Capítulo 10

Julian é o irmão mais novo de Jacques e Gregory.

Ele só é meio irmão por parte de pai.

É gêmeo de Sophia, não há nada em comum entre eles, com personalidades bem diferentes.

Vivem brigando como bons irmãos que compartilharam o mesmo útero.

Julian adora os irmãos, é amigo dos dois, os admiram por igual, pois cada um tem uma maneira única de ser, o tratam com respeito e carinho.

Julian é o orgulho da família, amoroso e prestativo com todos.

O seu sorriso é lindo, encantador e hipnotiza qualquer mulher que ficar olhando muito tempo para ele.

Está sempre pronto para ajudar.

Gregori sabe que Julian tem uma paixão infantil, talvez platônica por Sarah, e sente um certo ciúmes, mas nunca dará o braço a torcer por gostar de Sarah.

Julian também sabe que seu irmão mais velho, abusa dele para resolver questões em que ele não pode estar presente, devido ao seu trabalho militar.

Julian será uma peça fundamental na vida do seu irmão com a Sarah.

Sarah estava tão entretida, mexendo no celular que não percebeu Julian chegando por trás dela, cobrindo os seus olhos com suas mãos.

- Dificl,não reconheço mais essas mãos limpas sem manchas de tinta e terra.

Sarah vai tateando bem devagar as mãos que cobrem os seus olhos, tenta sentir o perfume que é muito masculino, já reconhecendo o irmão mais novo de Jacques.

- Hum, hum. Não posso acreditar, que mesmo assim, me deixe esperando igual bobo, para dizer o meu nome.

Julian tem uma risada contagiantee retira suas mãos dos olhos dela, beijando sua bochecha dolorida.

- Ai, um beijo mais delicado meu amigo artista, Julian! - ela esfregou a bochecha.

- Nem perguntarei sobre essa crueldade, pois acho que meu tio e meu pai, já o fizeram, depois descubro para contar ao Gregori quando ele voltar.

Julian é alto, uns cinco centímetros talvez, mais baixo que os irmãos.

Seu cabelo tem uma tonalidade mais escura e é mais rebelde.

Os olhos de um âmbar magnífico, hipnotizante, se qualquer garota incauta o encarar, nunca mais quererá ver outros olhos.

Seu rosto igualmente esculpido da mais linda beleza, não devendo nada aos dois irmãos mais velhos, a bondade e a simpatia eram iguais, quer dizer, menos o Gregori que não tem simpatia alguma.

- Você também? Deixa o Gregori de lado, ele não me suporta.

- Vocês se amam. - desata a rir.

- Ninguém pode competir com ele, nem mesmo eu. nao é?

Julian tem uma paixão juvenil por Sarah, nunca teve coragem de se declarar, sempre a viu com o Gregori, que também, mesmo não admitindo, tinha uma queda por ela

E, Julian tentava se resignar, sabia que Sarah não era para ele.

- Julian, quanta bobagem está falando?

- Desde quando o Gregori gosta de alguém a não ser dele mesmo?

- E não estou planejando namorar com ninguém, até conseguir alcançar alguns objetivos.

- O que está lendo ?

Julian deixou de lado o assunto que o deixa um pouco triste, mas não poderia nunca culpar a Sarah, ela realmente não dava esperanças a ninguém, muito menos ao irmão militar.

- Um aplicativo de leitura, o capítulo atualizou, então estou colocando o romance em dia.

- Desde quando deixou de ler clássicos?

- Livros intelectualizados que adoravamos te irritar, fazendo a leitura de forma escrachada?

- Sou uma garota eclética na leitura, meu caro Julian.

- E, além do mais, as autoras se esforçam para nos entreter, as histórias são boas.

- Adoro comentar, sabia que tenho amigas virtuais no aplicativo?

- É como um clube do Livro, só que cada uma em sua casa, lendo no horário que pode.

-Sei, imagino que deva inundar as páginas destinadas aos comentários, com seu apreço sobre o que lê?

- Então, acho que darei para a Naty o livro que trouxe para você.

- Quem disse que não leio mais? E dar o livro para a Naty?

- Só se for para ela usar como enfeite,ou se servir de encosto para os bebês?

- Adoro livro físico, manusear as páginas.

- Qual livro terei o prazer em ler?

- Orgulho e Preconceito de Jane Austin, não é a primeira edição, mas é antigo.

-Será que agora, sabendo que lhe darei prazer, que tal um abraço?

