Capítulo 9. Khan – DESEJO DOENTIL

— Os bombeiros conseguiram apagar o fogo, impedindo que o incêndio se espalhasse pela estação, mas os estragos, até o momento, custarão bilhões aos cofres públicos. Como podem ver, metade da estação quebrou e afundou no rio Hudson, levando consigo vários contêineres. Os mergulhadores trabalham para encontra-los...

— Deveríamos enviar um presente de agradecimento a Matthew? A inteligência dele e de seu grupo é invejável – Khan questionou Huan, ironizando, ao mesmo tempo em que diminuía o volume da tv.

— Ainda me pergunto o que ele estava fazendo lá. – Huan comentou sem olhar na direção do irmão. Mesmo ele estando na sua frente, seus olhos davam prioridade para a tela do tablet que tinha em mãos. Lia alguns dos muitos e-mails da empresa, e outros referentes a pedidos de contrato com o grupo Fantasma Negro.

— O de sempre... Aumentar a força interna.

— Não sabemos até onde as habilidades inatas dela vão, nem se é mesmo capaz de causar o que dizem que pode.

— Pensar não é o forte de Vacchiano. – Mencionou, alinhando a túnica branca simples e sem mangas que vestia. Faltava menos de uma hora para chegarem no Reino dos Descendentes de Ogun, e da última vez em que tinha estado no lugar, por pouco não havia morrido de calor. Como um lugar podia ser tão quente?

— Os Sacerdotes da Ordem entraram em contato. Pediram nosso trabalho no caso do contêiner, mas, tive que recusar... Estamos muito ocupados com as invasões dos demônios em nosso território.

Khan riu.

— É realmente uma pena.

— Está preparado? Será um homem casado em poucas horas. – Lembrou.

— Por incrível que pareça... Sim. – Mencionou, fitando a janela do jato particular.

— Ela realmente mexe com você, não é?

— “Mexer” é uma palavra simples. Ela é a única que pode me matar, mas também é a única capaz de me fazer sentir vivo. Tem algo mais irônico que isso?

— É perturbador.

— Exato. É assim que me sinto. Diferente de Beleth, que age como uma “cadelinha” quando estou perto dela.

Huan riu.

— Se o objetivo era esse, quem a enviou deve estar muito satisfeito.

— Ou não faz ideia do que fez.

Tirando os olhos do tablet pela primeira vez, Huan encarou o irmão mais velho.

— A devoção dele beira a obsessão. Minha mente é inundava pelas merdas dele.

— Que tipo de merda estamos falando?

Khan encarou o irmão, analisando se era prudente revelar. O sedativo calava Beleth por um tempo, mas percebeu que desde a primeira vez que viu Aiyê, o efeito dele era anulado de imediato quando estava perto dela. Ela era como um veneno, se espalhava por seu organismo de forma rápida e letal, o entorpecendo, inibindo suas habilidades. Tornando-o vulnerável, e como um louco, ele implorava para que ela o matasse lentamente.

Teria que aumentar a dose se quisesse evitar consequências desastrosas. E mesmo que não gostasse de se sentir daquela forma, exposto, precisaria falar para Huan.

Passando a mão esquerda pelos cabelos, desviou o olhar para a janela do jato novamente.

— Das que fodem com a moral de qualquer um. – Confessou de forma contida. Não se aprofundaria em detalhes, e seu irmão não lhe pressionaria. Guardaria para si o desejo doentio de Beleth em emergir de sua pele, apenas para saciar os desejos obscenos que nutria por Aiyê.

Não facilitaria as coisas para ele.

Avistando o Reino dos Descendentes de Ogun, encoberto pelas montanhas rochosas e distante de onde os turistas acreditavam ficar o berço sagrado da humanidade, Khan teve a atenção roubada pelas cores chamativas que se espalhavam por todo o território.

Construído dentro das próprias montanhas, o reino trazia uma aparência ancestral, mas tinha seu charme. Os grandes salões e corredores exibiam grandes pilares, que mostravam desenhos detalhados sobre cada uma das entidades da cultura Yorubá, assim como também contavam a história por trás das conquistas do panteão.

O piloto avisou que faria a aproximação, e em resposta, Huan lhe passou a segunda dose do sedativo daquele dia.

— Aumentei a dose, por precaução. – Avisou.

