Capítulo 7

Acordo e estou com as pernas entrelaçadas em Caio e ele com a mão em minha cintura.

— Bom dia. –digo em seu ouvido.

— Bom dia. –ele desce a mão de minha cintura até a minha bunda e aperta.

— Você falou que não ia me tocar.

— Foi sem querer, parte do meu cérebro ainda está dormindo.

— Ok.

— Só uma parte está bem acordada. –ele sorri.

— Não seja pervertido!

Ele cheira meu pescoço e aperta minha bunda outra vez, isso me faz gemer.

— Você falou que não ia me tocar.

— Você não está me impedindo.

— Acho que não.

Em um instante ele está em cima de mim, seus olhos vão direto para meus seios que estão pulando para fora da camisola, ele aproveita e lambe o mamilo me fazendo gemer, minha intimidade dá sinal de que o quer novamente.

Ele afasta minha camisola deixando meu seio todo a mostra e o chupa com vontade, fecho os olhos e me delicio com a sensação que isso me causa.

De repente a porta se abre de uma vez e Beatriz entra com tudo. Cubro meu rosto de vergonha. Ela dá uma gargalhada e cobre os olhos.

— Desculpa.

— Oh empata foda bate na porta antes! –Caio bufa de raiva.

— Pensei que vocês estavam dormindo, o maquiador já está aqui.

— Isso tudo por causa de uma porcaria de maquiagem!

— Você tem tempo pra isso depois seu libertino, libere ela agora, se ela não descer em vinte minutos eu volto aqui.

— Vai embora daqui Beatriz.

— Ouviu não é Caio? Deixe isso para depois, precisamos nos arrumar. –ela diz e tranca a porta.

Caio levanta furioso e tranca a porta com a chave.

— Pirralha intrometida.

— Que vergonha.

— Você está vermelha. –ele sorri.

— Como vou olhar pra ela agora, isso é culpa sua!

— Deixe isso pra lá, vamos continuar o que estávamos fazendo.

— Não, você ouviu o que ela disse.

— Ela não vai voltar aqui, conheço essa intrometida.

— Vou tomar banho.

— Posso ir com você?

— Não, você não quer tomar banho.

— Lógico que quero, eu vou com você é nós economizamos tempo.

— Sei. –tiro a camisola e a calcinha na frente dele e vou para o banheiro.

Não sei o que se passa comigo, ontem estava decidida a não ter mais nada com ele, mas esse homem tem um efeito grande sobre mim, e além de tudo é bonito e o sexo com ele é maravilhoso, ele é do tipo que sabe satisfazer uma mulher.

— Raquel assim você não me ajuda. –ele diz do quarto.

— O que eu fiz?

— Você sabe muito bem. Posso entrar?

— Pode. –digo sem pensar.

Mal fecho a boca e ele já está dentro do banheiro, ele me olha com desejo, vejo seu membro rígido, sinto minha intimidade pulsar de desejo.

— Só vamos tomar banho. –digo.

— Tudo bem, não vou fazer nada que você não queira, não sou esse tipo de pessoa.

Ele passa sabonete em seu corpo e aproveita para se exibir um pouco, sorrio e ele também. Faço o mesmo que ele, e me exibo.

— Raquel, não brinque comigo!

— Estou tomando banho.

— Isso é f*da viu!

— O quê?

— Você, te ter tão perto e não poder te tocar, deixa de bobagem vai, vamos aproveitar, não seja tão preocupada com tudo.

— Tenho medo de isso acabar estragando todo esse lance do meu trabalho.

— Raquel não pense nisso, sou um homem de palavra, o emprego é seu, a menos que não queira.

— Óbvio que eu quero, preciso muito.

— Então é seu.

— Tudo bem, mas sinto que transando com você estou me vendendo.

— Por que você é assim? Muito preocupada com tudo.

— Eu sou assim, é meu jeito.

— Tudo bem, não vou insistir, se você quiser já sabe. –ele diz e sai do banheiro.

Estou muito confusa, ao mesmo tempo que quero ficar com ele, não quero, pois sinto que estou me vendendo para pagar a dívida da minha mãe e para ter um emprego.

