capítulo 9

Estava com minha moto conhecendo alguns lugares aqui de Roma para descobrir onde tem os pontos mais estratégicos que podem usar para fazer os rachas, até que percebo que estou sendo seguida por um carro preto.

Tenho certeza que é os capangas do Riccardo. Acelero até despistar deles, no meio dos carros na avenida, encontro uma garagem que faz um espiral, e entro, guardando a minha moto ali.

Não acredito que ele já me encontrou aqui em Roma. Eu tenho pouco tempo antes de encontrar a Ana, depois que eu falar com ela, sei que vai me defender dele, mas até acha-la, tenho que dar meus pulos pela minha sobrevivência.

Amarro meu cabelo em um coque, e coloco o capuz da minha blusa, de cabeça baixa, saio do estacionamento, e vou caminhando para minha casa. Mas, antes que eu chegar, o carro para do meu lado.

— Perdeu senhora Mattia, e se eu fosse você entraria nesse carro, essa brincadeira de garo e Rato só vai deixar o patrão mais irritado. Ele te quer de volta.

— Me quer de volta? Para que? Para continuar me fazendo de saco de pancadas? Eu só volto para lá morta, se quer me pegar me mata, ou então, me pega seu inútil.

— Ora sua abusada.

Corro pelo lado oposto da via, e ele dá ré, mas quando ver mais carros atrás dele, ele tenta fazer a curva. Aproveito para atravessar a rua, e entrar em um beco que nem sei onde vai dar, mas espero que tenha saída, Deus não vai permitir que eu volte para as mãos do meu marido.

O beco dá de frente a outra avenida, e eu nem olho para os lados, apenas atravesso e sou lançada no chão. O motorista desde me ajudando, pelo menos isso, e me coloca dentro do carro. Olho para trás a todo momento, vendo se eles me viram entrar no carro, mas não.

Só que percebo que tem algo diferente no carro, e quando ele me confirma que é um delegado, eu já me assusto, se ele me levar para delegacia, eu tô ferrada mesmo.

Grito para ele parar, mas o meu pé dói aí tocar no chão, e nem posso ir a um hospital, tenho que me virar sozinha com tudo, como sempre fiz quando Ricardo me batia, sempre tratava dos meus próprios machucados.

Assim que saio do carro dele, paro em uma farmácia, e peço para fazerem um curativo em mim, ainda bem que ganhei aquela corrida, com o dinheiro posso ficar alguns dias tranquila.

Depois disso, pego um ônibus, e vou para minha casa. Minha agonia é muita por ter deixado a minha moto lá, mas tenho que esperar um pouco para voltar lá para pegar ela, não posso correr o risco de ser pega.

As horas de passam, e quando está quase anoitecendo, volto ao local, e minha motinha ainda está aqui esperando a mamãe. Com a placa mudada, subo com um pouco de dificuldades, por causa do meu pé, e ela por ser grande, tenho que levantar meu pé lá no céu para subir nela.

Saio da garagem, e quando viro a esquina, lá vem aquele carro de novo atrás de mim. O problema que agora a noite, tem poucos carros na via. Eu me mato para conseguir fugir dele, e acelero, e acelero, no meu máximo, mas vejo outro carro batendo nele, e é a minha deixa. Entro no mesmo beco da outra vez, deixando eles para trás, e meto o pé.

Mesmo que ele tenha me ajudado, não posso fica lá esperando para ver que vai ganhar a briga, eu só preciso ir embora para algum esconderijo com urgência. Mas quando estou entrando em outra avenida, vejo um carro parado, e o cara abaixado com uma arma na mão. Ele não vai atirar, tenho certeza, não seria doido.

Mas ele foi doido, tão doido que furou a roda da minha moto. Agora entro em desespero, pois além de ela não ter a mesma velocidade, posso ferrar com a roda dela. Encosto a moto, e com poucos minutos, o carro para atrás de mim. Não tiro o meu capacete, apenas escuto a voz dele me dando ordens. Tão ingrato, depois de eu ter ajudado ele a pegar o cara que estava atirando nele, ainda quer me prender.

— Desça da moto com a mão no capacete, e vai até o muro. — Faço o que ele manda, até porque vi que ele está atrás da porta do carro dele, e só com a arma e um pedaço da cabeça para fora. Poucos minutos sinto ele atrás de mim, me mandando ficar de frente para ele. — Placa modificada né? Tira o capacete.

Respiro fundo, sabendo que estou ferrada, ele é o delegado que me atropelou, e vai ferrar com a minha vida. De vagar, retiro o capacete, e seus olhos se misturam me olham com uma mistura de curiosidade com surpresa.

— Oi delegado. — Dou um sorriso falso, tentando deixar o clima menos tenso.

— Você é mulher?

— De acordo com a minha certidão de nascimento, sou sim. Porque? Só homens podem pilotar motos?

— Você estava no ra... Esquece, me dá os documentos da moto, e o seus.

— Não estão aqui comigo, estão na minha casa. — Não posso mostrar para ele quem eu sou. Ah Ricardo, eu não vou voltar para você.

— Certo, então vamos até a sua casa pegar seus documentos, ou vou levar sua moto para o pátio, e você para cadeia.

— Senhor delegado, eu não posso ir para a cadeia, não posso ser descoberta onde eu estou. Eu vir para cá para fugir do meu passado, vim em busca de um emprego, e de uma pessoa para me ajudar. Por favor, não me prenda, se você fizer isso, estará me condenando a morte.

Ele ergue uma das suas sobrancelhas para mim, olhando nem firme dentro dos meus olhos. Mantenho a postura olhando para ele, sustentando o seu olhar para ele não ver nenhum indicio de mentira.

— Quem você está procurando aqui em Roma?

— Uma mulher chamada Ana Belmont.

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Comments

Maria Izabel

Maria Izabel

veja lá seu delegado Belmont ela procura sua mãe kkkkkkk e agora o que vai fazer diga lá kkkkkkk

2024-01-23

94

Elizabeth

Elizabeth

Acho que ordem cronológica não está batendo, as narração dela estão ficando em tempos opostos a narração dele.

primeiro ele conheceu bateu com o carro nela fazendo com que se conhece em depois a corrida , depois ela o ajudou com o sabonete, a narração dela não está como a dele .

2024-05-28

2

Allana Lopes

Allana Lopes

parece que nessa parte a autora se confundiu, pq a narração anterior diz que ele atropelou ela antes da corrida, mas bora seguir

2024-06-04

1

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