Gregori, 24 anos de pura disciplina, pensamento analítico, agindo de forma sempre calma e clara, ponderando as circunstâncias e tomando decisões com base na análise das informações disponíveis.
Só Sarah consegue fazê-lo perder qualquer disciplina.
Gregori é sério e reservado, porém, quando sorri consegue cativar as pessoas, quebrando as barreiras defensivas que possam ter com ele.
Sua irmã Sophia e sua prima Raquel, são suas bonequinhas preciosas, bibelôs delicadas.
Era ele quem sempre aparecia para defendê-las das encrencas que se colocavam na escola.
Jacques seu irmão mais velho, confidente, não escondem segredos entre eles.
E para Julian, ele é o irmão perfeito, seu herói invencível, sonhava quando criança em ser igual ao Gregori.
Enquanto todos estão reunidos na casa dos Ricciardi (Lorenzo) e Callahan (Mikhail), nesse mesmo momento em algum lugar remoto do Oriente Médio, há um esquadrão de elite, mapeando a área, reconhecendo lugares prováveis de esconderijos, identificando os possíveis civis inocentes que não precisam estar como alvo de projéteis balísticos.
- Gregori, acha que caímos em uma armadilha? - diz Tom, seu melhor amigo de batalhas.
- Não sei, tem algo muito estranho? Não consegue sentir o ar como está pesado?
- Tom, o ar está pesado, não há como respirar e não deixar os pulmões sem ardência, o ambiente todo está carregado de explosivos, armas e munições, estamos em campo minado literalmente.
- Cadê o oficial da inteligência que veio nos ajudar?
- Gregori, não confio nesse cara, ele tem algum segredo que não quer compartilhar.
- Acho que devemos ser cautelosos com ele, também tenho minhas desconfianças.
Gregori está preocupado, pois o oficial em comando foi atingido por uma granada, por sorte não morreu e nem foi ferido gravemente, porém ele tem que assumir o posto de comando por ser tenente, a mais alta patente entre todos da equipe e o mais qualificado em comando naquela situação.
Gregori e sua equipe foram enviados a um lugar sombrio no Oriente Médio, para resgataram um trio de diplomatas e suas famílias que viviam nessas regiões e foram sequestrados para serem trocados por militantes, guerrilheiros, até por criminosos já julgados por seus atos hediondos.
As pessoas sequestradas eram peças importantes, atuavam em prol da paz em vários países próximos da Síria, como Jordânia, Iraque e Líbano.
Não era a primeira vez em que Gregori assumia um comando de uma missão, porém essa estava deixando-o muito preocupado.
A preocupação não era com a habilidade dele ou dos integrantes da sua equipe, pois eram uma das melhores células de tática de guerra e resgate que havia.
A preocupação real, tanto dele quanto da equipe eram as circunstâncias que haviam forjado a eles.
Informações não batiam com o que eles estavam presenciando, uma granada ativada contra eles sem a intenção de matar, por que não tinha como aniquilar vidas, foi lançada para atrasá-los, estragando boa parte dos suprimentos deles, para desnorteá-los.
Quem a lançou sabia que da maneira lançada só faria barulho.
Quem queria prejudicar a operação de resgate?
Um oficial da inteligência foi enviado até eles, nunca usavam pessoas que não fosse de sua equipe, eles eram seletos, eram os melhores por razões em que confiavam nos integrantes da equipe, tanto que eram unidos e formavam uma irmandade, que se tratavam pelo primeiro nome entre eles, nunca o sobrenome como era de regra.
Esse grupo havia se dedicado em todos os manejos de armas, táticas de guerra, camuflagem, desarmamento de explosivos, eram os melhores em combate corpo a corpo, sem contar que todos eram snipers, atiradores de elite, todos com medalhas de prata e honra.
Então, por que todos que estavam acostumados com missões dessa importância, estavam receosos com aquela missão em resgatar diplomatas e suas famílias ?
Era a presença desse oficial que estava desestabilizando a equipe ou havia algo a mais?
