Kiara
Dei sim uma facada no infeliz. Esse cretino miserável pensa que pode brincar comigo?
Como ele ousa me roubar um beijo?
Ele dá a ordem para que tragam alguém. E sinto um grande aperto no peito. Será que ele está se referindo ao meu filho?
Percebo ele olhar pra cima da minha cabeça. E desde o momento que o conheci até agora. Foi a primeira vez que vejo ele sorrindo.
E o desgra*çado tem um lindo sorriso.
Foco Kiara. Você está aqui pra arrebentar esse cara.
O seu olhar fica sério novamente, e logo vai pra trás de mim. Me viro, e antes de seguir os seus olhos. Olho na direção que ele sorriu. E constato um senhor mais velho, me encarando com um sorriso bem satisfeito por sinal.
Pela primeira vez na minha vida. Sinto uma confusão dentro de mim, constatando esse sorriso.
Seria apreço?
Volto o olhar pra onde o miserável tá olhando. E meus olhos se arregalam em vê eles trazendo Rodrigo com eles.
Ele parece estar detonado. Olho pro infeliz na minha frente, que agora está sorrindo debochado pra mim.
Avanço nele com fúria, levando comigo a faca. Tentando, de todas as maneiras, o acertar com ela.
Mas tudo o que consegui foi ser desarmada por ele.
Mas que mer*da. Quem é esse miserável, afinal, que conseguiu a façanha de me desarmar tão facilmente?
Vejo ele esticar a mão, e oferecer a faca a um dos muitos homens que estão aqui de plateia. Ele a pega, e volta para o seu lugar como se fosse um soldadinho de chumbo.
— Seu desgraçado! O que pensa que esta fazendo? O seu problema é comigo. Não com eles…
Que monstro você é, pra sequestrar uma senhora de idade, e uma criança? E ainda fazer isso com um futuro pai de família?
Você não passa de um cretino!
Cuspo toda a minha raiva nele. Minhas mãos estão doendo de tanto que as aperto por conta da raiva.
E o miserável apenas me encara com sorriso debochado.
— Fala de uma vez. O que pretende com tudo isso?
Não posso acreditar que está fazendo tudo isso, por conta de uma dívida na qual eu não tenho obrigação de pagar.
Ele me corta com uma risada estronda. Fico encarando sem entender.
Ele vem na minha direção. Me ponho em posição de ataque. Posso até não conseguir acertar ele. Mas isso não significa que vou abaixar a guarda.
— Acha mesmo que o problema é aquela divida insignificante na qual nem existe?
— Não? Então que mer*da você quer de mim afinal? Já sei! Essa patacoada toda, é porque não aceitei a sua proposta de ontem a noite!?
Sorrio em deboche.
— Não pense que pode me comprar. Não sou o tipo de mulher que se vende!
Falo convicta de mim. Ele sorri novamente. Que caralho de sorriso. Porque apenas não fica com a cara de marra. É menos prejudicial à minha sanidade.
— Vou te dá duas escolhas. E espero que faça a escolha certa.
— Fala logo o que você quer!
Ele sorri novamente. E consigo escutar, também, a risada estralada do velho no andar de cima. Já os homens ao redor, parece sérios nos encarando.
Olho na direção do portão, e vejo uma moto entrando no local. A pessoa desce da moto, e retira o capacete.
O miserável do Mateus. Foi ele que me colocou nessa mer*da toda. E ele vai me pagar caro, por meter a minha família nisso.
Ameaço ir até Mateus acertar o meu ajuste de conta com ele. Mas paro com a voz do infeliz atrás de mim.
— Primeira escolha. Eu mato esse miserável na sua frente.
Ele fala e vejo um dos homens colocar a arma na cabeça do Rodrigo. Meus olhos se arregalam mais do que desejo.
Vejo o olhar de súplica do Rodrigo pra mim.
— Mando a sua mãe trabalhar como empregada em uma das minhas casas bem longe daqui. E o seu precioso filho, eu vendo pra um dos meus muitos amigos. Ele vai trabalhar pra eles até cansar.
