Elas não esperavam que eu as agarrasse pelos braços, abraçando um lado de cada uma, as intercalei com beijos nas suas bochechas.
- Como essas mulheres da minha vida são carentes! - Falo com sorriso afetuoso.
- Só assim para fazer um carinho na sua mãe, ainda dividindo com a sua tia?
- Dona Suzi, que ciúmes é esse? Nunca sou carinhoso? Que eu saiba, sou o mais carinhoso dos seus filhos, não é não? - Tenho que rir, pois elas vivem rodeadas de carinho e atenção de todos, isso é sempre presente na nossa família, o amor genuíno entre nós, acabo apertando o abraço, levando-as até os bancos em baixo do gazebo.
- Mas, é sério, se as duas forem adotar mais algumas crianças, nos avisem para eu encontrar uma casa só para mim, tenho certeza que o Gregori vai acatar a minha decisão e moraremos juntos, quando ele parar de se achar o Rambo. - Digo abraçando as duas, já deixando-as para sentarem nos bancos para passarmos um tempo apreciando as flores.
- Jacques, ainda não consegue deixar de pensar no seu irmão? - Quando será que ele vai parar de bancar o herói?
- É dona Suzi, o Gregori faz o que gosta, não sei como a Alícia aguenta ficar tanto tempo longe? Acha que esse noivado vá virar casamento?
Meu irmão Gregori, é um sniper americano, um atirador de elite, Gregori tem muitos treinamentos e faz parte de um esquadrão que só atende casos de autoridades, ou, pessoas muito importantes, vive em missões secretas. Não comenta as suas aventuras, raramente está disponível para a familia, então vê-lo é raro.
- Na verdade, acredito que a Alicia, apenas quer uma situação confortável, já que não conseguiu nada com você. - Mamãe fala tão ressentida, que tia Kathya percebeu.
- Bom, só não vale levar os meus também, que está ótimo!
- Kthya? Não contando os dois pequenos, os seus filhos também não estão aqui. - Sinto um início de discussão de quem tem os filhos mais próximos, logo intervi.
- Que tal dona Suzi e dona Karhya mudarmos de assunto? - Fui logo mudando a direção dessa conversa que não acabaria bem para mim, pois sem os meus irmãos, Julian, Sophia e primos, Matteo e Raquel, apenas eu sofreria com os dramas das duas, sempre prefiro deixá-las fazerem essas ceninhas com o meu irmão Gregori, que é o mestre em acabar com a graça delas, virando o drama pras nós sairmos a ganhar sempre.
- As meninas virão para cá?
- Que meninas? Não vem nenhuma menina para cá, não? - A tia Kathya fica pensativa.
- A Naty e a Sarinha. - Respondo meio sem graça, porque só me lembro delas pequenas, ou seja, para mim ainda são meninas, penso que serão sempre
- Filho, as meninas que você menciona, uma já é mãe e, a outra está em época de faculdade, elas não têm tanta diferença de idade entre vocês, Sarah é apenas um ano mais nova que a Raquel, sua prima.
- Quem teve filho? Porque não fiquei a saber? Mãe, elas são para mim como irmãs, não tem o porquê, não chamá-las de meninas?
- Como se você e o seu irmão se importassem com a família? Sempre contamos às novidades e, minha irmã, a sua tia, sempre adorou comentar para vocês como são belas.
- Suzi, falando assim pareço fofoqueira, essas meninas para nós, são como filhas também, poderíamos fazer muito mais por elas, se não fosse André ser tão orgulhoso e Joelma sendo submissa a ele a tal ponto de não aceitar a nossa ajuda, com medo da retaliação dele.
- O André ainda as punem com agressão física? Lembro que principalmente a Sarah tinha sempre marcas pelo corpo.
- Não sabemos Jacques, Joelma ama demais aquele bruto e pede as meninas para amenizarem os problemas, ela tem medo do que possa acontecer com esse jeito dele agressivo.
- Tanto o seu pai, quanto o seu tio, tentaram intervir quando trabalhava para nós, porém ele não aceitou ajuda, não escutava ninguém e vivia alcoolizado. Eles, depois que tentaram de tudo para ajudá-lo, não tiveram outra opção além de demiti-lo, inclusive na esperança que sem emprego, ele caísse em si e pedisse a nossa ajuda.
