Capítulo 12

As últimas duas semanas passaram muito rápido, trabalhei praticamente no piloto automático.

Chego ao escritório muito cedo, não quero dar nenhum motivo para Caio reclamar de mim.

Ultimamente ele tem sido bem mais agradável e simpático comigo.

Vou até sua sala, organizo sua mesa, deixo a agenda aberta no dia de hoje para adiantar nosso trabalho.

Hoje ele não tem nenhuma audiência, são apenas análises de processos que serão feitos aqui mesmo no escritório.

— Bom dia. –ele diz entrando na sala.

— Bom dia senhor. Café?

— Sim.

Eu vou preparar um café para ele, e pego um croissant pode ele querer comer algo.

Arrumo tudo na bandeja e levo para ele.

— Obrigado. –ele diz.

— A agenda está aberta no dia de hoje.

Ele dá uma lida rápida e se recosta na cadeira.

— Você pode analisar e me passar um relatório?

— Sim senhor.

— Eu vou cuidar de outros assuntos, pode me dar a pasta preta?

Vou até o armário e pego a pasta e entrego para ele.

— Obrigado. Vou cuidar disso.

— Sim senhor. Mais alguma coisa?

— Não, aliás, só uma, não esqueça que viajamos amanhã.

— Sim senhor.

— Vai precisar de roupas novas?

— Não senhor.

— É Nova York, faz frio.

— Eu sei.

— Você tem roupas de frio?

— Não.

— Então...

— Não precisa gastar mais dinheiro comigo senhor, e temos muitas coisas para organizar aqui antes de irmos, não vou faltar ao trabalho para fazer compras.

— Eu cuido disso. –fico calada, não adianta discutir com ele. — Já falou com sua mãe que vai passar o natal e o ano novo com minha família?

— Ainda não, nem sei o que dizer a ela.

— Diga que estamos namorando.

— Não vou mentir pra minha mãe, já não gosto de mentir pra sua, imagine pra minha.

— Você não pode contar nada a ela, assinou um termo.

— Eu sei.

— Diga então que será uma viagem de negócios.

— O que não deixa de ser uma mentira.

— Você deu sua palavra, e assinou.

— Eu vou cumprir! Pode deixar que resolvo isso. Algo mais?

— Não, pode ir.

Analiso toda a papelada, faço relatórios impecáveis e envio pra o e-mail de Caio.

Alguns minutos depois ele coloca a cabeça para fora.

— Obrigado, seus relatórios estão ótimos. Vamos almoçar?

— Eu trouxe de casa.

— Você pode pedir algo pra mim? E almoçamos juntos.

— Sim. alguma preferência?

— Não, o que você pedir está bom, aqui. –ele me entrega uma nota de cem.

Ele volta para sua sala e eu peço o almoço dele, uma massa com molho branco, pois sei que ele gosta. Peço também uma bebida para mim, suco natural de uva.

O entregador chega e vou até a bolsa pegar o cartão para pagar e vejo que ainda estou com o de Caio, não lembrei de devolvê-lo e nem ele pediu.

Uso meu cartão para pagar minha bebida, e o dinheiro que Caio me entregou para pagar o dele.

Tiro a comida da embalagem e coloco em um prato, aqui no escritório tem um espaço que tem louça, microondas, cafeteira e uma máquina para fazer chá.

Coloco o prato em uma bandeja, um pouco do meu suco em um copo e levo para ele.

— Aqui está.

— Obrigado, venha comer aqui comigo.

— Já venho.

Tiro minha marmita da bolsa térmica, também é massa só que à bolonhesa.

— Com licença. –digo e sento na cadeira de frente para ele.

— Você cozinha?

— Um pouco.

— Eu também cozinho.

— Eu tive que aprender, quando fui morar sozinha.

Tiro o cartão do bolso do blazer e coloco em cima da mesa.

— Esqueci de devolver, desculpe.

