Sabe qual é o significado de sexo na minha visão?
É nada mais nada menos que uma competição onde você arrisca suas fichas, é como as fases de um jogo, a recompensa fica para o final depois de todo o esforço. Normalmente, eu caço minhas presas e brinco com elas até estar satisfeita, eu as beijo, mas jamais me deitaria com uma presa. O jogo de verdade começa quando um predador se depara com outro.
O homem elegante do restaurante superou minhas expectativas, somos ambos predadores tentando devorar um ao outro. Preciso encontrá-lo de novo, queria tê-lo esta noite, mas não posso. Por isso, chamei Benjamin para me fazer companhia, prefiro evitar ficar sozinha.
Benjamin García não é minha presa, muito menos um predador. Ele é simplesmente meu passatempo. Apesar de não entender muito bem o motivo de estar usando-o para isso, talvez eu esteja meio carente.
Visualizo meu corpo inteiro pelo espelho no banheiro, realizada ao ver o body branco rendado se ajustar de forma perfeita em minhas curvas, sem contar com o decote explícito.
A campainha toca, levo alguns segundos até alcançar a porta. A primeira reação dele é um queixo caído e olhos esbugalhados ao me ver.
Com uma voz meiga, o conduzo para dentro:
— Você é tão mal-educado, Benjamin, como pôde dormir com uma mulher e ir embora sem dizer tchau?
Benjamin segura a própria nuca olhando para seus pés.
— Falando assim até parece que fizemos alguma coisa.
Seguro suas mãos quando nos aproximamos, elas são calejadas, mas ao mesmo tempo apresentam maciez.
— Quer mudar isso?
Ele levanta o olhar aos poucos, me analisando, posso ver o desejo crescendo dentro dele.
— Está tão animada, bebeu mais uísque?
— Só um pouquinho.
Fico esperando ele entrar, mas isso não acontece. Benjamin continua na soleira da porta com muita hesitação.
— Por que está fazendo isso comigo? Você já viu os caras atletas do colégio? Se for para se arriscar, precisa valer a pena.
Coloco a mão em sua testa, afastando seu cabelo.
— Eles são bonitos, mas nenhum deles dormiu comigo.
O arrasto para o sofá, batendo a porta. O garoto fica mais nervoso ao se dar conta da roupa que estou usando, consigo ver a cor do rosto dele mudar. Afundo seus ombros até que ele esteja sentado apenas para me aconchegar em seu colo, apoio minhas mãos em seu peitoral rígido como uma rocha. É como se estivesse segurando uma parede. Talvez aquele homem elegante seja tão rígido quanto este garoto.
Benjamin está pálido, ele pode desmaiar a qualquer instante e nem estamos fazendo nada. Não posso deixar de sorrir, é tão divertido brincar com ele. Monto de vez em seu colo, deixando nossos corpos unidos.
— Até quando vai ficar se contendo?
Ele se perde no fundo dos meus olhos mostrando toda a sua sinceridade, eu encontro algo bonito ali, nunca me olharam dessa forma. Benjamin solta um suspiro, segurando a minha cintura com suas mãos nervosas.
Reviro os olhos guiando as mãos dele para minha bunda. Benjamin deixa o maxilar rígido. Seguro seu rosto e agarro seus lábios com os meus assim como na primeira vez, logo em seguida repito o processo, mas com mais vigor me inclinando sobre ele. Benjamin está sendo controlado por meus movimentos. Toda vez que fazemos uma pausa, posso escutar o gemido baixo dele.
Ele tem um gosto ótimo, então prossigo tocando em seus braços, na ponta de seus dedos, em seu abdômen por debaixo do moletom. Em nenhum momento deixo seus lábios escaparem. Mas sou interrompida quando ele me afasta empurrando meu ombro.
Benjamin tem o rosto vermelho enquanto puxa o ar com força para seus pulmões.
— Você é muito fraquinho — zombo dele, plantando o selinho em sua testa.
Descanso a cabeça em seu colo, me deitando no sofá, irei aguardar a resposta dele. Fico assistindo daqui de baixo ele passar a mão pelo cabelo enquanto seu peito sobe e desce.
— Já, já me acostumo.
— Vai dormir comigo de novo?
— Você acha mesmo que eu tenho forças para ir embora?
Benjamin escorrega para o chão, me deixando sozinha no sofá, daquele ângulo estranho ele me beija com tudo o que tem intensificando seu gosto. Agora é a vez dele explorar minhas pernas com seus dedos, explorar minha barriga, meus seios.
Ele me carrega com muita facilidade, ainda aprisionando meus lábios. Nos mudamos para o quarto. Seus braços estão me acolhendo, quando o beijo chega ao final, descanso o rosto no peito dele, fechando os olhos.
Os batimentos dele estão enlouquecidos, mas ainda assim Benjamin consegue ter o autocontrole que nenhum outro homem mostrou ter. Ele está esperando que eu dê o primeiro passo, mas isso não vai acontecer.
Fazer isso com ele seria fácil demais, não há um desafio.
No entanto, não sou tão hipócrita ao ponto de negar que seria uma experiência maravilhosa.
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Atualizado até capítulo 110
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