Que homem arrogante! Fala em dar-me uma chance, porém corta a fala das pessoas.
Não escuta ninguém. Ogro maldito.
Mal-educado. Ele deveria era agradecer pelas pessoas suportar trabalhar na fazenda. Está explicado a ausência de comentários do patrão, aqui na fazenda. Ninguém suporta ele. Eu ouvir ele sendo irritante com o coitado do Sr. Humberto. O homem mais honesto e gentil que eu conheço na face da terra, e esse mimado idiota tratando ele mal.
— Ai, que ódio de gente assim.
Mas uma vez tenho que planejar juntar dinheiro para sair de um lugar por conta de um homem estúpido. Dona Graça e Sr. Humberto não merecem isso. Mas já suportei uma convivência abusiva, não aceitarei isso novamente.
Volto para a cozinha, para finalizar o almoço e o restante dos meus afazeres. Sr. Humberto estava lá, sentado apoiando a cabeça nas mãos.
— Sr. Humberto, está tudo bem com o senhor.
— Está minha filha, estou só reunindo forças para voltar a falar com o patrão. Fica tranquila que eu ainda vou conseguir fazer ele mudar de idéia.
— Se for sobre eu continuar a trabalhar aqui, ela já considerou.
— Sério?
Sr. Humberto olha-me com espanto. Como se eu tivesse três cabeças ao invés de uma.
— Sim, acabei de sair da sala dele. Ele foi asqueroso como sempre, mas deu-me uma chance.
- Mas você só entrou e falou com ele?
- Sim. Eu bati na porta antes, é claro.
- Mas, ele deixou você entrar? Ele ouviu você?
- Sr. Humberto onde o senhor que chegar com essas perguntas? A propósito o que eu tenho haver com o Galego, porque ele me perguntou e tenho mais perguntas do que respostas.
- Deixa quieto filha. Se ele já reconsiderou, vamos deixar quieto.
— Certo.
Sr. Humberto lavanta-se e sai da cozinha, mas como uma expressão de dúvidas. Não entendi nada. Mas sigo o conselho de não tocar mais no assunto.
Vejo-o virar a cabeça para a minha direção.
- O patrão só perguntou sobre o Galego?
- Sim. Mas o que tem ele?
- Nada minha filha. Mas com o Sr. Agenor pode ser que tenha mais coisa.
Deu um riso de canto de boca e saiu.
Povo louco. Vou trabalhar e ficar invisível, não quero saber de gente problemática. Detesto pensar em ter que sair daqui, mas estou a achar que não escolha.
Cuido em finalizar um assado e preparo a mesa posta. Nem combinei o horário de servir o almoço, mas estou sem coragem de ir chama-lo no escritório.
Lembro que a laranjeira pertinho da casa está carregada de frutos. Pego uma cesta para colher umas laranjas e preparar um suco. Quando retorno na cozinha, observo que tem alguém sentado na mesa principal. Olho de relance e vejo o digníssimo sentado e olhando fixamente para o prato.
Reuno as minhas forças e vou ao seu encontro.
- Senhor. Posso servir o almoço?
Percebo que ele sai do transe e olha-me com um olhar distante. Mas quando me reconhece, muda o olhar para raiva.
Será que ele não esquece a cena e não consegue perdoar ninguém.
— A não ser você queira me matar de fome?
Não respondo à ironia. Só pego a refeição e sirvo na mesa. Em poucos minutos faço o suco de laranja e deixo a jarra na mesa.
Acontece que isso começa a atingir-me de uma forma tão dolorida. sinto-me sufocada, um desejo de correr e não poder. Tenho fleches visuais do rosto do Dalton. Consigo até ouvir a voz dele. O que eu fiz para receber tanto ódio?
Porque sou tratada assim?
Choro, sinto as lágrimas que um dia eu jurei haverem sido secadas. O desespero se transforma em dor, depois a dor se transforma em vazio. E o mundo florido que eu vivi por poucos meses, acaba de ser destruído. A culpa é minha. Eu dei-me esperanças. Mas eu nunca tive isso.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Aninumus
O gente burra para escrever. O correto é não tenho escolha. Vê se aprende para uma próxima estória. Não sabe concordância verbal? Aprenda se quer ser autora!!!!!
2025-02-26
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Maria Aparecida Nascimento
Coitada da Mercedes as lembranças dos traumas dela
2025-01-27
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Dinanci Macorin Ferreira
Estou amando a cada parágrafo autora.
2024-09-26
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