Gregori, respirou fundo, passou as mãos pelo cabelo, estava tentando decifrar o quebra cabeça imposto a eles.
Contavam os informantes de que os diplomatas estavam presos em um galpão e as famílias próximo ao lugar, mas não tão próximo que poderiam fazer o resgate em seguida.
Haveria a necessidade de se dividirem, o que não era bom para a operação. Precisavam confirmar se teriam ou não a oportunidade de colocarem todos juntos.
Eles estavam lidando com sequestradores inteligentes, era preciso pensar à frente deles, analisar todas as probabilidades de resgate e fuga, pois se houvesse qualquer falha, a vida dos sequestrados seriam perdidas.
O oficial da inteligência que se juntou a equipe, parecia mais perdido que qualquer criança em um mercado lotado, ou ele estava armando contra os snipers.
Ninguém estava confortável, o capitão havia se ferido levemente, estando fora de batalha.
As informações teriam que ser confirmadas e reavaliadas.
O oficial da inteligência não estava seguindo os protocolos necessários para que a missão fosse em frente. Gregori teria que confrontá-lo, com certeza faria isso.
- Anny, tentou encontrar o informante? - Gregori pergunta para a companheira de farda que acabara de chegar.
- Encontrei morto com um tiro na cabeça e formigas na boca. - falou com um tom pesaroso, porque mesmo que eles estivessem acostumados a matar, encontrar pessoas mortas, ainda tinham compaixão pelo ser humano, por aqueles que eram inocentes e que tentavam fazer o seu melhor para ajudar uma boa causa.
- Droga, isso não é bom. - Tom, fala angustiado - Irmão, não estou gostando nada disso. O Sean ainda não voltou da ronda dele, e o Andrew sumiu, não consigo encontrá-lo. E ainda tem os outros que não contatei.
- Gregori, começo a acreditar que estamos em uma furada. - Anny senta ao lado de Tom, ficando cabisbaixa.
- Nada confere e encontrei informações desencontradas, desconexas. - Gregori anda de um lado ao outro na sala improvisada de reunião.
- O que estamos perdendo? O que não estão nos mostrando? - Gregori começa a pensar em voz alta.
- Encontraram o informante, o mataram e nos enviaram uma mensagem com as formigas dizendo que já estão cientes de nós e que ele era o dedo-duro, não vão deixar barato essa traição.
- Ele não tinha família, todos foram mortos pelos rebeldes, esse era o motivo de nos ajudar com tanta lealdade. - Anny relatava aos dois.
- Não precisamos correr para proteger a família dele, o Omar era um solitário, nem um cão tinha para companhia.
- Nem sei se fico grato, ou não, por ele ser só. - Gregori faz essa confissão. - A cada missão só o que vemos são esses monstros que acabam, muitas vezes com o próprio povo.
- Tá ficando velho, irmão? - Tom faz a sua gracinha de sempre, - Tô vendo lágrimas nos seus olhos, é saudades da noivinha? Tá na seca há quanto tempo?
- Ixiiii! Acho que o pior posto será o seu, ha, ha, ha! - Anny vive zombando o Tom, sempre falanso coisas que o Gregori retaliará na hora certa.
🌺 Então, Gregori está em missão, longe da família.
Porém, há algo errado, deixando-o preocupado, ele tem muitas responsabilidades, precisa preservar as vidas de quem lhes foi confiado, inclusive dos irmãos de farda.
Temos que torcer para que retorne o mais breve para casa, para a familia que tanto o ama.
Não podemos esquecer da Sarah, suas discussões acabam por serem épicas dentro do círculo familiar.
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Atualizado até capítulo 140
Comments
Giulia Jung
Mas pelo visto ele não tem muito tempo de ficar com a família né
2025-04-09
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Giulia Jung
Cadê as medalhas de ouro? Pq só prata?
2025-04-09
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Giulia Jung
Difícil essa situação com refens, realmente não há nada que se fazer e não tem garantia se já foram executados
2025-04-09
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