Amarrando a liga em seu próprio braço, Khan a segurou com a boca e aplicou o líquido azul em si mesmo. Devolvendo tudo para Huan, assistiu seu irmão guardar as coisas na maleta.

Seria o primeiro a chegar, como noivo era seu dever. Seu pai viria logo depois, acompanhado de suas duas esposas e o filho mais novo. Cheng. Como seu conselheiro, ainda que fosse da família, Huan o acompanharia na chegada e nas visitas que faria aos templos dos Deuses.

Assim que o jato pousou e Khan pisou em solo Yorubá, o ar quente e abafado subiu, fazendo seu nariz secar. Dentro do palácio o ar esfriaria um pouco mais, devido a umidade da vegetação. Mas, ainda assim, seria quente.

A Guarda Dourada do Rei formava duas fileiras, uma de cada lado, fazendo uma espécie de barreira pelo caminho que passaria. Eles eram enormes, tanto em tamanho quanto em massa corporal, e por um momento Khan se perguntou se teria força física para enfrentar alguns deles em um duelo amigável. Seria um bom desafio. Ele era forte, mas seu porte não chegava nem perto do daqueles soldados. Estava curioso, muito tinha se ouvido sobre a Guarda Dourada do Rei Zaire. Diziam que eram resistentes como rochas. Queria testar.

A sua frente, a poucos metros, o Rei e os Príncipes – Daren e Taiwo – o esperavam. Adornados com colares de contas coloridas, mesclavam as peças com as de ouro puro que exibiram como acessórios. A imagem dos três carregava a força do Reino na postura imponente, com um filho de cada lado, o Rei sorria satisfeito.

As vestes brancas e azul anil os diferenciava dos servos e dos demais que circulavam pelo palácio.

— Bem vindo, meu filho. A partir de hoje, nosso Reino também é seu. – Zaire o cumprimentou com um anúncio. Ambos os braços estavam abertos, um gesto que expressava muito sobre seu povo acolhedor.

— Majestade. – Khan fez uma reverência, sendo seguido por Huan. – Príncipe Daren, Príncipe Taiwo. – Tornou a fazer uma reverência, mas assim que voltou a postura normal, se deparou com o Rei a centímetros dele.

Colocando ambas as mãos em seus ombros, ele sorriu largamente.

— Vamos conhecer o Reino, e pedir bençãos aos orixás, pois tenho certeza que Olódùmarè já os cobriu com suas bençãos.

Khan sorriu.

Entendia as ações do Rei em relação a filha, não as julgava. Porém, particularmente, faria diferente. Os princípios de seu clã eram proteção e fidelidade a família, e isso ele seguiria à risca. Não importasse quem, se tentasse prejudicar a ele ou aos seus, Khan o esmagaria como um inseto.

Dessa forma, eles seguiram para o templo de Ogun.

A cada pilastra que passavam, o Rei lhe explicava a que história aludia as ilustrações. Khan ouvia a tudo com atenção e interesse, apreciava uma boa arte ancestral. Huan por vezes brincava, dizendo que ele parecia ter pertencido a outro tempo, pois, para sua idade, não era muito comum.

Independente de classe social, jovens eram jovens. No entanto, Khan sempre gostou de musicas clássicas, teatro, ópera... Era culto e cortês como um lorde, mas também podia ser exigente e inflexível como um autocrata. O desejo agridoce dos Anciãos do clã Sun Yee On, por quem alimentavam sentimentos antônimos, roubava as atenções onde quer que fosse.

Ainda que inibisse sua energia, deixando-a quase nula, os efeitos dela causavam certo alvoroço. A mistura incomum de seu sangue e alma, que se mesclavam com o Daemon, o tornava o centro de atenções. Khan odiava isso, embora usasse para benefício próprio algumas vezes.

Os olhares de cobiça, inveja e obsessão o causavam repulsa.

Entretanto, quando esbarrava em sentimentos livres dessas energias ruins, se permitia apreciar a companhia. Era o que fazia naquele momento.

Vez ou outra questionava o Rei sobre detalhes que havia tido contato por meio de seus estudos, por algum motivo tinha se debruçado mais do que precisava sobre a cultura Yorubá.

Prontamente, o Rei satisfazia as suas dúvidas. Por esse motivo a visita aos templos tinha se prolongado mais do que o imaginado. Após entregar a espada que havia feito com as suas próprias mãos para Ogun, seguiram aos demais templos, apressado sempre por Huan, que agora mais atento ao relógio, o fazia seguir à risca os compromissos. O Rei e os Príncipes o deixaram logo após lhe entregarem os seus presentes. Armas. Com as quais os impressionou por saber manusear cada uma.