- Não aconteceu, não e? Nem quero imaginar como as meninas sofrem.
- Nós tentamos ajudar, cada uma queria assumir a afilhada e um dos irmãos, assim cuidaríamos dos quatro, Joelma foi taxativa em não aceitar, por que André saberia e, ela não queria que ele fosse nos prejudicar, porque, com certeza, ele se ofenderia.
- Mãe, vocês queriam assumir as crianças e trazé--las para casa?
- Nada disso, ajudaríamos financeiramente.
- Não fique assim, as meninas são fortes, os seus irmãos menores devem ser também. Se me lembro bem, Sarah era determinada e a única que conseguia tirar Gregori do sério, o enfrentava como um igual. - Acabo sorrindo lembrando da nossa infância e parte da adolescência, quando as garotas passavam tempos conosco.
- Lembro que achava sempre que a minha afilhada Sarah, casaria com o Gregori, pois pareciam dois enamorados que viviam a brigar um com o outro, mas no final, sempre estavam juntos.
- Tia, se esses dois escutarem, não gostarão nada de ouvir esse desejo! - Caímos na gargalhada. Fiquei relembrando o passado, esperando ansioso a chegada delas
- Senhoritas, pequeninos! Foi suficiente às voltas a mais, ou, já posso entregá-las ao destino? - Otávio sempre me agrada com algumas voltinhas desnecessárias, por saber que adoro andar de carro e, simplesmente olhar me perdendo na paisagem, mesmo que sejam as mesmas.
- Sério, Otávio? Sarah deve ter algum problema muito grande, toda a vez vez ela quer se perder no caminho, ainda bem que ela não dirige, ficaríamos doidinhas com ela, mais do que já nos deixa. - Naty fala bufando, por que ao contrário de mim, ela realmente aprendeu a detestar esses meus pedidos de voltinhas.
- Tenho certeza de que não foram tantas, senhorita Naty, apesar que percebi que seus anjinhos gostaram, devem ter puxado a tia.
- Otávio, você sempre faz o que a Sarah pede e, não foram poucas voltas, estou quadrada de ficar sentada.
- Queira-me perdoarar, mas é impossível me negarem alguma coisa. - digo para cutucar o mau-humor que começa a emergir de Naty.
- Como quero que vire uma rã horrível!
- Nossa Senhora dos maus humores, leva embora esse monstro crescente e mau que está a tomar conta da minha irmã! - A minha sorte é que não levei um beliscão dela., por que coloquei Stefan bem na minha frente.
- Não vale fazer o meu filho de escudo, sua covarde!
- Garotas, que tal entrarem? Seus padrinhos estão com saudades.
Otávio sabe que se deixar, Naty ficará um monstro de mau-humor e, eu levarei um sopapo dela. Ele se diverte conosco.
- Tá vendo? Fez com que o Otávio nos expulse do carro, Naty sua chata. - Ela revira os olhos e bufa sabendo que não me assusta.
- Entrem senhoritas, eu levarei as suas malas.
Saio, dou um beijo no rosto de Otávio, sempre faço um carinho por ele ser generoso e calmo conosco.
🌺 A partir de agora começa o final de semana, o reencontro com os padrinhos. Conhecer a dinâmica familiar com as afilhadas é muito importante, prazeroso ver como se interagem em meio a tanto amor.
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Atualizado até capítulo 140
Comments
Giulia Jung
Se você for ver, convidar a morar com vocês, teria mais ajuda financeira, do que se vocês dessem dinheiro pra elas… O único problema seria o espaço da casa
2024-11-21
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Giulia Jung
Gente não tô entendendo mais não, o Gregory é irmão de quem? E ele é o que de Sarah? Pq são do mesmo parentesco certo? Como que vão casar? 😳
2024-11-21
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Giulia Jung
Isso é foda, porque daí a pessoa fica sem dinheiro, e todo trabalho e pouco dinheiro que receber vai gastar em bebida. Isso se não pegar escondido do dinheiro que a própria mulher e filha conseguem vendendo doces… Complicado!
2024-11-21
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