Capítulo 13. Aiyê – O MAJESTOSO REI DRAGÃO

O choque que teve com a ação dele a deixou paralisada. Sabia que todos tinham os olhos voltados para eles, e por um momento sentiu seu rosto queimar em vergonha. Pensou em afastá-lo, mas isso seria interpretado de forma ainda pior.

Khan agia por puro instinto, e seu sangue era o culpado. Temeu que isso fosse acontecer quando a Anciã lhe informou que precisaria dele para o ritual. Segundo ela, assim como os dragões a testariam, Khan também seria testado em relação a ela naquela noite.

Não fazia ideia de que tipo de teste ela se referia, mas naquele momento tomou consciência. Eles queriam saber se Khan sentia algo por ela, mas até mesmo aquele resultado estava sendo manipulado por meio do sangue dela. Se não tivesse sob efeito dele, Khan jamais a teria beijado. Ele não a via daquela forma, não sentia nada, e comprovar isso fez o peito de Aiyê arder em raiva.

Sentia nojo de si mesma, e por vezes agradecia por ficar isolada. Não importava que sua alma fosse celestial, seu sangue sempre a faria se sentir suja.

Tinha perdido as contas de quantos haviam perecido por causa dela, por causa daquela atração asquerosa que seu sangue emanava através de seu corpo.

Sentia as lágrimas ameaçarem a cada beijo que recebia de Khan, e imóvel, apenas aceitava de forma submissa o desejo dele. Suplicava mentalmente para que parasse, mas ele estava insaciável.

De súbito, como se tivessem ouvido seus pedidos desesperados, sentiu ser encharcada. Parando de beijá-la, Khan se colocou em sua frente, fazendo uma barreira com seu próprio corpo na tentativa de evitar que algo a atingisse. Seus olhos varriam seu rosto e corpo, a procura de algo que ela desconhecia.

Não conseguiu manter contato visual por muito tempo. Se sentia suja. Quando ele descobrisse que agia daquela forma por causa de seu sangue, estaria perdida. Nenhum homem aceitaria ser tratado como brinquedo de uma mulher, pior ainda um Descendente Primordial, cujo o ego refletia sua honra.

Pega de surpresa, se encolheu percebendo só naquele momento o que tinha lhe dado um banho. Os seres que antes estavam na montanha, agora se encontravam na água. Serpenteavam de forma rápida, circulando a sua volta, movimentando o lago. A carapaça branca azulada vez ou outra emergia, deixando um caminho.

Se aproximando, um deles trouxe a cabeça perto de Aiyê e tocou sutilmente com o focinho em seu braço. A água por pouco não alcançava seu pescoço, então qualquer movimento brusco a faria ser engolida. Tentando se manter calma, observou os olhos azuis acinzentados brilhantes. Finos chifres dourados eram exibidos na cabeça dele, e embora sentisse seu coração disparar, Yê teve vontade de tocá-lo.

Tirando coragem de algum lugar, levou a mão esquerda até o ser. Deslizou de forma delicada as pontas dos dedos sobre a quitina pontuda, e em reação a seu toque a serpente fechou os olhos. A seu lado, Khan não tirava os olhos dela. Aiyê sentia os olhos castanhos avermelhados analisando cada movimento seu. Não parecia mais tão afetado pelo efeito de seu sangue, talvez o banho o tivesse despertado um pouco.

Igualmente se aproximando, a outra serpente empurrou a que Yê tocava para tomar seu lugar. Ela riu, levando a mão até o outro. Passou os dedos contornando onde deveria ficar a sobrancelha do ser. Em reação, ele piscou.

Todos a assistiam admirados pela proximidade que os seres haviam tomado, assim como pelo cuidado que mostravam ter ao estar perto dela. Era como se Aiyê fosse familiar deles. Alheia a tudo, ela apenas apreciava a companhia calma que os seres lhe transmitiam.

Uma onda sutil surgiu na água, chamando a atenção dos dragões. Agitados, eles se afastaram e nadaram em direção as montanhas novamente. Yê lamentou a partida deles, agora que não sentia mais medo, queria ficar mais tempo com eles.

Alertando a todos, um trovão azul cortou o céu fazendo a ilha inteira tremer. Com a atenção voltada para as montanhas, Khan se aproximou, colocando o braço na sua frente. Cumpria com sua palavra de não deixar nada lhe acontecer.

Descendo das montanhas, uma serpente enorme mergulhou no lago, porém, não se aproximou. Olhando fixamente para Aiyê, parecia aguardar algo.

— Le... Leve-a até ele. – O cerimonialista gaguejou, dando o comando a Khan.

