Capítulo 5

Tomo um banho um pouco demorado, já que lavo os cabelos, lavo todo meu corpo, tomo um banho bem gelado para ver se apaga esse fogo.

— Se você for demorar mais vou ter que entrar e tomar banho com você! Daqui a pouco o almoço vai ser servido. –ele grita do quarto.

— Você não seria capaz! Estou quase acabando. –grito de volta.

— Duvida?

— Não! Estou só me vestindo.

Visto um croped branco ombro a ombro, uma calça de cintura alta também branca, ela é de um tecido fininho e bem leve, finalmente saio do banheiro.

— Terminei, precisava lavar o cabelo. –digo sorrindo.

— Está cheiroso. –ele diz levando uma mexa de meu cabelo ao nariz.

— Usei o que tinha no banheiro.

— Eu sei, mandei comprar pra você.

— Quando?

— Hoje, vi que você esqueceu de trazer.

— Muito observador.

— Sou, vou tomar meu banho, saio em cinco minutos, me espere.

— Ok.

Penteio os cabelos, e os deixo para secar naturalmente, já que não trouxe secador, deixar para fazer a mala no dia de viajar não foi boa ideia, esqueci muita coisa.

Caio sai do banheiro usando somente uma cueca boxer branca, não consigo evitar de olhar para o volume de seu membro, não sei como isso cabe em alguém.

Ele está fazendo de tudo para me provocar, confesso que estou quase caindo, um pouquinho mais e me rendo.

Ele veste uma camisa de botões branca, ela tem mangas curtas, ela deixa seus músculos bem marcados, veste um short jeans branco e continua com o chinelinho de dedo preto.

— Você sempre me copiando. –digo.

— É mais divertido ver as pessoas nos olhando e pensando que fizemos as malas juntos.

— Acho isso brega.

— Eu também, mas todos devem pensar que estamos apaixonados.

— Se você diz.

— Vamos?

— Sim.

Quando descemos as escadas e vamos nos sentar à mesa todos já estão, e nos olham com aqueles olhos que dizem que sabem muito bem o que estávamos fazendo, eu fico um pouco envergonhada, mesmo sabendo que não fizemos nada, mas ainda sim esse é o pensamento de todos.

Caio sorri, porque está pensando o mesmo que eu, ele me olha e pisca para mim.

— Desculpem a demora. –ele diz.

— Tudo bem. –Beatriz diz e sorri.

A mesa novamente está farta, há comida para alimentar muita gente. Me sirvo de um pouco de arroz, salada, e carne grelhada, a comida é muito saborosa.

Todos conversam animadamente até que Alex o irmão mais velho de Caio pede a palavra.

— Bom, aproveitando que estamos todos juntos, Paloma e eu gostaríamos de fazer um anúncio à todos. –nesse momento todos se calam e olham para eles.

— Fale logo meu filho, está me deixando aflita. –dona Marisol diz.

— Calma mãe, não é uma notícia ruim, Paloma está esperando um bebê. –ele diz e sorri.

Há uma grande comoção, todos os felicitando e desejando coisas boas, estão todos muito animados, é o primeiro neto da família.

— Parabéns, que o bebê de vocês venha cheio de saúde. –digo.

— Obrigada. –os dois dizem juntos.

Após o almoço cada casal toma seu rumo, e eu fico sentada ainda na mesa terminando de beber meu suco, Bárbara está do outro lado da mesa, seu marido foi para o quarto e Caio saiu não sei para onde.

Ela me olha com cara de poucos amigos, e eu retribuo.

— Você esconde algo. –ela diz. — Conheço uma mentirosa de longe.

— Deve ser porque você é uma, ou acha que eu não sei que mentiu para Caio durante anos?

— Ele te contou?

— Claro, ele é meu namorado, natural que a gente fale do passado.

— Isso não lhe diz respeito.