— Sem problemas, pode até ficar com ele para viagem, você vai querer fazer compras.

— Não, não se incomode, vou somente pelo nosso contrato, não precisa gastar nada comigo.

— Como quiser. Nosso vôo sai amanhã às 7:00 horas da manhã, são mais ou menos onze horas de vôo, precisamos ir cedo.

— Tudo bem.

— Se quiser dormir lá em casa, nós ganhamos tempo, vamos direto para o aeroporto.

Eu quase engasgo com a comida.

— É necessário?

— Seria bom.

— Mas moramos tão perto.

— É melhor que saímos logo juntos direto para o aeroporto.

— Não sei se é boa idéia.

— Eu não vou fazer nada, tem muitos quartos e tem fechadura, pode ficar trancada.

— Tá.

Eu me meto em cada uma!

Pior que eu sempre acabo fazendo o que ele quer.

Terminamos de almoçar, eu arrumo a bagunça que fizemos, depois lavo e guardo as louças.

Fico na minha mesa, revisando os processos, e quando dou por mim já está na hora de ir embora.

— Vamos? –Caio está parado em frente a minha mesa.

— Preciso passar em casa, e fazer a mala.

— Eu te levo.

— Ok.

Sei que falei que não seria segunda opção dele, mas preciso cumprir minha palavra e ir viajar com ele, e se ele quer que eu vá dormir na casa dele para facilitar a viagem eu vou.

Alguns minutos depois ele para em frente ao meu apartamento e desce do carro para abrir a porta para mim.

— Quando terminar aqui eu vou pra sua casa. –digo.

— Eu te espero, pra te ajudar com a mala.

— Não precisa se incomodar.

— Eu faço questão.

— Ok.

O porteiro abre a porta para nós entrarmos. Moro em um condomínio, meu pai pensou até nisso para minha segurança.

— Boa noite. –seu Francisco diz.

— Boa noite. –respondemos juntos.

Subimos as escadas para meu apartamento, a única parte ruim é que não tem elevador e eu moro no sexto andar.

— Quantas escadas! –ele diz.

— Sim, depois de um tempo a gente acostuma.

Olho para trás e ele sobe as escadas sem tirar os olhos da minha bunda.

— Pare de olhar pra minha bunda! –ele sorri.

— É um pouco difícil, como você sabe é um pouco... grande. –dessa vez eu sorrio.

— Se controle.

— Estou tentando.

Finalmente chegamos ao meu apartamento, por sorte estar tudo arrumado.

— Fique a vontade. –ele se senta no sofá.

— Então é aqui que você se esconde?

— Não fica muito longe da sua casa.

— Eu sei.

— Quer beber algo?

— O que você tem aí?

— Não tenho uísque, só cerveja e vinho.

— Cerveja então.

Pego a garrafa de cerveja e um copo e levo para ele.

— Obrigado, não precisa do copo.

— Ok, já volto.

Vou até o quarto e troco de roupa, visto uma calça soltinha e um croped ambos azul claro.

Começo a arrumar a mala, coloco todas as roupas mais quentes que tenho, moletons, calças jeans, casacos, meias, duas botas, são as únicas que tenho.

— Não precisa se incomodar com as roupas, leve só seus itens íntimos.

— Por que não? –digo quando chego na sala.

— Pedi a uma consultora para fazer compras por nós, sua mala já está lá em casa.

— Como sabe o meu tamanho? –ele sorri e levanta uma sobrancelha. — Não precisava ter se incomodado com isso.

— Não foi incômodo.

— Ok, já volto.

Vou até o quarto coloco todas as roupas de volta no guarda roupa. Pego somente os dois pares botas, roupas íntimas, maquiagem, acessórios e meus itens de higiene.

Não pensei em quais roupas irei usar no Natal e no ano novo, isso eu posso resolver quando chegar lá, posso comprar alguma coisa.

— Estou pronta. –digo.

— Vamos então.

