Seguir à risca, todas as orientações que a Dona Graça passou-me. Servia as refeições poucos minutos antes dele chegar a mesa. Fazia todo o serviço de limpeza antes ou depois que ele saía dos cômodos. Deixava tudo impecável. E principalmente a disposição dele. Assim não precisaria me chamar.
O ruim é que todo esse trabalho de se esconder se tornou cansativo. Eu precisava ficar em alerta ou acelerar o serviço. E devo admitir que homem havia se transformado em um porco.
Deixa roupas espalhadas em todos os lugares. Só o tapete enorme do quarto dele, tive que limpar várias vezes em uma semana.
Um dia entrei no quarto, e tinha água espalhada. Como se ele estivesse esquecido de fechar o registro. Pense num trabalho que foi enxugar aquele quarto.
Andava na pontinha dos pés para ele não saber da minha presença. E o pior é que ainda deixa a porta do escritório aberta. Dificultando o meu disfarce.
Já se passaram duas semanas, eu fico me perguntando se ele ainda lembra do fiasco que foi o nosso primeiro encontro.
Enquanto tirava as roupas que estavam estendidas no varal, sinto alguém se aproximando por trás. Fico tensa com essa aproximação. Ao virar para ver quem era, vejo um homem enorme, lindo e com cara de quem adora aprontar.
- Boa tarde princesa.
- Boa tarde Galego, e já disse para não me chamar assim.
- Eu não resisto, você parece uma verdadeira princesa. Doce, educada, sem contar nessa beleza.
- Pela sua cara, suspeito que fala isso com todas. Mas agradeço seus elogios. Mas ainda sim, peço que pare.
Ele faz cara de manhoso, mas dar pra ver uma alma de cafageste nesse rapaz. Desde que eu comecei a trabalhar na fazenda o Galego sempre me cercou. Teve dias que eu fechei as portas da cozinha para impedir que ele invadisse. Outras eu me sentia muito mal pela perseguição.
As vezes ele me olhava igual a uma cobra querendo dar o bote. Mesmo com essa aurea de bom moço, sinto uma energia gananciosa perto dele.
- Você está aqui porque precisa de alguma coisa, ou só veio atrapalhar o meu serviço.
- Longe de mim atrapalhar vocês. Apesar de querer sua atenção plena. Mas estou aqui para ver o patrão.
- Ótimo, ele está no escritório. Limpe as botas antes de entrar. Mesmo se a porta do escritório estiver aberta, peça licença ao entrar.
- Porque tantas regras?
- Etiqueta Galego, e-ti-que-ta.
- Sei, mas parece um monte de besteira.
- Não importa. Tenha reverência ao falar com o seu chefe.
- Pelo o que eu sei, você bateu nele e deixou ele nu.
Ele rir da minha cara, enquanto o ódio se espalha.
- Com licença. preciso terminar os meus afazeres.
Saio de perto e entro pela porta da cozinha.
Idiota, fica com aquela cara de garanhão e não passa de um zero a esquerda.
Percebo que ele entra pela mesma porta e vai em direção ao escritório. Olha para mim com a cara de cínico.
Mas sua reunião não demora muito, pois vejo o Galego voltando apressado. Parece que uma cobra mordeu a bunda dele.
E essa cobra foi o chefe, pela cara amarrada do Galego, que saiu da casa e nem fez contato visual comigo.
Tomara que esse saliente tenha levado o dele.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 65
Comments
Maria Aparecida Nascimento
O Galego foi picado pelo patrão kkkkkkkk
2025-01-27
1
Ira Rosa 🌹
Foi picado pelo patrão 🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
2025-01-06
1
Elba Anunciacao
Toma distraído, aprendiz de cafajeste.😂😂
2024-11-23
1