Kiara
Rômulo. Como ele se diz chamar. Logo estar ao meu lado. Segura na minha mão retirando a faca que está nela. Se vira na direção do alvo, e vejo Vitor sorri de lado e sair da frente.
E se não dava pra ficar impressionada com Vitor acertando a faca colada com a minha. O infeliz também não acerta?! E assim fica a minha faca no meio das facas dos dois.
— Es incrível meu amor! O que nos deixa a curiosidade de onde aprendeu essas coisas.
— Já ouviu dizer que a curiosidade matou o gato?
O infeliz apenas ri, se aproxima pegando na minha mão, e a leva na direção da boca e a beija. Reviro os olhos com a cena.
— Vejo que já conheceu o seu guarda-costas!
— Meu guarda, o quê?
— Guarda-costas meu amor! Me disse que não curte ficar presa. Então providenciei um guarda-costas pra você!
Puxo minha mão da dele com força. E o encaro séria. Esse cara tá brincando comigo né?! Só pode.
— Ta pensando que sou uma criança que precisa de babá?
Não sei qual a graça que falei. Mas os dois infelizes estão rindo como se eu tivesse contado uma piada.
— Às vezes parece uma!
Ai que vontade de socar esse cara.
— Meu amor! Sou um mafioso. E com o tempo vai intender o motivo pra ter um guarda-costas.
— Já disse que não sou tola. Sei bem que com o seu "poder" todo. Vem um porrado de inimigos que você fez por aí! E não me chama de meu amor!
— Onde você se escondeu todo esse tempo? É perfeita pra mim!
Reviro mais uma vez os olhos, e desgraçado parece se divertir com a minha cara.
— Don, não acha que devemos ver até que ponto ela sabe lutar?
É o tal guarda-costa que fala. Aff
— Tem razão, Vítor. Vou deixar a minha joia preciosa aos seus cuidados. Tenho que sair por um tempo e resolver algumas coisas. Volto mais tarde, e aí vamos dar um passeio juntos.
Ele fala última frase olhando pra mim, se aproxima e dá um beijo na minha testa. E me olha de um jeito estranho.
— Aproveita o treino!
— Ei!
O chamo assim que o vejo já perto do tatame. Ele se vira na minha direção.
— Quero ver meu amigo! Onde ele está?
— Vítor te leva até ele. E não se preocupe. Ele está bem!
— Preciso ir até a casa dele, e ver como a mulher dele está. Ela está grávida. E não pode passar raiva.
— Não acha que esta pedindo demais?
— Não, não acho! Como eu disse. Ela está grávida. E o estresse que ela está passando é culpa sua!
Ele parece pensar um pouco. Olha na direção do Vitor, e logo fala.
— Só sai daqui você com os meus homens. E não tente fazer algo na qual se arrependa depois!
Que raiva desse homem. Sua áurea ficou tão séria como da primeira vez que o vi. E senti aquele mesmo arrepio que sentir aquele dia. Mas o que posso fazer. Me sinto responsável pela Daniele. Afinal, Rodrigo está nessa situação por minha culpa.
Ele se vai me deixando sozinha com Vitor. Olho na sua direção, e o infeliz sorri.
— Você é corajosa. Gostei! Mas toma cuidado. Não sabemos até onde vai à paciência dele.
— Tanto faz pra mim. Agora pode tirar esse sorrisinho da cara. Eu não vou ter uma babá vigiando cada passo que dou. Agora vamos. Me leve até onde Rodrigo estar.
— Realmente o Don fez uma bela escolha. Você não se deixa intimidar.
Mas que tal me mostrar primeiro do que mais é capaz?
— Em outra hora, Vitor. Quero ver o meu amigo. E preciso pelo menos acalmar a Daniele!
Saímos do centro de treinamento. Nome dito por Vitor. E seguimos para o lugar onde Rodrigo estaria. Depois de muita caminhada. Percebi que aqui é realmente imenso.
O centro de treinamento é longe de tudo. E até entendo o motivo. Tiro ao alvo, lutas. Assim não perturba a paz de quem está próximo.
Já quase que próximo a enorme casa. Vejo Pedro conversando com um dos guardas. E por incrível que pareça, os dois parecem estar em uma troca de diálogo bem interessante. Me aproximo o chamando, ele me vê e abre um sorriso.
