Capítulo 8

Tomo um banho com cuidado para não molhar a maquiagem e nem o cabelo.

Saio de toalha do banheiro e Caio ainda se encontra no quarto, está sentado na poltrona, bebendo um copo de uísque.

Ele me encara e segue cada movimento meu com os olhos.

Não sinto mais nenhum pudor de ficar sem roupa na frente dele, já fizemos sexo, tomamos banho juntos, então acho que temos intimidade para isso.

Pego meu vestido que está na capa pendurado no armário, em seguida vou até a mala e pego uma lingerie branca para vestir.

Deixo a toalha cair no chão, Caio me observa em silêncio, aproveito para fazer um pequeno showzinho para ele.

Passo hidratante no corpo, tocando lentamente cada parte, ele bebe o uísque e me observa, se remexe na poltrona, a ereção deve está incomodando.

Ele termina a bebida em um gole só, se levanta e vem até mim. Me olha como se pedisse permissão e eu assinto.

Caio me joga na cama, se ajoelha entre minhas pernas e começa a me chupar, seus movimentos são rápidos e precisos, sua língua brinca com meu clitóris, os movimentos de sua língua se intensificam cada vez mais, eu gemo e me contorço, seus dedos deslizam para dentro de mim com facilidade e ele começa um vai e vem com eles e continua me chupando.

Segundos depois tenho um orgasmo forte e intenso, gemendo alto.

Ele abre sua calça, desliza um preservativo em seu membro, me vira de costas e me penetra com força.

Seus movimentos são rápidos e urgentes, com se precisasse disso, eu gemo a cada estocada, ele dá um tapa forte em minha bunda.

— Você já fez sexo por aqui? –ele diz passando o dedo entre minhas nádegas.

— Não.

— Você tem uma bunda linda, ainda vou foder ela.

Não digo nada, apenas se ouve os sons de meus gemidos, mas pensar nele fodendo minha bunda me dá medo, esse tamanho todo, não gosto nem de pensar.

Alguns minutos depois o sinto pulsar dentro de mim e me vem outro orgasmo e gozamos juntos.

Ele dá um tapinha de leve em minha bunda, sai de dentro de mim, e logo depois a beija.

— Muito linda. –ele diz passando a mão em minha bunda.

Ele vai até o banheiro e se livra do preservativo, e volta fechando a calça.

Me olho os espelho e vejo que meus cabelos estão bagunçados, a maquiagem um pouco borrada.

— Olha o que você fez comigo. –digo e ele sorri. — Sua irmã vai matar a gente.

— Você fica linda depois de foder.

— Você é uma má influência pra mim.

— Você é gostosa demais para não ser fodida, quando voltarmos vou te foder de novo e dessa vez vamos tentar aqui. –ele passa a mão em minha bunda.

— Nem pensar, isso não vai mais acontecer, de nenhuma forma.

— Veremos.

Visto minha calcinha, infelizmente não tenho tempo para tomar um banho, logo após visto o sutiã e Caio o fecha para mim.

Em seguida visto o vestido e ele fecha o zíper, opto por calçar uma sandália sem salto, já que o casamento é na praia.

— Sente. –ele diz e aponta a poltrona.

Ele pega a sandália e a calça em meus pés, terminando beija minha perna e me ajuda a levantar da poltrona.

— Preciso dá um jeito em meus cabelos e na maquiagem.

— Você não precisa de muito, você é muito bonita.

— Você deveria parar de me falar essas coisas, sendo que ainda é apaixonado por outra. –ele fica em silêncio. — Seu silêncio é a resposta.

Ele não consegue negar que é apaixonado por Bárbara, e isso me causa uma dor diferente no peito.

— Queria pedir para você não me tocar mais, não sou segunda opção de ninguém e se quiser matar seu tesão vá fazer isso com outra.

— Raquel, não vou negar, eu gosto dela sim, mas é algo que não vai mais acontecer, posso gostar dela, mas jamais vou ficar com ela, não consigo confiar nela de novo.

