Rômulo
Após colocar Mateus em seu devido lugar. Vejo ele sair da sala com o rabo entre as pernas.
Interesse na morena? Ele não é nem louco. Aquele sem noção não leva ninguém a sério. E não vou deixar ela cair nas graças dele.
Dei uma ordem para que Mateus. Além de descobrir tudo sobre a moça. Fosse até ela, e anunciasse que todo o prejuízo causado por ela. Terá que ser pago pela mesma.
Não faço isso com ninguém, se for provado a inocência da pessoa. E no caso dela, tava na cara que ela agiu em legítima defesa.
Mas como vou fazer ela ficar na palma da minha mão, e não fizer algo assim?
Só quero ver a cara da morena, quando descobrir que terá que bancar o prejuízo toda sozinha.
Mas pra minha surpresa. Mateus me disse que ela não fez nenhum escândalo quanto a ter que arcar com a conta. Que não é nada barato.
Como dito por ele. Ela só disse que não era justo ter que pagar. Mas logo voltou ao trabalho, e depois voltou pra casa.
Mandei um de meus homens a seguir até em casa, para mais segurança.
Mesmo vendo o que ela sabe fazer. Nunca se sabe o que um merdinha como aquele, daquela ganguizinha. Pode querer aprontar com ela.
E como suspeitava. Aquele merda mandou alguns homens atrás dela.
Mas fiz questão de mandar dois dos meus melhores homens, mandar os homens dele de volta. Com uma boa mensagem, para eles saberem com quem estão lidando.
Segui pra casa, deixando Mateus sobreaviso. Até amanhã, quero saber tudo sobre ela.
No outro dia, segui como sempre. Só que diferente dos outros dias. Faço caminho para a minha empresa de fachada. Ali faço algumas avaliações do desempenho do decorrer da semana.
E após averiguar tudo. Sigo para o quartel da máfia, para resolver mais alguns problemas.
Volto pra casa na hora do almoço. E almoço junto do meu pai. E lá vem ele com o assunto de sempre.
— Rômulo, meu filho. Você precisa arrumar logo uma esposa. O conselho está cobrando que o Don da máfia ainda não se casou para arrumar herdeiro.
— Não tenha pressa com isso, papai.
— Não tenha pressa? Filho você tem que se casar. Sabe que é a regra. Agora se não encontrou ninguém que queira.
Posso providenciar uma das filhas dos nossos aliados.
— Papai nem tente. Não vou me casar com nenhuma delas.
— Qual o problema em ser uma delas? São meninas boas, e…
— Não! E espero que o senhor entenda a minha decisão. E não faça nada pelas minhas costas.
Falo irritado, e me levanto do lugar. Suspiro fundo tentando me acalmar. Uma tentativa falha. Mas ainda, sim, tento conversar com ele com calma.
— Tem alguém que possivelmente entre nos meus padrões de interesse.
Falo, e o velho abre um largo sorriso.
— Eu a conheço?
Rum. Nem eu a conheço. Mas quero entender porque ela chamou tanto a minha atenção assim.
— Vai conhecer em breve. Tenho que resolver algumas coisas, nos vemos mais tarde.
Falo já seguindo para a saída da casa. Entro no carro e ligo direto pro Mateus. Atrás de mim vem mais três carros de escolta com os meus homens.
Nunca se sabe quando cairmos em uma emboscada.
Chego na boate, e entro pela passagem dos fundos. A essa hora a boate não está em funcionamento.
Vou direto pra minha sala, onde encontro um Mateus carrancudo.
— Espero que essa cara não seja por não ter conseguido o que pedi.
— Ta esquecendo quem eu sou? Claro que consegui. Tá aqui.
Ele fala me entregando uma pasta. Abro, e vejo de cara uma foto dela. Abaixo, outra com ela sendo abraçada por um homem, e com uma barriga enorme de grávida.
Olho pro Mateus que me olha dando de ombros.
— Quem é esse infeliz?
— Termine de ler primeiro.
Volto a minha atenção pros papéis. E vejo outra foto. E nessa, ela com uma senhora e um garoto, saindo de uma casa.
Essa foto parece recente. Noto não ter mais nenhuma foto. Então começo a ler as papeladas.
Ela é nascida aqui mesmo na Inglaterra. E tem um filho de 12 anos. O que explica o garoto na outra foto com ela.
