Capítulo 5

Cecília,

Vou até o meu quarto, e pego algumas coisas que possa colocar no meu bolso para não chamar muita atenção dos capangas, e vou até a garagem, e chamo os seguranças dele para ir comigo até lá.

Sempre fui apaixonada por motos velozes, essas grandes que eu mal consigo colocar o pé no chão, que deixa minha bundä toda empinada, mesmo sendo pequena, gosto de coisas grandes... Bom, motos e carros pelo menos.

E minha Best está lá na minha casa, e vai ser com ela que terei a minha liberdade alcançada, só espero que dê tudo certo no perdido que vou dar nesses seguranças de Ricardo.

Assim que chegamos na casa dos meus pais, digo a eles para ficarem a vontade na sala. Subo correndo para o meu quarto, e começo a colocar algumas coisas dentro da minha mochila, as que mais me importava pelo menos, junto com os meus documentos, e sai pela janela. Como a minha moto fica no fundo da casa, e tem um portãozinho de saída de emergência, eu fui por lá, fui empurrando ela para eles não ouvir o barulho, e só na rua subi na minha moto, e partir sem olhar para trás.

Acredito que esse ano casada com Riccardo já tenha pago a dívida que meu pai tinha, mas não vou pagar uma pensão vitalícia com a minha vida não, eu não joguei, não perdi nada. Mas se ele quiser cobrar, que vai cobrar meu pai em seu túmulo.

Tudo que quero agora, e chegar em Roma e encontrar com a Ana que ajuda as mulheres em dificuldades, igual o meu caso, se eu a encontar, ela pode me ajuda. Bom, assim eu espero.

Sigo para Roma, uma viagem e tanto virei a noite toda pilotando, e minha sorte que a moto é potente, ou só chegaria a tarde. Com os pés em Roma, sinto um pouco do ar da liberdade. Nem tenho muito dinheiro comigo, mas vou ter que arrumar um jeito de ganhar uns trocados por aqui.

Já ouvir falar que tem racha de motos, o que é ideal para mim, porém, só corre homens, mas ninguém é obrigado a se apresentar para ninguém, apenas dar o primeiro nome, e nem precisa ser verdadeiro.

Fiz aulas de motos, e aprendi mais que pilotar, eu sei fazer muitas manobras legais, e nao tenho medo de testar os limites dela.

Soube também que tem um homem que corre bastante, que deixa os pilotos a minutos de distância dele. Dessa vez, ele vai sentir na pele o que é ficar para trás. Paro em uma pensão, não é nada confortável, mas aqui não precisa de nada para dormir, apenas do dinheiro da diária, que é baratinho. Pago, e já pego um quarto.

Preciso de um banho com urgência, preciso me preparar para a corrida, e depois ir atrás de Ana Belmont. Ainda não sei o local exato da corrida, mas não será difícil quando eu começar a caminhar pelas ruas, pois onde eu ver carros fechando as vias, saberei que é lá.

À medida que o relógio avança, o tempo parece se arrastar. Depois de um banho revigorante e uma refeição satisfatória, sinto que estou pronta para enfrentar o desafio que me espera. A corrida. No entanto, há um obstáculo que preciso superar antes de chegar lá. Preciso me disfarçar como um homem. Se eu aparecer como mulher, eles vão tentar me desqualificar imediatamente.

Pego uma toalha grossa e a amarro firmemente ao redor do meu peito, escondendo as curvas femininas que poderiam me denunciar. Não posso correr o risco de ser descoberta, ou todo o meu esforço será em vão.

Em seguida, visto minha capa de chuva preta. Ela é larga e esconde bem a minha forma, dando-me a aparência masculina que preciso. A capa é simples, sem adornos, mas é a única peça de roupa que tenho que pode me ajudar a passar despercebida.

Finalmente, calço minhas botas coturno. Elas são parte integrante do disfarce, adicionando altura e uma certa robustez à minha aparência. Com a capa de chuva e as botas, sinto-me transformada. Não sou mais uma mulher, mas um competidor como qualquer outro.

Tô preparada, com capacete na mão, onde a viseira é escura, vou poder me passar por um homem sem problema nenhum. Pego a fita isolante e vou até minha moto, como ela está no meu nome eu preciso mudar a placa. Onde tem o zero, coloco um 8 e onde tem o 1, coloco o nove. Pronto, agora sim estou preparada para correr.

Subo na minha moto, e vou andando pela cidade de vagar, procurando pelas ruas qualquer vestígio que pareça que terá um racha, e, como eu havia suspeitado, encontro uns carro fechado a rua. Me aproximo, e tento engrossar a minha voz.

— Com licença, quem é o responsável?

— Aquele homem ali de preto, se quiser participar é melhor se fingir de muda, pois dá para perceber que você é mulher. Mesmo tentando engrossar a voz, não está colando.

— Eu não...

— Tudo bem, a minha esposa também corre as vezes, mas ela não dá um piu. Vai falar com ele, falar não, só apresenta o dinheiro, e não fala nada ok.

Balanço a cabeça concordando, e me finjo de muda. Me aproximo do cara, e entrego todo dinheiro que me restou. 50 euros, se eu perder, tô ferrada.

As motos dos meus adversários são bem potentes, bate até um certo arrependimento de tentar correr esse racha. Tomara que eles seja cautelosos com elas, e não usem ao Máximo, ou eu vou ficar para trás e serei mais uma pobre na lista do governo de Roma.

O sinal abre, e onde toda a adrenalina passa pelo meu corpo. Correr com todos esses homens, é coisa de ser muito louca. Mas, como eu havia previsto, muitos tem medo de usar suas motos do jeito certo, medo de cair, ou medo de dar algum problema na moto.

Eu, como conheço a minha Best, sei que ela não me desaponta, acelero o máximo sentindo o vento querer me empurrar para fora da moto, e eu segurando forte para não ser arremessada para fora dela.

Mas, aquele oponente pensa como eu, pois tá aqui do meu ladinho usando sua moto como se deve. Esse é igual eu, adora uma adrenalina. Aceleramos juntos e teríamos ganhado a corrida no empate, mas eu quis jogar a moto para cima dele, e com isso ele freou, e a mamãe aqui foi a grande ganhadora da corrida.

Pelo capacete, pode sentir a raiva que o camarada ficou por ter perdido a corrida, imagina se ele soubesse que foi de uma mulher que ele perdeu? Não ia prestar nadinha.

Pego o dinheiro, e dou no pé, não conheço ninguém aqui, vai que tentam me roubar, ou querer revanche? Tô fora, tudo que eu quero é ir para casa, e comer uma deliciosa pizza com o dinheiro dos bestas.

Mais populares

Comments

Claudia

Claudia

ela foi trapaceira. não gostei.
nem adianta falar que "ah coitada e coisa e tals..." qdo se é honesto. se é e pronto. não gostei dela!!

2025-02-18

0

Aparecida Fabrin

Aparecida Fabrin

Será perdoada depois de tanto sofrimento ela merece.

2025-01-30

0

Joelma Portela

Joelma Portela

kkkkkkk
Cecília trapasou por uma justa causa

2025-03-03

0

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!