Julian tem um abraço tão gostoso quanto o de Jacques, na verdade aqueles homens da família, todos tinham abraços de aconchego, de calor que deixavam as faces coradas de Sarah, e ela se deixou perder nos braços carinhosos.

- Julian, sabe que não me importo, eu apenas quero ler, se for a primeira edição ou não. O que vale é o conteúdo.

- Sei, então, por que acaba deixando na biblioteca da nossa casa sempre?

- Faço o meu melhor para que ela seja impecável. - Julian resmunga sem perceber.

- É melhor ficar aqui do que lá em casa, dessa maneira tenho desculpas para vir ver vocês . - Sarah sorri travessa.

- Como se a senhorita precisasse de qualquer desculpa ,argumentos para vir passar horas, até mesmo dias conosco?

- Sarinha, não tem vergonha de falar uma coisa dessas?

- Deixa a tia Kathya escutar!

Ambos caíram na gargalhada, por que era verdade, Sarah não precisava de desculpas, inventar nada para visitá--los, eles a adoravam.

- Quando foi que chegou ?

- A madrinha disse que só eles tinham chegado com as crianças, mais o Jacques

- Não faz muito tempo, tive que resolver uns problemas antes de chegar.

- Problemas? Justo você ? Já chegou causando, é?

- Fazer o quê? Alguém tem que ser simpático, compreensivo e altruísta para ajudar o Gregori, nos enroscos que ele tem com a noiva.

- Noiva? Quem ele conseguiu para esse fardo?

- Curiosa? Está com ciúmes?

- Julian, só curiosidade, imaginar quem aguentaria o ogro do Gregori, apenas isso.

- A Alícia, lembra dela?

- Não, por que deveria? - Sarah, respondeu com aspereza.

- A filha do amigo e sócio do meu pai, aquele que não faz questão alguma de se socializar.

- Ela? Bom, creio que os dois se mereçam.

Sarah sentiu até um certo alívio, por que agora acabavam as brincadeiras que faziam dela com o Gregori.

- Vamos mudar de assunto?

- Que tal me ajudar a fazer uma pavlova de frutas vermelhas?

- Só porque adoro esse doce, igual ao Gregori, vai me obrigar a ajudar?

- Por que sempre eu? Chama o Jacques.

Nesse momento, o Jacques ,dá o ar da graça.

- O que tenho que ajudar?

- Nem pensar, da última vez que tentou me ajudar a mando da madrinha, o Jacques estragou tudo.

- O que era para ser doce, ficou azedo. O que era para ficar com uma casquinha crocante, ficou melequento.

- Jacques nunca mais me ajuda. - Sarah fala brava.

- Por que tanta mágoa, sempre fui um excelente ajudante? - Jacques usava sua expressão mais inocente.

- Não, nunca foi, nem uma colher lavava direito.

- Quanto a isso posso me defender, até o Julian vai concordar: temos lava louça, - os dois irmãos se olharam como heróis da louça suja.

Os dois trocavam sorrisos brincalhões com ela.

- Nisso tenho que concordar, para que perder tempo se podemos jogar tudo na máquina de lavar?

- Ha Ha, Ha! São dois preguiçosos isso sim! -a garota não acreditava na falta de vontade deles em lavar uma colher.

- Não acham que é pouca coisa para deixá-los entendiados com uma tarefa simples?

- Não, não, não! É duramente árduo ter que ficar manuseando objetos com água, e não podermos te encharcar, vendo-a com a roupa molhada..

Os irmãos pelo jeito estão provocando a Sarinha, eles sabem que ela pode retribuir a graça ,quando eles menos esperarem.

- Engraçadinhos! - Sarah faz uma careta para os dois irmãos, que começaram a gargalhar.

- O que foi agora?

- Só você não percebeu que ele fez de propósito, para não te ajudar novamente?

- Maninho, tá louco?

- Esqueceu que é a Sarah?

- Se eu for abatido em algum revide dela, conto o que você aprontou!

Começaram a rir pela conversa descontraída e animada.

- Ah, é? Darei o troco na hora certa para os dois, não me importo de esperar.

Assim foram em direção da cozinha, animados e felizes, por estarem juntos depois de tanto tempo longe.

🌺 Eles são perfeitos, não é?

Agora será que eles estão certos em relação ao Gregori e a Sarah?

Gregori tem a Alicia e Julian ama Sarah.

Acho que estou enganada, eles não se suportam, não é mesmo?

Precisamos conhecer a dinâmica familiar, ela será muito importante para nosso casal que ainda não sabem que se amam.

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