A mãe é brasileira, e veio pra cá quando fez 21 anos.
Pego outro papel, e nele indica que ela é uma ex detenta. Cumpriu pena a pouco.
Ficou presa oito anos. Motivo. Matou o marido.
Olho pra Mateus nesse momento que está me olhando com os braços cruzados.
— Não sei qual interesse você tem nessa mulher. Mas logo já se vê que ela não é alguém com quem você possa lidar.
— Pelo contrário, meu amigo. Ela é perfeita!
Mais tarde, chego na boate mais cedo do que de costume. Fico no terceiro andar, olhando tudo ali na boate.
Não demora vejo ela chegar, e fica dando papo pra quele mesmo segurança de ontem.
Eu juro que quebro a mão dele se tocar nela. Escuto Mateus que está ao meu lado falar.
Mas não desvio os meus olhos da morena.
— Não precisa ficar grilado. Ele é casado. Eles são amigos. Ela é amiga tanto dele, quando dá esposa dele.
Sinto um alívio com o que escuto. Mas ainda sinto uma raiva por ver ela sorri pra ele.
Seguimos pra sala, e fico aqui esperando ela aparecer.
Escutamos batidas na porta, e é Mateus que vai até lá atender. Mandei ele nos deixar a sós.
Quero testar ela até o limite. Ver se ela tem mesmo calibre pra ser esposa de mafioso.
Sim. Agora sei que ela não pertence a nenhuma máfia. O que não deixa explicado ela saber lutar. E mais. Com o estilo de luta, onde só se tem esse ensinamento de luta na máfia.
Estou de costas pra porta, intencionalmente. Escuto Mateus chamar por mim. Me viro assim que escuto a porta se fechar.
Ela está vestida em vestis normais. Os seus olhos estão arregalados, me encarando assustadas.
Ela aqui tão perto. É ainda mais bonita.
Mantenho o meu olhar frio pra ela, e começo a caminhar na sua direção. Ela se mantém parada me encarando sem dizer nada.
— Então você é a kiara!? É. Mateus se superou dessa vez. Você é uma mercadoria bem valiosa.
— Espera! O que disse? Está me chamando de mercadoria?
Olha aqui, não faço ideia de quem você seja! Mas se me chamar de mercadoria mais uma vez. Eu juro que acabo com você!
Gostei. Ela está tão furiosa e agressiva. E fica tão linda estando assim.
Mas ainda não é o suficiente. Quero provocar ela mais.
Vejo ela indo na direção da porta. Pronta pra sair daqui. Apresso os meus passos até ela.
Me ponho atrás dela, e seguro a porta com força. Ela se vira, e me encara com uma expressão de raiva.
— Solta essa porta. E me deixa sair daqui agora.
— Ainda não. Tenho uma proposta pra você.
— Olha aqui! Não estou nem aí pra proposta alguma, que você tenha pra mim. A única coisa que quero, é que me deixe passar.
Ela fica ainda mais nervosa. Me afasto, mas não deixo ela sair da sala.
— Só escuta a minha proposta primeiro. Depois te deixo ir, caso não aceite.
— E espera que acredite mesmo no que me diz?
— Você é muito desconfiada. Não acha?
Falo, e aponto a direção da poltrona mais próxima. Ela me encara com relutância.
Mas logo sede ao meu convite. Se senta cruzando as pernas e os braços. Como uma garotinha birrenta.
— Fala logo que proposta é essa. Não tenho a noite toda. Ainda preciso trabalhar.
— Tudo bem! Quero uma noite com você. E pago bem.
Falo autoritário, e ela me encara. Se põe de pé e cruza os braços novamente.
— Não faço ideia do que Mateus falou pra você que faço aqui. Mas aqui sou apenas a garçonete. E nada mais.
Ela fala se virando pronta pra sair da sala. E para no meio do caminho com o que digo.
— Te dou 20 mil por uma noite!
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Atualizado até capítulo 95
Comments
Ebila Ferreira
tá brincando com o perigo mafioso
2025-01-22
0
🌟OüTıß🌟
Fé nas maluca✋
2025-01-16
0
Carolaine Teixeira
mafioso tu quer ser o centro da piada por seus capangas 🤣🤣🤣🤣
2025-01-13
1