— Bom o seu passado pouco me importa, na verdade você é insignificante para mim, o que me importa é meu namorado e se ele quiser conversar comigo sobre qualquer assunto, estou aberta para escutá-lo.

— Eu sempre amei o Caio, isso que aconteceu foi apenas um erro, e vou tentar reparar isso.

— Por que você não aceita de uma vez que perdeu? Ele não quer mais nada com você.

— E você como sabe disso?

— É simples meu bem, ele me falou. E sabe o que mais ele me falou? Que eu sou a mulher mais incrível que ele já conheceu.

— Cala a boca. –ela grita e joga um copo de suco em mim.

— O aconteceu aqui? –Caio entra com tudo.

— Sua namorada estava me provocando Caio. –ela diz.

— Eu? Apenas lhe falei a verdade que você não quer aceitar.

— Vamos subir pra você tomar um banho e trocar de roupa. –Caio diz e me puxa para subirmos as escadas.

Já no quarto vou direto para o banheiro e Caio me segue entrando junto comigo.

— Preciso de privacidade para me trocar.

— Eu sei, só queria saber o aconteceu.

— Nada, só disse umas mentirinhas para ela, mas ela não sabe que não é verdade.

— O que você falou? –conto a ele tudo que disse.

Tomo um banho rápido e saio do banheiro somente de roupão para procurar alguma coisa para vestir.

Pego um vestidinho curtinho azul, uma calcinha preta e vou até o banheiro me vestir, esse vestido não precisa de sutiã.

Ainda bem que trouxe bastante roupas, porque senão iria ficar sem ter o que vestir.

A falta de privacidade de ter que dividir o quarto com Caio está me deixando estressada, toda hora tendo que me vestir no banheiro, isso está me tirando do sério.

Gostaria de não precisar ter aceitado essa loucura, só que a necessidade obriga, pior que tem mais dois dias dessa loucura.

Se o casamento será amanhã, no sábado, não sei porque todos resolveram vir na sexta, e o retorno será apenas na segunda.

Saio do banheiro com cara de poucos amigos e deito na cama ao lado de Caio, que está com a camisa abeta mostrando seu abdômen trincado, não desvio o olhar, ele já me viu com bem menos roupa, direitos iguais.

— Quer fazer alguma coisa? –ele pergunta.

— Descansar um pouco.

— Vamos sair mais tarde?

— Pra onde?

— Jantar, longe daqui, só nós dois, estou percebendo que toda essa aglomeração esta te deixando estressada.

— A falta de privacidade também.

— Está incomodada em dividir o quarto comigo?

— Um pouco.

— Não precisa ficar, pode trocar de roupa na minha frente, podemos tomar banho juntos, não vejo problema. –ele diz e sorri.

— Muito engraçado você.

— Assim você não vai precisar se incomodar, eu já vi muitas mulheres nuas, nudez não me incomoda. Te incomoda? Você nunca viu um homem nú antes?

— Claro que vi, mas você é meu chefe. Como vou te olhar depois disso tudo?

— Normal, somos adultos Raquel, não tem porque desse seu pudor todo, é só um corpo, e o seu é muito bonito, não tem que ter vergonha de mostrá-lo.

— A questão não é ter vergonha Caio, é que você é meu chefe, e isso não é natural. Até ontem nunca havia te chamado pelo nome ou trocado palavras que não se referiam ao trabalho com você. Isso tudo é muito novo, aqui você parece outra pessoa.

— Mas aqui eu sou mesmo outra pessoa, estou com minha família, tenho que agir naturalmente com você já que todos acreditam que é minha namorada. No escritório eu sou Caio Alencar, o advogado criminalista, mas aqui, sou apenas Caio, filho de pais amorosos, irmão de três pessoas, e seu namorado. –ele diz olhando para mim enquanto eu encaro o teto.

— Como iremos agir um com o outro depois desses dias?

— Não sei, mas não se preocupe tanto com o futuro, se concentre no presente.

