Junior,
Assim que ele entra na minha sala, já fico olhando bem sério para ele. Ele se senta na cadeira e começa a falar.
— Delegado, eu preciso de ajuda, minha esposa foi sequestrada, e descobrir que ela veio para cá, para Roma.
— Qual o nome da sua esposa?
— Cecília Villar Mattia. O investigador me mandou algumas fotos dela aqui, e preciso da sua ajuda para resgata-la
Ele pega o celular e me entrega, e quando eu vejo as imagens estão embaçadas, não dá para saber quem é ela.
— Eu preciso resgatar ela das mãos dos sequestradores, antes que eles a matem.
— Mas ela não parece está sequestrada aqui, ela está andando pelas ruas. Não podemos ajudar, preciso de uma foto mais nítida dela, você não tem?
— Não, só tenho essas. — Ergo uma das minhas sobrancelhas, como o marido de uma mulher não tem foto da própria esposa? — Quero dizer, eu tenho, mas está em casa, em Milão.
Acho estranho isso, fora que estamos falando de Milão, que não fica tão longe como se fosse em outro país. Ela conseguiria fácil uma carona de volta para casa.
Levo ele até o escrivão, para que ele abra o b.o. Assim que ele termina, pergunta se pode ir embora. Olho ao redor, e vejo o Léo se aproximando de mim, com a carta na mão balançando, ele conseguiu a autorização do juiz para deter o Riccardo. Esse é meu amigo, sempre rápido e eficiente.
— Não senhor, precisamos conversar. Me acompanha até a minha sala novamente, por favor?
Voltamos para minha sala, e abro a porta para ele passar, assim que ele e Léo passa, eu tranco a porta e me sento na minha cadeira. Léo me entrega o papel sorrindo, e eu abro na frente do Ricardo, e entrego para ele.
Ele fica sério lendo cada linha, e eu me divirto com sua cara de surpresa. Mas não de surpresa por está sendo acusado, mas a surpresa é por ter sido pego, a leitura facial dele é muito fácil.
— Isso...isso é mentira, eu sou um grande empresário, Jamais me envolveria com traficante.
— Pois é, mas ele te delatou, contou até quantas vezes você troca de cueca em um dia. Está detido até que prove a sua inocência, estávamos mandando para sua casa a intimação, mas como você apareceu aqui, melhor eu te entregar em suas mãos não acha?
Ele balança a cabeça negando, coloca a folha com tudo em cima da minha mesa, como se eu fosse o culpado de está culpando ele. Mantenho a minha calma, apesar de querer voar na cara dele e socar até os olhos virar para trás, mas me contenho. Se não eu é que vou preso, e ele fica como a vítima.
Aperto o botão em baixo da minha mesa, e dois policiais batem na porta. Léo abre para que eles entrem.
— Deixem ele detido lá na cela, até juntarmos todas as provas, ele fica lá. — Os dois policiais param do lado dele, para que ele se levante.
E assim que ele fica de pé, o que está atrás dele, puxa seus braços e coloca a algema.
— Isso não vai ficar assim, delegado. Eu sou um homem mundialmente conhecido, tenho muitos advogados, e eles vão provar a minha inocência.
— Até lá, cadeia. Levem-o. — Os policiais saem arrastando ele, e ele olha para mim com um olhar de ameaça. Tô com tanto medo que me deu vontade de correr. Dou risada da cara dele, e enfim ele é levado.
Esses caras só porque tem dinheiro, acham que domina o mundo. Eu não sou compravel, sou honesto igual o meu pai, ele me ensinou a ser um homem certo atrás da cadeira de delegado, jamais traria vergonha para ele.
Cecília Villar, o que aconteceu com você? Foi sequestrada mesmo, ou fugiu do seu marido? Preciso te encontrar, saber o que aconteceu de verdade.
As horas se passam, e o fim do expediente chega. Começo a recolher as minhas coisas para ir embora. E assim que eu me levanto, vejo o advogado do Riccardo aparecendo na minha frente com o papel do juiz.
— Liberta o meu cliente, aqui está o pedido do Juiz.
— Sabe, eu admiro muitos advogados, uma profissão boa, mas só para quem defende as pessoas boas de verdade. — Paro de falar, deixando ele perceber a merda que ele está fazendo.
Entrei na polícia para seguir os passos do meu pai, acredito na justiça, e queria fazer a justiça do homem, mas talvez essa parte só estará nas minhas mãos quando eu for o juiz, pois como delegado, eu até posso prender, mas não posso manter o desgraçado aqui dentro, quando se tem um advogado como esse que os defendem.
— Não posso fazer nada pelos senhor, trabalho para o senhor Mattia, ele me paga, e eu o solto, simples assim.
Pego o papel da mão dele, e volta até a minha mesa. Assino e mando um cabo soltar ele. Mas não vou desistir, vou pesquisar tudo sobre a vida desse cara, vai pegar prisão perpétua, ou não me chamo Miguel Junior.
Saio antes que o infeliz seja solto, entro no meu carro e paro em um restaurante para comprar algo para comer antes de ir para casa. Morar sozinho não é nada legal, queria trazer a cozinheira da casa da minha mãe, mas ela não deixou, e eu estou com dificuldade de encontrar alguém que seja da minha confiança, já que muitas vezes, levo o trabalho para casa, e não pode vazar nada.
Até lá, vivo de restaurante. Assim que saio do restaurante com a minha marmita na mão, vejo a moto do corredor passando bem rápido na minha frente, e atrás dele um carro preto o perseguindo.
Corro para o meu carro, e ligo rápido, indo atrás dos dois. Com alguém minutos consigo alcançar eles, e vejo o motorista do carro colocando o corpo para fora, com uma metralhadora para fora.
Acelero batendo o meu carro no carro dele. O motoqueiro me ajudou uma vez, é hora de retribuir. Bato várias vezes, até ele colocar seu corpo para dentro. Seguimos o motoqueiro pela via aberta, graças a Deus o tráfico não está muiito pesado, dando a liberdade de trafegar mais a vontade.
O motoqueiro entra numa rua mais apertada, e quando o motorista vai entrar na rua, eu acelero, fazendo com que ele bata no canto da casa de esquina. Olho para frente, e vejo o motoqueiro pegando a esquerda. Dou ré, saindo da traseira do carro e sigo pela outra rua, para pegar o motoqueiro de frente, talvez essa seja a hora da verdade de descobrir quem ele é.
Assim que eu paro, vejo ele de longe. Saio do carro com a minha pistola na mão e aponto me abaixando para fazer ele parar. Mas ele não para, então sem escolhas, eu atiro...
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Joelma Portela
mentiroso do 🤬🤬🤬🤬🤬🤬🤬
se tu tem um investidor, ja teria pego ela.
2025-03-03
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Joelma Portela
onde será que a bala acertou?
2025-03-03
0
Tania Cassia
nossa será que acertou🥺🥺🥺
2025-01-27
0