Estou com tantas saudades da madrinha, que não percebi que estava caminhando quase correndo ao encontro delas, naquele jardim que amo de paixão, com suas lindíssimas plantas e flores.
Tem um cantinho só de ervas, um temperário, como batizei anos atrás, e tive uma discussão horrível com o troglodita do Gregori, simplesmente porque ele nunca aceitou que existo, sempre implicando comigo e, eu óbvio com ele.
Sorrio com as pontas dos lábios chegando aos meus olhos e, esse sorriso doeu a minha bochecha, tive que diminuir o tamanho do sorriso, mas não a felicidade de estarmos nos reencontrando.
Vejo que junto delas está um lindo rapaz, musculoso na medida certa, cabelos escuros, vestindo uma calça de moletom cinza e camiseta branca justinha no corpo.
Por um momento imaginei que fosse o ogro do Gregori, porque os dois são por demais de parecidos, apenas mudando a cor dos olhos, Jacques é um príncipe. Fiquei apreensiva, Naty percebendo sussurra no meu ouvido.
- Está a achar ser o amor da sua vida, o Gregori? Que pena, porque já vi que esse é o Jacques. - Ela fala maldosamente com um sorriso cínico, por saber que eu e o Gregori não nos damos bem, apenas engulo em seco e não lhe dou o prazer em responder.
- Minha deusa das afilhadas lindas! - Já escuto a madrinha Kathya rindo alto e caminhando nas nossas direções. - Só fico um tempo afastada de vocês, e olha como estão diferentes?
Chego à sua frente, só não dou um pulo para abraçá-la, por estar com o meu sobrinho no colo. A abraço tão apertado que Stefan reclama, pois, está bem no nosso meio.
- Madrinha, quantas saudades, dessa vez cheguei a pensar que não voltariam mais. - Vou falando e a enchendo de beijinhos ao mesmo tempo.
Madrinha Kathya olha-me com aquele jeito dela de que está hiperbrava, de verdade preferiria fugir ao ficar aqui, pois já sei o que ela vai dizer.
- Sarah Fontana, explique sem delongas o que aconteceu com o seu rosto? Não quero meias verdades, e não importo que Joelma tenha dito para amenizar o ocorrido.
A madrinha é danada, pois, não é que a mamãe foi ao meu quarto, enquanto estava me arrumando e pediu para não falar mal do meu pai?
A minha mãe não quer que o seu amado André seja mal visto, ela acredita sempre que é uma fase ruim e que logo o meu pai volte a ser o homem que ela conheceu, apesar de não acreditar, por que sempre o conheci assim.
Talvez eu precise de ser mais positiva na vida, ou, simplesmente já tenha percebido que o meu pai nunca mais voltará a ser um homem bom e carinhoso, que mamãe vislumbra nas suas memórias.
- Madrinha, por que vamos nos stressar com algo que o meu rosto já recebeu? - Tento me desvencilhar dos seus braços para ir até à tia Suzi.
- Pode parar, abraça a Suzi, entregue o bebê para ela segurar e vem aqui conversar, o Lorenzo está vindo para cá. - Agora estou perdida, a madrinha está séria, nem sei como ela sempre consegue adivinhar que o padrinho está chegando ao jardim?
Nesse ínterim Naty cumprimenta a minha madrinha, eu vou até à madrinha dela. Não é por tia Suzi ser a madrinha de Naty e a minha é a tia Kathya, que amamos diferente.
Nós as tratamos igual, com abraços apertados e muitos beijos, até elas nos mandarem parar, porque não aguentam mais serem beijadas com tanta euforia como fazemos.
Enquanto os padrinhos não chegam, os bebês são cravados com tantos beijos, afagos e carinhos que acabam a sorrir, balbuciando coisas incompreensíveis, as nossas madrinhas babam por eles serem tão fofos.
- Hei, por que parece que sou invisível? Ou, será que não mereço abraços e carinhos também? - Jacques está de pé ao lado da tia Suzi que revira os olhos para ele.
- Não vá nos dizer que está com ciúmes? Até parece que você como o seu irmão sentem carência? São os primeiros a deixarem-me sozinha.
- Estão vendo? Só existem vocês e, com esses bonequinhos fofos, pronto, nem lembram que existo. Posso ir embora que nem vão reparar. E isso por que só lembram de mim e do Gregori para falar mal, os outros são perfeitos?
