Capítulo 11

Alguns minutos depois Caio para o carro em frente da mansão.

Desce e abre a porta para mim.

Ele coloca a mão em minhas costas para me guiar até a porta, o toque de sua mão em contato com minha pele me faz arrepiar.

Caio abre a porta e tenho a dimensão do tamanho, a sala é toda decorado em preto e branco, e tem um piano em um canto.

Ele vai direto para a parte que ficam as bebidas, serve um uísque para ele e um vinho branco para mim.

— Você toca? –pergunto.

— Sim.

Eu ando um pouco mais pela sala e vejo que há muitas obras de arte, muitos quadros e algumas flores em vasos.

— Pode sentar, volto em um minuto. –ele diz subindo as escadas.

Alguns minutos depois ele volta, está vestindo um conjunto de moletom cinza e um tênis branco.

— Eu não gosto de ternos.

— Pena que você tem que usar muito.

— Verdade.

— E o contrato?

— Calma, você acabou de chegar.

— Eu vim aqui para isso.

— Ok. –ele se levanta e vai buscar. — Aqui, leia e assine. –ele diz me entregando.

Leio com atenção e não é muito diferente do outro, basicamente diz que fingirei ser sua namorada e não contarei a ninguém, é um termo de confidencialidade.

Ele me entrega uma caneta e eu assino.

— Você sabe que meus pais moram fora do país não é?

— Sei.

— Teremos que ir de avião, vamos no meu jato. –isso me dá medo, morro de medo de avião.

— Ok. Bom, era só isso. Agora pode me levar pra casa?

— Espera, ainda está cedo.

— Tenho que trabalhar amanhã, e meu chefe chega um pouco cedo.

— Acho que ele perdoa um pequeno atraso. –ele diz e sorri.

— Se você continuar bebendo não vai conseguir me levar.

— Vou beber só esse copo.

— Mas eu não tenho mais nada pra fazer aqui.

— Por que não quer ficar perto de mim?

— Porque sei exatamente onde tudo isso vai dar, e eu não quero.

— O quê?

— Você só quer me levar pra cama e eu não quero.

— Bom, isso é verdade, eu sempre quero te levar pra cama, desde a primeira vez que te vi.

— Mas não vai. –me levanto para sair.

Caio se levanta também, ele fica atrás de mim, ele me abraça por trás somente com um braço, sua mão para em minha barriga, ele beija meu pescoço e passa a língua, me causando arrepios.

— Caio...

— Shhh, só sinta, não se preocupe tanto.

— Caio, eu...

— Diga sim, me deixe te fazer minha outra vez...

— Caio, eu não...

Ele agora segura meus seios um em cada mão e aperta os mamilos, eles estão rígidos por causa do prazer.

— Sim? –ele sussurra em meu ouvido.

— Caio... Eu não posso.

— Por que não?

— Isso está ficando perigoso.

— Perigoso porquê?

— Pro meu coração. –ele me vira de frente e suas mãos vão para minha cintura, ele sobe e desce as mãos pelas minhas costas nuas.

— O que tem seu coração?

— Se continuarmos com isso eu posso acabar me apaixonando por você. –digo sem fazer contato visual.

Ele me solta no mesmo instante e se afasta. Como eu suspeitava, ele é incapaz de sentir algo por mim.

Levanto minha cabeça e olho para ele, que está com uma expressão confusa.

— Vou te levar pra casa. –ele diz.

— Não precisa, é muito perto, posso ir andando.

Ele não fala nada, e eu saio porta a fora e vou direto para o portão, mas está fechado, ele vem logo atrás.

— Eu vou te levar, entra no carro.

— Não.

— Você pode entrar no carro ou eu posso te colocar lá dentro, você decide.

Fico parada olhando para ele sem me mover, sem que eu espere ele me pega e me joga sobre o ombro como se eu não pesasse nada, grito de susto.

Ele me coloca no carro e entra do lado do motorista e cerca de cinco minutos depois para em frente ao meu apartamento.

Desço sem olhar para trás, me sinto triste, pois sei que nunca irá acontecer algo entre nós, e eu não quero passar minha vida inteira só transando com ele sem compromisso.

Eu sonho em casar, formar minha família e não vou ficar com alguém que não pode me oferecer o que quero.

Algumas lágrimas rolam pelo meu rosto, meu coração bate descompassado e minha respiração ofegante.

O fato é que me apaixonei por ele, e agora terei que vê-lo todos os dias, sem poder tocá-lo, essa será a parte mais difícil.

Infelizmente não posso me dar ao luxo de pedir demissão, se eu já estivesse formada e pudesse advogar eu pediria demissão amanhã mesmo.

Tiro o vestido e jogo no cesto de roupas sujas, solto o scarpin no meio da sala, desfaço o coque do cabelo, jogo uma camisola no corpo e deito do jeito que estou.

Não tomo banho, não tiro maquiagem, apenas quero deitar nessa cama e dormir para esquecer de tudo.

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Comments

Bernadete Lopes

Bernadete Lopes

Ela tem que saber dizer não, mesmo que sofra, mas não tem facilitar , se facilitar ele vai ficar só usando, é muito bom pra ele.

2024-02-29

74

Esther De S Passos

Esther De S Passos

Que jogo perigoso né? Ela apesar de ser a corda mais fraca já arrebentou ( por precisar do dinheiro cedeu e apaixonou), Ele com está no poder vai brincando mas acho que ele já está apaixonado e não quer dar braço a torcer . Autora me diga estou errada ou não?

2024-05-01

1

Jussana Soares

Jussana Soares

porque que a autora não coloca a versão de caio , agente tem que saber sobre os sentimentos dele por ela ,a história só fala o que ela sente, mais e ele ?

2024-05-05

1

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