Segundo ele não é isso, mas é como me sinto. A vontade de ficar com ele é grande, mas o receio de que as coisas não acabem bem é muito maior.

Saio do banheiro e vejo que ele já não está mais no quarto, deve ter ficado com raiva, mas tudo bem, não vou fazer nada para agradá-lo, farei somente o que me sentir confortável.

Visto um croped preto, e um short jeans azul escuro de cintura alta, calço meu chinelinho de dedo, penteio os cabelos, passo perfume e desço.

Todos já tomaram café da manhã, Caio me espera na mesa para tomar café comigo. As mulheres já estão todas no quarto com o maquiador, os homens estão na área da piscina para passar o tempo.

— Te esperei para tomar café com você. –ele diz.

— Obrigada.

— Café?

— Sim.

— Você está bonita. –ele diz.

— Você pagou bem caro por essas roupas.

— Valeu cada centavo.

— Eu sabia que você era uma aproveitadora. –Bárbara diz.

Quando olhamos ela está atrás de nós parada, não sei a quanto tempo está aí, ainda bem que não falamos nada de mais.

— Bárbara você poderia parar de ofender minha namorada.

— Ela só está com você por causa do seu dinheiro, você está tão cego e deslumbrado com ela que não percebe, mas de longe se ver que ela não tem classe nenhuma.

— Olha aqui querida, eu posso até não ter dinheiro e classe como você, mas eu não estou com ele por interesse, mas sim porque gosto dele. –ele me olha.

— Você gosta da conta bancária dele, e ele está tão deslumbrado com seu corpo que não percebe, ele sempre gostou de mulheres assim como você, que tem tudo demais, mas na minha opinião isso é vulgar, ainda mais da forma que você se veste, mostrando tudo.

— Bárbara é melhor você sair daqui e parar de ofender Raquel, vá cuidar do seu marido.

— Caio eu sei que você ainda sente alguma coisa por mim, vejo a forma como você me olha, não negue isso.

— Não, eu gosto da Raquel, ela é minha namorada, entenda isso, você preferiu o Maurício, então fique com ele.

— Estou arrependida Caio, por favor, se você me quiser eu largo tudo por você.

— Me desculpem, mas eu não vou ficar aqui ouvindo, isso, fiquem a vontade, conversem, perdi o apetite. –digo me levantando.

— Raquel espere! –ele segura meu braço, eu me solto dele e saio.

Vou me juntar as outras para começar a me arrumar, vim para o casamento e é para o casamento que eu vou.

— Até que enfim! –Beatriz diz. — Meu irmão não quer te soltar por nada, nunca vi esse garoto assim. –sorrio.

— Verdade, ele está muito apaixonado por você. –sua mãe fala.

— Você viu a Bárbara? –Beatriz pergunta.

— Sim, estava falando com Caio. –Beatriz me olha espantada.

— E você deixou os dois sozinhos meu bem? –Marisol me olha surpresa.

— Sim, eles precisavam conversar. –digo isso e ouvimos vozes alteradas lá fora.

Saímos e encontramos Maurício e Caio aos socos e Bárbara gritando pedindo para eles pararem, logo chegam os irmãos de Caio e seu pai e separam a briga.

Caio está sangrando somente no cantinho da boca, já Maurício sangra pelo nariz.

— Mas que coisa horrível é essa? –Marisol diz.

— Caio estava dando em cima da minha mulher.

— Era ao contrário seu otário, ela que estava dando em cima de mim, desde que chegamos que ela tem perseguido minha namorada e a mim também.

— Cala sua boca! Não ofenda minha esposa.

— Vocês estão estragando meu casamento, esse era pra ser o dia mais feliz da minha vida. –Beatriz diz e começa a chorar. — Só queria minha melhor amiga aqui e minha família, mas nem isso vocês podem fazer por mim.

— Essa p*rra é tudo culpa sua Beatriz! Por que inferno foi convidar essa mulher?! Como é capaz de ser amiga da mulher que traiu o seu próprio irmão?

