Capítulo 11

Naty, tem 22 anos de pura alegria e vontade de viver.

Sempre foi de acordar com um sorriso no rosto e, se deixar fazer o melhor para que o dia seja memorável.

Sua ligação com a mãe é muito forte, ela é quem sempre está mais próxima dela.

Adora escutar seus conselhos sábios.

Depois da gravidez, sua mãe nunca a repreendeu, junto com a Sarah e os irmãos menores, redobraram o amor e cuidado com ela.

Naty, ama Keven desde a adolescência, só pensa em fazê-lo feliz.

Adora se arrumar, se enfeitando para o herói que a ensinou amar, dando-lhe um par de gêmeos lindos e saudáveis.

É a melhor amiga de Sarah, que se entendem só pelo olhar.

Seu André, nos primeiros momentos da gravidez, ficou enlouquecido com a filha, mas no fundo do coração ama seus netos incondicionalmente.

Passamos um final de semana maravilhoso, estávamos com muitas saudades de nossos padrinhos e de toda a família, pelo menos daqueles que vieram, conseguimos rever e colocar as novidades em dia.

A interação entre nós é muito natural, não há reservas e nem segredos.

Eles nos contaram sobre todos, infelizmente até do Gregori.

Bom, alguns filhos mais velhos das madrinhas, estão estudando no exterior, elas estiveram passeando agora um pouco nos Estados Unidos e na França.

Disseram que logo terão que marcar morada mais permanente pelos estudos dos pequenos.

E, só viajarão nas férias para ver os filhos que ainda estudariam no exterior, alguns já voltariam formados, assumindo as empresas daqui.

Planejavam no Natal, que ainda faltava muito tempo, de todos se reunirem, inclusive o ogro do Gregori, que já fazia dois anos que não vinha para casa no Brasil.

Sim, ainda encontro o Gregori de vez em quando, só quando não consigo fugir de vê-lo, por ele estar com as madrinhas.

Nós ficamos felizes, os teríamos pertinho, nos vendo muito mais.

- Naty, não demore para trazer esses fofos para nos verem, traga o Keven.

- Vocês precisam acostumar os pequeninos logo com a nossa família, traga também os seus irmãos menores.

- Quem sabe juntemos a sua família e a nossa nas festas de final de ano? - tia Kathya comentou e todos aprovaram.

- Seria fantástico todos reunidos e seu André dando palpite na vida do Gregori, Jacques, Julian e Matteo!

- Tenho certeza de que não prestarão atenção ou serão tão atenciosos que papai acreditará que está operando milagres com eles. - meu sorriso estava bem irônico.

Eu não podia deixar de opinar, não seria eu, a Sarah, se ficasse quieta.

- Raquel e Sophia, ele nem olhará, pois acredita que elas são más influências para nós. - faço uma careta de tédio.

- Só sobrará Nina, Caio e Felipe, que dirá ainda ter esperanças neles, isso se eles não desviarem Stefan e Laysa. - desatei a gargalhar.

- Dona Sarah Fontana, que mal nossos filhos fizeram para que os veja dessa forma?

Padrinho Lorenzo me abraça coçando o seu queixo em minha cabeça, sentindo o meu perfume, ele diz que é meu charme.

Ele diz isso, desde que parei de brincar com skates, bolas e correr atrás dos garotos, porque até então, dizia que mais parecia um moleque do que sua linda afilhada.

- Lógico, ela nos vê do mesmo jeito de quando tinha dez anos; petulante, irrequieta, travessa e brigona com o Gregori.

De vez em quando, com aquele sorrisinho expresso em seu rosto ao pronunciar o nome do irmão, deixa se ser um príncipe para ser um ogro igual ao irmão militar.

- Jacques, por que tem sempre que lembrar do troglodita do Gregori?

- Por que vocês se adoram!

Falam Jacques e Julian ao mesmo tempo, todos riem de como fiquei corada com essa gracinha dos irmãos dele, que o amam acima de tudo.

- Pode ficar tranquila madrinha, o Keven gosta muito da senhora, vai adorar visitá-la, e quanto a esses anjinhos, é só não deixar a Sarah pedir ao Otávio, voltas e mais voltas para chegar aqui, que eles já os amam.

- Já que abraçou todos, agora vem cá! - Julian agarra Sarah em um abraço, beijando-lhe as bochechas, que já não estão mais doloridas.

- Vê se aceita a oferta dos meus tios, você tem muito talento e potencial, vá fazer aquele curso de Pàstissier.

- Não posso, você sabe disso.

- Desde quando é orgulhosa? Sempre consegue o que quer, não diga que é por causa de seu pai?

Julian está com o semblante muito sério.

- Julian, tem muita coisa envolvida, mas sim, o maior problema é o seu André.

- A minha cota de responsabilidade está enorme, deixando-me sem tempo. - falo dando de ombros.

