Capítulo 4

A contra gosto o chamo.

— Caio? –chamo um pouco alto.

— Sim.

— Pode vir aqui?

Sem responder ele abre a porta e entra de uma vez me assustando, estou vestida com a calcinha e segurando o sutiã com as mãos, ele me olha de cima a baixo e não diz nada.

— Do que precisa?

— Pode amarrar, não consigo. –fico vermelha.

Ele para atrás de mim, e me encara pelo espelho, e então amarrada o biquíni, coloca as mãos em meus ombros e dá um leve aperto e sai. Tento controlar minha respiração, esse homem está me deixando louca.

Visto a saída de banho por cima do biquíni, ela é longa e amarra na frente, ela não cobre muita coisa, mas é muito linda e a intenção aqui não é cobrir nada.

Caio já trocou de roupa, está com um short do mesmo tecido do outro, só que um pouco mais curto, ele também está de preto, acho que foi de propósito, para combinarmos.

— Vamos? –ele me dá a mão.

— Sim.

Todos estão conversando animadamente, já acenderam a churrasqueira, tem umas pessoas servindo uma bebidas.

Caio pega um cerveja para ele e um coquetel de frutas para mim, me entrega a taça, me dá um selinho e vai para mesa dos homens.

Fico parada tomando meu coquetel que por sinal está muito bom, até que sinto alguém se aproximar e vejo que é a ruiva, respiro fundo.

— Sou Bárbara. –ela estende a mão e eu aperto. — Você eu já sei que é, nem pense que você vai ficar com ele, porque ele é meu.

— Pensei que você fosse casada.

— E sou, mas não por muito tempo, o pior erro da minha vida foi deixar Caio. –sorrio para ela.

— Vamos ver se ele vai te querer de volta depois de ter experimentado coisa bem melhor. –ela bufa de raiva.

— Tudo bem aqui? –Caio pergunta me abraçando.

— Tudo. –ela diz. — Só estava elogiando sua namorada, você tem bom gosto. –diz ironicamente e sai.

— Tudo bem? –ele me olha nos olhos interrogativo.

— Sim, mas ela gosta de você.

— Por que diz isso?

— Ela falou que te quer de volta.

— Sério? –ele olha para ela.

Com esse olhar entendo tudo, ele também gosta dela, por isso queria aparecer com alguém, para fazer ciúmes a ela.

— O incrível é que você também gosta dela! –digo e viro as costas e saio.

— Ei. –ele corre atrás de mim e me segura pelo braço. — Não faça isso na frente das pessoas. –ele diz baixo.

— Isso faz parte do show. –minto para não demonstrar que isso me afeta. — Sou uma namorada ciumenta. –ele sorri.

— Entendi, você é incrível. –sorrio, mas só eu sei como estou por dentro.

Sem que eu espere ele gruda nossos lábios, só que dessa vez é intenso, sua língua pede passagem a minha e eu dou, ele intensifica mais ainda o beijo, me apertando contra seu corpo, ele cessa o beijo quanto todos começam a nos mandar procurar um quarto, e nós sorrimos.

Olho para ele incrédula, não acredito que ele me beijou assim na frente de todos.

— Não precisa ficar com ciúmes, não quero mais nada com ela, pode ficar tranquila. –ele diz me abraçando.

— Não tem que me dá explicações.

— Só quero que saiba.

— Tudo bem, não me faça passar vergonha na frente das pessoas.

— Nunca. O sol está quente, vou passar protetor em você.

— Pode deixar que eu passo.

— Sou seu namorado, e isso não é um pedido. –reviro os olhos.

Ele pega o protetor do bolso do short, abre e começa a passar em mim. Primeiro no meu rosto, pescoço, nos seios, braços, na barriga, pernas, logo após passa em minhas costa, na minha bunda e na parte de trás das pernas.

Fico muito excitada ao sentir o toque de suas mãos, e ele sabe disso, percebe o efeito que tem sobre mim.

Todos nos olham e eu fico vermelha, Caio Alencar é meio exibicionista, ou ele está tentando tirar Bárbara do sério e a julgar por sua cara está conseguindo.

— Não precisava fazer isso na frente das pessoas.

— Foi só protetor.

— Sei o que está tentando fazer.

— O quê? Te deixar excitada? Porque se for isso eu consegui. –ele diz e sorri, e eu reviro os olhos.

