Capítulo 12

Diego abriu a porta de sua casa muito rápido, assustando Nádia e suas filhas, que estavam na sala sentadas, enquanto brincavam com seu cão. Diego estranhou, aquele bicho não costumava ser carinhoso com ninguém e agora estava brincando com Alice como se fossem melhores amigos. As três o encararam assustadas. Nádia se levantou com a mais nova em seus braços e Diego se aproximou delas, mexendo em sua cintura, tentando esconder sua arma de fogo.

— Vocês precisam vir comigo agora.

— O que foi?— Perguntou ela.— Aconteceu alguma coisa?

Ele respirou fundo, não sabia ao certo, mas ultimamente só queria saber da proteção de Nádia, priorizava o seu bem e de suas filhas. Pensava ser por causa de a ver sofrer coisas piores que um dia a mãe dele passou.

— O morro vai ser atacado, preciso que se escondam.

Ele foi até uma porta que dava acesso a um quintal lateral na casa. Nádia se assustou ainda mais, apertando sua filha contra si. Diego logo apareceu novamente com uma coleira e um guia para seu cachorro, ele se abaixou, colocando em seu pescoço rapidamente. Não sabia quando o tal ataque iria acontecer, mas provavelmente aconteceria a qualquer momento. Os homens de Jack poderiam estar sentindo sua falta nesse momento.

— Onde iremos nos esconder?

— Eu tenho um lugar. É aqui mesmo, um quarto subterrâneo, fiz para situações como essa. Vão ficar lá com Kevin, só saia de lá se eu autorizar, entendeu, boneca? Não abra para ninguém, não faça muito barulho e principalmente, não saia.

— Tudo bem.

Ele se levantou e fez um sinal com a cabeça para que ela o seguisse. Nádia agarrou a mão de Alice, que já encarava a mãe, aflita.

— Mamãe, o que está acontecendo?

— Nada demais, meu amor.— Ela tentou sorrir.— Mas preciso que você venha comigo e faça silêncio até Diego voltar, ok?

— Ok.

A garotinha respondeu, com medo. Ela sabia que alguma coisa estava acontecendo, mas decidiu não questionar sua mãe, como em todas as vezes não o fazia. Eles saíram pela mesma porta onde dava acesso ao quintal lateral, foram até muito perto do muro ao redor da casa. Havia gramado em todo lugar, não parecia haver nada, mas assim que Diego se abaixou e puxou algo para cima, uma pequena portinha com acesso a uma escada dr madeira surgiu. Nádia sentiu seu coração gelar. Será verdade mesmo que estariam sendo atacados ou Diego iria trancar ela naquele lugar para depois a entregar para Alessandro? Não! Ele a mataria! Deu um passo para trás, arrependida.

— O que foi?— Ele perguntou.

— E-eu não vou entrar.

Diego entendeu na mesma hora.

— Não é hora para desconfianças, Nádia. Quero te proteger, apenas, não quero te fazer mal. Por favor, me obedeça.

— Por que você tem um esconderijo subterrâneo aqui? E por que eu tenho que entrar?

— Eu já te disse o porquê, agora entra.

— Não.

— Droga, mulher!— Ele se levantou, furioso, mas tentou se conter, pois qualquer passo em falso poderia fazer ela desconfiar ainda mais.— Será que você não entende a situação de perigo em que estamos?— Decidiu revelar toda a verdade.— Eu sequestrei um policial da pior organização policial do país e agora estamos sob ataque e eu não quero que nem você e nem suas filhas morram baleadas por aí! Então se você puder colaborar para a sua própria segurança,  eu agradeceria.

— Você não vai me entregar para Alessandro?— Os olhos dela se encheram de água na mesma hora.— Não está me enganando para me trancar aí e só soltar quando aquele homem aparecer para me matar?

— Não, Boneca.

Ela respirou fundo. Pensou por poucos segundos se confiaria mesmo nele ou não, mas se estivesse dizendo a verdade e ela não o obedecesse, estaria colocando sua vida e a de suas filhas em risco. Decidiu obedecer. Ela balançou a cabeça positivamente em concordância, rendendo-se a palavra de Diego. O homem pode respirar aliviado, iria conseguir a proteger e isso era o primeiro passo para conquistar sua confiança, no entanto, antes mesmo que Diego pudesse se abaixar para reabrir a pequena porta para o esconderijo, um tiro pode ser ouvido. Um estalar alto e seco. Nádia se assustou e as crianças também, mas Diego estava acostumado. Ele apenas olhou na direção, sabendo que já estavam no pé do morro, atacando.

— O que foi isso?

— Um tiro. — Voltou a encarar a mulher.— Acabou o tempo.

Dito isso, ele abriu a porta e ajudou a descer primeiro o cachorro, depois Alice e então, pegou Melissa em seu colo para que Nádia pudesse descer. Já dentro, ele colocou a menina sentadinha no sofá que havia por ali. Era jm espaço grande, com televisão, cama, sofás, comida e até mesmo um banheiro. Ela olhou rapidamente, mas logo sua atenção voltou para Diego, prestes a subir as escadas. Sentiu um medo dominar rodo o seu corpo. Ele a deixaria ali, sozinha?

— Aonde vai?

— Preciso defender meu morro.

— Mas eu pensei que ficaria aqui com a gente.

Diego sorriu leve e involuntariamente. Encarou seus olhos, sentindo algo estranho dentro de si, o mesmo acontecia com Nádia. Era desconhecido para ambos tal sensação. 

— Não posso, mas eu prometo voltar, boneca.

Eles se encararam por míseros dois segundos, mas para ambos foi como uma eternidade da qual não queriam sair. Diego então subiu as escadas e se foi, deixando as três escondidas e protegidas. Era hora da batalha.

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Comments

Leneborges_

Leneborges_

❤❤❤❤❤❤❤

2024-11-22

0

Nicce Vieira

Nicce Vieira

ele é um fofo

2024-08-16

2

Sandra Oliveira

Sandra Oliveira

autora cadê as fotos dos personagens coloca ai por favor fica sem graça

2024-08-02

1

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