Ao ser questionado pelo Príncipe Daren, se teria uma favorita, Khan respondeu:

— Na verdade, não. Aprecio todas, porque não faz diferença. Eu sou a verdadeira arma, elas são apenas instrumentos. – Sua resposta fez o Rei gargalhar. No entanto, percebeu o desconforto do Príncipe Daren. Sentia a hostilidade dele, mas a ignorou durante todo o percurso. Não queria estragar aquele dia soltando farpas com aqueles que logo seriam sua família.

— Desse jeito será você a entrar por último, e não a noiva. – o seu irmão ironizou.

— Cale a boca e me dê a garrafa de água, antes que eu morra.

Rindo, Huan o entregou a garrafa.

— Certo, última parada? – Perguntou fechando a tampa da garrafa.

— Consultar o vidente e vestir seu Traje.

— Ótimo! Não aguento mais sentir o cheiro do meu suor.

Huan ria a cada frase do irmão, o calor parecia o incomodar mais que qualquer coisa. Para quem estava fadado ao inferno, era no mínimo irônico.

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Comments

LadySillver34

LadySillver34

kkkk, rsrs eu ja achando que Khan era um...
e agora confusa 😕, não é?

2024-04-02

1

LadySillver34

LadySillver34

kkk será o chamado " inferno de 🔥??

2024-04-02

2

Delha Ribeiro

Delha Ribeiro

Caramba então ele não pode realmente tocar nela por causa do demônio que vive dentro dele e que é sedado constantemente?🤔😱😱😱😱