— Você está tentando fazer ciúmes a sua ex, é isso.

— Claro que não, só quero mostrar a ela que estou feliz e encontrei alguém bem melhor que ela.

— Ok.

— Filho me empresta ela um pouquinho? –sua mãe pede.

— Sim. –ele beija sua bochecha e sai.

— Vamos nos sentar querida?

— Sim.

Ela pega dois coquetéis e me dá um, me guia para uma mesa vazia, sentamos e ela me olha com aquele olhar que só as mães tem.

— Queria te agradecer por fazer meu filho feliz, fazia tempo que não o via assim. –mais uma me agradecendo, fico até constrangida, pois estamos apenas fingindo.

— Não precisa me agradecer.

— Precisa sim, você trouxe luz para vida dele novamente, e ele só fica assim quando está apaixonado. –será? Será que Caio está apaixonado por mim? Ninguém melhor que sua mãe para conhecê-lo.

— Eu também gosto muito dele. –digo, porque é verdade, nunca tinha percebido, mas sempre gostei desse homem, ele só nunca tinha me dado bola.

— Fico feliz em saber disso, gostaria que vocês fossem passar uns dias em nossa casa quando chegarem as férias, todos eles costumam fazer isso, mas ele nunca mais foi, pode ser que com você ele se anime a ir.

— Vou falar com Caio, ver se teremos como ir. –sei que será impossível.

— Pode deixar que eu cuido disso, agora pode ir ficar com seu namorado, não o deixe muito tempo sozinho, cuide dele. –ela diz e olha para Bárbara, que aproveita que o marido não está por perto e não tira os olhos de Caio.

— Sim senhora.

— Posso te dá um abraço?

— Claro. –ela me abraça e me sinto mal por está mentindo para uma mulher tão bondosa como ela.

Caio está novamente conversando com o pai, os irmãos e o cunhado, resolvo não interromper. Coloco meu óculos escuro tiro a saída de banho e deito na espreguiçadeira para tomar um sol, não vou conversar com as garotas, pois Bárbara está junto e não suporto ficar perto dela nem um segundo.

Alguns instantes depois Caio senta na espreguiçadeira ao meu lado e olha diretamente para minha bunda que está para cima.

— Está querendo fazer os homens da casa brigarem com suas esposas?

— Por qual motivo?

— Acho que você tem um pouco a mais que as outras. –ele sorri. — Fica difícil não olhar.

— Não tenho culpa.

— Acho que todos estão dando uma disfarçada para olhar. –ele sorri.

— São sua família e teoricamente sou sua namorada, não devem ficar me olhando.

— Sim, mas não são cegos, melhor você se cobrir um pouco.

— É sério isso?

— Claro que não! –ele gargalha alto.

— Muito engraçado você! –ele olha fixamente.

Ele passa a mão desde o meu pé e vai subindo e para antes de chegar em minha bunda, pigarreio tentando me concentrar em não soltar um gemido na frente das pessoas, seu toque me deixa arrepiada, ele percebe e parece gostar, pior que eu também estou gostando de ser tocada por ele.

Não faço idéia de como será na segunda-feira, ter que encará-lo, depois de todos esses olhares e toques.

— O que você pensa que está fazendo? –pergunto.

— Estão todos olhando.

— Não precisa ficar me tocando a todo momento, todos já sabem que somos namorados, não precisamos provar nada para ninguém.

— Ok. –ele diz e se afasta.

Fecho os olhos por um instante e quando abro Bárbara está ao meu lado, que mulherzinha chata e insistente.

— Você deveria se cobrir um pouco. –ela diz.

— Oi? Que eu saiba estamos em uma piscina e geralmente as mulheres usam biquíni!

— Sim, mas não tão vulgares como o seu, isso mostra a classe de pessoa que você é, uma vulgar. Quanto Caio está te pagando pra fazer esse teatrinho? –por um instante tenho medo dela ter ouvido algo, mas tenho certeza que não, ela só quer me provocar. — Você tem a maior cara de...

— Olha aqui você deveria me respeitar, jamais ficaria com alguém por dinheiro, eu estou apaixonada por Caio e ele por mim, aceite, você deveria respeitar seu marido e parar de correr atrás do meu homem.

