Buscando um culpado

OLUM

Eu não esperava conhecer os pais de Carolina.

E ver ela assim, tão vulneravel. Ver ela chorando me abalava.

Eu gostava muito dela.

Era difícil ver ela assim.

Quando vou consola - la. Me seguro para não beijar aqueles lábios doces.

Os dias se passam e estavamos conversando com Baba (Pai) e Anne (Mãe).

Quando Anne quer conhecer a namorada de Thor.

"Que porra! Era para eu estar apresentando ela.

Eu deveria ser seu namorado, eu penso"

Quando ela entra, Anne se encanta com ela. Era impossível isso não acontecer.

Thor não havia me dito que pediria ela em casamento. E quando ele faz isso...

O ciúmes e a raiva me invadem. Não acredito que isso estava acontecendo.

Preciso sair dali. Quando finalmente consigo vou para meu quarto me distrair.

Eu tinha que colocar no meu coração que havia perdido ela.

Logo alguém abre a porta do quarto.

É Thor carregando uma mala.

- Oi irmão.

- Oi Thor! Vai para onde com essa mala.

- Vim ter um papo de homem com você.

- Senta ai.

Eu digo

Thor puxa a cadeira.

- Quanto é a dívida de Carolina?

Thor pergunta.

- 250 mil irmão.

- Você é um pilantra. Disse a ela que era 600 mil.

Eu dou risada.

- Foi para convence - la a trabalhar conosco. Veja pelo lado bom. Senão fosse por isso. Hoje não a pediria em casamento. Te ajudei irmão.

Digo piscando.

No fundo era verdade, mas eu não estava feliz.

Thor coloca a mala na minha frente.

- Pega. Tem 300 mil ai. Estou quitando a dívida de Carolina. Agora ela é livre Olum.

Eu engulo seco.

- Ok irmão. Mas por enquanto não diga a ela.

- Combinado. Vai ser meu presente de lua de mel.

- Isso irmão. Boa idéia.

Eu digo. Mas eu não havia gostado. Tudo que tinha contra ela, era essa divida.

E agora não tenho mais.

Thor sai.

Pouco depois alguém me incomoda. Eu estava irritado. Não queria falar com ninguém.

Até Carolina abrir a porta.

"Como pode ser tão linda, eu penso".

Carolina começa a me cobrar, por não estar comemorando. O que eu ia dizer?

- É porque sou apaixonado por você.

Ou quem sabe dizer:

- Porque eu queria que fosse só minha. A minha esposa.

Não podia dizer nada. O meu irmão merecia ser feliz. Eu não poderia tirar isso dele.

Resolvo aceitar e desejar que eles sejam felizes.

Osman era tão fiel e dedicado a mim, isso era o mínimo que eu poderia fazer.

Deixar ele ser feliz, com a mulher que eu amo.

Dias passam e chega o dia do casamento. O dia que eu perderia Carolina para sempre.

Desejo felicidades e tento seguir a vida.

Para me distrair chamo uma mulher e fodo ela de todas as formas possíveis. Tentando esquecer, mas eu olhava aquela mulher e pensava em Carolina.

Quando mando aquela mulher embora. Vejo o casal na Mansão. Me assusto. Mas ele saem correndo.

Eu estava no escritório, sento uma sensação muito ruim. O meu coração estava apertado e fiz algo que não fazia há anos.

Peguei meu tapete e fui orar.

Pedindo a Allah que me ajudasse e aquietasse meu coração.

Quando termino de orar. Meu celular toca, era Carolina, chorando.

Nesse momento sabia que algo muito ruim havia acontecido.

Até que ela diz que Osman estava morto!

Como um filme, as lembranças passam na minha mente. Nós dois crianças, brincando, a adolescência, a escola e etc. Agora o meu irmão estava morto.

Eu corro até lá. Chamo meus melhores homens.

Era guerra. Eu vingaria meu irmão. Era uma promessa.

Quando vejo meu irmãozinho morto nos braços de Carolina. Todo amor que eu tinha por ela, se transforma em ódio.

E eu queria culpa - lá. Ela precisava pagar pela morte de Osman.

Eu precisava ligar para meus pais e informar o que aconteceu com Thor.

Mas não sabia como fazer isso.

Faço uma chamada de video.

"Drim, Drim"

- Oi filho!

Minha mãe quem atende.

- Oi Mãe. Achei que estivesse na mesquita.

- Acabamos de chegar. E seu irmão e minha nora já embarcaram?

- Mãe eu...

Nesse momento eu travo.

- Diga Olum. Sei que algo aconteceu. Meu coração me disse.

- Mãe...Osman morreu.

- Por Allah! Eu sabia que algo havia acontecido.

Ela começa a chorar.

- Asla, Asla corra aqui!

- Sim querida. O que houve. Porque está chorando?