2024-04-03

1

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Capítulos
1 Prólogo - Último suspiro
2 Capítulo 1. Khan - O VÉU QUE ENCOBRE A REALIDADE
3 Capítulo 2. Khan – DESCENDENTE DO DEUS DA GUERRA
4 Capítulo 3. Khan – FASCINADO
5 Capítulo 4. Khan – VULNERÁVEL
6 Capítulo 5. Aiyê – OLHOS CASTANHOS AVERMELHADOS
7 Capítulo 6. Aiyê – UM MERO ACORDO
8 Capítulo 7. Aiyê – DESEJO DE VIVER
9 Capítulo 8. Aiyê – O PODER DA TRÍADE
10 Capítulo 9. Khan – DESEJO DOENTIL
11 Capítulo 10. Khan – ASSASSINO NATO
12 Capítulo 11. Khan – PROFANO
13 Capítulo 12. Khan – MAGNETISMO IRRESISTÍVEL
14 Capítulo 13. Aiyê – O MAJESTOSO REI DRAGÃO
15 Capítulo 14. Aiyê – ESTRANHA ADORAÇÃO
16 Capítulo 15. Aiyê – COLAPSO
17 Capítulo 16. Aiyê – CONFIÇÕES
18 Capítulo 17. Khan – SEM VESTÍGIO DE EXISTÊNCIA
19 Capítulo 18. Khan – TENTANDO DESINTOXICAR
20 Capítulo 19. Khan – MISSÃO SUICIDA
21 Capítulo 20. Khan – NOS CÍRCULOS DO INFERNO
22 Capítulo 21. Knox – IMPULSO PELA VIDA
23 Capítulo 22. Huan – SE ARREPENDIMENTO MATASSE...
24 Capítulo 23. Aiyê – ADMIRAÇÃO, E UMA PITADA DE INVEJA
25 Capítulo 24. Aiyê – MUNDO PARTICULAR
26 Capítulo 25. Aiyê – NOTÍCIA DESAGRADÁVEL
27 Capítulo 26. Aiyê – UMA FARSA
28 Capítulo 27. Khan – CONDENADO
29 Capítulo 28. Khan – RENUNCIANDO DEFESAS?
30 Capítulo 29. Khan – TUDO SE RESUME A PODER
31 Capítulo 30. Khan – A PRINCESA DO ABISMO
32 Capítulo 31. Aiyê – TRAUMAS
33 Capítulo 32. Aiyê – MEMÓRIAS TENEBROSAS
34 Capítulo 33. Aiyê – UM ESTRANHO
35 Capítulo 34. Khan – ENTRE MENTIRAS E TRAIÇÕES
36 Capítulo 35. Khan – APESAR DE TUDO... AMOR
37 Capítulo 36. Khan – UM PROPÓSITO PARA EXISTIR
38 Capítulo 37. Huan – EGOÍSMO
39 Capítulo 38. Aiyê – NOSSO DESTINO
40 Capítulo 39. Aiyê – MEDO DA TRAIÇÃO
41 Capítulo 40. Aiyê – POR FIM... ÚTIL
42 Capítulo 41. Aiyê – A DANÇA DAS MARIPOSAS
43 Capítulo 42. Khan – UMA PRAZEROSA TORTURA
44 Capítulo 43. Khan – A ÚNICA
45 Capítulo 44. Khan – HORDA DE CARNIÇAIS
46 Capítulo 45. Huan – HORA DE SE APOSENTAR
47 Capítulo 46. Cheng – TESTE DE CONFIANÇA
48 Capítulo 47. Aiyê – RANCOR
49 Capítulo 48. Aiyê – ENCANTO
50 Capítulo 49. Aiyê – A LEVEZA DA LIBERDADE
51 Capítulo 50. Aiyê – SENTIMENTOS INTENSOS
52 Capítulo 51. Khan – O SENTIDO DO PERDÃO
53 Capítulo 52. Khan – A FALSA CALMARIA DO MAR
54 Capítulo 53. Khan – SEM SEGUNDAS CHANCES
55 Capítulo 54. Khan – DESEJANDO O IMPOSSÍVEL
56 Capítulo 55. Huan – AMANDO COM TUDO O QUE TEM
57 Capítulo 56. Aiyê – O VENTO TAMBÉM PODE SER VIOLENTO
58 Capítulo 57. Aiyê – BOMBA RELÓGIO
59 Capítulo 58. Aiyê – NÃO VIVERIA SEM ELE
60 Capítulo 59. Aiyê – A TEIMOSIA DE KHAN
61 Capítulo 60. Khan – NÃO CUMPRIREI JAMAIS!
62 Capítulo 61. Khan – SIGNIFICADO A SEU ESFORÇO
63 Capítulo 62. Khan – RAIVA ACUMULADA
64 Capítulo 63. Khan – O VIOLINISTA DO DIABO
65 Capítulo 64. Cheng – MAIS PRÓXIMO
66 Capítulo 65. Huan – PARE DE OLHAR PARA OS LADOS
67 Capítulo 66. Venya – UM CRETINO NO GAZEBO
68 Capítulo 67. Aiyê – NÃO APENAS NAQUELA VIDA
69 Capítulo 68. Aiyê – OUTRO SONHO PROFÉTICO
70 Capítulo 69. Aiyê – NÃO PODERIA ESTAR MAIS FELIZ
71 Capítulo 70. Aiyê – DEUS PRIMORDIAL ENCARNADO
72 Capítulo 71. Aiyê – O PEQUENO K'
73 Capítulo 72. Khan – SOPRO DE VIDA
74 Capítulo 73. Khan – SENTIMENTO DE INFERIORIDADE
Capítulos