Ele pega minha mala e descemos novamente os seis lances de escada, com Caio reclamando muito dos degraus.

— Você não pensa em mudar para um lugar mais acessível.

— Não, esse apartamento é meu, não me preocupo com aluguel, não vou sair daqui e ir pagar aluguel em outro lugar.

— Você recebeu um aumento de salário agora.

— Um pouco alto demais eu acho, um tanto exagerado. –ele sorri. — Mas mesmo assim eu não vou sair daqui, preciso comprar um carro. –ele não diz nada.

Já lá fora ele abre a porta do carro para mim, entra do lado do motorista e nós seguimos para sua casa, que fica muito perto da minha.

Caio usa todo tipo de desculpas para me ter por perto, o tempo que ele leva para chegar a minha casa não ia nos atrasar em nada.

A verdade é que eu também gosto de estar perto dele, por isso sempre aceito seus convites, gosto desse nosso joguinho de provocação.

Entramos em sua casa e está tudo no mais completo silêncio, tudo impecavelmente arrumado.

— Cristina? –ele chama não muito alto.

Uma mulher de meia idade aparece rapidamente.

— Sim senhor.

— Vieram fazer uma entrega hoje?

— Sim, três malas, estão no seu quarto senhor.

— Obrigado.

— O senhor vai jantar?

— Sim, pra dois por favor, aviso quando for pra servir.

— Sim senhor, isso é tudo?

— Sim, obrigado. –ela assente e sai.

Ela é uma mulher muito séria, e bem focada, mal olha para os lados.

— Venha. –ele segura minha mão e me leva para as escadas e nós subimos.

Caio para em frente a porta e abre me dando espaço para entrar. O quarto é bem decorado em tons de marrom e branco.

— Espero que as roupas sejam do seu agrado.

Há três malas grandes em um canto do quarto. Caio é muito exagerado, deve ter gastado uma pequena fortuna em todas essas roupas.

— Acho que exagerou um pouco, comprou muita coisa.

— Vamos passar uma semana.

— Mais há muita coisa para apenas uma semana. –ele sorri. — Quanto você gastou nisso tudo?

— Isso é irrelevante.

— Você é muito exagerado.

— Talvez sim, mas você merece.

— Não precisa me dar nada, nosso acordo já foi fechado e você já cumpriu sua parte.

— Faço isso porque eu posso.

— Pode, mas não deveria. –ele sorri.

— Pode só aceitar sem reclamar?

— Ok.

Ele tira o paletó, depois a gravata e abre um pouco a camisa, eu pigarreio e desvio o olhar, Caio sorri.

— Eu amo quando você fica vermelha assim.

— Você deveria parar de fazer essas coisas.

— Eu não fiz nada, apenas tirei a gravata.

— Onde eu vou dormir?

— Onde você quiser.

— Aqui não! –ele gargalha alto.

— Há vários quartos, pode ficar em qualquer um que você quiser.

— Gostaria de tomar um banho primeiro.

— O banheiro fica alí.

Esqueci de trazer pijama, trouxe só roupas íntimas.

— Será que nas suas compras tem algum pijama?

— Sim, pedi alguns.

— Vou precisar de um, esqueci de trazer, ou posso ir lá em casa buscar, é muito perto.

— Não precisa, pode usar alguma das minhas camisas, o closet fica alí. –ele diz apontando para o closet.

— Ok, obrigada.

— Tem toalhas no armário do banheiro.

— Tá.

Entro no banheiro que é quase do tamanho do quarto. Tem uma banheira enorme, dois chuveiros, duas pias, um espelho do tamanho da parede, tudo decorado da mesma cor do quarto.

Tomo um banho rápido, uso o sabonete dele, sei por causa do cheiro.

Pego uma toalha no armário e me seco rapidamente, a enrolo no corpo e saio do banheiro.

Caio está sentado na cama, com as costas encostadas na cabeceira mexendo no celular, ele está descalço usando apenas uma calça de moletom preta.