— Seu homem? Nunca querida! O que nós tivemos foi forte demais para ele me esquecer, ainda mais com alguém como você, que de longe se ver que é uma aproveitadora, só deve está atrás do dinheiro dele.

— Escuta aqui sua imbecil, eu posso não ser do mesmo nível que vocês, e nem ter dinheiro, mas se tem uma coisa que não tenho é inveja, não invejo nada que as outras pessoas tem, principalmente os homens comprometidos, como você está fazendo, pode se manter longe dele, não pense que vou facilitar as coisas para você, se ousar a pelo menos chegar perto dele armo um escândalo e seu marido vai saber!

— É bem do seu nível mesmo fazer isso.

Caio se aproxima, pois desde quando ela se sentou perto de mim que ele observava de longe e quando ele percebe que estou me alterando ele vem até nós.

— Tudo bem aqui?

— Sim, só estava pedindo pra ele se vestir um pouco, estamos em família e esse biquíni é muito indecente.

— Porra nenhuma, ela está maravilhosa, o que é bonito é pra se mostrar mesmo, e outra como você falou estamos em família, ninguém da minha família iria faltar com respeito com minha namorada. –olho para ela e sorrio levantando uma sobrancelha, ela sai pisando forte. — Desculpa por isso.

— Qual o problema dessa mulher?

— Despeito, pois você é muito mais bonita que ela.

— Qual a história de vocês dois?

— Vamos dá um mergulho comigo que te conto. –ele diz me dando a mão para me ajudar a levantar.

Ele entra primeiro na piscina e depois eu vou também, a água está bem fria o que me faz arrepiar.

Ficamos de frente um pro outro, ele me olha meio que pedindo permissão para me tocar e eu concedo somente com o olhar.

Ele segura em minha cintura e cola nossos corpos, sinto sua ereção e percebo que eu também o afeto, não digo nada apenas sorrio, e ele sorri de volta.

— Então?

— Bom, está vendo aquele cara lá com ela?

— O marido?

— Sim, ele e eu éramos muito amigos, na verdade ele era meu melhor amigo, namorei com ela por cinco anos e aparentemente ia tudo muito bem, me dedicava muito a ela, fazia toda essa besteira romântica que os apaixonados fazem. Certa vez fui em uma viagem à trabalho e decidi voltar antes para lhe fazer uma surpresa, ia pedi-la em casamento, tanto ela, quanto eu tínhamos as chaves da casa um do outro, e chegando na casa dela vi roupas espalhadas pelo chão, fui lentamente até o quarto e surpreendi os dois, bati muito nele, e disse que não a queria mais, e poucos meses depois eles casaram, descobri que ela ficava com nós dois desde o começo, só que eu não sabia, senão jamais teria aceitado isso. –escuto em silêncio.

— Nossa, que pessoas horríveis, ela veio jogar na minha cara que não tenho classe nem dinheiro, posso até não ter, mas meus pais me ensinaram a honrar e respeitar as pessoas.

— É por isso que não queria aparecer aqui sozinho, desde quando terminei com ela não me relacionei com mais ninguém. –olho para ele surpresa.

— Digo me envolver em relacionamentos sérios, até porque isso ainda está recente, faz um pouco mais de um ano, só sei que eles casaram bem rápido após nosso término, aparecer aqui sozinho seria como dizer que ainda não a superei.

— Mas a verdade é essa, o senh... Você não superou. –ele não diz nada.

— Estou tentando, todos os dias tento, mas eu amei muito essa mulher e ela me quebrou.

— Tudo tem concerto. –digo.

— Sim, tudo tem concerto. –ele diz colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.

Sem pedir permissão ou licença ele me beija, e dessa vez sinto que é porque ele quer beijar e não para impressionar as pessoas.

Nosso beijo é intenso, sinto sua ereção crescer ainda mais, ele desce as mãos até minha bunda e aperta, sinto minha intimidade umedecer, solto um gemido baixo enquanto o beijo, isso o faz apertar ainda mais minha bunda, esqueço que tem outras pessoas ao nosso redor e apenas me entrego ao beijo, pois sinto que esse é verdadeiro, que esse é para mim de verdade.

Ele para de me beijar alguns minutos depois, morde meu lábio e me dá um selinho para finalizar o beijo, estamos os dois totalmente ofegantes e excitados.

— Esse foi de verdade. –ele diz, fico em silêncio apenas tentando recuperar meu fôlego.

