..."O corpo dela se encaixa bem nas minhas mãos."...
...~ Señorita ~ Camila Cabello / Shawn Mendes....
Scarlett Hoover se resume em uma calça jeans justa e uma blusa curta com mangas longas, por algum motivo faz questão que sua barriga fique exposta com o piercing em seu umbigo. Só posso dizer que tudo nela é chato.
Uma das garotas mais populares do colégio... (chato)
O objetivo de boa parte dos atletas... (chato)
Sempre cercada por outras garotas chamativas... (chato)
— O que você tanto olha nesse celular? — pergunta ela, sentando de frente para mim na única mesa vazia da cafeteria.
— Quero ir embora logo.
E só existem dois motivos para isso: o primeiro é que quero ver meu irmão de novo no hospital, mesmo sabendo que ele está bem e vai receber alta. O outro motivo é um pouco de falta de vergonha na cara, já que a Mary (senhorita Griffin) marcou um encontro no ginásio, especificamente hoje, quando não haverá ninguém lá.
— Isso soa como uma mentira. — Scarlett joga seu cabelo para trás, até a forma como ela faz isso denuncia o quão chata ela é.
— Não seja tão inconveniente. — Rolo os olhos conferindo o celular mais uma vez.
— Babaca! — Scarlett soca meu ombro ao se debruçar sobre a mesa e sair da cafeteria muito brava.
Ela realmente ficou puta com isso, o que é uma coisa boa, assim posso ficar em paz. O lado ruim é que agora eu sou o centro das atenções, sendo o alvo de fofocas. Aposto que estão falando sobre minha opção sexual pelo fato de ter acabado de dar um fora em Scarlett Hoover.
Aproveitando a demanda, jogo a mochila nas costas e aperto o passo até o ginásio o tempo todo encarando as pessoas como se estivesse prestes a cometer um crime. Bom, meu objetivo é dar alguns amassos na minha professora de matemática, isso deve me classificar como criminoso. Vamos ignorar a informação de que pertenço a uma gangue.
Passo pelas portas duplas sem conferir se alguém está prestando atenção em mim. Fico tranquilo ao ver o deserto da quadra, os assentos da arquibancada completamente vazios, o silêncio predominante. Confiro o celular pela décima vez e encontro a mensagem dela. Ando até o outro lado do ginásio sem fazer barulho com os sapatos. Entro na área destinada aos vestiários dos atletas.
— Geralmente é na sua casa, não que eu esteja reclamando. — Jogo a mochila no chão.
Mary está encarando seu próprio reflexo no espelho, está usando uma calça quadriculada preta e um suéter cor vinho se assimilando com seu cabelão. Preciso admirá-la por mais alguns segundos.
— Apenas cale a boca. — Ela avança agarrando meu moletom, me imprensando contra a parede enquanto me devora com seus lábios deliciosos.
Na minha cabeça, eu era o único ansioso para isso desde que assinamos o tal contrato, só não esperava que ela me chamasse aqui no colégio. Na casa dela temos total privacidade, mas aqui é o mesmo de caminhar por um campo minado. Basta uma pessoa nos flagrar, basta apenas uma palavra e toda essa maravilhosa experiência vai se tornar um inferno.
Empurro Mary aos poucos, me desgrudando dela, para logo em seguida fazer suas costas baterem contra a porta de um dos vestiários. Quando é a minha vez de ficar no controle, uma voz nos assusta.
— Tem alguém aí?
Reconheço como o senhorzinho faxineiro. Seus passos se aproximam pelo piso da quadra.
Mary me puxa para o vestiário, abaixa a tampa do vaso, me obriga a sentar ali e depois se joga em meu colo. E isso faz um gemido meu escapar. Mary coloca o dedo entre os lábios como se eu tivesse feito algo idiota.
Isso é mais difícil do que parece.
Vemos as botas do faxineiro pela abertura na parte inferior da porta. Pela posição de seus pés, ele está prestes a se abaixar. Rapidamente, Mary levanta os pés, jogando todo seu peso para mim. Estou sendo torturado.
— Tudo bem aí, garoto? — ele volta a ficar de pé ao ver apenas meu par de sapatos.
— Tudo bem... Senhor... — falo com muita dificuldade enquanto seguro Mary.
— Tem certeza? Uma dor de barriga te pegou?
— Isso... Isso mesmo, mas já vai passar.
O senhorzinho solta uma risadinha e vai embora falando alguma coisa. Seus passos na quadra se afastam e então o silêncio retorna.
Infelizmente, ou felizmente, Mary sai do meu colo.
— Tenho uma prova daqui a alguns minutos — continuo sentado até estar relaxado novamente. — É melhor eu voltar.
— Fazer isso aqui é muito arriscado — diz ela, passando a mão pela calça um pouco amassada.
— Mas é muito bom. — Contenho minha gargalhada, porque isso definitivamente foi muito bom.
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Atualizado até capítulo 110
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