Entro no closet e ele me segue com os olhos, mas não se move e nem diz nada.

Pego uma blusa dele, de cor preta e uma cueca boxer também preta.

Coloco a tolha no cesto de roupas sujas que tem no closet e sento cama perto dele.

— Eu gosto de te ver com minhas roupas.

— Peguei uma cueca também. –digo levantando um pouco a blusa, ele sorri divertido.

— Isso é novo, mas pode ficar a vontade, pode usar o que quiser, pode me usar também. –reviro os olhos e ele sorri. — Vou tomar banho agora e depois nós descemos para jantar.

— Ok.

Deito na cama e pego meu celular para mandar uma mensagem para minha mãe.

*mensagem on*

Eu: Mãe desculpe, mas não poderei ir ao jantar de Natal.

Mãe: Por que não? As meninas estão muito animadas pensando que você vem.

Eu: Surgiu um imprevisto e terei que fazer uma viagem com meu chefe.

Mãe: Que estranho filha, geralmente nessas datas ninguém trabalha.

Eu: Pois é, mas é algo importante.

Mãe: Tudo bem então, me mande notícias.

Eu: Mando sim, diz pras meninas que assim que eu chegar vou aí e levo o presente delas.

Mãe: Tudo bem, beijo filha, se cuida, te amo.

Eu: Também amo vocês.

*mensagem off*

Coloco meu celular em cima da mesa de cabeceira, deito na cama e fecho os olhos. Não poder ficar com elas no natal me deixa triste, pois sempre passamos juntas, mas é necessário, estou fazendo isso por elas.

Caio sai do banheiro com a toalha enrolada na cintura e vai para o closet, ele volta vestindo uma blusa branca de manda curta e uma calça de tecido fino, que marca totalmente o tamanho de seu membro, minha intimidade dá sinais na hora.

— Vamos jantar? –ele pergunta.

— Vamos. –digo.

Vamos até a cozinha e sentamos na bancada mesmo, Cristina serve dois pratos, de arroz, salada e peixe grelhado.

A comida é muito saborosa, meu estômago agradece, nem sabia que estava com tanta fome.

Terminamos de comer e levanta para recolher os pratos e lavar.

— Pode deixar ai, Cristina cuida disso. Venha. –ele pega minha mão e me leva para sala.

Ele serve duas taças de vinho para nós, Caio senta de frente para mim, estamos um em cada sofá.

Ele pega um controle de cima da mesa e liga o som, Earned It de The Weeknd invade a sala.

Essa música é bem sensual, ele bebe o vinho e me encara, olhos nos olhos, ele passa a língua no lábio inferior, e eu me mexo no sofá, afim de abafar meu desejo, aperto as pernas muito forte uma contra a outra para tentar controlar o tesão que sinto por esse homem.

Caio se levanta para pegar mais vinho e percebo sua ereção, ele também sente desejo por mim, isso me deixar mais acesa ainda.

Ele vem com a garrafa de vinho e me serve mais, sua ereção fica à centímetros do meu rosto, é impossível não olhar.

Não sei o que se passa comigo quando estou com ele, não consigo controlar meus desejos.

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Comments

Francisca Teixeira da Silva

Francisca Teixeira da Silva

essas mulheres são umas fraca não pode ver um homem mas ou menos que ja abre as pernas e por isso que muitas quebram a cara porque não sabe se controlar a ai eles aproveita a fraquesa delas.

2024-04-15

17

adriana Pedro

adriana Pedro

Se entrega logo Raquel, ele gosta de vc também sua boba 😜😝

2024-04-25

2

Solange Santos

Solange Santos

eu jamais deixaria um homem me usar desse jeito ela mesmo disse que tem que ter envolvimento e na primeira ja abre as pernas pra ele do nada aff 🙄🙄🙄🙄🙄🙄

2024-04-19

1

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