Rômulo
Não disse essas coisas da boca pra fora. Eu realmente quero proteger eles.
Mas, será que eles me darão a oportunidade de mostrar que não estou mentindo?
Pedro não mostrou muito acreditar, mas minhas palavras. Mas é o que meu pai diz sempre. Temos que mostrar as coisas em ação. E não em palavras.
Liberei o meu soldado que estava de vigia na porta do quarto. E guiei Kiara até o meu consultório. Em todo o trajeto até o consultório. Ela não disse uma palavra se quer.
Mas foi só entrar na minha sala, e a acomodar em uma das poltronas. Que a língua afiada dela veio com tudo.
— Até quando pretende dar de bom moço? Acha certo mentir pra uma criança?
— Eu não estou agindo como um bom moço kiara. Até porque não sou.
— Agora você disse uma verdade.
— Mas estamos a ponto de virar família. E aprendi que família, nos protegemos até com a vida.
— Rum! Que babaca... Olha vamos parar com esse papinho furado tá! Você sequestrou a minha família. E não vamos esquecer do que fez com o Rodrigo.
Tudo por quê? Por uma Atração doentia por eu não ter aceitado me deitar com você!
Você é o pior dos homens. E ainda vem com papinho de promessas para uma criança. Meu filho, você pode até tentar enganar. Mas a mim não!
Então coloque logo sobre a mesa o que espera de mim!
— Você é uma mulher totalmente diferente das que conheço. É forte, e dedicada. E não abaixa a cabeça nem pra um mafioso como eu.
— Como você? Olha. Eu já ouvi muitas histórias sobre mafiosos. E acredite. Você não se encaixa no padrão.
— Fala do quê? Não ser rude? Não fazer as pessoas temer a mim?
Não se engane com a minha cara sorridente, Kiara. Pois sei ser muito mal quando quero!
Nossos olhos se encara por tempo suficiente. Mas claro que ela tinha que rebater.
— Pensou que isso iria me assustar?
— Imaginei que não! Vamos ao nosso assunto primordial Kiara. O nosso casamento!
— Cara não muda o disco não? Olha na real. Com todo o luxo que vi que tem nessa casa.
Acho que você pode arrumar a mulher que quiser. E não acho que se casar com uma mulher como eu, seria a sua melhor opção.
Tão afiada. E tão linda quando agi assim. Me levanto indo até ela. Ela quieta no lugar, sem mover um músculo. Apenas fica com o nariz arrebitado olhando para frente.
Chego atrás dela, retiro o seu cabelo para o lado, deixando amostra o seu pescoço. Fico impressionado de como essa mulher meche comigo. Nenhuma outra me fez sentir essas coisas loucas, como tenho sentido com ela.
Repouso minhas mãos sobre a poltrona, uma de cada lado dela. Me abaixo próximo ao pescoço dela, e fungo levemente sentindo o perfume suave de sua pele.
— Tem razão em uma coisa, Kiara. Posso ter aos meus pés a mulher que eu quiser. Mas tem um pequeno problema. Nenhuma delas é quem quero.
— Então procure um pouco mais. E te garanto que vai achar!
— Não preciso procurar mais. Eu já a encontrei.
Seguro em seu queixo, forçando ela a me olhar. Me aproximo rápido roubando um beijo de surpresa. Ela fica sem reação, e me aproveito disso.
Intensifico o beijo, introduzindo a minha língua na boca dela. Sentindo aquele sabor que está me deixando de p4u duro.
Ela acorda do transe, e morde a minha boca com força. Me solto dela, e a encaro sorrindo enquanto limpo o fio de sangue que escorre do canto da boca.
— Tão deliciosa!
— E você tão cretino.
Volto pro meu lugar satisfeito. E finalmente começo a explicar a ela as coisas que preciso.
— Como é? Casar daqui a duas semanas? Você tá louco?
— Por que esperar mais? Vamos nos casar de um jeito ou de outro.
Mais tarde o meu advogado trará os papeis do nosso casamento no civil. E na próxima semana faremos o casamento na cede da máfia.
— Eu não aceito!