Jacques é lindo demais com aqueles olhos, cor de esmeralda, um sorriso de deixar tonta qualquer garota que fique a mirar esse rosto com barba por fazer, um lindo deus grego.
Ele vem nos abraçar, tenho que ser sincera, o abraço do Jacques envolve o meu corpo todo, quente e terno, na verdade,todos da família sem exceção, hum? Talvez o Gregori seja a exceção, tem os melhores abraços do universo.
Jacques toma cuidado ao beijar-me e de repente, toca a minha bochecha machucada.
- Dona Sarah, o meu tio não gostará nada disso, nem o meu pai e, quero muito vingar essa agressão, pois não é humano quem a agrediu dessa maneira.
- Jacques, por favor, não pense em fazer algo que não condiz com você. Deixa para lá, só vai piorar as coisas se bater nele. - Digo com receio de que faça algo estúpido.
- Sarah, não sou o Gregori para bater nas pessoas, estou a pensar em denunciá-lo por agressão. - Responde acariciando a minha bochecha com o polegar, causando arrepios no meu corpo
- Ha, ha, ha! Jacques, o Gregori não é capaz de fazer nada por mim, esqueceu que ele me odeia? - Comento ressentida por ele lembrar do irmão que tanto me perturbou.
- Jacques, a Sarinha até pensou que você fosse ele, tanta é a saudade que ela sente. - Naty deve estar querendo morrer.
- Naty, eu não falei nada, você terá troco na hora certa, pode aguardar. Todos sabem que o Gregori não gosta de mim e eu dele.
- Será que é verdade? Porque o que acho é que os dois não podem viver sem o outro. - A tia Suzi fala sem olhar para nós, brincando com os bebês que estão no seu colo e da Naty. - Nem sei como esse namoro dele continua?
- Ele está a namorar? Provavelmente ela deve ser uma mulher com algum problema para aturar o Gregori? Tem gosto para tudo, até para quem goste do troglodita. - Ninguém me responde, apenas dão risinhos maliciosos para mim.
Escuto uma voz chamando a nossa atenção.
- Quem são as mais lindas afilhadas do mundo todo? - A voz do padrinho Lorenzo é de deixar a gente sonhando, é muito linda, charmosa, não canso de escutar, nunca entendi por que não virou cantor?
- Acredito que estamos a ser jogados de lado, Lorenzo, antes tínhamos duas princesinhas correndo e atirando-se nos nossos braços, agora nem olham para nós!
Tio Mikhail é diferente da tia Suzi que é mais séria, porém, ele e padrinho Lorenzo, são tão dramáticos quanto a madrinha Kathya.
Não é que Laysa e Stefan se assustaram? Começaram um choro baixinho, acredito que é porque o Keven tem uma voz bonita também, mas ele sempre conversa baixinho com eles, e os dois estranharam com o vozeirão dos padrinhos.
- Penso que têm dois lobos maus e bobos assustando os bebês! Não fiquem assim, se acostumaram logo, ainda nem chegaram os outros, aí sim, os dois pequeninos ficaram assustados com tanta gente fazendo barulho, incluindo a sua mãe e a sua tia.
Tia Suzi olha para o marido e cunhado, sorrindo por que fazem cara de bobos e colocam as mãos no peito.
- Nossa, agora a minha mulher deixou-me péssimo, onde já se viu chamar o amor da sua vida de lobo mau bobo? Lorenzo, não posso suportar tanta frieza da sua cunhada.
- Mikhail, temo dizer-lhe que a sua cunhada, o amor da minha vida, está a concordar com tamanho absurdo. Teremos que ser enérgicos, caso ainda queiramos sonhar em sermos os chefes dessa família de ingratos!
🌺 Todos são muito bem humorados. Os padrinhos são os pilares da união e felicidade da família. São justos, não julgam ninguém, estão sempre olhando o lado bom das pessoas.
Eles adoram a Naty e a Sarah como filhas, ajudando-as em tudo que podem, inclusive amenizando constantemente as crises de raiva de André.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 140
Comments
Srta. Nesti
kkkkkkkkkkkkkkkk já tenho meu irmão preferido! Sai para lá Alicia, esse pedaço de pão é meu!
2024-11-15
1
AndressaAutora
se controla mulher kkkk e então o Gregori gosta de bater nas pessoas kkkk como será que ele pode reagir agora fiquei curiosa.
2024-11-21
1
Giulia Jung
Coloca ele no chão, ele ainda para em pé né?
2025-04-02
1