Sarah & Gregori
Estou a dormir tão gostoso, fiquei acordada até tarde da noite enrolando brigadeiros diversos, para ajudar a minha mãe nas entregas de hoje. Mamãe trabalha tanto, mais tanto que prevejo logo ela estará estafada. E serei sincera, vou acompanhá-la, pois não paro um minuto.
Estou tentando guardar dinheiro para fazer uma faculdade de gastronomia, ou uma escola muito especializada em Chef Pàstissier, ou seja, uma chefe que se aperfeiçoa em fazer doces, delícias açucaradas. Mas, ainda não consegui nem para a matrícula e o material, porque acabo ajudando em casa.
Quando estou no meu melhor sono, ouço uma voz estridente, gritando ainda no corredor, junto com choro de bebês. Cubro a minha cabeça com o edredom, faço de conta que não estou me encolhendo toda na cama, tentando desesperadamente me fazer invisível.
- Sarah, os seus sobrinhos precisam de você, eu preciso de você e mamãe também precisa de você! - grita como se estivesse a ter um colapso, um chilique sem precedentes.
- Naty, eu não sou surda, talvez fique agora com toda essa sua histeria. - minha irmã mais velha, com certeza, é um fator importante para minha estafa.
- Vamos Sarinha! - fala deixando os gêmeos em cima da cama, bem no canto entre a parede e as minhas costas; acaba puxando o edredom de mim, dando-me um choque térmico do tanto que estava quentinha, senti o frio no quarto.
Quando começo a despertar, sinto um cheirinho desagradável, que tampo meu nariz imediatamente.
- Naty, pelo amor da nossa Senhora das Fraldas, você ainda não trocou esses bebês? Porque parece haver carniça apodrecendo dessas fraldas! - ela desata a gargalhar…
- É por isso que necessito tanto de você, além disso, os meus pequenos adoram os cuidados da titia. - ri da minha expressão de nojo.
- Sério? Você me considera sua escrava pessoal, ou me odeia.
- Porque diz isso, flor do meu dia? Só quero que passe mais tempo com Laysa e Stefan, veja como já pararam de chorar, só por estarem na sua cama.
- Você é muito cara de pau! Por que nem flor vou cheirar mais com esses dois porquinhos! - enquanto falava, brincava com os dois anjinhos que conseguiam ficar sentados a pouco e abriam suas bocas banguelas encenando lindos sorrisos, consigo até fazê-los gargalhar com caretas e cócegas em seus pescoços.
- Está vendo? Faço sempre seu dia feliz! - A Naty consegue ser muito sonsa.
- Eles não têm culpa da mãe que eles têm! Tenho total certeza de que eles pensariam bem antes de aceitá-la. — A provoco para que tire aquele sorrisinho bobo do rosto.
- Sarah Fontana ! Não se atreva a dizer isso perto da Laysa e do Stefan. Dá deles entenderem, pensarem e fugirem de mim? Seria a mãe mais arrasada do mundo! - Fala com tanto drama que se joga em cima de mim, beijando os bebês em plena acrobacia na cama. De repente, dá um pulo e vai pegar a bolsa de fraldas, nem a vi entrar com isso.
- Vamos trocar esses sujismundos antes que as fraldas criem vidas! - Naty é uma palhaça, me entregando lenço umedecido e dançando com as fraldas em frente aos bebês. Olho com cara de assustada, só posso acompanhar a maluquice dela brincando como se os lenços fossem monstrinhos, cutucando os meus sobrinhos.
Trocamos as fraldas repletas de papinha de nenê, nunca imaginei que fedessem como comida estragada. Argh! É muito nojento! Depois de limpos, minha irmã pega os meus sobrinhos, dando um tempo para me arrumar. Pensei em voltar a dormir, só que precisei abrir a janela para ver se melhorava o aroma no quarto, como não melhorou, decidi ir ao banheiro e começar o dia, com muito sono e cansaço.
Chego na cozinha e meus outros irmãos mais novos, Eduardo e Marcinha, já estavam sentados à mesa, com seus copos de leite.
- Bom dia, meus pequenos! Nem me esperaram hoje? - digo a fazer beicinho para eles.
- Sarah, você demorou e estávamos com muita fome. - fala manhoso o nosso caçulinha de nove anos.
- Você vive com fome. - ralha Marcinha de doze.
Meus irmãos são uns amores, porém não deixem Eduardo com fome que ele vira uma ferinha.
- Bom dia, minha filha! Está cansada, né? - diz dona Joelma sem se dar conta que ela trabalhou mais do que eu.
- Um pouco apenas. Ainda têm coisas para terminar? - Pergunto não querendo, mas não tenho coragem de deixá-la fazer tudo sozinha.
- Tem apenas que terminar de decorar o bolo revelação de sexo. - Noto sua preocupação, sei que mamãe não gosta muito de enfeitar bolos temáticos, então me ofereço.
- Pode deixar que faço, para mim é simples e fácil. - ganho um beijo enorme na minha bochecha.
- Sarinha, então não vamos demorar...Não a deixo terminar.
- Temos tempo, não se preocupe!
- Não temos, não. Esqueceu que você e a Naty foram chamadas por suas madrinhas, que voltaram do exterior e estão com saudades?
- É esse final de semana? Por isso, a louca da minha irmã mais velha está agitada?
- Mamãe, porque eu e o Eduardo não podemos ir?
- Porque, seu pai, faz questão que visitemos a família no interior. E como o convite é importante para Sarah e a Naty, elas não podem faltar, quem sabe vocês poderão ir da próxima vez?
- Pensa bem, não precisarão ir apertados dentro do caminhão. - Falo sorrindo para eles, que se alegraram, começando a fazer planos para a pequena viagem.
- Mãe, estava mesmo com saudades da madrinha Káthya. Dessa vez elas demoraram muito para voltar.
- Pelo jeito estava bom nos Estados Unidos, tanto a Káthya quanto a Suzi, aproveitaram tudo que tinham direito. Só não sei se voltaram todos, ou apenas elas.
- Bom, saberemos quando chegarmos lá. Só espero que aquele troglodita do Gregori não tenha vindo, agora o Jacques sempre foi legal comigo. - enquanto falava, não percebi que meu pai apareceu na cozinha, e não estava de bom humor para variar.
* Sarah é muito carinhosa com a mãe e os irmãos, mesmo Naty abusando dela como tia.
🌺 Quero agradecer a todas as amigas leitoras, que me incentivaram para escrever. Não sou escritora, fiquei estimulada com tantas palavras de motivação e carinho. Pensei bastante, até que Sarah e o Gregori se apresentaram para mim. Eles contam uma história de vida, onde há risos, abraços, tragédias e choros, porém há a família que a tudo envolve na esperança e fé de que tudo na vida há solução com o carinho e afeto.
Teremos uma sementinha de amor, que ficou adormecida por muito tempo, depois de muito sofrer, a sementinha do amor germinou, cresceu e se tornou um verdadeiro primeiro amor! Será?💖
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Atualizado até capítulo 140
Comments
Brennda Germany's
aí que tudo, estou amando a obra 😻😻😻 espero continuar gostando nos próximos capítulos
2024-10-26
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AndressaAutora
O importante é a família ter uma boa sintonia né e não viver brigando, assim cria um ambiente saudável para as crianças.
2024-11-21
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Giulia Jung
Eu quero saber pq nesse quebra tempo de cima tem uma arma. Mas tirando isso, sério, está lindo demais!!!
2024-11-18
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