— Tudo bem, mas não me toque mais e agora é sério, quero que nossa relação seja estreitamente profissional.

— Ok Raquel, desculpe, pensei que você queria também.

— Eu queria, mas não quero mais.

— Por que tudo com você é tão complicado? –ele passa as mãos no cabelo.

— Estou pronta, podemos ir. –digo.

Ele pega minha mão e descemos juntos as escadas, todos nos olham com admiração.

Marisol vem até nós e nos abraça.

— Vocês ficam lindos juntos. –ela diz. — Cuide bem dessa menina filho, vejo muita verdade nela e ela te faz muito bem.

— Pode deixar mãe.

— E não esqueçam do meu convite, em duas semanas espero vocês na minha casa. –nós sorrimos para ela.

Sinto que isso não vai rolar, não sei se consigo lidar com todo esse fingimento outra vez. Ainda mais sabendo que estou sendo usada por Caio.

Bom, eu também tenho culpa já que também gosto disso tudo, e acabo caindo em seu jogo e o provocando.

Pior que eu gosto de todo o prazer que ele me dá, mas se continuar nisso irei sofrer, pois estou começando a me apaixonar por ele.

Andamos para fora da casa e logo estamos na praia, onde a cerimônia vai acontecer, nos sentamos em nossos lugares e esperamos a entrada da noiva.

Alguns minutos depois ela entra junto com seu pai, que está visivelmente emocionado, seu noivo também deixa escapar algumas lágrimas. Seus irmãos a olham com admiração, Caio principalmente.

O juíz inicia a cerimônia e todos escutam atentamente, é uma cerimônia simples, já que é apenas no civil, não sei se irão casar na igreja, não sei se são cristãos.

Eles assinam os papéis, trocam as alianças e logo após se beijam e todos batem palmas.

A recepção vai ser na casa mesmo, no jardim, é para poucas pessoas, apenas família e amigos mais próximos.

Sento em uma mesa somente com Caio que evita fazer contato visual comigo.

Logo o jantar é servido e nós comemos em silêncio.

— Sorria, lembre-se que todos acham que somos um casal feliz. –ele diz, sorrio ironicamente. — Assim não.

— Desculpe.

Ele bebe um copo de uísque atrás de outro, com certeza não conseguiremos voltar hoje como eu havia pedido.

— Você está bebendo demais, como voltaremos hoje? Vai me deixar dirigir seu carro?

— Você quer?

— Sim.

— Eu deixo, com uma condição.

— Não vou fazer sexo com você de novo. –ele sorri.

— Não é isso, deixo você dirigir, mas só amanhã, não vou te deixar dirigir durante a noite, é perigoso.

— Passei com nota máxima na prova de direção.

— Muito bom, mas não precisa correr riscos desnecessários, temos onde ficar, dormimos aqui e amanhã nós vamos.

— Ok.

— Ótimo.

Terminamos o jantar e a pista de dança foi aberta e a primeira dança dos noivos vai acontecer, Endless Love de Lionel Richie ecoa.

Eles dançam uma coreografia ensaiada, fico boba olhando, se ver de longe que eles se amam.

Sempre sonhei com algo assim, um amor verdadeiro, casar, ter filhos, formar uma família.

Ao fim da dança todos aplaudem, e eles se beijam apaixonadamente.

Em seguida começa a tocar Every Breath You Take de The Police, uma das minhas músicas preferidas.

Caio dubla a música olhando para mim, ele sabe que gosto dessa música, pois ontem quando estávamos vindo para cá tocou e eu estava um pouco empolgada.

— Quando ouvir essa música daqui pra frente lembrarei de você. –sorrio. — Não é comum alguém da sua idade gostar desse tipo de música.

— Sua irmã também gosta.

— Ela é como você, vocês são muito parecidas, acho que seriam boas amigas.

— Ela é muito especial, pena que não poderemos ser amigas.

— Por que não?

— Talvez depois de hoje não a veja mais. –ele fica em silêncio.

Caio levanta o copo seco para o garçom e pede outro.

— Não acha que já bebeu demais?

— Não, estou bem. Não vai beber nada?

