJESTOSO REI DRAGÃO
15 Capítulo 14. Aiyê – ESTRANHA ADORAÇÃO
16 Capítulo 15. Aiyê – COLAPSO
17 Capítulo 16. Aiyê – CONFIÇÕES
18 Capítulo 17. Khan – SEM VESTÍGIO DE EXISTÊNCIA
19 Capítulo 18. Khan – TENTANDO DESINTOXICAR
20 Capítulo 19. Khan – MISSÃO SUICIDA
21 Capítulo 20. Khan – NOS CÍRCULOS DO INFERNO
22 Capítulo 21. Knox – IMPULSO PELA VIDA
23 Capítulo 22. Huan – SE ARREPENDIMENTO MATASSE...
24 Capítulo 23. Aiyê – ADMIRAÇÃO, E UMA PITADA DE INVEJA
25 Capítulo 24. Aiyê – MUNDO PARTICULAR
26 Capítulo 25. Aiyê – NOTÍCIA DESAGRADÁVEL
27 Capítulo 26. Aiyê – UMA FARSA
28 Capítulo 27. Khan – CONDENADO
29 Capítulo 28. Khan – RENUNCIANDO DEFESAS?
30 Capítulo 29. Khan – TUDO SE RESUME A PODER
31 Capítulo 30. Khan – A PRINCESA DO ABISMO
32 Capítulo 31. Aiyê – TRAUMAS
33 Capítulo 32. Aiyê – MEMÓRIAS TENEBROSAS
34 Capítulo 33. Aiyê – UM ESTRANHO
35 Capítulo 34. Khan – ENTRE MENTIRAS E TRAIÇÕES
36 Capítulo 35. Khan – APESAR DE TUDO... AMOR
37 Capítulo 36. Khan – UM PROPÓSITO PARA EXISTIR
38 Capítulo 37. Huan – EGOÍSMO
39 Capítulo 38. Aiyê – NOSSO DESTINO
40 Capítulo 39. Aiyê – MEDO DA TRAIÇÃO
41 Capítulo 40. Aiyê – POR FIM... ÚTIL
42 Capítulo 41. Aiyê – A DANÇA DAS MARIPOSAS
43 Capítulo 42. Khan – UMA PRAZEROSA TORTURA
44 Capítulo 43. Khan – A ÚNICA
45 Capítulo 44. Khan – HORDA DE CARNIÇAIS
46 Capítulo 45. Huan – HORA DE SE APOSENTAR
47 Capítulo 46. Cheng – TESTE DE CONFIANÇA
48 Capítulo 47. Aiyê – RANCOR
49 Capítulo 48. Aiyê – ENCANTO
50 Capítulo 49. Aiyê – A LEVEZA DA LIBERDADE
51 Capítulo 50. Aiyê – SENTIMENTOS INTENSOS
52 Capítulo 51. Khan – O SENTIDO DO PERDÃO
53 Capítulo 52. Khan – A FALSA CALMARIA DO MAR
54 Capítulo 53. Khan – SEM SEGUNDAS CHANCES
55 Capítulo 54. Khan – DESEJANDO O IMPOSSÍVEL
56 Capítulo 55. Huan – AMANDO COM TUDO O QUE TEM
57 Capítulo 56. Aiyê – O VENTO TAMBÉM PODE SER VIOLENTO
58 Capítulo 57. Aiyê – BOMBA RELÓGIO
59 Capítulo 58. Aiyê – NÃO VIVERIA SEM ELE
60 Capítulo 59. Aiyê – A TEIMOSIA DE KHAN
61 Capítulo 60. Khan – NÃO CUMPRIREI JAMAIS!
62 Capítulo 61. Khan – SIGNIFICADO A SEU ESFORÇO
63 Capítulo 62. Khan – RAIVA ACUMULADA
64 Capítulo 63. Khan – O VIOLINISTA DO DIABO
65 Capítulo 64. Cheng – MAIS PRÓXIMO
66 Capítulo 65. Huan – PARE DE OLHAR PARA OS LADOS
67 Capítulo 66. Venya – UM CRETINO NO GAZEBO
68 Capítulo 67. Aiyê – NÃO APENAS NAQUELA VIDA
69 Capítulo 68. Aiyê – OUTRO SONHO PROFÉTICO
70 Capítulo 69. Aiyê – NÃO PODERIA ESTAR MAIS FELIZ
71 Capítulo 70. Aiyê – DEUS PRIMORDIAL ENCARNADO
72 Capítulo 71. Aiyê – O PEQUENO K'
73 Capítulo 72. Khan – SOPRO DE VIDA
74 Capítulo 73. Khan – SENTIMENTO DE INFERIORIDADE
Capítulos

