Namorada De Aluguel
Raquel
Trabalho no grande e temido escritório da família Alencar, Fernando o patriarca foi quem o fundou, mas se aposentou há alguns anos e atualmente quem cuida de tudo são seus filhos.
São quatro no total, Alex o mais velho, Fabrício o segundo, Caio o terceiro, (esse é o meu chefe) e por último Beatriz a única que fugiu da profissão da família, essa se dedica a medicina.
Estou prestes a me formar em direito e por ser uma das primeiras em minha turma recebi essa indicação para trabalhar com Caio Alencar, é ótimo para o meu currículo, a parte ruim é que esse homem é muito difícil.
Caio Alencar parece uma fortaleza impenetrável e inabalável, nunca vi esse homem dá um sorriso, ele é mandão e tudo tem que ser no exato momento em que pede, aliás, ele não pede, ele manda.
Não venho de uma família rica, mas sempre vivemos bem, tendo todo o básico e até um pouco mais do que se necessita para viver.
Meu pai sempre fez questão de não deixar faltar nada e sempre fez de tudo pela nossa família.
Tudo ia muito bem até o dia que meu pai morreu, e minha mãe não conseguiu administrar bem as finanças, acabou fazendo muitos empréstimos para tentar manter nosso padrão de vida, mas isso foi infinitamente pior, pois só se endividou cada vez mais com os juros dos empréstimos.
Meu emprego tem nos salvado, mas só dá para nossas necessidades básicas, e a dívida com o banco só aumenta.
Minha mãe mora na casa que meu pai deixou para ela junto com as gêmeas Bella e Liz, minhas irmãs mais novas, já eu moro em um pequeno apartamento que também foi meu pai que deixou, ele sempre falava que conservava esse apartamento para mim, para quando eu começasse a trabalhar, para ter minha independência e privacidade.
Meu paizinho pensou em tudo, pena que ela não está mais aqui para ver que eu estou morando no lugarzinho que ele preparou para mim com tanto carinho.
Me arrumo para mais um dia de trabalho, tomo banho, lavo os cabelos e depois os seco, visto meu terninho preto, calço meus sapatos também pretos, faço uma maquiagem básica e vou rumo ao meu lindo e temido chefe.
O que esse homem tem de lindo tem de estressado.
Meu apartamento não fica muito longe do escritório, fica apenas à uns quinze minutos andando, já que não tenho carro e talvez demore um pouco para poder comprar um, vou andando mesmo, bom que já acordo de vez.
Após alguns minutos eu chego ao escritório. O prédio é muito grande e elegante, aqui tudo exala luxo e bom gosto.
— Bom dia Marcela. — Marcela é a recepcionista.
— Bom dia Raquel, seu chefe, hoje chegou cuspindo fogo.
— Ele já chegou? Por que tão cedo? — ela dá de ombros.
Saio correndo para pegar um café para ele na esperança de amenizar um pouco seu humor que deve estar pior do que nos outros dias.
Chego em frente a porta de seu escritório, respiro fundo e bato na porta, ele me manda entrar.
— Trouxe seu café senhor. –ele levanta uma xícara para mim, não sei onde enfiar a cara.
...Caio...
— Espera-se que uma assistente chegue antes do chefe e deixe tudo organizado. — ele diz sem me olhar.
— Desculpe Doutor Caio, mas eu cheguei na hora, o senhor que chegou cedo. — digo e sorrio na esperança de não soar desrespeitosa, ele apenas me olha com seu olhar indecifrável.
— Vamos passar a agenda.
— Sim senhor. — me inclino para pegar sua agenda e percebo que ele olha direto para minha bunda, sorrio internamente, então ele não é tão inabalável assim.
Repasso toda sua agenda do dia e aproveito para analisar alguns processos pendentes, para passar tudo para ele.
Minha mesa fica próxima a sala dele, assim ouço tudo que acontece lá dentro, e nesse exato momento ouço muitas coisas caindo e quebrando.
Tenho um pouco de medo, mas mesmo assim vou até sua sala ver o que aconteceu.
— O senhor precisa de ajuda? — entro sem bater, seu olhar me dá medo.
— Você, preciso de um favor seu. — ele diz apontando para mim e seu olhar está diferente.
— Sim senhor, pode dizer.
— Preciso que me acompanhe em um casamento!
— Como? — olho para ele incrédula.
— Isso mesmo que você ouviu.
— O senhor está bem? — ele bate na mesa me assustando, e eu dou um passo para trás.
— Desculpe, estou precisando que me acompanhe, eu te pago 20 mil reais. — olho para ele com surpresa.
— Senhor, eu não tenho certeza, posso pensar?
— Tem até amanhã, caso não me dê uma resposta será outra, pode sair, e peça alguém para vir limpar aqui.
— Sim senhor.
Saio de sua sala muito nervosa, não entendo porque ele fez essa proposta logo para mim, esse homem é mais louco do que pensava.
Meu celular vibra e vejo uma mensagem de minha mãe.
*mensagem on*
"Filha vou ter que vender a casa para pagar as dívidas".
Isso me quebra, queria poder ajudá-la de alguma forma, não queria que ela vendesse a casa, pois cresci nela e há muitas lembranças de meu pai.
Sei que parece absurda a proposta do meu chefe, mas esses 20 mil daria para pagar uma parte da dívida e o restante poderia ver quando de fato me formar e conseguir trabalhar em tempo integral.
Espero que seja somente lhe acompanhar, e ele não tente nada comigo. Se bem que ele é uma tentação, lindo, um moreno de olhos verdes, musculoso, cabelos lisos e bem escuros, ele é um homem muito bonito, mas jamais aceitaria dinheiro para ficar com alguém.
Já não acho certo aceitar dinheiro para ser acompanhante, mas estou realmente precisando, e espero que seja só dessa vez.
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Gerlaine Souza de Jesus
começando a ler em 28/10/2024,
Então essa é a versão da Raquel?
2024-10-29
3
Laura Boloko
agora não tem como volta e aceita
2024-11-12
1
Laura Boloko
12de11de2024
2024-11-12
1