Capítulo 9

Acordo com o sol forte batendo no meu rosto, não percebi, mas dormimos com a janela aberta. Caio ainda dorme ao meu lado, olho a hora no celular, 10:45.

Levanto sem fazer barulho e vou tomar banho e escovar meus dentes.

Visto um vestido soltinho no corpo, na cor preta e calço uma sandália sem salto.

Desço as escadas e não há mais ninguém na casa, acho que dados aos acontecimentos todos resolveram antecipar a volta. Com certeza não quiseram nos acordar para se despedir.

— Bom dia. –Cíntia fala ao me ver.

— Bom dia, todos já foram embora?

— Sim, dona Marisol deixou isso para você. –ela puxa um papel do bolso e me entrega.

— Obrigada. Vou preparar uma bandeja de café da manhã pro Caio e pra mim.

— Pode deixar que eu faço isso, daqui a pouco eu levo.

— Obrigada.

Subo as escadas, lendo o bilhetinho que a mãe de Caio deixou para mim.

"Querida não quis te acordar para me despedir, Fernando quis voltar para casa.

Te espero em duas semanas.

Ps. Não desista de Caio, tenha um pouco de Fé nele, ele é um bom homem."

Sinto uma pontada de culpa por estar mentindo para uma pessoa de tão bom coração como ela.

Infelizmente minha ida à sua casa não irá acontecer, provavelmente Caio dirá que terminamos ou inventará uma desculpa qualquer.

Caio ainda dorme, olho para esse moreno e sinto uma coisa diferente, meu coração palpita no peito, acho que realmente é amor o que estou sentindo.

Sou uma tremenda de uma burra, nunca deveria ter deixado isso acontecer. Isso vai acabar estragando tudo, e quem vai sair perdendo sou eu.

Batem na porta, deve ser Cíntia com o café da manhã.

— Obrigada. –digo pegando a bandeja.

Caio já está acordado quando coloco a bandeja na mesa de cabeceira. Ele fecha os olhos por causa da claridade.

— Minha cabeça, parece que vai explodir.

— Você bebeu demais.

Ele fica em silêncio e se vira na cama, vejo seu corpo musculoso, está uma tentação só de cueca boxer branca.

— Como cheguei aqui? E quem tirou minha roupa?

— Eu fiz as duas coisas, te trouxe e tirei sua roupa.

— Você abusou de mim? –ele pergunta e sorri.

— Claro que não.

— Que pena, bem que você poderia ter se aproveitado um pouco de mim.

— Não sou esse tipo de pessoa. –ele sorri.

— Todos já tomaram café?

— Já, e já foram embora.

— Que horas são?

— 11:30.

— Você quer voltar hoje ainda? Minha cabeça está doendo muito, vai ser ruim passar uma hora dirigindo.

— Você falou ontem que ia me deixar dirigir.

— Foi o álcool, não vou te deixar dirigir meu carro, tenho amor a ele e a minha vida.

— Eu sei dirigir, e muito bem por sinal.

— Eu dirijo, me dê só mais algumas horas pra essa dor passar.

— Você falou que tinha palavra, como vou acreditar em você agora?

— Eu estava bêbado.

— Ok.

Digo e vou até minha bolsa pegar um remédio para dor de cabeça para ele.

— Tome, vai melhorar sua dor.

— Obrigado. –lhe entrego um copo de suco.

Coloco a bandeja em cima da cama, e nós começamos a comer.

Ele senta de frente para mim, e não consigo não olhar para o volume de seu membro nessa cueca branca.

— Vai ficar só olhando? Ou vai querer outra coisa?

— Olhar não faz mal.

— Não, mas isso me dá o direito de olhar para você também, mas você está vestida demais.

— E vou permanecer assim.

— Poderia ser mais leve e aproveitar que estamos sozinhos, temos a casa toda só para nós.

— Nem pensar, você me confessou ontem que é apaixonado por Bárbara e eu não vou ficar sendo usada por você, se quiser matar seu tesão procure outra.

— Esse é o problema, não quero com outra, quero com você.

— Isso é o que você diz, mas eu não acredito.

— Tudo bem Raquel, não vou mais insistir. Vou tomar banho e nós vamos embora.

— Ótimo.

Enquanto ele vai toma banho, aproveito e arrumo nossas malas.

Em dez minutos ele sai do banheiro com a toalha enrolada na cintura, logo a tira normalmente e seca seu corpo, veste uma cueca boxer preta e um conjunto de moletom também preto e calça o tênis.

— Vamos?

— Sim. –digo.

Ele pega nossas malas e nós descemos as escadas, nos despedimos de Cíntia e vamos para o carro.

Nos vamos dentro do carro no mais completo silêncio, nem uma música ele botou.

O trânsito está tranquilo e conseguimos fazer nosso percurso bem rápido e logo ele para em frente ao meu apartamento.

Desce do carro, abre a porta para mim, tira minha mala do porta malas e me olha profundamente.

— Quer ajuda com a mala?

— Não, obrigada, eu dou conta.

— Amanhã falaremos da dívida da sua mãe, e você assina seu novo contrato de trabalho.

— Sim senhor, obrigada.

— Obrigada você, por tudo, te vejo amanhã.

— Sim, até amanhã.

Ele não se move, continua ali parado olhando para mim, nossos olhos se encontram e ficamos nos encarando por um breve momento.

Viro de costas e entro em casa, olho para trás e ele continua lá parado, só uns segundos depois entra no carro e vai embora.

Entro em casa e jogo a mala para dentro do quarto e me jogo no sofá.

Fico pensando em tudo que aconteceu, e em como Caio conseguiu virar meu mundo de ponta a cabeça em apenas dois dias.

Não sei como vou conseguir encará-lo amanhã, sabendo que ele me viu sem roupa, me chupou eu o chupei, fico corada só de lembrar.

Acho que nossa relação não será mais a mesma.

O pior nisso tudo é que eu queria muito mais do que ele pode me dar.

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Comments

Valéria Alencar

Valéria Alencar

Triste foi ele confessar que ainda gosta da vaca. Que chifrudo!!!kkkk

2024-03-20

60

Vó Ném

Vó Ném

Caracas...que sensação horrível saber desse sentimento dele...poxa cara abre seus olhos!!

2024-05-08

1

Jussana Soares

Jussana Soares

homem não gosta de mulher certinha, eles gostam é de vagabundas, aposto que ele ainda vai comer ela kkkkk

2024-05-05

1

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