Minha fúria volta com tudo. Como ele pode ameaçar a minha família assim? Ameaço ir até ele com os punhos fechados.
Mas paro vendo o cara que está com a arma na cabeça do Rodrigo, engatilhando a arma.
— Qual a segunda escolha?
Falo com muito ódio. As palavras saem entre os meus dentes.
— Casa comigo, e se torne a minha dama da máfia!
Máfia? Casar? As coisas nunca fizeram tanto sentido como agora. Como um cara desse tem tantos homens ao seu dispor?
Fora esse lugar exagerado, e o cara exala poder. Mas nunca passou pela minha cabeça que ele poderia ser um mafioso.
Sim, já ouvi falar sobre mafiosos. Munique sempre me contava as coisas que aconteciam nesse mundo. E me contava a importância de uma mulher de mafioso.
Mas, por que eu? O que esse infeliz quer de mim?
Não sirvo pra isso. E nem quero servir.
— Ou podemos ter a terceira opção.
Falo convicta.
— E qual seria?
— Acabo com você?
O encaro com fúria. Ele se aproxima mais de mim. Eu não recuo.
— Acaba comigo?
— Sem pestanejar!
Falo pausadamente com convicção.
— E correria o risco de sua família e amigo sofrer as consequências? Afinal, você pode até conseguir me matar.
Mas acha que vai dá tempo de salvar o seu amigo, que está na mira do revólver do meu encarregado ali?
Ou do seu filho e da sua mãe que estão sobe o meu poder?
Não daria outra. Você me mataria. Mas perderia os três. E no final, seria levada pelos meus homens até um dos muitos bordéis.
E pode acreditar. A sua vida lá dentro não seria nada fácil!
Estou te oferecendo a vida de uma rainha! A minha rainha.
É pegar ou largar!
Aperto mais as minhas mãos. Sinto que as minhas unhas perfuram a carne das minhas mãos. Mas a raiva é maior que a dor que estou sentindo.
Olho na direção de Rodrigo. Vendo a arma ainda apontada na cabeça dele. E pela primeira vez há anos. Me sinto derrotada.
— O que vai fazer com a minha família, se eu aceitar?
— Viverão aqui com a gente. E sua mãe vai ser tratada como tem que ser.
Como a mãe da minha rainha.
Debocho de suas palavras. Não há escolha não é? Mas posso ter as minhas regras.
— Eu concordo com você!
Ele sorri.
— Se concordar com as minhas regras!
— Ato de consumação de casamento, não pode ser revogada na máfia. É regra!
— Não sou idiota! Conheço bem algumas de suas regras.
— Conhece?... Como?
— Não vem ao caso! Quero Rodrigo e a sua mulher aqui comigo! Ele será o meu braço direito em tudo o que eu fizer.
E segundo. Não vou ser uma prisioneira aqui. Não me dou bem em prisões domiciliares. Outra coisa. Não pode usar nenhum deles pra mim ameaçar de novo.
Aqui eles serão livres!
Ele sorri de novo. Por que ele está rindo com o que disse?
— Feito!
Ele fala, e olha na direção do homem que está com a arma na cabeça de Rodrigo. Me apresso e vou até ele que parece estar fraco. E o seguro.
— Você está bem?
— Estou!
Ele me responde com uma voz fraca. Noto os seus lábios pálidos. O que será que esse miserável fez com ele?
— Que ideia é essa de me colocar ao seu lado? E ainda trazer a Daniele pra cá?
— Tá maluco que eu ia deixar vocês por aí, sem ter salva guarda de que ele não irá fazer nada com vocês?
Fora que. Como vou me vingar dele, sem a sua ajuda?
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Atualizado até capítulo 95
Comments
Lucia Helena
Mulher forte aonde. o cara chega perto ela molece ela tem que da a surra nele ela vai fica preza de novo brincadeira ne
2025-03-18
0
Joyce Santos
Rômulo jeito errado de começar uma relação, agora quero vê como ela pretende acabar com ele
2024-12-19
2
mandinha
Sério pra quê isso ? 😒🤬
2024-12-01
1