- Filho?

Diz Baba.

- Osman está morto!

Diz Anne.

- Morto? Como isso, Olum?

Pergunta ele incrédulo.

- Quando ele e Carolina seguiam para o aeroporto. Fizeram uma emboscada. E atiraram neles...Osman não resistiu Baba. Sinto muito.

Baba começou a chorar, mas por ser homem tentava esconder.

- E Carolina? Também morreu?

- Não Baba. Osman se jogou na frente dela e recebeu todos os tiros. Ele e o motorista do táxi morrem.

- Olum estamos indo para o Brasil. Agora mesmo.

Diz minha mãe

- Mãe nada pode ser mudado.

- Asla eu quero preparar o corpo do meu filho. E me despedir de Osman.

- Nós iremos Samia.

- Te aviso quando estiver no aeroporto. Não deixe ninguém mexer no corpo de seu irmão. Entendeu?

- Sim Mãe!

Ela desliga.

A viagem da Turquia para o Brasil levará cerca de 27 horas de voo direto.

Elea chegarão daqui 2 dias.

Tempo suficiente para resolver o que fazer com Carolina.

Eu pego o telefone e ligo para Cyber.

- Chefe?

- Cyber preciso de algumas informações.

Quero saber quem é o proprietário da moto que estava com os homens que mataram Thor.

Quem estava pilotando e quem estava na garupa.

De onde veio e para onde foi.

Quero saber tudo Cyber.

- Pode deixar, chefe!

- Depois veja se há alguma ligação entre o proprietário, o piloto, o garupa ou a região de onde veio a moto com a Carolina. Vasculhe tudo.

- Use toda a tecnologia e todos os contatos que tiver. Não importa quanto custe.

- Compreendi. Chefe! Sinto muito por Thor. Ele vai fazer muita falta. Meus sentimentos.

- Obrigado. Tente ser o mais rápido possível.

- Sim Chefe!

Eu desligo o telefone.

Fico encarregado de cuidar do corpo de Thor. Pago propina a funerária e compro um terreno num cemitério particular.

Deixo pago 20 anos de manutenção.

E mando construir com urgência um mausoléu.

"Dram, Dram"

O meu celular vibra.

Era um número desconhecido.

Eu sabia que era Cyber.

Eu leio a mensagem.

"A moto é do Morro da Babilônia. Sem placa, e sem ligação com Carolina. Proprietário e ocupantes desconhecidos."

Não havia nenhuma ligação entre eles.

Mas nada explicava a história do passaporte esquecido.

Eu mando chamar Michelle.

"Toc, Toc"

- Entre!

- Oi chefinho. Mandou me chamar.

- Michelle você quem fez as malas de Carolina?

- Ah...é...

- Michelle a vida de Carolina está nas suas mãos.

- Não chefe. Não fui eu.

- Só um momento!

Eu estava revendo as imagens da camera de segurança de dentro da Mansão.

Eu acelero as imagens e vejo Michelle entrando no quarto de Carolina. E depois de 45 minutos ela sai com a mala. E leva até o carro.

Ao ver aquilo, sinto muita raiva.

Eu olho para ela. Meus olhos mostram o que sinto.

Ela me olha assustada.

- Michelle vou perguntar outra vez. E vou te dar a oportunidade para me dizer a verdade. Sabe que odeio mentiras. Foi você que arrumou a mala de Carolina?

- Foi!

Eu respiro fundo.

- Você esqueceu de colocar o passaporte ou fez de propósito?

Eu pergunto

- De propósito. Mas não achei que ela ia perceber só lá no aeroporto. Desculpe.

- Porque fez isso?

- Eu odeio ela. Desde que ela chegou todos só ligam para ela. E o Sr. gosta mais dela que de mim. Nunca mais me procurou.

Ela diz alisando a minha mão.

Eu puxo a mão.

- Não quero mais te ver. Some da minha frente.

Antes que eu arranque sua cabeça.

Ela sai chorando.

Eu chamo Tom e Caveira.

- Chefe?

- Chamou?

- Sim!

- Precisamos julgar o destino de Carolina.

- Chefe eu não vi e não vejo nada de errado nela. Mandou pesquisar, se ela tem relação com a morte?

- Sim Tom. Não encontramos provas de que ela tivesse algo a ver ou soubesse de algo.

- Então não tem porque ela pagar chefe.

Diz Caveira.

- Chefe eu concordo com o Caveira.

Diz Tom.

- Mas qual o seu voto?

- Eu queria que ela pagasse. Mas ela não tem culpa de nada. E sei que o meu irmão salvaria a vida dela.

- Então ela permanece Viva. Certo?

Pergunta Caveira

- Sim.

Eu digo.

Logo Babame liga e avisa que já iam pegar o voo para o Brasil.

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