— O almoço vai ser servido em vinte minutos. –Cintia avisa.

— Vamos subir e tomar banho?

— Vamos. –digo.

Ele pega dois roupões veste um e me ajuda a vestir o outro, esperamos a água parar de escorrer um pouco e subimos para o quarto.

Estou meio constrangida, evitando fazer contato visual com ele, não quero me envolver dessa forma com meu chefe, sei que vou acabar sofrendo com isso, pois segunda tudo voltará ao normal.

— O que aconteceu? –ele pergunta enquanto procuro uma roupa na mala.

— Nada.

— Você está estranha, foi o beijo?

— Foi.

— Qual o problema? Não gostou? Gosta de outra pessoa? Se for isso pode ficar tranquila, assim que voltarmos para casa tudo voltará ao normal.

— Exatamente, esse é o problema, tudo voltará ao normal, o senhor voltará a ser meu chefe, grosso, mandão, arrogante, que me dá medo e me faz sentir náuseas toda vez que está por perto. –ele me olha meio assustado.

— Nossa, obrigado por dizer que sou um péssimo chefe, mas eu sei que sou mesmo. –ele sorri. — Sério que eu te dou náuseas?

— Sim.

— E porque aceitou minha proposta?

— Longa história, o senhor não precisa saber dos detalhes.

— Mas eu gostaria, pode confiar em mim, acabei de te confessar algo que somente as pessoas da minha família sabem. –ele me senta na poltrona e se abaixa ficando na minha frente.

— Desde que meu pai faleceu minha mãe não conseguiu dá conta de tudo sozinha, então fez muitos empréstimo com o banco e os juros são muito altos, e a dívida só vem crescendo, ela cogitou vender a casa, mas eu cresci lá e não gostaria que outra pessoa a comprasse, bom... por isso estou aqui.

— Por que você não me pediu ajuda? Eu teria te emprestado o dinheiro para quitar a dívida.

— Te pedir ajuda? Deus me livre, eu morro de medo até de te dá bom dia.

— Eu não mordo, bom... depende da situação. –ele sorri e lá estou eu ofegante outra vez. — Eu sou tão ruim assim como chefe?

— Não é ruim, você é sério, mandão e me dá medo, mas é um ótimo profissional, um professor incrível, aprendi muito com o senhor, inclusive passei nas últimas provas por tudo que aprendi trabalhando pro senhor.

— Que bom, fico feliz, mas pare de me chamar de senhor, assim me sinto velho.

— Vou tentar.

— Quando voltarmos vamos ver essa questão da dívida da sua mãe, não precisa se preocupar.

— Não precisa se incomodar com isso senhor, o que o senhor vai me pagar dá pra abater uma parte da dívida e o resto a gente ver se consegue parcelar.

— Não aceito não como resposta, e não há discussão, isso não é um pedido.

— O senhor é muito mandão!

— Sou, mas isso você já sabe. –ele olha no fundo de meus olhos, seus olhos verdes estão escuros de desejo.

— Vou tomar banho. –digo e praticamente corro para o banheiro.

Fecho a porta atrás de mim, mas não passo a chave, confio nele e sei que ele jamais entraria aqui sem ser convidado. Meu corpo está para explodir de tanto desejo por esse homem, se ele tentasse um pouquinho a mais, tenho certeza que já teríamos transado.

Sei que me envolver sexualmente com ele é como dá um tiro no pé, já que será algo passageiro, tenho medo de me entregar para ele e dê alguma forma isso atrapalhar meu trabalho, não posso ficar sem esse emprego.

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Comments

Angela Mikaelson

Angela Mikaelson

oq me estranha e me enoja ao msm tempo,é saber q a família dele sabendo tudo q essa cobra da barbara fez,ainda acolhe ela e o outro traidor na cs da família

2024-01-02

189

⭐𝐕𝐞𝐫𝐚 𝐅𝐫𝐞𝐢𝐭𝐚𝐬💫

⭐𝐕𝐞𝐫𝐚 𝐅𝐫𝐞𝐢𝐭𝐚𝐬💫

pai do céu meu lado barraqueira já grita nessa hora 🤣 já dava um berro Caio ela diz que vc é dela 🤣 deixava o circo pegar fogo

2024-05-11

1

Patricia Carius

Patricia Carius

toma na fuça destraida /Curse/

2024-05-14

1

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