— “A levarei até ele.” – Lhe avisou, se abaixando, com a intenção de pegá-la no colo.

— “O que?! Porque?” – O questionou confusa, recuando um passo.

— “Ele está aqui para vê-la, mas não vai se aproximar. Não pode recusar um Rei.” – Afirmou.

Rei? Então, aquele dragão enorme era o rei daquela montanha? Olhando para o dragão por um momento, voltou a fitar Khan. Ele a observava com curiosidade.

— “Tudo bem.” – Aceitou. Pegando-a nos braços, Khan caminhou até o enorme ser. Aiyê sentia o vento da respiração dele tocar seu rosto conforme se aproximavam. Era frio, e estranhamente cheirava a alfazema.

Branco azulado como os dragões menores que tinha tocado, ele tinha longos fios dos dois lados de seu focinho, que lembravam bigodes. Acima de sua cabeça, dois pares de chifres dourados e pontiagudos se projetavam em forma de galhos. Yê sabia que devia sentir medo daquela criatura, mas naquele momento só conseguia admirá-lo.

Hipnotizada, olhava cada mínimo detalhe existente nele, e jamais esqueceria aquela visão diante de seus olhos. Sendo seu quarto o único lugar que conhecia, nunca se imaginou viver e ver tal obra divina. Era mais do que digno chama-lo de Rei, sua presença era majestosa, imponente, mas também divina.

Via a aura celestial dourada cobri-lo por inteiro, irradiando de seu enorme corpo, como se fosse o próprio sol. Não se sentia digna de estar diante dele, era minúscula diante a existência dele, e não era pura como sua alma insinuava. Mas, agradecia pela oportunidade. Afinal, quando teria outra? Provavelmente nunca mais.

Parando a alguns metros do Rei Dragão, Khan o encarou e aguardou. Aproximando a grande cabeça, ele a cheirou. Sentiu cócegas com o vento, e riu fechando os olhos. Jogando algo sobre seu colo, o majestoso Rei se afastou de Aiyê e fitou o céu, fazendo um som que fez seu coração tremer.

Acolheu o presente em suas mãos admirada. Era uma concha grande, em tom perolado, com alguns espinhos espalhados sobre seu formato incomum, que se parecia uma montanha. Nunca tinha visto aquele tipo de concha e estava encantada. Retornando ao cerimonialista, Khan me colocou no sobre a areia do lago novamente.

— O que ele lhe deu? – O homem lhe questionou, mas não o tendo entendido, olhou para Khan.

— “Mostre a ele seu presente.” – Informou.

Erguendo a concha entre suas mãos para o cerimonialista, ele a encarou com os olhos arregalados. Todos pareciam surpresos, e receosa, Aiyê olhou para os lados, vendo os membros do clã sussurrar uns para os outros.

Não fazia ideia do que aquilo significava.

Pegando a concha de suas mãos, o homem a ergueu e começou a falar. Yê não entendia nada do que ele dizia, também não conseguia ler seus lábios, pois ele não falava sua língua. Apreensiva, olhou para Khan e puxou o tecido da roupa dele, chamando sua atenção.

— “O que ele está dizendo?” – Perguntou ansiosa. Encarando-a, ele repetiu o que o cerimonialista havia dito.

— “O presente divino é uma concha-rainha. Hoje, os membros do clã tomam conhecimento de que estamos diante de uma Deusa Espiritual. Eis seu presente e reconhecimento.” – Aiyê voltou a olhar para o homem, e recebeu sua concha de volta.

Khan ocultou dela a última parte do anuncio do cerimonialista, estava em choque. E enquanto a observava admirar a concha, ouvia os murmúrios de admiração dos membros do clã.

— Alegra-te, Rei Vaiśravana! Casaste essa noite com a filha de Yanluo. – O cerimonialista o felicitou satisfeito com o sucesso da cerimônia, mas o jovem Descendente estava perdido em seus próprios pensamentos.

Yanluo... O Rei do inferno Chinês.

Agora tudo fazia sentido. Assim como Beleth, que procurava um sentido na sua existência tomando as almas humanas, Khan também havia reconhecido nela uma forma de se sentir vivo. O único problema, era que o preço cobrado era alto demais.

Estava disposto a pagá-lo?

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Comments

Delha Ribeiro

Delha Ribeiro

E de que forma será esse pagamento?