— Não, alguém precisa cuidar de você.

— Eu sei me cuidar sozinho.

— Não sabe, te deixei um instante e no outro você estava trocando socos com Maurício.

— Ele veio pra cima de mim.

— Foi o mesmo que você fez no passado, ele é inseguro quanto aos sentimentos da esposa, todos perceberam os olhares entre vocês.

— Aquela mulher me arrastou para o fundo do poço, eu seria capaz de dar minha vida por ela e ela não valorizou isso.

— A vida é assim, nem sempre vão sentir o mesmo que você, ou te dá o mesmo em troca.

— Você já se apaixonou assim por alguém?

— Não, e nem quero.

— Por que não Raquel?

— Estou muito bem assim, se um dia me apaixonar por alguém espero que seja de verdade, que a pessoa sinta o mesmo por mim e que não haja dúvidas que ela realmente quer ficar comigo.

— Como você saberá que encontrou essa pessoa?

— Não sei, quando isso acontece você sabe.

— E se você se enganar como eu?

— Aí seguirei minha vida sem olhar para trás, ninguém vive de passado.

— Gosta de alguém no momento?

— Não, estou livre, só me concentrando em passar na prova da ordem, conseguir um emprego melhor e cuidar da minha família.

— Não gosta de trabalhar para mim?

— Gosto, mas quero advogar e não ser só uma assistente.

— Quando se formar você já tem uma vaga.

— Não precisa me pagar pelo sexo, eu também quis, então tudo bem.

— Não estou te pagando por nada, você acha que não, mas vejo o quanto é esforçada e inteligente, nunca tive uma assistente tão boa quanto você. Você é boa em tudo que faz. –ele sorri e sei que tem duplo sentido.

— Obrigada.

— Raquel você não sabe como me sinto bem com você. –ele diz e acho que o álcool já está falando por ele.

— Que bom.

— Você acha que eu só quero te foder, mas eu quero cuidar de você, mas você não deixa.

— Acho que você já bebeu demais.

— Não, estou bem. –ele bebe o resto do uísque de uma vez e pede outro.

— Quantos copos já bebeu?

— Não sei.

— Melhor parar, não traga mais. –digo ao garçom.

— Raquel eu estou bem, quero beber.

— Já bebeu muito.

Ele levanta e vai até o bar e pega uma garrafa e trás para mesa.

— Quer um?

— Não, obrigada.

Sua mãe nos olha de longe e percebe que algo não está bem e caminha em nossa direção.

— Vocês brigaram?

— Não. –respondemos juntos.

— Não mintam, antes vocês estavam sorridentes, não podiam manter as mãos longe um do outro, e agora estão sérios e você já bebeu mais do que deveria meu filho.

— Estou bem mãe.

— Filho não deixe nada estragar sua felicidade, Raquel meu bem leve ele para o quarto por favor.

— Sim senhora, só vou me despedir dos noivos.

Vou até a mesa dos noivos dou um abraço nos dois, desejo felicidades e me despeço, pois eles vão sair de manhã cedo para pegar o vôo para irem a sua viagem de lua de mel.

— Vamos. –digo puxando Caio da cadeira.

— Você e minha mãe são umas chatas.

— Tudo bem, só vamos.

A contra gosto ele se levanta e se apoia em mim, cambaleia um pouco e quase caímos, já que ele é muito pesado, mal conseguimos subir as escadas.

Já no quarto o deito na cama e ele me puxa pra cima dele.

— Você é linda, e me deixa louco.

— Obrigada. –digo saindo de cima dele.

Tiro sua roupa com certa dificuldade já que ele é muito pesado, o deixo só de cueca, ele resmunga algo que não consigo entender e acaba dormindo.

Tiro meu vestido e vou tomar um banho, tiro a maquiagem, tiro o penteado e penteio os cabelos.

Visto uma calcinha e pego a camisa que Caio estava usando e visto, tem seu cheiro, o cheiro desse homem me embriaga.

Deito ao seu lado, dou mais uma olhada nele e acabo dormindo também.

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