Ela fala se levantando e batendo forte na mesa.
— Devo te lembrar o que está em jogo?
— Você é um desgra*çado.
Ela fala saído da sala com raiva. Bate a porta com força, que até um quadro que estava na parede vai parar no chão.
Kiara
Ódio mortal desse homem. Qual o problema comigo? Será que tenho dedo podre pra atrair homens que sempre vão querer mandar em mim?
Mas que dro*ga. Saio da sala dele com muito ódio. Vejo a grande porta de entrada da casa aberta. Saio e já na porta tem um homem parado como estátua.
O ignoro e saio andando pelo jardim. Em todo o lugar que vou tem um homem armado. Aff, como isso cansa.
Fico caminhando sem rumo e direção. Apenas me deixando levar por essa imensidão sem olhar pra trás. Não sei por quanto tempo andei. Mas me vejo de frente a uma enorme construção. Repletas de janelas escuras. A porta de vidro grande, também tem o mesmo espelhado escuro.
A curiosidade bate alto. Entro e fico maravilhada com que tem a minha frente. Um tatame enorme. Mais a frente, um canto com muitas aparelhagens de treinos para malhar.
No outro lado, um espetacular tiro ao alvo. E em outro canto a minha especialidade. Muitas facas, em cima de uma mesa, e na frente um enorme alvo.
Fora outras coisas que deixa esse lugar ainda mais incrível. Caminho olhando cada canto. E deparo na frente da mesa com facas.
Pego uma passando o dedo com cuidado por ela. E bem balanceada. O que facilita muito no momento de usar.
Me pego sorrindo olhando paro o alvo. Miro, e acerto o cento do alvo.
Me assusto ao escutar palmas vindas de atrás de mim. Me viro com uma faca na mão, e aponto para o infeliz.
Ele me olha não parecendo assustado. E levanta a mão em rendição. Reparo vemos seus olhos. É o cara da moto que não estava facilitando a minha perseguição, quando vinha atrás do meu filho. Ignorando totalmente uma faca mirada para ele. Ele caminha na minha direção.
Sua pele é morena assim como a minha. Os seus olhos castanhos claros, e o tamanho quase que tão alto como o desgraçado que me fez vir pra esse lugar. Diria que a diferença é pouca.
— Nossa! São poucos que me impressionam! Você tem talento. Onde aprendeu a manusear as facas assim?
— Por aí!
— Por aí não é a resposta que esperava.
— Então se contente com ela. Porque é a única resposta que vou te dá!
Ele sorri com o que digo. Vai até a mesa. A esse momento já abaixei a faca, mas não sou besta. Mantenho ela na minha mão. Pois qualquer coisa que ele tentar, eu acabo com ele.
Ele vai até a mesa, pega uma das facas, e acerta colado a minha faca no alvo.
Se eu fiquei impressionada? Claro que fiquei! Jamais presenciei isso na vida. Mas tentei o máximo esconder a minha surpresa.
Ele se vira na minha direção, se apoia na mesa colocando as mãos em cada lado apertando a beirada da mesa sutilmente.
— Sei que é a noiva do Don! Prazer. Sou Vítor ao seu dispor.
— Prazer! Kiara Alina! Vocês só o chamam de Don?
— Sim, ele é o nosso Don!
— Que tédio! Então vou ter que viver a vida chamando ele de Don?
— Não! Pode escolher em me chamar pelo meu nome. Rômulo Gustavo!
Olho na direção da voz do infeliz atrás de mim. Ele está encostado no tatame com as mãos sobre os bolsos da calça. Me encarando e sorrindo, com aquele sorriso que me irrita. Logo caminha na minha direção fazendo o meu sangue ferver.
Deus, como vou fazer pra viver uma vida ou lado desse homem? Sendo que a única coisa que sinto em o ver, é ódio.
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Atualizado até capítulo 95
Comments
Veronica Lima
amor e ódio anda lado a lado
2025-03-16
0
Adirleia Tavares
ódio não arrepia ninguém kkkkk
2025-02-18
1
Lucia Sousa
Pois é kkk
2025-01-12
1