- Sarinha, posso te ajudar com o dinheiro.

Julian tenta fazer a sua amiga aceitar um pouco de facilidade oferecida a ela.

- Nem pensar, não é orgulho, mas não posso aceitar tudo de mão beijada, meus planos estão começando a decolar.

Sarah dá uma piscadela de olho para Julian.

- Poderia ser um empréstimo, dona orgulhosa! - Julian a enche de beijos.

Julian adora Sarah e queria ajudá-la toda vez que podia, porém ela queria fazer as coisas da sua maneira, acreditando que se aceitasse, além do problema do pai, não se sentiria merecedora, se não batalhasse pelos seus objetivos.

- Tudo bem, não insistirei mais. - Julian ficou chateado por Sarah não aceitar sua oferta.

Sarah avista Otávio, começando seu prazer em atormentar Naty.

- Otávio, eu e meus sobrinhos aceitamos uma volta enorme para casa, com preferência ao redor de muitos parques.

- Sarah, pelo amor que tem por mim, chega com essas voltas, vai que meus filhos acabem gostando, o pai deles terá que fazer o mesmo?

- Eles vão se tornar bebês gasolina, isso me sairá caro,

Naty é a estraga prazeres, nunca consegue ganhar das minha vontades.

Otávio só presta atenção e sorria, por que lógico que a voltinha seria uma voltona.

Depois que todos riram das garotas, as colocaram no carro, se despindo com ordens de se comportarem na volta à casa, porque mesmo não sendo mais crianças, pareciam duas molecas travessas atormentando uma a outra.

Tudo parecia bem. Sarah e Naty haviam conversado com a mãe na tarde anterior, sabiam que seus irmãos mais novos estavam aproveitando muito o sítio do tio.

O pai estava mais calmo e relaxado, até dizendo que as duas filhas e os netos, deixavam um vazio ao final das contas.

Joelma, estava feliz e confiante, porque estavam planejando algumas mudanças que fariam bem, pelo menos para os que se encontravam no interior

A mãe Joelma, havia dito que se não voltassem naquela noite, viajariam na manhã seguinte bem cedo.

Por isso que Naty e Sarah, combinaram de retornar à sua casa, logo após o café da manhã.

Pronto, estão entregues. - Otávio estaciona o carro, vai saindo para nos ajudar.

- Quem são os amores da minha vida?

Uma voz encantadora seguida por um rosto muito bem delineado, barba perfeita, olhos cor de mel e um sorriso para lá de luminoso, assusta não os bebês,.

Em compensação a mãe deles dá um pulo no banco do carro, que acaba batendo a cabeça no teto.

- Meu Deus do céu! Keven mais um susto e nossos filhos serão órfãos de mãe. - Naty para variar fazendo drama.

- Quer parar de rir do meu susto? - Naty estava brava e envergonhada pela cabeçada no teto do carro.

- Seus filhos estão sorrindo para o pai, que está se derretendo de amores por eles,se acabando por assistir o seu espetáculo.

Foi muito engraçado, Naty é uma alienada e vive se assustando com qualquer coisa.

Keven adora perturbá-la para depois cair nos agrados.....coisas de apaixonados.

- Quem te vê assustada desse jeito, vai achar que sou muito feio, e não é isso que me fala ou faz para ganhar algo em troca? - Keven sorri malicioso.

- Tá ficando igualzinho a Sarah, adoram me provocar, lembre que sou a mãe dos seus lindos e maravilhosos filhos.

A engraçadinha me olha com aquele olhar pidão que já sei o que ela quer.

- Otávio, do jeito que minha irmã me olha, acho melhor eu voltar para a casa dos padrinhos.

- Estou à disposição. - Otávio está se divertindo.

- Sarinha porque ? Só preciso que fique com seus sobrinhos por um tempinho...

- Nem pensar, tenho mais o que fazer para ficar de babá, enquanto vocês namoram! - vou logo dando um olhar de reprovação.

- Sarinha, fica tranquila, estou com saudades dos pequenos, o namoro fica para mais tarde.

Esse meu cunhado é tão amoroso e apaixonado pelos filhos, que só existem esses dois banguelas pequeninos no mundo para ele, ops! a mãe deles como provoco...vai de brinde.

Naty mostra a língua para mim, divertida.

Keven pega primeiro Laysa,depois Stefan, sai paparicando os filhos que pegam seu cabelo, babam em seus ombros, todo orgulhoso.

Chegamos, cada uma foi para seu canto, fazer o que era preciso para o almoço.

🌺 Muitas vezes o destino nos prega peças amargas, dolorosas que perdemos o rumo da nossa vida.

O destino nos traz novas perspectivas mesmo que tenham que ressurgir das cinzas igual a fênix, linda e poderosa, depois de se auto incinerar.

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