Retornando ao hospital

Entro no chuveiro, tomo um banho. Visto o meu roupão e ia para o quarto me trocar. Ouço a porta sendo destranca.

Devia ser o Thor.

Mas era Olum.

- Olum?

Digo surpresa.

- Bom dia Srta.

- Bom dia!

Eu respondo

- Hoje é o seu retorno no hospital para ver se você melhorou e se já pode retirar o gesso.

- Michelle vai te acompanhar.

- Não quero!

- Não quer o quê?

Pergunta ele sem paciência.

- Ir com ela!

Ele me olha sem entender.

- Posso saber por que não?

- Simples ela não gosta de mim! E não fala comigo. Na verdade, nem olha na minha cara.

Ele sorri.

- Qual a graça?

Eu pergunto irritada.

- Thor lhe acompanha então.

Até porque vocês estão bem amiguinhos. Ou pensa que não sei que todos esses dias ele estava aqui com você?

- Eu não penso nada. Por que não estava escondendo. Não fizemos nada de errado.

- Não demore. Ele já está esperando.

Diz ele saindo do quarto.

Me troco e Thor já me esperava, conversando com Olum.

- Thor estou pronta!

Olum dá um beijo no rosto de Thor.

E saímos.

O carro nos aguardava. Entramos e seguimos para o hospital. O atendimento foi bem rápido e finalmente retirei o gesso.

- Agora sim Carol. Pode ficar tranquila.

- Sim Thorzinho!

Eu o abraço.

- Sabia que fazia 4 anos que eu não saia do morro.

- Mentira Thorzinho. Sério?

- Sim!

- Então vamos passear um pouco. O que acha?

- Claro!

Seguimos a alguns pontos turisticos, o corcovado, o bondinho, o Cristo Redentor.

Almoçamos em um restaurante aconchegante e quando paramos no alto com vista para a Lagoa.

Thor tira uma foto minha. Distraida sentada no muro.

Ficamos até o pôr do sol e quando admiravamos a vista. Thor me abraça por trás. Eu abraço seus braços, enquanto ele encosta sua cabeça no meu ombro.

Ele fala ao meu ouvido:

- Carol eu gosto muito de você!

Eu aperto meus braços aos seus e respondo:

- Eu também Thor. Você é especial para mim.

Me viro de frente para ele. E tiro uma folhinha que estava na sua barba.

Ele me olha com paixão e nos beijamos.

- Vamos voltar Carol, já está de noite.

- Sim! Vamos!

Chegamos na Mansão de mãos dadas e rindo.

Olum estava bravo, falando alto com seus homens.

- Aconteceu alguma coisa?

Pergunta Thor

Qual o problema de vocês?

Saíram de manhã, já é noite. E ninguém atendia o celular.

O que vocês estão pensando?

- Calma Olum, nós estavamos dando uma volta, paramos para almoçar e ficamos a olhar o pôr do sol já estamos de volta. Está tudo bem.

Respondeu

Thor me dá um toque e faz um sinal com a cabeça para eu sair.

- Com licença.

Eu digo já andando.

Entro no meu quarto e em seguida Olum entra a bater a porta.

- Que susto! O que você tá fazendo?

Precisamos conversar Carolina

- Amanhã Olum, hoje eu estou cansada.

- Amanhã nada. Quem manda aqui sou eu e eu quero conversar agora.

- Então fala de uma vez!

- Qual é o seu problema Carolina! Você sabe muito bem que Thor é um criminoso.

- De onde você tirou a ideia que ele podia ficar passeando por aí.

- Eu...eu só quis fazer algo legal. Ele disse que fazia 4 anos que não saia. Mas acabei me esquecendo que ele não podia.

- Ele não podia não. Ele não pode. Thor tem inimigos Carolina, na primeira oportunidade ele morre.

- Talvez para você não faça nenhuma diferença. Mas para mim e para minha família fará.

- O Thor é importante para nós, então não faça nenhuma besteira.

- Eu não obriguei o Thor a ir. Eu o convidei, ele aceitou. Poderia ter me dito que era perigoso.

- Realmente não tinha me dado conta, não adianta colocar a culpa apenas em mim, ele também tem responsabilidade.

- Ha Ha Ha

Olum dá uma gargalhada.

- Aquele papinho de mulher egoísta e mimada.

- Claro que você vai dizer que a culpa é dele.

- Ele tem um bom coração e infelizmente ele gosta de você.

- Fomos educados nos princípios do Islã. Não desrespeitamos e nem maltratamos as mulheres. Entretanto, Thor leva isso a sério.

- Eu te trouxe aqui para você me ser útil e não para ficar de namorinho com os seus pacientes, está parecendo uma vagabunda.

Nesse momento dou um tapa no rosto de Olum, que fica furioso.

- Você me respeita! Como tem a coragem de dizer que sou uma vagabunda. Isso não é verdade.

- Eu gosto do Thor, ele me trata bem. Não é como você, qualquer mulher que o conhecer melhor, acaba se apaixonando.

- Não foi porque eu quis, nós apenas se nos aproximamos.

- Você disse tudo! O Thor não é como eu! Então faça a gentileza de não magoa - lo.

- Vai se foder!

- Já te disse para não falar assim comigo. Depois não quer, que eu diga que, parece uma vagabunda.

Eu levanto a mão para bater novamente no seu rosto.

Mas ele segura o meu pulso e o torce.

- Faça outra vez e quebro o seu braço.

- Me solta Olum. Está me machucando!

Thor entra no quarto.

- Solta ela Olum!

Ele diz.

Olum me olha com fúria.

- Cuidado Thor. Não se engane.

Diz Olum me olhando com raiva.

- Não se preocupe irmão. Eu sei o que faço.

Responde Thor.

Olum solta o meu braço e me empurra.

- Ai!

Thor me abraça e Olum sai a bater a porta.

- Vamos jantar? Venha!

Sentamos para jantar, Olum e Thor comem com a mão. Ainda estou me adaptando a tudo.

Olum e Thor conversavam. E eu permaneço calada.

- Carol quer chá?

- Não obrigada!

- Você nem encostou na comida direito.

- Estou sem fome! Posso me retirar?

- Sim querida! Claro!

Sigo para meu quarto. Tomo um banho e me deito.

"Toc, Toc"

- Entre!

- Oi!

Diz Thor parando na porta.

- Você está bem?

- Sim estou.

- Quer companhia?

Pergunta Thor.

- Sim, seria ótimo.

Thor entra e fecha a porta.

Deita ao meu lado e ficamos conversando.

Rindo e assistindo séries.

Thor me puxa para os seus braços e me beija com carinho.

Passamos a noite namorando. Trocando beijos e carinhos.

Ele era lindo, gentil, carinhoso, atencioso. O homem perfeito.

Quem diria que nesse caos eu ganharia um presente tão especial como Thor.

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