2024-04-04

1

Delha Ribeiro

Delha Ribeiro

Gente que lindo 😍

2024-04-04

1

Delha Ribeiro

Delha Ribeiro

Eitaaaa ela se sente mal por achar que ele si beija ela por causa da atração? É isso?🤔

2024-04-04

1

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Capítulos
1 Prólogo - Último suspiro
2 Capítulo 1. Khan - O VÉU QUE ENCOBRE A REALIDADE
3 Capítulo 2. Khan – DESCENDENTE DO DEUS DA GUERRA
4 Capítulo 3. Khan – FASCINADO
5 Capítulo 4. Khan – VULNERÁVEL
6 Capítulo 5. Aiyê – OLHOS CASTANHOS AVERMELHADOS
7 Capítulo 6. Aiyê – UM MERO ACORDO
8 Capítulo 7. Aiyê – DESEJO DE VIVER
9 Capítulo 8. Aiyê – O PODER DA TRÍADE
10 Capítulo 9. Khan – DESEJO DOENTIL
11 Capítulo 10. Khan – ASSASSINO NATO
12 Capítulo 11. Khan – PROFANO
13 Capítulo 12. Khan – MAGNETISMO IRRESISTÍVEL
14 Capítulo 13. Aiyê – O MAJESTOSO REI DRAGÃO
15 Capítulo 14. Aiyê – ESTRANHA ADORAÇÃO
16 Capítulo 15. Aiyê – COLAPSO
17 Capítulo 16. Aiyê – CONFIÇÕES
18 Capítulo 17. Khan – SEM VESTÍGIO DE EXISTÊNCIA
19 Capítulo 18. Khan – TENTANDO DESINTOXICAR
20 Capítulo 19. Khan – MISSÃO SUICIDA
21 Capítulo 20. Khan – NOS CÍRCULOS DO INFERNO
22 Capítulo 21. Knox – IMPULSO PELA VIDA
23 Capítulo 22. Huan – SE ARREPENDIMENTO MATASSE...
24 Capítulo 23. Aiyê – ADMIRAÇÃO, E UMA PITADA DE INVEJA
25 Capítulo 24. Aiyê – MUNDO PARTICULAR
26 Capítulo 25. Aiyê – NOTÍCIA DESAGRADÁVEL
27 Capítulo 26. Aiyê – UMA FARSA
28 Capítulo 27. Khan – CONDENADO
29 Capítulo 28. Khan – RENUNCIANDO DEFESAS?
30 Capítulo 29. Khan – TUDO SE RESUME A PODER
31 Capítulo 30. Khan – A PRINCESA DO ABISMO
32 Capítulo 31. Aiyê – TRAUMAS
33 Capítulo 32. Aiyê – MEMÓRIAS TENEBROSAS
34 Capítulo 33. Aiyê – UM ESTRANHO
35 Capítulo 34. Khan – ENTRE MENTIRAS E TRAIÇÕES
36 Capítulo 35. Khan – APESAR DE TUDO... AMOR
37 Capítulo 36. Khan – UM PROPÓSITO PARA EXISTIR
38 Capítulo 37. Huan – EGOÍSMO
39 Capítulo 38. Aiyê – NOSSO DESTINO
40 Capítulo 39. Aiyê – MEDO DA TRAIÇÃO
41 Capítulo 40. Aiyê – POR FIM... ÚTIL
42 Capítulo 41. Aiyê – A DANÇA DAS MARIPOSAS
43 Capítulo 42. Khan – UMA PRAZEROSA TORTURA
44 Capítulo 43. Khan – A ÚNICA
45 Capítulo 44. Khan – HORDA DE CARNIÇAIS
46 Capítulo 45. Huan – HORA DE SE APOSENTAR
47 Capítulo 46. Cheng – TESTE DE CONFIANÇA
48 Capítulo 47. Aiyê – RANCOR
49 Capítulo 48. Aiyê – ENCANTO
50 Capítulo 49. Aiyê – A LEVEZA DA LIBERDADE
51 Capítulo 50. Aiyê – SENTIMENTOS INTENSOS
52 Capítulo 51. Khan – O SENTIDO DO PERDÃO
53 Capítulo 52. Khan – A FALSA CALMARIA DO MAR
54 Capítulo 53. Khan – SEM SEGUNDAS CHANCES
55 Capítulo 54. Khan – DESEJANDO O IMPOSSÍVEL
56 Capítulo 55. Huan – AMANDO COM TUDO O QUE TEM
57 Capítulo 56. Aiyê – O VENTO TAMBÉM PODE SER VIOLENTO
58 Capítulo 57. Aiyê – BOMBA RELÓGIO
59 Capítulo 58. Aiyê – NÃO VIVERIA SEM ELE
60 Capítulo 59. Aiyê – A TEIMOSIA DE KHAN
61 Capítulo 60. Khan – NÃO CUMPRIREI JAMAIS!
62 Capítulo 61. Khan – SIGNIFICADO A SEU ESFORÇO
63 Capítulo 62. Khan – RAIVA ACUMULADA
64 Capítulo 63. Khan – O VIOLINISTA DO DIABO
65 Capítulo 64. Cheng – MAIS PRÓXIMO
66 Capítulo 65. Huan – PARE DE OLHAR PARA OS LADOS
67 Capítulo 66. Venya – UM CRETINO NO GAZEBO
68 Capítulo 67. Aiyê – NÃO APENAS NAQUELA VIDA
69 Capítulo 68. Aiyê – OUTRO SONHO PROFÉTICO
70 Capítulo 69. Aiyê – NÃO PODERIA ESTAR MAIS FELIZ
71 Capítulo 70. Aiyê – DEUS PRIMORDIAL ENCARNADO
72 Capítulo 71. Aiyê – O PEQUENO K'
73 Capítulo 72. Khan – SOPRO DE VIDA
74 Capítulo 73. Khan – SENTIMENTO DE INFERIORIDADE
Capítulos