Atualizado até capítulo 74

1
Prólogo - Último suspiro
2
Capítulo 1. Khan - O VÉU QUE ENCOBRE A REALIDADE
3
Capítulo 2. Khan – DESCENDENTE DO DEUS DA GUERRA
4
Capítulo 3. Khan – FASCINADO
5
Capítulo 4. Khan – VULNERÁVEL
6
Capítulo 5. Aiyê – OLHOS CASTANHOS AVERMELHADOS
7
Capítulo 6. Aiyê – UM MERO ACORDO
8
Capítulo 7. Aiyê – DESEJO DE VIVER
9
Capítulo 8. Aiyê – O PODER DA TRÍADE
10
Capítulo 9. Khan – DESEJO DOENTIL
11
Capítulo 10. Khan – ASSASSINO NATO
12
Capítulo 11. Khan – PROFANO
13
Capítulo 12. Khan – MAGNETISMO IRRESISTÍVEL
14
Capítulo 13. Aiyê – O MAJESTOSO REI DRAGÃO
15
Capítulo 14. Aiyê – ESTRANHA ADORAÇÃO
16
Capítulo 15. Aiyê – COLAPSO
17
Capítulo 16. Aiyê – CONFIÇÕES
18
Capítulo 17. Khan – SEM VESTÍGIO DE EXISTÊNCIA
19
Capítulo 18. Khan – TENTANDO DESINTOXICAR
20
Capítulo 19. Khan – MISSÃO SUICIDA
21
Capítulo 20. Khan – NOS CÍRCULOS DO INFERNO
22
Capítulo 21. Knox – IMPULSO PELA VIDA
23
Capítulo 22. Huan – SE ARREPENDIMENTO MATASSE...
24
Capítulo 23. Aiyê – ADMIRAÇÃO, E UMA PITADA DE INVEJA
25
Capítulo 24. Aiyê – MUNDO PARTICULAR
26
Capítulo 25. Aiyê – NOTÍCIA DESAGRADÁVEL
27
Capítulo 26. Aiyê – UMA FARSA
28
Capítulo 27. Khan – CONDENADO
29
Capítulo 28. Khan – RENUNCIANDO DEFESAS?
30
Capítulo 29. Khan – TUDO SE RESUME A PODER
31
Capítulo 30. Khan – A PRINCESA DO ABISMO
32
Capítulo 31. Aiyê – TRAUMAS
33
Capítulo 32. Aiyê – MEMÓRIAS TENEBROSAS
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Capítulo 33. Aiyê – UM ESTRANHO
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Capítulo 34. Khan – ENTRE MENTIRAS E TRAIÇÕES
36
Capítulo 35. Khan – APESAR DE TUDO... AMOR
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Capítulo 36. Khan – UM PROPÓSITO PARA EXISTIR
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Capítulo 37. Huan – EGOÍSMO
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Capítulo 38. Aiyê – NOSSO DESTINO
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Capítulo 39. Aiyê – MEDO DA TRAIÇÃO
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Capítulo 40. Aiyê – POR FIM... ÚTIL
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Capítulo 43. Khan – A ÚNICA
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Capítulo 45. Huan – HORA DE SE APOSENTAR
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Capítulo 46. Cheng – TESTE DE CONFIANÇA
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Capítulo 47. Aiyê – RANCOR
49
Capítulo 48. Aiyê – ENCANTO
50
Capítulo 49. Aiyê – A LEVEZA DA LIBERDADE
51
Capítulo 50. Aiyê – SENTIMENTOS INTENSOS
52
Capítulo 51. Khan – O SENTIDO DO PERDÃO
53
Capítulo 52. Khan – A FALSA CALMARIA DO MAR
54
Capítulo 53. Khan – SEM SEGUNDAS CHANCES
55
Capítulo 54. Khan – DESEJANDO O IMPOSSÍVEL
56
Capítulo 55. Huan – AMANDO COM TUDO O QUE TEM
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Capítulo 56. Aiyê – O VENTO TAMBÉM PODE SER VIOLENTO
58
Capítulo 57. Aiyê – BOMBA RELÓGIO
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Capítulo 58. Aiyê – NÃO VIVERIA SEM ELE
60
Capítulo 59. Aiyê – A TEIMOSIA DE KHAN
61
Capítulo 60. Khan – NÃO CUMPRIREI JAMAIS!
62
Capítulo 61. Khan – SIGNIFICADO A SEU ESFORÇO
63
Capítulo 62. Khan – RAIVA ACUMULADA
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Capítulo 63. Khan – O VIOLINISTA DO DIABO
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Capítulo 64. Cheng – MAIS PRÓXIMO
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Capítulo 65. Huan – PARE DE OLHAR PARA OS LADOS
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Capítulo 66. Venya – UM CRETINO NO GAZEBO
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Capítulo 68. Aiyê – OUTRO SONHO PROFÉTICO
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Capítulo 69. Aiyê – NÃO PODERIA ESTAR MAIS FELIZ
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Capítulo 70. Aiyê – DEUS PRIMORDIAL ENCARNADO
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Capítulo 71. Aiyê – O PEQUENO K'
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Capítulo 73. Khan – SENTIMENTO DE INFERIORIDADE

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