— Vou tentar.

— Vai jantar comigo então? Só você e eu, sem fingimento.

— Tipo um encontro?

— Sim.

— Tudo bem, agora preciso dormir, estou muito cansada.

— Ok, bom descanso.

Sinto meus olhos pesados e alguns segundos depois adormeço.

****

Não faço idéia de quantas horas dormi, mas ao despertar percebo que já está escuro.

Sinto o peso do braço de Caio sobre mim, acho que ele pegou no sono também e acabou me abraçando enquanto dormia.

Me mexo e ele me abraça com mais força, me puxando para mais perto ainda dele, minha respiração fica ofegante na mesma hora.

— Caio? –toco seu braço.

— Hum? –ele responde sonolento.

— Acho que dormimos demais.

— Acho que sim. –ele diz sem me soltar.

— Poderia me soltar? Preciso ir ao banheiro.

— Sim, desculpe. –ele tira seu braço e eu me levanto.

Vou até ao banheiro, faço minhas necessidades e logo volto. Caio está sentado na cama encostado na cabeceira, ele me olha e sorri.

— Sabe que horas são? –ele pergunta.

— Não.

— 19:48.

— Nossa! Nunca dormi tanto em minha vida.

— Nem eu.

— Ainda quer sair?

— Você decide, o que você quiser está bom.

— Podemos pedir comida e comer aqui no quarto, ou pegar alguma coisa aqui mesmo, mas não quero ter que encarar todos, pelo menos não hoje.

— Pode ser, vou descer e ver o que tem. Tem alguma preferência?

— Não, qualquer coisa está bom.

— Volto logo.

Ele sai e eu vou tomar banho, aproveitar um pouco de privacidade.

Tomo um banho rápido, visto uma lingerie preta e saio do banheiro. Ao sair Caio me olha de cima à baixo, e sorri, eu tento me cobrir, mas sem êxito, pois deixei a toalha no banheiro.

— É como se você estivesse de biquíni. –ele diz.

— Você não demorou quase nada. –digo procurando alguma coisa na mala para usar, Caio joga uma camisa sua para mim, e eu visto rapidamente.

— Vou tomar um banho, daqui a pouco alguém vai trazer a comida.

— Ok.

Antes que ele saia do banho alguém bate na porta, é uma moça trazendo uma bandeja com dois pratos de massa, com molho branco e camarões, o cheiro está divino.

— Obrigada. –ela assente e sai.

Caio sai só de toalha e se troca na minha frente, naturalmente, eu evito olhar, mas a vontade é grande, ele veste apenas uma calça de moletom cinza.

— Vamos comer? –ele diz.

— Vamos.

Ele liga a tv e deixa em um canal aleatório, pega um prato e me dá, depois pega o outro e senta na cama, eu fico na poltrona.

— Posso te fazer uma pergunta?

— Pode. –digo.

— Você já teve algum relacionamento sério?

— Já, três.

— Eu só tive um.

— Um relacionamento sério não é? Mas deve ter ido pra cama com muitas!

— Sim, essa sempre foi a melhor opção. E você?

— Não curto sexo casual, preciso conhecer a pessoa para me envolver intimamente.

— Você me conhece a quanto tempo? –ele sorri ironicamente.

— Faz um ano que trabalho pra você, inclusive meu contrato de estágio já está chegando ao fim.

Só então ligo os pontos, quando comecei a trabalhar para ele foi justamente quando descobriu a traição, por isso era tão amargo.

— Sério?

— Sim.

— Quando vai ser a prova da ordem?

— Depois que graduar preciso esperar até a data da primeira fase.

— Você pode continuar trabalhando para mim, como minha assistente, fazendo o que já faz, só que integralmente.

— Seria muito bom, já estava fazendo algumas entrevistas.

— Então cancele.

— Sempre autoritário.

— Sempre.

Terminamos o jantar, e ele desce para deixar os pratos, volta logo em seguida trazendo um chocolate e uma garrafinha de água.