— Ta tudo bem meu filho?
— Ta sim mãe! Esse é o Diogo. Ele é bem legal. Já me mostrou um monte de lugar legal aqui.
— Há! Que bom! Olá Diogo. Prazer em conhecê-lo!
— Prazer é todo meu, senhora!
— A não! Sem essa de senhora! Me chame pelo nome. Kiara.
— Me desculpa senhora. Mas o Don não vai gostar se a chamarmos pelo nome.
— O Don não tem que achar nada! Eu escolho a forma como devo ser chamada. E te garanto que se você ousar me chamar de senhora mais uma vez. Não me importo se vamos está na frente do seu Don ou não. Te darei uma lição pra aprender a não me chamar de senhora. Eu não sou uma velha pra ser chamada assim.
Falo mesmo. Não sou baú pra ter que guardar as coisas. Sai dessa que vou deixar eles me chamar de senhora. Aff.
Saio na frente após afagar os cabelos do meu filho. E depois de alguns segundos Vitor me alcança.
****
Segundo após Kiara sai de perto do filho.
— Ela é sempre assim?
- Diogo pergunta olhando direto para Pedro.-
— Sim! Ela é sempre assim. E olha. É melhor fazer o que ela manda. Pois é bem capaz dela cumprir a promessa.
- Pedro fala com um sorriso orgulhoso olhando pra mãe-
— É pelo jeito o Don encontrou uma mulher que bota tanto medo no povo quanto ele.
- Comenta Vitor humorado olhando os dois ao lado. Logo corre de encontro com Kiara.
Kiara
Depois de mais uma boa caminhada. Finalmente chegamos no hospital particular aqui da casa. E o incrível é que aqui tem de tudo. A começar pelas enfermeiras, que no que contei são umas três. E pelo que Vitor contou. São dois médicos. Assim eles revezam o descanso um do outro.
Impressionante. Pelo menos ele pensou nisso.
Vejo duas enfermeiras sorri pra mim. E claro que sorrio de volta. Mas uma delas me olha com uma expressão enojada. Será que preciso pensar muito pra dizer que essa é uma iludida que gosta do patrão?
Naaaao. Não preciso!
Não demorou para chegar até onde Rodrigo estava. Num quarto onde só havia apenas ele. No braço o cateter, interligado com uma máquina que sei perfeitamente o que é.
Já vi muitas dela no pronto-socorro. Uma máquina que indica se o soro acabou ou não. A aparecia de Rodrigo está melhor. Agora num tom corado. Totalmente diferente de quando o vi horas atrás.
Me aproximo dele. E ele sorri parecendo aliviado por me vê.
— Oi! Como está?
— Vou sobreviver! Kiara, tô preocupado com a Daniele. Sabe como ela está?
— Antes de vir pra esse lugar. Fui na sua casa primeiro. Eu não vou mentir. Sabe que odeio isso... Mas ela estava desesperada.
Ele me olha com tristeza. E me sinto culpada. Se não tivesse pegado a moto dele, nem ele, nem mamãe e Pedro. E muito menos a Daniele estaria passando por nada disso. Mas como sou impulsiva. Agi antes de pensar.
— Ei! O que tanto pensa?
— Nada!
— Kiara. Te conheço. Esse seu nada, saiu muito arrastado.
Sorrio melancólica, ele se senta na cama e cutuca o meu nariz.
— Ei! Fala o que ta pensando!
— Desculpa colocar você e a Daniele nessa furada.
— Que parar? Sei que nada disso foi sua culpa. Sei que jamais faria algo assim de propósito.
Mas sério... Tinha mesmo que chamar a Atenção de um mafioso?
Rodrigo fala num tom zombeteiro, me fazendo ri junto dele.
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Atualizado até capítulo 95
Comments
Claudia Ribeiro
cara gamou a morena de primeiro
2024-11-15
4
Edna César
😅😅🤣😅
2024-11-07
2
S Ramos
kkkkkkkkkkk ainda bem que vc é observadora, também, na prisão não dá prá relaxar. Aprende-se fácil, fácil.
2024-11-05
3