— Caio... Não fale assim comigo, você sabe que não aprovo o que ela fez, até briguei com ela, mas sabe que somos amigas de infância, ela sempre esteve ao meu lado quando precisei. –Beatriz chora muito.

— Isso é um inferno mesmo! –Caio diz e chuta uma cadeira.

— Calma filho. –seu pai diz.

— Vamos sair daqui filha. –sua mãe diz e a leva de volta para o quarto.

— Melhor vocês irem embora. –o pai de Caio fala para Bárbara e Maurício.

— Vou falar com Beatriz. –Bárbara diz.

— Vamos Caio, vamos até o quarto. –digo pegando em sua mão, e ele me segue.

Já no quarto ele senta na poltrona e eu pego um dos meus discos de algodão molho com um pouco de água e vou limpar a boca dele, suas mãos vão direto para minha cintura, ele segura firma enquanto limpo.

— O que aconteceu?

— Bárbara me beijou e ele viu.

— Entendi. –sinto meu rosto queimar de raiva, acho que deve ser ciúme. Vou até o banheiro e jogo o algodão no lixo.

Sento na cama e olho para ele.

— Não foi boa ideia me trazer aqui.

— Porquê?

— Essa situação não está confortável para nós.

— Desculpe.

— Tudo bem, mas depois da cerimônia podemos ir embora?

— Como você quiser.

— Ok, fique aqui e descanse um pouco, vou me arrumar.

— Tá.

Saio do quarto e lá embaixo os ânimos estão mais calmos, Bárbara e Maurício estão indo embora, parece que os dois brigaram já que mal se olham.

Bárbara me lança um olhar que me paralisa.

Beatriz está com os olhos inchados de tanto chorar.

— Ei, calma, vai ficar tudo bem. –digo.

— Pensei que eles já tinham se superado, mas vejo que não.

— É.

— Sinto muito Raquel, não deveria está falando isso.

— Tudo bem, no fundo também acho isso, seu irmão ainda gosta dela.

— E você como se sente sobre isso?

— Tudo bem, não precisa se preocupar comigo.

— Sei que é muito egoísmo da minha parte de pedir isso, mas tenha paciência com ele, ele está muito bem ao seu lado, sorri mais, está mais solto.

— Tudo bem.

— Caio, passou esse último ano praticamente sem nos ver, bebendo e indo a boates, com você vejo que meu irmão está voltando a ser quem era, então te peço por favor não desista dele.

— Acho que ele quem vai acabar desistindo de mim. –digo e sorrio. — Mas vamos deixar a tristeza de lado, você precisa estar linda para o seu casamento.

— Sim.

As pessoas da família do noivo começam a chegar, sua mãe e irmãs se juntam a nós para fazer maquiagem e cabelo. Beatriz contratou uma equipe completa para cuidar de tudo.

Termino minha maquiagem e cabelo e vou para o quarto tomar banho e me vestir. Caio já está arrumado, ele veste um terno preto, sapato social também preto. O vendo vestido assim vejo meu inabalável chefe.

Quando ele vira vejo que ele usa uma gravata da cor do meu vestido, ele gosta mesmo de combinar comigo, pena que seja só nas roupas.

Se Caio me pedisse para nós termos um compromisso sério eu aceitaria, sinto que estou sentindo coisas demais por ele e isso me assusta.

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Comments

Solange Santos

Solange Santos

que mulherzinha mais intragável passou anos chifrando o noivo e vem com história de que ta arrependida há me poupe tá e diz que a Raquel não tem classe ela e que não e de classe nenhuma vagaba sem noção

2024-04-18

14

Marli Franroz Hofildmann

Marli Franroz Hofildmann

se Beatriz não abrir os olhos, bárbara passa o rodo no futuro marido dela! essa mulher não é amiga de ninguém, nem conhece respeito ou limites, acha que pode tudo, e mete o louco.

2024-03-03

43

Ubiranildes Pereira

Ubiranildes Pereira

caio também e culpado de não dá um basta na barbara

2024-05-15

1

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