Atualizado até capítulo 74

1
Prólogo - Último suspiro
2
Capítulo 1. Khan - O VÉU QUE ENCOBRE A REALIDADE
3
Capítulo 2. Khan – DESCENDENTE DO DEUS DA GUERRA
4
Capítulo 3. Khan – FASCINADO
5
Capítulo 4. Khan – VULNERÁVEL
6
Capítulo 5. Aiyê – OLHOS CASTANHOS AVERMELHADOS
7
Capítulo 6. Aiyê – UM MERO ACORDO
8
Capítulo 7. Aiyê – DESEJO DE VIVER
9
Capítulo 8. Aiyê – O PODER DA TRÍADE
10
Capítulo 9. Khan – DESEJO DOENTIL
11
Capítulo 10. Khan – ASSASSINO NATO
12
Capítulo 11. Khan – PROFANO
13
Capítulo 12. Khan – MAGNETISMO IRRESISTÍVEL
14
Capítulo 13. Aiyê – O MAJESTOSO REI DRAGÃO
15
Capítulo 14. Aiyê – ESTRANHA ADORAÇÃO
16
Capítulo 15. Aiyê – COLAPSO
17
Capítulo 16. Aiyê – CONFIÇÕES
18
Capítulo 17. Khan – SEM VESTÍGIO DE EXISTÊNCIA
19
Capítulo 18. Khan – TENTANDO DESINTOXICAR
20
Capítulo 19. Khan – MISSÃO SUICIDA
21
Capítulo 20. Khan – NOS CÍRCULOS DO INFERNO
22
Capítulo 21. Knox – IMPULSO PELA VIDA
23
Capítulo 22. Huan – SE ARREPENDIMENTO MATASSE...
24
Capítulo 23. Aiyê – ADMIRAÇÃO, E UMA PITADA DE INVEJA
25
Capítulo 24. Aiyê – MUNDO PARTICULAR
26
Capítulo 25. Aiyê – NOTÍCIA DESAGRADÁVEL
27
Capítulo 26. Aiyê – UMA FARSA
28
Capítulo 27. Khan – CONDENADO
29
Capítulo 28. Khan – RENUNCIANDO DEFESAS?
30
Capítulo 29. Khan – TUDO SE RESUME A PODER
31
Capítulo 30. Khan – A PRINCESA DO ABISMO
32
Capítulo 31. Aiyê – TRAUMAS
33
Capítulo 32. Aiyê – MEMÓRIAS TENEBROSAS
34
Capítulo 33. Aiyê – UM ESTRANHO
35
Capítulo 34. Khan – ENTRE MENTIRAS E TRAIÇÕES
36
Capítulo 35. Khan – APESAR DE TUDO... AMOR
37
Capítulo 36. Khan – UM PROPÓSITO PARA EXISTIR
38
Capítulo 37. Huan – EGOÍSMO
39
Capítulo 38. Aiyê – NOSSO DESTINO
40
Capítulo 39. Aiyê – MEDO DA TRAIÇÃO
41
Capítulo 40. Aiyê – POR FIM... ÚTIL
42
Capítulo 41. Aiyê – A DANÇA DAS MARIPOSAS
43
Capítulo 42. Khan – UMA PRAZEROSA TORTURA
44
Capítulo 43. Khan – A ÚNICA
45
Capítulo 44. Khan – HORDA DE CARNIÇAIS
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Capítulo 45. Huan – HORA DE SE APOSENTAR
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Capítulo 46. Cheng – TESTE DE CONFIANÇA
48
Capítulo 47. Aiyê – RANCOR
49
Capítulo 48. Aiyê – ENCANTO
50
Capítulo 49. Aiyê – A LEVEZA DA LIBERDADE
51
Capítulo 50. Aiyê – SENTIMENTOS INTENSOS
52
Capítulo 51. Khan – O SENTIDO DO PERDÃO
53
Capítulo 52. Khan – A FALSA CALMARIA DO MAR
54
Capítulo 53. Khan – SEM SEGUNDAS CHANCES
55
Capítulo 54. Khan – DESEJANDO O IMPOSSÍVEL
56
Capítulo 55. Huan – AMANDO COM TUDO O QUE TEM
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Capítulo 56. Aiyê – O VENTO TAMBÉM PODE SER VIOLENTO
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Capítulo 57. Aiyê – BOMBA RELÓGIO
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Capítulo 58. Aiyê – NÃO VIVERIA SEM ELE
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Capítulo 59. Aiyê – A TEIMOSIA DE KHAN
61
Capítulo 60. Khan – NÃO CUMPRIREI JAMAIS!
62
Capítulo 61. Khan – SIGNIFICADO A SEU ESFORÇO
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Capítulo 62. Khan – RAIVA ACUMULADA
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Capítulo 63. Khan – O VIOLINISTA DO DIABO
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Capítulo 64. Cheng – MAIS PRÓXIMO
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Capítulo 65. Huan – PARE DE OLHAR PARA OS LADOS
67
Capítulo 66. Venya – UM CRETINO NO GAZEBO
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Capítulo 67. Aiyê – NÃO APENAS NAQUELA VIDA
69
Capítulo 68. Aiyê – OUTRO SONHO PROFÉTICO
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Capítulo 69. Aiyê – NÃO PODERIA ESTAR MAIS FELIZ
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Capítulo 70. Aiyê – DEUS PRIMORDIAL ENCARNADO
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Capítulo 71. Aiyê – O PEQUENO K'
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Capítulo 72. Khan – SOPRO DE VIDA
74
Capítulo 73. Khan – SENTIMENTO DE INFERIORIDADE

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