Carolina

OLUM

Quem essa mulher pensa que é, para vir até aqui bater de frente comigo.

Questionar a minha decisão.

Não vou atende - la!

Mas quando Thor me liga pedindo para ouvi - la eu aceito.

Thor é meu irmão caçula e sempre teve o coração bom e generoso. De nós dois ele era quem mais seguiar os principios islamicos. Ele era o orgulho de nossos pais e muito diferente de mim.

Eu era explosivo, mistura de fogo e gasolina e Thor era o oposto. Era aquela chuvinha serena.

Enquanto eu queria guerra, ele queria paz.

Thor tinha 29 anos e eu 35 anos. Thor era o homem para casar, o verdadeiro chefe de família. Eu...eu amava ser solteiro, queria curtir. Tinha mulheres aos meus pés. E podia dormir com uma mulher diferente a cada dia.

Casar não era para mim.

Minha mãe não gostava disso. Disse que pedia a Allah (o único Deus) que mudasse meu coração. E me fizesse mudar de vida.

Quando Thor entra com Carolina instantaneamente tenho uma ereção. Que loira linda e gostosa.

Tento disfarçar, permaneço sentado para ninguém perceber.

Quando me avisam que contratariam um novo profissional para a Ong eu precisava saber quem estava entrando no meu Morro.

Eu não poderia me arriscar e nem arriscar meus homens. Eu conheci mulheres lindas e mortais. Por isso sou desconfiado.

Para me precaver mandei puxar a vida dela inteira. Em poucas horas eu tinha tudo sobre ela.

Só não entendia, por que ela largou o emprego em Santa Catarina e veio para o Rio. Mas algo me dizia ter algo a ver com a transferência de 20 mil que ela recebeu de um tal de Francisco.

Quando eu a confronto, claro que eu a assusto. E a carinha dela me deixou com ainda mais desejo. Como um animal sedento por uma fêmea.

E ela era perfeita.

Eu estava louco para devora - la.

Sabia que ela não sederia tão fácil. Parece ser diferente das mulheres que eu estou acostumado.

Mas eu sabia esperar, adorava caçar, ainda mais presas valentes.

Quando um dos meus homens a joga no chão fico furioso. Porém mantendo as aparências.

Fiquei preocupado com ela e percebi que o destino estava ao meu favor. Agora com o pé machucado ela não sairia daqui.

Pedi para cuidarem dela.

No dia seguinte cuidei para que a dívida dela fosse paga, pois assim ela não poderia mais escapar de mim.

Carolina era um desafio sem medida, ela era justa, e lutava pelas pessoas que considerava injustiçada.

Bate de frente comigo não, era algo que eu estou acostumado. Mulher nenhuma, nunca se impôs ou contrariou as minhas ordens, mas Carolina fazia exatamente o contrário.

Eu estava como sempre, curtindo com uma mulher diferente, quando Carolina entra no meu escritório.

Eu não esperava que ela fosse entrar, vê-la ali me deixou bem curioso.

Eu até podia parar o que eu estava fazendo, mas eu queria observar o que ela ia fazer. Quando aquela mulher que nem me lembro o nome, continua me chupando, mesmo com a Carolina ali, me deixou com muita vontade.

Eu queria que fosse a Carolina no lugar dela e quando me levantei e Carolina viu o meu membro duro como uma rocha, grande e grosso.

Ela ficou assustada e curiosa; mas disfarçou bem.

Até o momento que ela realmente tirou-me do sério, me irritando.

Me vi obrigado a deixar ela trancada no quarto.

Não ia deixar ela pensar que estava mandando em mim, que controlava as coisas porque o Dono do Morro sou eu.

Não era o que eu queria fazer. Sentia a sua falta, mas o meu tiro saiu pela culatra. Quando eu achava que estava controlando Carolina. Thor aproximou-se dela e ele é incrível. Muito melhor do que eu, o homem que qualquer mulher se apaixona.

E é exatamente isso que eu não queria que acontecesse.

Em uma noite a saudades de Carolina não me deixava dormir, resolvi olhá-la. Fazia um tempo que não via o seu rosto, não ouvia a sua voz, não sentia o seu perfume.

Quando abro a porta do seu quarto bem devagar, sem fazer barulho, queria olhar só um pouquinho para ela.

Tive uma surpresa, encontro Thor dormindo com ela. Ela dormia tranquila e aconchegada nos seus braços.

Sempre tive um coração de pedra. Mas nessa noite chorei como criança.

Não sabia o que estava a acontecer comigo.

Nunca me senti assim. E não podia impedir o meu irmão de ser feliz.

Os dias passam e percebo que ficar distante dela tornava tudo mais fácil. Até o dia que ela precisa retornar ao hospital.

Entro no quarto para falar com ela. E o meu sentimentos retornam. Thor acompanha ela até o hospital.

Eles demoram para voltar. Ligo e nenhum dos dois atende o celular.

"Devem estar transando. Thor deve estar agora comendo minha mulher de todas as formas possíveis, eu penso"

Começa a anoitecer e nada dos dois.

"E se eles fugiram juntos, eu penso"

Logo vejo os dois entrando de mãos dadas e sorrindo.

Dou uma bronca neles. Carolina se afasta e Thor vem conversar comigo.

- Irmão está tudo bem. Nada aconteceu. Estou de volta.

Diz Thor.

- Eu me preocupo irmão. Você é um criminoso e meu irmão. As pessoas querem seu mal.

Eu digo sendo honesto.

- Irmão eu queria saber se posso pedir Carolina em namoro? Se está tudo bem para você.

As suas palavras são como um soco no estômago. Doeu, mas eu não podia impedir. Sabia que meu irmão seria bom para ela. E ela também seria para ele. Mesmo sentindo ciumes dela.

- Sim meu irmão. Claro que sim. Apenas tome cuidado, não quero te ver sofrer.

- Não irei meu irmão.

- Carolina é muito boa!

- Sim. Eu acredito. Mas não se esqueça que você não é um homem comum. Embora seja muito rico, não pode ter a liberdade que Carolina espera.

- Eu sei disso meu irmão. E serei leal a você até a minha morte.

- Eu também meu irmão.

Eu lhe dou um beijo no rosto.

- Seja feliz! Que Allah lhe proteja.

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