Atualizado até capítulo 74

1
Prólogo - Último suspiro
2
Capítulo 1. Khan - O VÉU QUE ENCOBRE A REALIDADE
3
Capítulo 2. Khan – DESCENDENTE DO DEUS DA GUERRA
4
Capítulo 3. Khan – FASCINADO
5
Capítulo 4. Khan – VULNERÁVEL
6
Capítulo 5. Aiyê – OLHOS CASTANHOS AVERMELHADOS
7
Capítulo 6. Aiyê – UM MERO ACORDO
8
Capítulo 7. Aiyê – DESEJO DE VIVER
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Capítulo 8. Aiyê – O PODER DA TRÍADE
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Capítulo 9. Khan – DESEJO DOENTIL
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Capítulo 10. Khan – ASSASSINO NATO
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Capítulo 11. Khan – PROFANO
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Capítulo 15. Aiyê – COLAPSO
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Capítulo 21. Knox – IMPULSO PELA VIDA
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Capítulo 22. Huan – SE ARREPENDIMENTO MATASSE...
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Capítulo 23. Aiyê – ADMIRAÇÃO, E UMA PITADA DE INVEJA
25
Capítulo 24. Aiyê – MUNDO PARTICULAR
26
Capítulo 25. Aiyê – NOTÍCIA DESAGRADÁVEL
27
Capítulo 26. Aiyê – UMA FARSA
28
Capítulo 27. Khan – CONDENADO
29
Capítulo 28. Khan – RENUNCIANDO DEFESAS?
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Capítulo 29. Khan – TUDO SE RESUME A PODER
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Capítulo 32. Aiyê – MEMÓRIAS TENEBROSAS
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Capítulo 33. Aiyê – UM ESTRANHO
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Capítulo 34. Khan – ENTRE MENTIRAS E TRAIÇÕES
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Capítulo 35. Khan – APESAR DE TUDO... AMOR
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Capítulo 36. Khan – UM PROPÓSITO PARA EXISTIR
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Capítulo 37. Huan – EGOÍSMO
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Capítulo 46. Cheng – TESTE DE CONFIANÇA
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Capítulo 47. Aiyê – RANCOR
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Capítulo 48. Aiyê – ENCANTO
50
Capítulo 49. Aiyê – A LEVEZA DA LIBERDADE
51
Capítulo 50. Aiyê – SENTIMENTOS INTENSOS
52
Capítulo 51. Khan – O SENTIDO DO PERDÃO
53
Capítulo 52. Khan – A FALSA CALMARIA DO MAR
54
Capítulo 53. Khan – SEM SEGUNDAS CHANCES
55
Capítulo 54. Khan – DESEJANDO O IMPOSSÍVEL
56
Capítulo 55. Huan – AMANDO COM TUDO O QUE TEM
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Capítulo 56. Aiyê – O VENTO TAMBÉM PODE SER VIOLENTO
58
Capítulo 57. Aiyê – BOMBA RELÓGIO
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Capítulo 58. Aiyê – NÃO VIVERIA SEM ELE
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Capítulo 59. Aiyê – A TEIMOSIA DE KHAN
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Capítulo 60. Khan – NÃO CUMPRIREI JAMAIS!
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Capítulo 61. Khan – SIGNIFICADO A SEU ESFORÇO
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Capítulo 62. Khan – RAIVA ACUMULADA
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Capítulo 63. Khan – O VIOLINISTA DO DIABO
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Capítulo 64. Cheng – MAIS PRÓXIMO
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Capítulo 65. Huan – PARE DE OLHAR PARA OS LADOS
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Capítulo 73. Khan – SENTIMENTO DE INFERIORIDADE

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