— Obrigada.

— Minha mãe está preocupada com você, queria vir até aqui te ver.

— Sua mãe é maravilhosa.

— Sim, meu pai também, só é muito calado.

— Percebi.

— Ninguém sabe o que aconteceu a tarde, então disse que você está com dor de cabeça.

— Obrigada.

— Não me agradeça, você só está aqui por minha culpa.

— Tudo bem, só mais dois dias.

— Tem mais um coisa, minha mãe nos convidou para passar uns dias na casa deles, mas dessa vez será só a família.

— Ela me convidou.

— Você aceitou?

— Falei pra ela que iria falar com você, e ela disse que cuidaria disso.

— Falei que nós vamos.

— Você o quê?

— Ela gosta de você, não quis desapontá-la, eu pago quanto você quiser.

— Essa nem é a questão, preciso do dinheiro, mas não acho certo ficar enganando sua família, nunca precisei mentir tanto em minha vida.

— Serão apenas alguns dias, uma semana, te pago 100 mil reais.

— Não precisa me pagar nada, eu vou, você disse que vai cuidar da dívida da minha mãe e me dá o emprego, pra mim já está de bom tamanho.

— Tem certeza? Você sabe que eu ganho isso por dia não é?

— Sei, mas é seu dinheiro, e outra coisa, quero que vá descontando o dinheiro da dívida do meu salário.

— Isso não, cuido da dívida e você não precisa me pagar nada!

— Falaremos disso depois.

— Essa é minha palavra final! –e com isso sei que já perdi a batalha. — Não seja orgulhosa, sempre que precisar de algo pode me procurar.

— Ok. –um silêncio constrangedor surge entre nós.

Ficamos em silêncio assistindo um filme que está passando na tv, vez ou outra comentamos algo sobre, mas só isso.

Já passa da meia noite quando o filme termina e ele desliga a tv.

Vamos até o banheiro, os dois juntos para escovar os dentes, acho isso íntimo demais, mas tudo que não estou tendo esse final de semana é privacidade.

— Quer sua camisa de volta?

— Não, pode ficar, fica melhor em você do que em mim.

Ele tira a calça me dando uma bela visão de seu corpo, respiro fundo e saio do banheiro.

— Eu durmo só de cueca, espero que não se incomode.

— Não, tudo bem. –falo desabotoando a camisa e a deixando cair no chão, esse jogo dois podem jogar. — Acho que você também não vai se incomodar se eu dormir assim não é?

— Não. –ele diz sorrindo.

Vou até a cama e ele me segue com o olhar, minha lingerie e um pouco transparente na parte dos seios e a calcinha é fio dental, dando a ele total visão da minha bunda.

Deito de bunda pra cima e não me cubro, para que ele veja o tamanho da minha calcinha, ouço a respiração dele ficar ofegante.

— Raquel, não brinque comigo! –ele diz com a voz rouca.

— Não estou brincando, só quero dormir a vontade.

— Raquel eu estou tentando te respeitar, mas você não está facilitando pra mim, sugiro que se você não quiser que eu te foda aqui e agora se cubra.

— E se eu não fizer isso?

— Aí você estará me dizendo que quer também, e vou te foder com força. –ele diz se aproximando e me olhando com desejo.

— Então acho que não vou me cobrir...

Mais populares

Comments

Heloiza Carvalho

Heloiza Carvalho

uiiiiiiiiiiiiiii delícia 🥵🥵me deu até uma quintura lá🙈🤭😂😂😈

2024-03-24

47

Solange Santos

Solange Santos

me pega me joga na parede me chama de forno a lenha bebê 🥵🥵😋😋😋😋🔥🔥🔥🔥

2024-04-18

1

Vó Ném

Vó Ném

Que delicinha!! 🔥🔥🔥🔥

2024-05-08

1

Ver todos
Capítulos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!