Kiara
Sei que Rodrigo não gostou muito da ideia. Mas em quem vou confiar para estar ao meu lado, sem ser ele.
Mas vou conversar direito com ele depois. E vou aceitar se ele não quiser ficar aqui comigo.
Olho na direção do descarado, filho de uma mãe. Ele me olha com cara de reprovação. O que agora esse cara quer em?
— Leva o rapaz para a enfermaria!
Ele fala para o homem que está ao nosso lado.
— Não precisa. Eu mesmo o levo. Não queremos que ele apareça com uma perna quebrada depois. Não é?
Falo desafiadora. Se ele pensa que confio nele, ele está muito enganado.
— Sou um homem de palavra, minha gata-brava. Prometi que não faria mais nada com eles. A menos que não cumpra com a sua palavra.
— Minhas promessas são leis para mim. Se disse que vou fazer. Eu farei.
— Então, se somos dois cumpridores de palavras. Não tem do que temer!
O encaro ainda sem acreditar totalmente nele. Mas por hora vou me permitir confiar. Até porque, como eu disse. Minhas promessas são leis.
E nesse momento tem uma promessa que não quero esperar pra cumprir.
Concordo com ele, e o homem que está ao nosso lado. Se aproxima de mim e de Rodrigo.
— Se ele aparecer com mais algum arranhado se quer. Prometo que o arranhado que farei em você. Será duas vezes pior.
Falo encarando o homem a minha frente. Ele me olha com espanto, e volta o olhar para o lado de Rômulo, que apenas rir da situação.
— Sim Senhora. Prometo que vou tomar cuidado.
Ele ajeita Rodrigo nos ombros. Olho pra Rodrigo sorrindo. E ele me devolve um sorriso fraco.
Vejo eles seguindo caminho além da casa. Imagino que seja o tal lugar que cuida dos feridos.
Munique me contou que a maioria das máfias. Tem o seu próprio hospital particular em casa. Assim não precisam dar explicações caso a feridos.
Enfio as minhas mãos no bolso da jaqueta. Olho na direção do homem que será o meu futuro marido. E desvio a minha atenção para o Mateus, que se aproxima cada vez mais do maldito.
Começo a caminhar despreocupada na direção dos dois. Tendo as mãos no bolso da jaqueta.
— Onde está o meu filho, e a minha mãe? Quero ver os dois... Só espero não me surpreender, e encontra os dois no mesmo estado que Rodrigo!
— E não vai. Os dois estão bem. Vamos, vou te levar até eles.
Ele fala estendendo o braço pra mim o pegar. Arqueio uma de minhas sobrancelhas, o olhando descrente.
— Vamos nos casar, minha gata-brava. Vai ter que se acostumar com isso.
— Com a ideia de nos casarmos. Posso até tentar me acostumar. Já que não tenho escolha. Mas nunca vou me acostumar com a ideia de aproximação! Isso eu jamais vou permitir.
O encaro de cabeça erguida, sem desviar uma vez se quer o meu olhar do dele. Ele vem na minha direção com aquele olhar de dar medo. Mas não recuo.
Permaneço no mesmo lugar, com as mãos ainda no bolso da jaqueta.
Ele se aproxima de mim. O cheiro do seu perfume amadeirado invade as minhas narinas. Ele está muito próximo, com o seu rosto perto do meu. E sussurra próximo do meu ouvido.
— Acho que esqueceu de um detalhe, minha querida! Como você mesma disse que entende das leis da máfia.
Sendo esposa de um Don. Tem que cumprir os deveres de uma esposa.
Me senti estremecida com as suas falas em meu ouvido. Mas tento ao máximo me controlar.
Se ele pensa que vou facilitar as coisas pra ele. Ele está muito enganado. Eu levo muito a sério aquele ditado.
Olho por olho. E dente por dente.
Não foi ele que não facilitou as coisas pra mim? Que me deixou sem saída, e me vi obrigada a aceitar esse casamento?
Então. Vou fazer da vida dele, um verdadeiro inferno.
Ele se afasta me encarando com um sorriso ladino. Permaneço o encarando com uma expressão nada amigável.
Mateus se aproxima de nós. E era tudo que eu desejava.
Ele me olha com aquela cara de covarde que ele tem. Que tanto me enoja.
— Quero ser o primeiro a cumprimentar o casal. Se importa Don?
— Vai de vagar Mateus. Não quero ter que lidar com você mais tarde. Não é?
— Não precisa ter ciúmes, Don. Kiara é toda sua. Mas ainda, sim, não quero perder a oportunidade de ser o primeiro a cumprimentar.
— Não tenho isso de ciúmes!
Ele fala dando de ombros, e Mateus estica a mão na minha direção. Esperando que eu o ofereça a minha.
É um idiota mesmo! Ele não faz ideia da minha capacidade. Ou então esqueceu.
O encaro sem preocupação alguma. Retiro a minha mão direita do bolso, e estico na sua direção.
Ele a pega, e a leva na direção da sua boca nojenta. Dá um beijo no dorso da minha mão.
Olho pro Don, que está apertando forte as mãos. É impressão minha ou isso o incomoda.
Interessante!
Mas. Promessa é dívida.
Quando Mateus menos espera. Aperto a sua mão, e o puxo com tudo na minha direção.
Acerto nele uma joelhada na boca do estômago, e antes dele cair de joelho no chão. O seguro, e falo no seu ouvido.
— Esse é o meu agradecimento por me apresentar ao seu querido, Don. E por tudo mais que fez.
Falo o soltando, e o deixando cair de joelho no chão. Olho pro Don, que não parece surpreso com a minha atitude.
Olho na direção do Senhor acima de nós, no que parece ser uma varanda. E só vejo dentes dele direcionado pra mim.
Saio dali andando despreocupada, seguindo pra dentro da mansão. Alguém ali vai ter que me levar até a minha mãe, e meu filho.
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Atualizado até capítulo 95
Comments
Lucia Sousa
Já estou ansiosa pelo hot dos dois kkkk🔥🔥🔥🔥
2025-01-12
2
Marinêz De Moura Pereira Cortes
A marra vai ser até ser " comida" por ele a primeira vez
2024-11-28
2
Claudia Ribeiro
ela não dá mole pra ninguém
2024-11-15
1