Junior,
Colocamos ele com todo cuidado dentro da viatura e seguimos para a delegacia. Ao chegarmos, Léo o leva para dar seu depoimento, e eu vou para minha sala.
— Se precisar de mim, é só chamar. — Falo para Léo antes de fechar a porta da minha sala. Ele levanta a mão em sinal de positivo e eu entro.
Anoto a placa em um papel antes que eu esqueça e procuro no sistema da polícia o dono daquela moto. No entanto, ele é esperto, muito esperto. A placa é falsa, ele deve ter colocado uma fita para alterar a numeração ou mandado fazer uma placa falsa para evitar ser identificado.
— Você é esperto, mas não imagina o quanto eu sou mais. Sou persistente quando quero descobrir algo e não vou parar até descobrir quem você é.
Mordo o canto da boca e começo a procurar por motos semelhantes à dele, mas sou interrompido por Léo me chamando.
— Doutor, o sabonetinho não quer falar nada acredita?
— Ameaçou ele?
— Sim, ele disse que se eu corta a língua dele, ele não vai falar mesmo, então eu poderia continuar sem problemas.
Dou risada e me levanto. Seguimos até onde nosso "convidado" está e, assim que abro a porta, ele me olha com sarcasmo. Decido fechar todas as persianas para garantir que não haja testemunhas. Embora toda a minha equipe saiba como eu faço os suspeitos contarem a verdade, prefiro fingir que eles não sabem.
— Olha, minha paciência para joguinhos é muito curta, podemos até dizer inexistente. Então, fala logo onde fica o ponto de venda e adianta o meu trabalho, dizendo quem trabalha para você e quem fornece as drogas.
— Ou o que? Se não tem paciência problema é seu, eu não vou falar nada, não vou entregar os meus. Logo meu advogado vai chegar, e eu vou está nas rua de novo.
Ousado, sabe que vai ser liberado, então usa isso a favor dele. Olho pra trás para ter certeza que estamos completamente sozinhos. Pego a minha adaga, e estico a mão dele, a puxando com tudo. O corpo dele é lançado para frente, e eu junto as duas mãos que estão algemadas.
— Você acha que é um cara de sorte?
— Claro que sou, do que eu era, e o que sou agora, foi muita sorte. Principalmente ser pego pelo delegado e ser liberado por um advogado. Não acha que é sorte?
— Vamos testar ela agora? — Olho para ele, e enfio a adaga com a ponta para baixo, mas acerta a mesa.
— Tá louco? Solta a minha mão. — Ele puxa a mão, mas eu puxo de volta, e dou outra enfiada. Dessa vez ele grita, e quando eu olho para baixo, pegou o canto da mão dele. — Para seu maluco.
Volta a olhar para ele, e repito isso várias vezes. Mas eu não quero acerta-lo, quero apenas assusta-lo. Ele começa a gritar pedindo socorro, e é onde eu e Léo começamos a dar risada.
— Grita, mas grita respondendo o que eu te perguntei, pois a próxima eu tenho certeza que acerto bem no meio.
Quando eu levanto a adaga, e vou descer ele manda esperar, e começa a falar.
— Você sabe que eu não posso falar nada, sabe que se eu falar, eles vão me matar.
— Você não precisa me contar que você falou, me conta tudo que você sabe, e deixa que eu finjo que eu descobri, de outro jeito, simples assim. Ou vai voltar para sua vida de merda com um buraco no centro das mãos, porque vou furar as duas juntos.
Viro a mão dele, e olho para baixo, e mais uma vez ele me para quando eu vou descer a mão para furar ele. Então ele começa a contar tudo, onde estão as maiores cargas de droga, e os nomes de alguns "empregados" dele.
— E o fornecedor, quem é?
— Não Sabemos o nome dele, ele não é daqui de Roma, ele mora em Milão, e é um cara muito importante na mídia. Mas você não vai conseguir pegar ele, antes que você encoste nele, os advogados já vão estar em cima de você.
— Um cara importante da Mídia? Gosto assim, quanto mais popular, melhor é. Me dê o nome dele.
— Não sei como ele se chama. — Dou risada, e ameaço a descer a adaga. — Tá bom, tá bom, Riccardo... Riccardo Mattia...
— Uau, tá aí, gostei, o cara mais importante de Milão, trabalhando com o tráfico. Léo, vamos pesquisar isso aí. Leva ele para cela até o advogado aparecer e pagar a fiança dele.
— Não vai contar que eu que falei não é?
— Claro que não, eu jamais ia prejudicar meu informante. Você me foi útil, e sei que será por muito tempo. — Sorrio para ele enquanto é levado para fora da sala. Olho no relógio e meu estômago já me avisa que é a hora de almoçar.
Vou até a minha sala só para pegar a chave do meu carro, mas antes que eu saia uma policial bate na porta e chamam minha atenção.
— Senhor, o Senhor Ricardo Mattia está aqui fora querendo falar com o senhor, disse que é muito importante.
— Ué, ainda não deu tempo para ele ter recebido a intimação, acabei de mandar o Léo mandar para o juiz, o que ele tá fazendo aqui? É vidente por acaso?
— Ele falou que a esposa dele foi sequestrada, e descobriu que ela está aqui em Roma e quer falar com o senhor para ajudar a encontra-la. Deixo ele entrar, ou o mando embora?
— Deixe ele entrar, é quero ver o que ele tem a dizer, manda o Léo vir até a minha sala, assim que ele pegar a autorização do juiz para prender o Riccardo, vou segurar ele aqui por um tempo até o Léo vir.
— Sim senhor, vou mandar ele entrar, e da o recado ao Léo, com licença.
Me sento de volta na minha cadeira, e coloco meus dois cotovelos em cima da mesa, e fico esperando ele entrar, quero olhar bem nos olhos dele, esperar ele falar tudo que quiser, e depois da a notícia de sua prisão. Vai ser tão divertido...
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Maria Cruz
Porque??Me fala autora porque assim tão lindo, custava vc colocar um mais feinho 🤗?¿ Desse jeito não vou conseguir ficar com raiva dele por ser tão malvado 🤷♀️🤦♀️😂😂😂😂🤤
2024-01-23
160
Josi Gomes
AGORA O JÚNIOR DESCOBRE , QUE A MARY , É A CECÍLIA, E É A MESMA MULHER QUE ELE ATROPELOU
2025-01-31
1
Gigliolla Maria
um homem desses bonito ou feio e um nojento que fez o que fez com a esposa .
2025-01-29
0